Explícito

© Roberto José da Silva

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A chapa!

Finalmente encontrada, no porão do Palácio Jaburu, a famosa chapa Dilma|Temer, cujo julgamento pode resultar em vários cenários, inclusive a venda para o ferro velho.© Myskiciewicz

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“Ex-empresária pede a apreensão do passaporte de Rodriguinho”. Manchete do jornal Extra de domingo. Me deu um frio na barriga. Não por isso de apreender passaporte, nem que seja o de Rodriguinho, que para nós hoje em dia é um só, o moço que Michel Temer fez deputado e agora faz estragos na presidência do chefe.

O que me assustou foi o lance de “ex-empresária”. Essas coisas acontecem com quem lê notícias por alto, nas chamadas da internet, como acontece com o blogador. Pensei em voz alta, ‘agora tem empresário de traficante de influência?’ Sei que tem, mas em outro nível, de Eduardo Cunha e Sérgio Cabral, por exemplo.

Fui adiante, que alívio! Era outro Rodriguinho, mais antigo na carreira que o nosso Rodriguinho: o Rodriguinho do grupo “Os Travessos”, que foi embora para Miami após dar um beiço de R$ 1.800 mil na empresária. De mais a mais, o nosso Rodriguinho não fica com o dinheiro de ninguém: a PF exige, ele devolve, até o último centavo.

O PSDB desembarca do ministério conforme o julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE. Não seria mais digno – e mais tucano – permanecer até o final? Sair se o julgamento for desfavorável ajuda a imagem do partido? Uma contribuição para o raciocínio: o maior defensor da permanência chama-se Aécio Neves, senador afastado pelo STF após o grampo da PF de sua conversa com Joesley Batista, da Friboi.

No habeas corpus impetrado em favor de Rodrigo Rocha Loures seus advogados argumentam que o cliente foi submetido a “coação ilegal”. Então tem mais que liberar o moço. Se a coação tivesse sido ‘legal’ seria outra conversa.

Marina Silva, líder do REDE e sempre candidata à presidência da república, foi internada com dores abdominais. Marina tem esse mérito, que falta aos políticos brasileiros: o estômago sensível. Nunca se ouve falar de úlcera, hérnia de hiato, indigestão, constipação, aqueles problemas de cólon como em Renan Calheiros, Romero Jucá, Paulo Maluf, Aécio Neves. Essa gente nasce com estômago de crocodilo, que mantém a presa na barriga até apodrecer lá dentro, e daí começa a digestão.

ANATOMIA DE GREY Meio-dia, ele me aborda na rua, atitude de quem pede informação. Paro, ainda que sob o risco da esmola, o centavo para inteirar a passagem, que se antecipa na atitude e nos faz passar reto. Outras vezes atende-se, pode ser o honesto pedido de informação. Alto, forte, roupas comuns, óculos, barba de dois dias, ele passaria fácil por funcionário do comércio. Cigarro aceso, fluente, prosódia perfeita, agradece minha “boa” educação ao parar.

A falta que faz o treinamento básico para tal tipo de abordagem, sempre igual, quando muito variando no enredo. Não queria informação, pressenti. Deixei correr, tributo à prosódia. Disse que acabara de ter alta no hospital – deu o nome –, cirurgia de desobstrução da aorta, apontou o lado esquerdo do peito. Pausa de microssegundos para a tragada. Cortei, “amigo, não adianta, fumando desse jeito você entope de novo a aorta e empacota”.

Rogério Distéfano

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Temer versus Temer

Bernardo Mello Franco – Folha de SãoPaulo

A defesa de Michel Temer quer convencer o país de que o presidente é vítima de uma conspiração. Ela envolveria um empresário espertalhão, a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e ministros de tribunais superiores. Todos teriam se unido à culpada de sempre, a imprensa, num ardiloso complô para derrubar o governo.

O primeiro alvo desse discurso foi o ministro Herman Benjamin. Ele é o relator do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral. O caso deve ser retomado nesta terça, depois de mais de 900 dias sem julgamento.

