Manoel Carlos Karam

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Não é um Vinícius, mas é de Moraes

Rogério Distéfano – Blog do Zé Beto

O ministro Alexandre de Moraes, da Justiça, é o novo malvado favorito. Nunca esteve muito bem na fotografia desde que assumiu como secretário da Segurança de Geraldo Alckmin, em São Paulo. Ministro de Michel Temer, acumulou pontos negativos no currículo, o primeiro deles o de ser … ministro de Michel Temer. Nosso presidente apanha porque tem gato e porque não tem gato. Reconheço que sobretudo apanha porque adora ter gatos, bem pertinho.

O problema com Moraes é ter sido indicado para a vaga de Teori Zavascki no STF. Foi o que bastou para ser tudo o que o tribunal não precisa em tempos de Lava Jato. Ele pode vir ser o revisor de processo contra Michel Temer, citado na Operação. Depois disso vêm às catadupas as contraindicações: foi advogado de Eduardo Cunha, defendeu a tortura, não passou em concursos na escola do Largo de São Francisco. Parece que o STF só abriga filhas vestais de Têmis.

No Brasil, os presidentes não mandam ao STF os melhores para o país, sim os melhores para eles, de quem se espera que em algum momento sejam decisivos, não para suas políticas, mas para sua sobrevivência. Vasculhem o passado: Celso Mello – Sarney, de quem foi consultor geral; Marco Aurélio – Collor, inclusive seu primo; Gilmar Mendes – FHC, de quem foi consultor geral; Lewandowski – Lula/ Marisa Letícia, amiga e vizinha da mãe do ministro; Toffoli – Lula, de quem foi advogado geral.

O tribunal, como colegiado, vigilante e ardendo nas vaidades individuis, e agora a opinião pública, podem não só sanar o vício de origem como manter o ministro na linha correta. Delfim Neto disse uma vez que “ministro do Supremo não tem passado, só tem futuro”. Os exemplos têm demonstrado que o passado pesa no presente dos ministros. Quanto ao futuro, nem o Brasil tem futuro. É o que importa, vigilância, sempre atenta vigilância, porque o resto está na lei, nos conformes institucionais.

Vejamos o que se diz contra Moraes.

A nomeação é prerrogativa do presidente, referendada pelo Senado. Portanto, decisão política legítima. A intenção por trás não está em questão. Num ambiente de políticos comprometidos, o espaço de escolha não tem outros limites que não os da constituição. O resto é política, qualquer política, seja a de dotar o tribunal do melhor nome para o Brasil, seja o de dotar os políticos, presidente e senadores, do melhor nome para seus interesses.

Um ministro do STF não julga sozinho. Certo que na maioria portam-se como reis por direito próprio, com palpites e opiniões fora dos autos. Um deles, Gilmar Mendes, assumiu-se ombudsman do Brasil, tem solução e crítica para tudo, até contra atitudes dos colegas. Felizmente, afora o que fez o presidente Lewandowski no impeachment de Dilma, os ministros têm funcionado melhor do que se esperava, considerando o processo de escolha.

Quanto aos demais argumentos contra Alexandre de Moraes, na maioria indicam a resistência de setores contrariados com Michel Temer, a velha e cansada questão do golpe e da ilegitimidade na sucessão de Dilma. Tem a bobagem dos concursos para professor, como se houvesse concurso para ministro do STF. Advogado de Cunha? Bobagem, estaria impedido de julgar no STF. O argumento fundamental ficou de fora: o ministro Moraes é careca.

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Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato

© Myskiciewicz

A indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo não deve afetar diretamente a Lava Jato porque ele não vai para a turma que analisa essa investigação.

Moraes, porém, será o revisor da Lava Jato no plenário do Supremo e, portanto, poderá atuar em casos envolvendo o presidente da República, que o indicou, e os presidentes da Câmara e do Senado. Os três já foram mencionados em depoimentos de delação.

Além disso, ele atuará em disputas que podem ter impacto no futuro da operação, como o entendimento de que um condenado deve começar a cumprir a pena a partir de decisão da segunda instância.

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba, manifestou essa preocupação em um texto publicado no Facebook nesta segunda (6), antes de a notícia de Moraes se tornar pública.

Sem citar nomes, o procurador afirma que o novo ministro do Supremo pode ter um “forte impacto” no futuro da operação.

Em 2016 o Supremo decidiu essa questão por um placar apertado: foram seis votos a favor do cumprimento a partir da segunda instância e cinco contra. O ministro Teori Zavascki, morto no último dia 19, votou a favor.

