Mural da História

O EX-TADO DO PARANÁ 2o-efeito-marina-silva

6 de outubro de 2010

Publicado em mural da história | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Nova edição do Cândido homenageia o Bloomsday

A edição 71 do jornal Cândido, editado pela Biblioteca Pública do Paraná, traz como destaque o Bloomsday, maior efeméride literária do mundo, celebrada no dia 16 de junho. A data faz uma referência a Leopold Bloom, personagem central de Ulysses, romance escrito por James Joyce. Lançado há 95 anos, em 1922, o livro narra o périplo de Bloom, que tem a normalidade de sua vida transformada em odisseia pelo gênio do autor irlandês.

O Cândido oferece aos leitores visões idiossincráticas de dois joyceanos a respeito do Bloomsday, fenômeno que ultrapassou o campo literário e se estabeleceu como uma marca cultural forte até mesmo para os não leitores de Joyce.

A tradutora e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Dirce Waltrick do Amarante faz um relato apaixonado sobre Ulysses e seu autor — paixão que a levou a diversas partes do mundo em busca de cenas, personagens e lugares eternizados na literatura de James Joyce.

Já o escritor e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Caetano Galindo cria um texto de ficção a partir da ideia de que Leopold Bloom estaria por aí, nas ruas de Curitiba, flanando como o fez na Dublin do início do século XX. Tradutor da versão mais recente de Ulysses no Brasil, Galindo emula o estilo joyceano em uma narrativa que mostra Bloom metamorfoseado em meio aos cidadãos comuns de uma grande cidade brasileira.

Outros conteúdos

A 71ª edição do Cândido ainda traz uma ampla reportagem sobre o legado poético de Mario Quintana. O texto reflete sobre a importância do autor nascido em Alegrete (RS) a partir de A vaca e o hipogrifo, livro publicado há 40 anos e que marcou a volta do autor à poesia depois de um longo hiato.

Outro autor gaúcho, Fabrício Carpinejar, participou do projeto Um Escritor na Biblioteca em maio. O Cândido publica os melhores momentos do bate-papo, em que o poeta e cronista fala sobre suas referências literárias e sua relação com as bibliotecas.

Na seção Perfil do Leitor, o entrevistado é o cantor e compositor Jorge Du Peixe, do grupo pernambucano Nação Zumbi. Fã de quadrinhos, ficção científica e dos autores da beat generation, ele revela a influência da literatura em suas letras.

O ensaio fotográfico do mês fica por conta de Gean Ferronato, que discute o contraste entre solidão e multidão nas grandes cidades. Entre os inéditos, a edição traz dois contos de Estevão Azevedo e poemas de Marco Aurélio Cremasco. Serviço

O Cândido tem tiragem mensal de 10 mil exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, pelo correio, para assinantes a diversas partes do Brasil. É possível ler a versão online do jornal em www.candido.bpp.pr.gov.br. O site também traz conteúdo exclusivo, como entrevistas, vídeos e inéditos.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Comentários desativados em Nova edição do Cândido homenageia o Bloomsday
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

teologia

República dos Bananas – 6 de julho, 2016

Publicado em mural da história | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Quaxquáx!

roubanê

Publicado em quaxquáx | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Poetas

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Comentários desativados em Poetas
Compartilhe Facebook Twitter

O ministro assaltado

Bernardo Mello Franco – Folha de São Paulo

Em conversa monitorada pela Lava Jato, o senador Aécio Neves e o empresário Joesley Batista manifestaram um desejo comum: derrubar o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. “Tem que tirar esse cara”, disse o dono da JBS. “Tem que tirar esse cara”, concordou o ex-presidenciável tucano.

Ao assumir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, o doutor Torquato Jardim deu esperanças aos investigados. Ele disse que a operação “não depende de pessoas” e que o comando da PF ainda será avaliado. Quando uma repórter perguntou se o ministro descartava ou não a demissão de Daiello, desconversou. “Não cabe essa resposta. Eu também estou sob avaliação”, afirmou.