No início, aliados de Temer propagaram que Benjamin estaria em busca de holofotes. Como a pressão não colou, passaram a atacar sua atuação na corte. O ministro teria praticado “ilicitudes” e “abuso de poder” para condenar o presidente.

O objetivo desses argumentos é desqualificar o juiz e induzir o TSE a descartar dezenas de provas de fraude na campanha de 2014. Isso significaria fazer de conta que a Lava Jato inexiste e que os depoimentos de Marcelo Odebrecht, João Santana e outros delatores nunca ocorreram.

Com o agravamento da crise, o governo diversificou os alvos. A estratégia foi radicalizada depois da prisão de Rodrigo Rocha Loures, o deputado da mala. Agora vale tudo para atingir o procurador Rodrigo Janot, o ministro Edson Fachin, os delegados da PF e o empresário Joesley Batista.

O dono da JBS, que tinha acesso livre à casa do presidente, virou um “bandido” e um “fanfarrão”. A PF, que flagrou a entrega de propina a um assessor de Temer, armou uma “cilada”. O sereno ministro Fachin se tornou um implacável inquisidor.

No domingo, o advogado do presidente declarou que Janot estaria prestes a divulgar uma gravação explosiva para “constranger” o TSE. Foi um tiro ousado, porque permitiu concluir que há outros áudios comprometedores contra o cliente dele. Pelo visto, até a defesa de Temer embarcou na conspiração contra Temer.

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Mural da História

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Em algum lugar do passado

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Mural da História

Publicada em algum lugar do passado

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O custo do PT

O Estadão informa que o motoqueiro de Dilma Rousseff, Carlos Gabas, foi nomeado para cargo comissionado na minoria do Senado. Salário? 20.950,16 reais. O Custo PT é bem maior do que isso.

 

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Tempo

CARTAZ-ARTE-FINAL-FINAL1-cópia-724x1024Cartaz para o Dia Internacional do Jazz. ©  César Marchesini

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Mural da História

15 de maio, 2010

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A senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) é a primeira mulher a presidir um partido político no Brasil. Mas não é o primeiro réu a presidir partido político no Brasil. Na sua primeira entrevista, a senadora-presidente-ré afirma que os “petistas da Lava Jato não enriqueceram ilicitamente”.

Então enriqueceram licitamente? Não atenua nem absolve, pois cometeram outros crimes, como o de peculato, que não pressupõe enriquecimento. Quanto a isso de enriquecer, a senadora não empobrece por esperar. A senadora-presidente-ré nos promete boas piadas.

Nossas celebridades batem ponto em Portugal. Atores, promotores, atrizes e juízes vogam na ocidental praia lusitana. Sérgio Moro agitou Lisboa neste mês e os advogados alfacinhas já deitam a falar sobre ‘colaboração estimulada’.

Perguntei a Nuno Mocho Caparica, parceiro de pós em Coimbra, por que não chamam ‘delação premiada’. “Porque a gente toda ia dizer ‘falação’, que em português de sílabas engolidas pode confundir com ‘felação’. E felação cá em Portugal não pode ser premiada”.

Não renuncio, se quiserem que eu saia, terão que me matar”. A última bazófia de Michel Temer. Matar Michel Temer agora seria um crime: vilipêndio de cadáver.

Da rede. Contam ao senador que um dentista havia sido preso por tráfico de drogas. Surpreso, comenta, “estranho, sou cliente dele há mais de dez anos e nunca soube que era dentista”.

POR QUÊ? Nada contra, é cultural, metade do Brasil usa o erre retroflexo, o erre caipira dobrado, de porrta, carrne, por aí. Há estudos que mostram a origem indígena, o que não deixa de ser motivo de orgulho nacional. Aqui no Paraná, então, nem se discute sua existência; os amadores curiosos metem-se a pontuá-lo pela intensidade: para mim, o de Ponta Grossa, depois o de Matinhos, em seguida vem Cascavel, Londrina, por aí, conforme a sensibilidade e audição do analista. Eles mesmo, como os críticos em geral, também caem vez ou outra no retroflexo.