O novo ministro poderia mudar esse placar. Moraes, porém, já disse ser favorável à prisão na segunda instância no livro “Direitos Humanos Fundamentais”.

No ano passado, o PEN (Partido Ecológico Nacional) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ingressaram com ações para que a prisão só ocorra quando forem esgotados todos os recursos.

Dallagnol defende que, se esse entendimento voltar, a Lava Jato não será a mesma. Para ele, com a prisão na segunda instância, os criminosos de colarinho branco devem ir para a cadeia entre quatro e seis anos após o início do processo. Já com as quatro instâncias, a prisão demoraria décadas, segundo ele.

A preocupação de Dallagnol é que os réus terão alternativa à delação se a norma for alterada: “Por que [o réu] vai entregar crimes, devolver valores e se submeter a uma pena se pode escapar da Justiça?”. Folha de São Paulo

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Busão à la Greca

© Franklin de Freitas

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Advogados de Lula estudam processar médica que vazou exames de Marisa

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

Os advogados do ex-presidente Lula estudam processar a médica que divulgou exames de Marisa Letícia, e também aqueles que fizeram piadas em grupos de WhatsApp com a situação de saúde dela.

A equipe acredita que cabe um pedido de indenização por danos morais. Falta Lula ser consultado e aderir à ideia.

Os defensores já decidiram, de qualquer forma, se habilitar no processo do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) para acompanhar os depoimentos dos médicos ao órgão de classe.

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Tchans!

esta-doof_graveyard

doof_graveyard. © IShotMySelf

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Prefeito trava catraca!

Com protestos contra tarifa de ônibus, Centro virou palco de guerra

Contrários ao reajuste de R$$ 0,55 na passagem de ônibus, centenas de manifestantes se reuniram no fim da tarde desta segunda-feira (6), na Praça 19 de Dezembro, no Centro de Curitiba. A mobilização foi convocada pelas redes sociais, com o objetivo de fazer o prefeito Rafael Greca voltar atrás com a medida. Em torno de 500 pessoas caminharam rumo à sede da URBS (Urbanização de Curitiba) na Rodoferroviária. Por volta das 21h,o protesto terminou em confronto intenso entre manifestantes e policiais militares, na região da Av. Sete de Setembro. Gás de pimenta e bombas de efeito moral foram usados pelos policiais.

Durante o percurso, por volta das 20h40, alguns mascarados começaram a depredar agências bancárias e pichar muros. Várias pessoas participavam da manifestação com tranquilidade, porém parte praticou o vandalismo e a PM precisou intervir.

“Foi um absurdo a forma que a PM agiu. Usaram bombas contra crianças e até famílias que passavam por aqui. Infelizmente, a PM resolve desta forma. Ataca uma maioria por causa de uma minoria. Eles vieram com muita violência para cima de nós. É lamentável isso, mas é uma atitude típica de governantes como Greca e Richa”, disse um manifestante.

A nova tarifa do transporte coletivo de Curitiba, de R$ 4,25, começou a valer nesta segunda-feira (6). De acordo com a Prefeitura, o reajuste é necessário para recompor o equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte público e permite a retomada de investimentos que tragam melhorias para os passageiros. BandaB

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Novo ministro do STF

República dos Bananas

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Reunião da Diretoria

Na Casa do Beto Batata: Vinicius Alzamora, Soruda, Cláudio Hoffmann, Paulo Leites (Pangaré) e Robert Amorim, Le Pomme de Terre, em algum lugar do passado. © Julio Covello

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O departamento de Kibe

© Myskiciewicz

A Folha de S. Paulo repete que a Andrade Gutierrez tinha um departamento de propina igual ao da Odebrecht. Mas não é bem assim.

A Andrade Gutierrez usava o esquema de Adir Assad, assim como tantas empreiteiras, e pagava por seu trabalho de lavagem de dinheiro e repasse de propinas.

De fato, um dos delatores da Andrade Gutierrez citado pela reportagem explicou que o valor desviado de obras públicas “sofria um desconto de 18% a 20%, referente a impostos, e a uma ‘taxa’ cobrada por Adir Assad”.

Adir Assad está em todas: das planilhas da Odebrecht à cobertura de Lula em São Bernardo do Campo.

Releia aqui:

Em sua delação premiada, Vinícius Veiga Borin identificou os irmãos Adir e Samir entre os principais operadores de propina da Odebrecht.

