Pesquisadores de Minas Gerais descobriram que o veneno da aranha armadeira poderá ser usado na elaboração de remédio para a impotência. A picada dessa aranha causa priapismo – daí o nome armadeira? Problema causado pela aranha será resolvido com a aranha.
O ministro Gilmar Mendes negou habeas corpus para Eike Batista. Será que o ministro mudou depois da temporada em Cambridge, EUA, a mesma em que estiveram Dilma e Sérgio Moro?
Marcelo Odebrecht deu depoimento ao juiz Sérgio Moro. Disse que entregou R$ 13 mi para Lula. Calúnia. O ex-presidente não iria se sujar por tão muito. Ou não.
O relator da reforma trabalhista na câmara dos deputados propõe eliminar 100 artigos da CLT. Já não era sem tempo. Agora, decepar uns 200 artigos da Constituição ninguém propõe. É que a CLT é ruim para os empresários e a Constituição é excelente para os deputados.
Marilena Chauí, a filosofa petista, deu palestra na Reitoria, ontem. Tanta gente para ouvir a padroeira do PT lembrava a romaria de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Tudo questão de fé.
O Brasil tem coisas notáveis, uma delas o eufemismo. Como esse tal ponto facultativo de quinta-feira próxima. Ponto é fácil; é o registro de presença, assinado ou clicado em cartão. Por que facultativo? Porque o funcionário pode assinar como pode não assinar o ponto, bater ou não bater o ponto, ou seja, vem para a repartição se quiser, não terá desconto nem problema disciplinar. Isso em tese, porque a síntese é outra.
Acontece que em dia de ponto facultativo a repartição nem abre e o funcionário já se programou para dormir até mais tarde ou já está na praia, emendando o ponto com a vírgula, no caso o feriado que sempre vem junto. Então por que o ponto é facultativo? Porque é feriado disfarçado, uma vez que os feriados, nos quais não tem ponto e é obrigatório não trabalhar, estão todos relacionados na lei. Isso é Brasil.
O empresário Marcelo Odebrecht prestou nesta segunda (10) o primeiro depoimento ao juiz Sergio Moro depois de fechar delação premiada. Herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo reafirmou que Lula tinha o apelido de “Amigo” em suas anotações, segundo a Folha apurou.
Ele detalhou que a empreiteira tinha uma conta com esse codinome usada para fazer repasses vinculados ao ex-presidente.
Entre os repasses informados por Marcelo no depoimento estão pagamentos feitos ao Instituto Lula que seriam usados em um prédio que abrigaria a entidade e também R$ 50 milhões direcionados à campanha de Dilma Rousseff por meio do ex-ministro Guido Mantega.
Ele também relatou o repasse de R$ 13 milhões em espécie que teriam sido entregues ao ex-presidente. Segundo a Folha apurou, o empresário disse que o dinheiro saiu da conta “Amigo” e foi pago em parcelas ao longo de 2012 e 2013. Na planilha da Odebrecht esses pagamentos aparecem associados a “Programa B”, referência a Branislav Kontic, assessor do ex-ministro Antonio Palocci, e está dividido em seis vezes.
A reportagem apurou que Marcelo reafirmou que Palocci, que foi ministro nas gestões Lula e Dilma Rousseff, era o “Italiano” apontado em planilha de repasses de propina da empresa.
O empresário detalhou os mecanismos de pagamento de vantagens indevidas a Palocci que, segundo ele, era o principal interlocutor da empresa no governo Lula.
A íntegra do depoimento está sob sigilo, assim como o acordo de delação premiada dos executivos da empreiteira, que ainda não foi tornado público pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O interrogatório fez parte da ação contra Palocci, acusado de interceder em favor dos interesses da empreiteira. Ele foi mencionado em planilhas apreendidas na empreiteira que demonstram o pagamento de R$ 128 milhões em vantagens indevidas, segundo a denúncia.
Marcelo apontou Mantega como o sucessor de Palocci no contato com a Odebrecht, sendo ele o “Pós-Itália” na planilha apreendida pela PF.