Tem pessoas, carentes da fonoaudiologia, que tentam superá-lo pelo próprio esforço. Uns conseguem, outros beiram o desastre, caso da linda mocinha de Ponta Grossa que em Curitiba se apresentava como ‘Gobeita’ – um gê e um i para disfarçar os erres de Roberta. Falando em mocinha bonita é aí que mora o problema: os puristas machistas mulherengos linguistas não toleram o erre retroflexo nas mulheres. Dou o exemplo com o qual convivo três vezes na semana, uma hora diária. Perdoem o complexo de Professor Higgins.

Garota linda, 1,75, esguia, atlética, loira natural, cabelos crespos – meu avô diria dela ogni riccio um capriccio, cada carrapicho, um capricho -, formas definidas em proporção, sem exageros mas eloquentes e sugestivas nos pontos unanimemente votados. Completa-se com o namorado atlético, morenão, fortão, ancestral absurdo da seleção natural. Vai tudo bem com a moça até que ela reclama com o personal trainer, “não tenho tanta forrça”. Nessa hora dá saudade das novelas, em que as mulheres falam com o mesmo sotaque.

Rogério Distéfano

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A propaganda é a alma do negócio

© Roberto José da Silva

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Advogado de Temer diz que Janot pode ter gravações para divulgar durante sessão do TSE

Governo traça estratégias para julgamento de cassação da chapa

BRASÍLIA – Às vésperas do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em sucessivas reuniões com aliados nos últimos sábado e domingo, o presidente Michel Temer tentou traçar cenários para a semana decisiva para seu governo. O Planalto dissemina um cenário no qual o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode até mesmo apresentar denúncia contra Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) antes mesmo de serem enviadas respostas do presidente aos questionamento do Ministério Público Federal, possibilidade descartada por procuradores ligados ao caso e ouvidos pelo GLOBO.

O advogado de Temer no TSE, Gustavo Guedes, afirmou estar preocupado com o surgimento de novos fatos relacionados à delação da JBS durante o julgamento da chapa Dilma-Temer, que começa amanhã. E diz que gravações podem estar guardadas para serem divulgadas durante os próximos dias. Com este discurso, o Planalto espera criar uma vacina para constranger eventuais movimentos de Janot neste período.

— Há um receio de que haja uma denúncia enviada sem as respostas, antes do fim da perícia, e que esteja sendo feito um armazenamento tático dessas gravações. É algo que nos preocupa — afirmou Guedes, complementando em seguida: — Espero muito que o Ministério Público não tenha um comportamento político e não interfira no julgamento do TSE. Qualquer interferência indevida não é correta, ainda mais se feita pelo Ministério Público, que é o fiscal da lei.

Janot deve apresentar a denúncia contra o presidente até a sexta-feira da próxima semana. Pela lei, o Ministério Público tem um prazo máximo de 15 dias para concluir o inquérito e apresentar a denúncia. Como Loures foi preso no sábado, o limite para a denúncia, que envolverá Temer, termina no dia 16. Nada indica que a denúncia seja antecipada a ponto de interferir no julgamento do TSE, que está previsto para terminar na quinta-feira, dia 8, caso não haja pedido de vista.

Governo trabalha com vitória apertada

Ontem o presidente passou o dia reunido com aliados discutindo o cenário. As conversas começaram já na noite de sábado, quando recebeu no Palácio do Jaburu os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Sérgio Etchgoyen (Gabinete de Segurança Institucional), além do advogado.

— Há a impressão de que há uma tentativa da Procuradoria Geral da República de criar um ambiente desfavorável à votação no TSE — disse um ministro próximo a Temer que esteve no Jaburu.

A situação de Temer, que havia se estabilizado na semana passada, voltou a se agravar no sábado, quando seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures foi preso. Ontem, no entanto, o Planalto trabalhava com o cenário de contar com um placar favorável no TSE, de quatro votos a favor e três contra. Com base nessa expectativa, o governo passou a apostar em um rito mais rápido que sirva para amenizar a crise política desencadeada a partir das delações da JBS. Até a semana passada, a torcida era por um pedido de vista que prolongasse a sobrevida de Temer, mas, com a avaliação de que conseguiu uma maioria a seu favor, aliados e representantes da defesa começaram a advogar por um processo célere.