Se Torquato seguir a linha de sua primeira entrevista, o país pode esperar uma gestão rica em polêmicas. Instado a opinar sobre o foro privilegiado, ele sugeriu que os ministros do STF não têm experiência para lidar com ações penais: “Dos 11, [só] o ministro Fux foi juiz de primeira instância. É a primeira vez que estão tratando de um processo criminal”.

Questionado se tentará influenciar o julgamento da chapa Dilma-Temer, o ministro deu outra declaração curiosa: “Se eu tivesse toda essa influência no TSE e quisesse praticar algum ato nas sombras, eu continuaria no Ministério da Transparência”.

Pouco depois, ele indicou que está disposto a comprar brigas no cargo. “Se eu não gostasse de conflito, seria pescador na Amazônia”, disse.

Diante das câmeras, Torquato revelou um temperamento imodesto. Apresentou-se como um leitor voraz da Constituição, disse que “viu nascer” alguns ministros do TSE e, ao citar Nelson Rodrigues, emendou que “só jornalistas antigos” saberiam de quem ele estava falando.

O ministro só mudou o tom ao ouvir uma pergunta o sobre seu preparo para formular políticas de combate à violência, uma das principais atribuições da pasta. “A minha experiência com segurança pública foi ter duas tias e eu próprio assaltados”, contou.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Comentários desativados em O ministro assaltado
Compartilhe Facebook Twitter

Renovei minha carteira de habilitação há pouco. Tenho quase noventa anos. Minhas pernas estão fracas, escuto muito pouco e enxergo mais ou menos. Fui lá no doutor, coloquei um óculos que nunca uso – e pronto, fui aprovado. Em menos de uma semana o documento estava em minhas mãos. Meus filhos não querem que eu dirija meu carrão, uma Variant de farol retangular que tenho desde zero quilômetro. Chamo ela de Catarina, que é nome de carroça. Não a desprezo. Já foi comigo até o Nordeste, mas isso há muitos e muitos anos.

Fiz seu motor três vezes. O mais mala que me atormenta é um genro que mora na minha casa. Ele já fez quatro cursos de reciclagem, destruiu carro em poste, etc. – e quer me dar lição. Já está na terceira idade e pensa que é um mocinho. Ridículo. Ele diz que o perigo é eu atropelar alguém ou dar uma porrada em outro carro e matar gente. Oras, bolas! Eu só saio de vez em quando para ir até a padaria comprar danette. Nunca fiz uma barbeiragem. Ok, meu pescoço também não consegue virar muito, mas isso ninguém precisa saber, assim como minha dificuldade em olhar pelos retrovisores.

Isso foi porque me acostumei no tempo em que não existia esse acessório nos carros. Para encerrar, digo mais: se continuarem a me encher o saco, vou pedir para ser enterrado junto com a Catarina. As estradas do céu devem ser melhores do que as daqui desta cidade. 

Blog do Zé Beto

Publicado em Zé da Silva | Com a tag , , | Comentários desativados em
Compartilhe Facebook Twitter

Fraga

Publicado em fraga | Com a tag , , , | Comentários desativados em Fraga
Compartilhe Facebook Twitter

Um ministro, duas missões

Bernardo Mello Franco – Folha de São Paulo

BRASÍLIA – Ao nomear Torquato Jardim, o presidente Michel Temer faz uma aposta agressiva para se manter no poder. O novo ministro da Justiça assume com duas missões claras: controlar a Polícia Federal e adiar o julgamento do chefe no TSE.

Em três meses no cargo, Osmar Serraglio não conseguiu domar os homens de preto. Pelo contrário: foi desmoralizado ao estrelar um grampo da Operação Carne Fraca. No áudio, chamava de “grande chefe” um fiscal acusado de corrupção.