O advogado Nabor Bulhões, que defende Marcelo, não conversou com a imprensa sobre a audiência. Durante o interrogatório, Moro foi informado da publicação de trechos da audiência na imprensa. Ele prometeu apurar o vazamento.
OUTRO LADO
O Instituto Lula disse que o ex-presidente nunca pediu valor indevido à Odebrecht. “Lula não tem nenhuma relação com qualquer planilha na qual outros possam se referir a ele como “Amigo” (…) Por isso não lhe cabe comentar depoimento sob sigilo de Justiça vazado seletivamente e de forma ilegal.”
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, não quis comentar o teor da audiência, sob o argumento de que ela está em segredo de Justiça. Ele vem afirmando que o ex-ministro é inocente e que “Italiano” não se refere a Palocci, mas “é um apelido em busca de um personagem”.
No dia 11 de abril (terça-feira), a Biblioteca Pública do Paraná realiza mais uma edição do projeto Um escritor na Biblioteca e o convidado é Paulo Venturelli. O encontro acontece no auditório Paul Garfunkel, a partir das 19h30, com mediação do jornalista José Carlos Fernandes. A entrada é franca.
Catarinense de Brusque, Venturelli vive em Curitiba desde 1974. Foi professor nos colégios Sion e Medianeira e no curso de Letras da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde se aposentou em 2014. É autor da tese de doutorado Literatura e homoerotismo em circuito fechado Adolfo Caminha e Silviano Santiago, defendida em 2001 na Universidade de São Paulo (USP). A partir do estudo acadêmico, passou a pesquisar as relações entre literatura e homoerotismo.
Publicou 23 livros de vários gêneros, incluindo poemas (Introdução à arte de ser menino, 1996), contos (Fantasmas de caligem, 2006), romance (Madrugada de farpas, 2015) e infantil (Visita à baleia, 2012 obra que conquistou o segundo lugar no Prêmio Jabuti na categoria Infantil e melhor livro para a criança pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil).
No entanto, Venturelli considera-se antes de tudo um leitor. Ele possui uma biblioteca com 15 mil títulos. Durante o encontro na BPP, o integrante da Academia Paranaense de Letras (APL) vai falar sobre a sua relação com livro e leitura, aspectos de sua obra, além de comentar outras paixões, como a MPB, o jazz, a música erudita e o Clube Atlético Paranaense.
O mediador do bate-papo é um veterano da imprensa paranaense. José Carlos Fernandes atuou por mais de duas décadas na Gazeta do Povo como repórter, editor e coordenador, e atualmente assina uma coluna semanal em que destaca a trajetória de anônimos e personalidades do passado curitibano. Professor no curso de Jornalismo da UFPR é, a exemplo de Venturelli, um entusiasta da leitura.
O projeto
Criado na década de 1980, o projeto Um escritor na Biblioteca foi retomado em 2011. Cada nova edição traz um autor da literatura brasileira contemporânea para um bate-papo. Sempre com a presença de um mediador, os escritores são instigados a falar sobre temas variados, como processo criativo, hábitos de leitura, livros essenciais, etc. A primeira pergunta é sobre a relação do convidado com as bibliotecas.
Os bate-papos são gravados e veiculados no Cândido, o jornal mensal da Biblioteca, e posteriormente publicados em formato de livro. Mais de 40 autores já participaram do projeto, entre eles Reinaldo Moraes, Milton Hatoum, Sérgio Sant’Anna, Luci Collin, Silviano Santiago, Roberto Gomes, Marçal Aquino, Joca Terron e Domingos Pellegrini.
Serviço: Um escritor na Biblioteca, com Paulo Venturelli. Mediação de José Carlos Fernandes. Dia 11 de abril (terça-feira), a partir das 19h30. Biblioteca Pública do Paraná (R. Cândido Lopes, 133 / Curitiba). Entrada franca. Mais informações: (41) 3221-4917.
Apesar de tudo, ainda é do Congresso que vem alguma defesa do interesse público. A recusa à aprovação apressada e leviana da “reforma” da Previdência, como pretendida pelo governo, deparou-se com erros perturbadores no projeto comandado por Henrique Meirelles.