Integrantes do governo têm sido cautelosos em apontar oficialmente um placar de votos, porém, nos bastidores, as articulações têm sido intensas. O presidente da Corte, Gilmar Mendes, tem mantido diálogo constante com aliados de Temer, como o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Para participantes da defesa do presidente, mesmo que haja um pedido de vista — o que não é dado como certo até o momento —, o julgamento não deve demorar mais que 15 dias para ser concluído. Isto porque a pressão será grande, de todos os lados, por um desfecho do julgamento ainda neste semestre. Continue lendo

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Nervos expostos

Luiz Edson Fachin – © Myskiciewicz

A decisão de aliados de Michel Temer de protocolar na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um pedido de explicações do ministro Edson Fachin sobre sua relação com Ricardo Saud, lobista e delator da JBS, foi recebida no Supremo como sinal de guerra aberta. Integrantes da corte veem a iniciativa como uma tentativa de intimidação. Há quem aconselhe o STF a sinalizar que a ofensiva dos deputados da base do presidente pode ser vista como “coação” — um crime, portanto.

Fachin não tem, porém, a solidariedade de todo o colegiado. Há uma ala do STF que acusa o ministro de excesso de individualismo e inexperiência. Esse grupo lembra que Teori Zavascki, que foi relator da Lava Jato, comunicava o plenário a respeito de decisões polêmicas.

Fachin reclama de isolamento e dos reparos que sofre dentro e fora do Supremo. Queixa-se dos ataques e, especialmente, da falta de defesa. O clima na corte anda pesado, com ministros trocando farpas nos bastidores.

Painel|Folha de São Paulo

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João Santana

fuxico-xavier

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A nossa Mulher-Maravilha

Ruy Castro – Folha de São Paulo

A cada uma ou duas gerações, os americanos ressuscitam a Mulher-Maravilha. É justo. Mas só o fato de ela ser periodicamente exumada revela que, como super-heroína, Mulher-Maravilha nunca se firmou. Leitor fanático de gibis nos anos 50, não me consta, por exemplo, que ela tivesse revista própria no Brasil -se tivesse, eu a colecionaria, como fazia com as de Mandrake, Fantasma, Capitão Marvel e outras 30.

O seriado de televisão com Lynda Carter e que ficou no ar, na TV Globo, de 1975 a 1979, sim, justificava uma espiada ocasional -não pela personagem, mas pela atriz… Por causa do sucesso desta série, um especial mensal que a Globo pôs no ar em 1978, “Brasil Pandeiro”, continha uma paródia da Mulher-Maravilha -a Maria Maravilha, com Betty Faria vestida como a original, gostosa e empoderada até dizer chega, mas vivendo os contratempos de uma brasileira comum.

Ou os que a censura da ditadura deixava passar. Num dos programas, Maria Maravilha ficava horas na fila do INPS, de botas, com dor nos pés. A censura vetou. Em outro, Maria Maravilha penava para preencher sua declaração do Imposto de Renda. Idem. Os dias eram assim. Restava-nos caprichar nas sequências de ação, em que Maria Maravilha derrotava os vilões comandados por Hugo Carvana.

“Brasil Pandeiro”, dirigido por Augusto Cesar Vanucci, ficou um ano na grade. Continha fabulosos números de dança, a cargo da própria Betty, e convidados como Elza Soares, Ney Matogrosso, Clara Nunes, muitos mais, acompanhados pela baita orquestra da casa. Ronaldo Bôscoli escrevia a parte musical e eu, as aventuras de Maria Maravilha.

Pelo que sei, as fitas contendo “Brasil Pandeiro” não existem mais no arquivo da Globo, nem em lugar nenhum. Uma memória a menos. Quem vai acreditar que, um dia, um programa como esse existiu?

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