Enfraquecido, o ministro virou a Geni da Esplanada. Foi chamado de “bosta” por Aécio Neves e de coisas piores por colegas do PMDB. Ejetado da Justiça, pode cair na cadeira de ministro da Transparência. Não será um prêmio de consolação. Se voltar à Câmara, Serraglio tomará o mandato e o foro privilegiado de Rodrigo Rocha Loures, o deputado da mala.

Antes de tomar posse, Torquato já mostrou a que veio. Disse que consultará Temer antes de decidir se mantém o diretor da PF. Em português claro: ele perguntará ao investigado se deve trocar o chefe dos investigadores. Resta saber se os delegados aceitarão o cabresto sem reclamar.

A outra missão de Torquato é protelar ainda mais o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE. Ele disse ao “Correio Braziliense” que seria “a coisa mais natural” um ministro da corte pedir vista do processo. Sem cerimônia, sugeriu para a tarefa o novato Admar Gonzaga. Com isso, o presidente ganharia tempo para usar a caneta e tentar se segurar no Planalto.

O ministro Gilmar Mendes, sempre ele, indicou nesta segunda que o plano pode funcionar. “Se houver pedido de vista, é algo absolutamente normal. Ninguém fará por combinação com esse ou aquele”, disse. Então ficamos todos combinados assim.

*

O ex-ministro Guido Mantega admitiu que mantém US$ 600 mil numa conta não declarada na Suíça. O que o petista classificou como “erro” tem outro nome na legislação penal.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Comentários desativados em Um ministro, duas missões
Compartilhe Facebook Twitter

No jardim de Torquato O novo ministro da Justiça começa como os outros ministros da Justiça do governo Michel Temer: renegando as palavras do passado. Jardim relativiza o que disse sobre a chapa Dilma/Temer no TSE – eleitos juntos, caem juntos; jura amor à PGR e à Lava Jato depois de ter criticado as “prisões intermináveis”. Quando envereda pelo original conta história para Friboi dormir:  Osmar Serraglio foi para o ministério da Transparência por ser professor de direito administrativo. Se é assim, por que não está lá desde que saiu da câmara?

E desde quando professor de direito administrativo, só por ser professor de direito administrativo, tem qualificação para cargo político? Aliás, o político Osmar Serraglio sequer mostrou qualificação para ministro da Justiça, cargo essencialmente político. De útil no bolodório de Torquato Jardim apenas saber que Serraglio é professor de direito administrativo. Aviso aos navegantes: Serraglio não é professor concursado de direito administrativo, mas dono da escola onde leciona.

Essa brava gente brasiliense não cansa de abusar de nossa burrência. Até a caixa de isopor da Friboi sabe que Osmar Serraglio só continua no ministério graças a uma especial qualificação:  seu foro privilegiado que passou para seu suplente, o deputado-afastado Rodrigo Rocha Loures. Ao invés de matar dois coelhos – Serraglio, tido como inepto, e Loures, tido como trapalhão -, Temer mantém os dois. Motivos, seja de eficiência, seja de moralidade, ele teria. Teria, mas não tem, porque se demite os dois antecipa sua sentença de morte.

Lágrimas de crocodilo Michel Temer chispou para Alagoas, levando ministros e assessores. O que faz o ministro da Justiça na vistoria de calamidade? Nada. Mas faz muito na ida e vinda com o presidente no avião presidencial: dá consultoria sobre o processo contra Temer no TSE. Conforto para as vítimas da calamidade, nenhum – nem espiritual, porque o espírito de Temer está longe, bem longe; nem material, porque boa parte do dinheiro será desviado no trajeto pelos corruptos de sempre, que nem em nome da desgraça perdoam a propina e a comissão. Mas o agrado ao governador Renan Calheiros Filho compensou, pois Renan Calheiros pai elogio Temer no Senado ontem.

Se correr o bicho pega O ministro Osmar Serraglio ainda volta para a câmara dos deputados e o guarda-chuva do foro privilegiado. É que a Operação Carne Fraca, que investiga o Ministério da Agricultura a partir de traficâncias na superintendência de Curitiba, começa a molhar as canelas de Serraglio. Se ficar, o bicho pega Serraglio; se correr, o bicho pega Rodrigo Rocha Loures, suplente de Serraglio.