Fora do Congresso, mas também nele, outros erros foram identificados como comprometedores das previsões oficiais e das perspectivas econômicas apregoadas. Bem a propósito, fracassada a previsão de que o crescimento retornaria ainda em 2016, Meirelles anunciou-o para o final de março. Abril está aí, e nem parece que o ministro da Fazenda está.
O governo encerrou a semana corrigindo o rombo previsto para 2018: a estimativa de R$ 79 bilhões sobe, em um pulo só, para R$ 129 bilhões. Pouco antes, o governo decidira, em “atenção ao Congresso”, rever a regra de transição dos já pagadores de Previdência para novas e mais duras possibilidades de aposentadoria.
A regra inicial foi uma das cinco recusas do Congresso, sobre as quais o governo passou da exigência persistente à dócil reconsideração. O jornalista José Paulo Kupfer –presença constante no que de melhor se publica sobre economia brasileira– dá a explicação para a virada atribuída a negociações: “pelo menos em parte”, o recuo do governo tem como “objetivo corrigir erros de avaliação política” e “proposições técnicas mal costuradas, que levariam a distorções na aplicação das novas regras”.
Coisas assim: pessoas de mesma idade e mesmo tempo de contribuição, mas nascidas um pouco antes ou um pouco depois das novas regras, se aposentariam com menos cinco anos ou com mais 20 de contribuição, para receber o mesmo. Além de erro técnico, soma de doidice e violência. Mas Meirelles não erra sozinho.
Já nesta semana o Banco Central sai correndo para apressar a correção progressiva dos juros, muito mais altos do que deviam por erro em projeções, até publicadas. O governo pode comemorar, no entanto, a queda da inflação. Embora o feito seja obra do aumento do desemprego e da economia esmagada. Estes, sim, feitos do governo Meirelles/Temer.
Brasileirinhas
1- Como convém, Gilmar Mendes declarou-se impedido de julgar o caso, no Supremo, de uma empresa patrocinadora do seminário que Gilmar-empresário-de-ensino empreende em Portugal. Ainda que a declaração de impedimento só viesse depois de “O Estado de S.Paulo” publicar que Gilmar-ministro era relator do caso de sua patrocinadora.
Permanece, porém, um fato indelével: o acerto do patrocínio deu-se, por certo, quando o seminário em Portugal ainda se organizava. Logo, com Gilmar Mendes como relator do processo da então possível patrocinadora.
Original, essa relação no Supremo entre relatoria e patrocínio.
2- Roberto Freire explica por que nomeou, para os melhores postos no Ministério da Cultura, 18 filiados do seu PPS: “São pessoas da minha confiança”. Ah, os antecessores só nomeavam assessores de quem desconfiavam. E Roberto Freire só sabe de gente confiável no PPS. Não é o que pensam os seus ex-eleitores pernambucanos.
3- Ricardo Barros atacou nota da Fiocruz contra o corte de verbas: “Assim como não vou contra o ministro Henrique Meirelles para pedir mais verba, a Fiocruz também não pode fazer manifestação contra o governo do qual faz parte”. A Fiocruz, centro de excelência científica, não faz parte do governo: integra o Estado, a União, o serviço público. Quem faz parte do governo é Ricardo Barros –o que explica ambos.
4- Das 302 amostras colhidas em 21 frigoríficos, exames encontraram problemas em 39, ou 13%. É muito. Em 3% havia as perigosas toxinas salmonela e staphylococcus, os dois casos no Paraná. Em duas fábricas da BRF comprovou-se a vigarice de aumentar com água o peso da carne de frango. Seis frigoríficos foram interditados. Duas unidades dos frigoríficos Peccin e Central de Carnes Paranaenses perderam a autorização de atividade. Como se vê, a Operação Abafa funcionou, até para esse resultado.
Gleisi Hoffmann, codinome Coxa, será presa nos próximos meses. Segundo Lauro Jardim, o STF pretende julgá-la no fim do ano. “Se Lula insistir em fazer Gleisi de presidente do PT, portanto, é grande a chance de o partido fechar 2017 com sua presidente nacional atrás das grades”.
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