Nas planilhas do ‘Departamento de Operações Estruturadas’ da empreiteira, a entrega de dinheiro por ambos era identificada pelas operações “kibe” e “esfiha”.

Borin não deu mais detalhes sobre Adir e Samir. Mas O Antagonista sabe que ele se referiu a Adir Assad e seu irmão Samir, especializados em usar empresas de fachada para escoar propina a políticos.

Adir operou no escândalo da Delta Engenharia e acabou preso pela Lava Jato, condenado a 9 anos e 10 meses de prisão por intermediar R$ 40 milhões em propinas do petrolão a Renato Duque e Pedro Barusco.

Só agora a força-tarefa entendeu o real tamanho do kibe no esquema de corrupção.

E aqui:

O Antagonista descobriu que a S.M. Terraplanagem, uma das empresas usadas por Adir Assad para lavar dinheiro do petrolão, teve como sócio Luis Roberto Satriani, vendedor da cobertura onde Lula vive em São Bernardo do Campo há 20 anos.

Alvo de investigação no passado, o imóvel oficial do ex-presidente foi adquirido com ajuda de Roberto Teixeira.

O advogado e compadre de Lula foi denunciado há poucos dias por participar da aquisição da cobertura vizinha, no mesmo edifício Green Hill, e do terreno onde seria erguido o Instituto Lula – tudo propina da Odebrecht, segundo o MPF.

No caso do duplex oficial, suspeitou-se na época de que a incorporadora Dalmiro Lorenzoni Construções, que fez o prédio, teria sido beneficiada por uma decisão da prefeitura de São Bernardo do Campo, sob comando do PT.

o antagonista

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Mural da História

19 de janeiro, 2010

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Mesmas Coisas

Manoel Carlos Karam (Rio do Sul, 1947|Curitiba, 1 de dezembro de 2007).

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Benett

© Benett – Gazeta do Povo

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Fernando Gabeira

Em toda essa história da prisão de Eike Batista, um aspecto pareceu bastante curioso. A naturalidade com que as pessoas encaram as prisões especiais para quem tem diploma de curso superior. Se a pessoa tem diploma, é destinado a algo mais civilizado. Caso contrário, vai para a prisão comum, com todas as suas misérias e a sua severidade. Já passei por várias cadeias do Rio, inclusive Água Santa, num outro contexto, o do governo militar, e essas distinções não tinham, pelo menos no nosso caso, a mínima importância.

Se tivessem, estaria perdido de todo jeito, pois não tenho diploma de curso superior, assim como milhões de brasileiros. Nesse caso, não somos também cidadãos de segunda classe? A maioria das pessoas de bem não pensa nisso porque não considera, com razão, a hipótese de ir para a cadeia. Por que então levantar essa tema? A cadeia especial para quem tem diploma é prima pobre de um dispositivo muito mais nefasto: o foro especial no Supremo para as pessoas que têm mandato político.

Mais uma vez, quem não tem mandato parlamentar ou cargo no governo pode se sentir um cidadão de segunda classe. Além de ser julgado pela Justiça de primeira instância, ele é destinado às cadeias com um nível inferior de conforto e higiene. Não tenho ânimo de levantar questões morais num domingo, sobretudo neste mundo onde tantas barbaridades são vistas como naturais. O problema é que o foro privilegiado, independentemente de o aceitarmos ou não, pode ser um insuperável obstáculo para os rumos da operação Lava-Jato.

Com a delação da Odebrecht, pelo menos 200 políticos serão implicados. Será preciso montar um esquema ampliado de investigação. Mas o que fazer com tantos projetos que chegam ao Supremo com ministros asfixiados pelo grande número de processos que já existem por lá?

Será simplesmente impossível um desfecho razoável para todos esses casos antes das eleições de 2018. A Lava-Jato corre o risco de prender empresários, recuperar o dinheiro, mas não conseguir atingir com força o braço político do esquema. Não há saída. O foro privilegiado, que expressa a tolerância dos brasileiros com um tratamento diferenciado e antidemocrático, passaria a ser o grande entrave objetivo para a renovação política. Continue lendo

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Sem palavras, com garrote

Na edição do fim de semana que chegou aos assinantes, o jornal Gazeta do Povo não deu uma linha sobre o aumento da passagem de ônibus, aquela que tornou a tarifa a mais cara entre as capitais do país. Hoje informou que “a diferença entre a paulada e a inflação é a maior dos últimos 23 anos”. Mas aí o usuário, como gostam de falar os técnicos, já estava sentindo mais um aperto de garrote no bolso desde a zero hora. Expressionante!

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