A frase do dia “Tenho habilidade para governar” – Michel Temer em entrevista para jornalistas estrangeiros, ontem. Tem toda razão. Quem não tem habilidade são os assessores, mensageiros, amigos, mesmo os de boa índole.

Rogério Distéfano

Publicado em Pensando bem... | Com a tag , | Comentários desativados em
Compartilhe Facebook Twitter

O drinque no xadrez

este-cagando-e-andando

O nobre “destilador” escocês precisa continuar trabalhando, ou teremos a indústria do Paraguai assumindo a fábrica do “novo” uísque, junto com as nossas produtoras de leite…

“A humanidade estava atrasada três doses”, jurava Humphrey Bogart. Mas na estreia de Casablanca, numa sessão privé para Roosevelt e staff na Casa Branca, 1942, o premier inglês Winston Churchill estava adiantado umas dez doses, como deixa entrever o “olho” indiscreto da repórter Doris Kearns Goodwin no livro Tempos Muito Estranhos.

Churchill não era o hóspede favorito de Eleanor Roosevelt, nem do mordomo Alonzo Fields, a considerar-se as ordens do primeiro-ministro para o negro sulista que servia ao presidente. Com os pés descalços e o bundão branco aparecendo sob a imensa camisola, Winston convocou o mordomo:

— Queremos continuar amigos, não é, Fields? Então, por favor, ouça: primeiro, não gosto de bate-papo no lado de fora dos meus aposentos. Segundo, detesto assobio nos corredores. E, terceiro, quero um cálice de xerez em meu quarto, antes do café da manhã, uns dois copos de uísque com soda antes do almoço e champanhe francês e brandy de 90 anos antes de dormir.

— Sim senhor , acenou o negrão, “nada ressentido com o modo direto e pouco delicado de falar do primeiro-ministro”.

A literatura sempre deu um tratamento cordial a esses alegres atletas do álcool – a literatura russa com notável ênfase. O estudante Raskolnikof (Crime e Castigo) purgou seu crime em vodka. E o pai de Sonya – sua torturada amante – era um funcionário público “conservado” em barris de carvalho.

Há toda uma galeria de bêbados nos contos de Thecov e nos épicos de Tolstoi. Aliás, não é só no romance que os russos se encharcam. Sob a benção de Yeltsin, das estepes da Ucrânia até os contrafortes dos Urais, os russos bebem dois Volgas, mais o Mar Negro, o Cáspio e o Báltico.

Inimigo de Churchill, um certo Lorde Avebury contestava esse campeonato russo. E reivindicava o desonroso troféu para a própria Inglaterra: consumo médio de 17 litros/ano por pessoa – o que transformava o Reino Unido no campeão europeu de levantamento de copo.

— Winston estava quase sempre embriagado quando tomou as decisões mais difíceis e estratégicas da Segunda Guerra Mundial! – denunciou.

“Ora”, observou um experiente freqüentador do Box do Mercado:

— E foi só por isso que ganhou a guerra!

A cobiça fiscal, denuncia um “engarrafador” escocês, está matando a indústria da cevada destilada. Uma garrafa de uísque custa US$ 0,56 ao produtor das Highlands. Mas sobre ela agregam-se US$ 7,2 em impostos! Resultado: a Escócia exporta cada vez menos uísque, com um encalhe de 23 milhões de garrafas.

De olho nesse “excedente”, um amigo chegado ao escocês ligou-me ontem à tardinha, sugerindo que encontrássemos urgentemente aquele advogado que já libertou o Salvatore Cacciola e outros ilustres.

— E pra quê? – perguntei, ingênuo.

— Pra entrar com um habeas-corpus em favor do pobre Johnnie Walker!

Afinal, o nobre “destilador” escocês precisa continuar trabalhando, ou teremos a indústria do Paraguai assumindo a fábrica do “novo” uísque, junto com as nossas produtoras de leite….

Mister Johnnie Walker usa saiote tipo Kilt, mas não merece ficar encarcerado naquele outro tipo de xadrez.

Sérgio da Costa Ramos – Diário Catarinense

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo dia é dia

tudo o que
minha poesia disser
poderá ser usado
contra mim
preces
invenções
cantilenas
tudo que eu comece
epístolas
teoremas
o que a palavra quer
é ficar gastando
o latim

solda (década de 90)

Publicado em Todo dia é dia | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O operador oculto

Para a Receita Federal, o sócio oculto da JBS era o grupo Bertin. Leia um trecho da reportagem do Estadão:

“Em 2015, a Receita Federal tinha uma convicção: a Blessed, o misterioso sócio da JBS, teria sido criação da família Bertin para driblar o fisco e não pagar bilhões em impostos no Brasil. A conclusão levou em consideração dois fatos: os Bertin entraram como sócios da JBS em 2009, o mesmo ano em que a Blessed foi criada. A receita redigiu um longo auto de infração, ao qual a reportagem do Estado teve acesso à época, e aplicou uma multa de R$ 3 bilhões nos Bertin.

A história é cheia de reviravoltas e detalhes confusos.

Pego pela crise de 2008, o grupo Bertin entrou o ano de 2009 com sérios problemas financeiros. A informação na época é que ele corria o risco de quebrar. A saída foi fazer uma fusão com os Batista, unindo JBS e Bertin. Na sequência, as relações entre as famílias azedaram. Entraram numa briga judicial, com troca de acusações públicas pela imprensa. O pivô da briga foi justamente a Blessed”.

Mas falta um elemento nessa história: o operador de Lula, José Carlos Bumlai. O Antagonista fez diversos posts sobre o assunto. Veja aqui, por exemplo:

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O monstro terno

Ruy Castro – Folha de São Paulo

RIO DE JANEIRO – A realidade política brasileira tem sido comparada a um filme de terror. E com razão, porque, não importa para que lado se olhe, o cenário é de porões de castelos assombrados, caninos ensanguentados, homens peludos, mortos que caminham e mulheres de maus bofes. Para completar, vários dos nossos políticos têm o “physique du rôle” para interpretar Drácula, o Lobisomem, Norman Bates, Freddy Krueger e até Minnie Castevet, a vizinha de apartamento de “O Bebê de Rosemary”.

Em muitas dessas comparações, as pessoas citam Boris Karloff —como se, por ter feito os papéis-título em “Frankenstein” (1931) e “A Múmia” (1932), ele fosse um símbolo do horror. Mas, olhe, é uma injustiça. Boris Karloff apenas viveu aqueles papéis, e os dois filmes ficaram entre os maiores do gênero. Na vida real, Karloff (1887-1969) foi um dos homens mais queridos de Hollywood.

Ele era, na verdade, inglês, com formação teatral, fã de Joseph Conrad e amigo de escritores e dramaturgos. Devia ser um grande ator, já que, conhecido por sua suavidade e ternura para com os amigos, os filmes só o queriam para viver loucos, drogados, carrascos, sádicos e até violadores de túmulos.

Karloff trabalhava em Hollywood, mas mantinha um apartamento em Nova York, no —logo onde— edifício Dakota, onde se passa “O Bebê de Rosemary” e onde John Lennon seria morto em 1981. No Halloween, Karloff deixava doces e balas à porta dos apartamentos do Dakota onde moravam crianças –adorava-as e não queria que tivessem medo dele. Para elas, gravou disquinhos infantis e trabalhou em “Alice no País das Maravilhas” e “Peter Pan” na Broadway.

Karloff dizia que, ao morrer, queria ser enterrado maquiado de Frankenstein. Não foi possível. Nossos políticos não terão esse problema —bastará que sejam enterrados como si mesmos.

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Que país foi esse?

marca-de-fantasia

Publicado em Sem categoria | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter