Benett

Gazeta do Povo. © Benett

Publicado em Benett | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Para salvar Michel Temer, TSE terá de se matar

Blog do Josias de Souza

Arma-se no Tribunal Superior Eleitoral uma grande encenação. Envolve o processo sobre a reeleição de Dilma Rousseff e Michel Temer. Suas páginas estão apinhadas de provas do uso de recursos ilícitos na campanha vitoriosa de 2014. As evidências tocam fogo na Presidência-tampão de Temer. Para ocultar as manobras que visam salvar o mandato do subsituto de Dilma, ninguém grita incêndio dentro do teatro. Mas a inclusão dos depoimentos de delatores da Odebrecht no processo mostra que, às vezes, torna-se inevitável gritar teatro dentro do incêndio.

Nesta segunda-feira, o ministro Herman Benjamin, relator do processo, interrogará mais dois ex-executivos da Odebrecht: Cláudio Melo Filho e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar. Com isso, Benjamin fecha a série de cinco oitivas de colabores da empreiteira. Os depoimentos forneceram dados que complicam a vida da turma do deixa-disso. Agora, quem quiser se fingir de cego para livrar Temer da cassação terá de fechar os olhos para as propinas que ajudaram a reelegê-lo.

Ao julgar o processo, o TSE não decidirá somente contra ou a favor da interrupção do governo Temer ou da inelegibilidade de Dilma. Os ministros votarão para saber de que matéria-prima é feita a Justiça Eleitoral. Prevalecendo o conchavo, os colegas de Benjamin terão de fazer contorcionismo retórico para justificar um incômodo paradoxo: depois de transformar a auditoria nas contas da chapa Dilma—Temer num marco histórico, o TSE jogará o trabalho no lixo. Em nome da etabilidade da República, manterá a tradição de cassar apenas vereadores, prefeitos e governadores de Estados periféricos.

Inicialmente, tramava-se a separação das contas de Dilma e Temer, sob o pretexto de que apenas as arcas da campanha de madame receberam verbas sujas. Como os votos que o eleitorado deu para Dilma são os mesmos que fizeram de Temer seu substituto constitucional, aceitar a tese da segregação das contas poderia levar à desmoralização. Ficaria claro que, sob o exterior meio idiota de um magistrado disposto a engolir esse lero-lero, se esconde um débil mental completo.

Dentro e fora do TSE, os operadores de Temer agarraram-se a um novo lema: “Nunca deixe para amanhã o que você pode deixar hoje.” Trabalha-se agora para enviar o julgamento às calendas. Algo que talvez leve a plateia a se perguntar: para que serve a Justiça Eleitoral? Se o TSE chegar a esse ponto, como parece provável, potencializará a impressão de ter perdido a sua função.

Os partidários do resgate de Temer alegam que o TSE não pode ficar alheio à conjuntura política e econômica. O risco de mergulhar o país numa turbulência que ameaçaria a tímida recuperação da economia justificaria um olhar atenuatório sobre as culpas e as omissõers de Temer.

Recorda-se, de resto, que a cassação de Temer desaguaria numa eleição indireta para a escolha do seu substituto. Como prevê a Constituição, caberia ao Congresso, abarrotado de parlamentares enrolados no petrolão, apontar o nome do próximo presidente. Paradoxo supremo: para fugir da lama congressual, finge-se que a podridão da campanha não existiu.

Se a sensibilidade auditiva fosse transportada para o nariz, as pessoas, ao ouvir o burburinho por trás das portas de certos gabinetes brasilienses, sentiria um mau cheiro insuportável. É um odor típico dos processos de decomposição. Para salvar Michel Temer, o Tribunal Superior Eleitoral terá de se matar.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Ostras Parábolas

Publicado em ostras parábolas | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Exit only!

© Myskiciewicz

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Cândido celebra os 160 anos da Biblioteca Pública

A edição 68 do jornal Cândido, editado pela Biblioteca Pública do Paraná, destaca os 160 anos da BPP — instituição fundada em 7 de março de 1857. Uma grande reportagem resgata a trajetória da Biblioteca e discute seu papel diante das mudanças socioculturais e tecnológicas de nosso tempo.

 Desde 2011, a BPP passou a promover uma diversificada programação cultural. A reportagem assinada pelo jornalista Marcio Renato dos Santos traz relatos de pessoas envolvidas e impactadas nessas ações. A referência da Seção Braille no atendimento a pessoas com deficiência visual e a importância das ações de integração e diálogo com as bibliotecas municipais do Estado também têm destaque no especial.

Atualmente, a Biblioteca recebe cerca de 2,5 mil pessoas e realiza 1,3 mil empréstimos por dia. Em comemoração ao aniversário da instituição, foi realizado um amplo processo de modernização do prédio, com reforma do auditório, banheiros e iluminação, além da mudança na Seção de Inscrição e Empréstimo, que dará espaço a um café.

“A modernização é um passo decisivo na trajetória desta instituição que preserva a memória e a história do Paraná. Acreditamos que ao reformar uma biblioteca, estamos ajudando no fortalecimento da cidadania, abrindo novas oportunidades, oferecendo um refúgio neste mundo tão agitado e apressado e, muitas vezes, arredio ao silêncio e à contemplação”, escreve o diretor Rogério Pereira no editorial.

 O desafio das bibliotecas

Outro destaque da edição é a entrevista com Alberto Manguel, diretor da Biblioteca Nacional da Argentina — cargo já ocupado por Jorge Luis Borges. Autor de diversos livros sobre a importância da leitura, ele considera o ato de ler uma experiência primordial. Durante a entrevista, o escritor ainda fala sobre o futuro das bibliotecas e expõe suas ressalvas em relação à internet. No dia 25 de março, Manguel fará uma palestra na BPP em comemoração aos 160 anos da BPP.

Já o ex-diretor da Biblioteca Nacional, Affonso Romano de Sant’Anna, em um texto de memória, lembra os desafios que enfrentou quando esteve à frente da maior biblioteca do país, entre 1990 e 1996. “Tudo que acontecia com a literatura brasileira e com o livro interessava a Biblioteca Nacional”, diz Sant’Anna.

A seção de inéditos traz crônica de Ronaldo Correia de Brito, poemas de Ana Martins Marques e Andrey Luna Giron, além de contos de Luci Collin, Julie Fank e Bruno Cobalchini Mattos — este último selecionado para integrar uma coletânea que será publicada no primeiro semestre de 2017 pelo selo Biblioteca Paraná. O premiado fotógrafo Orlando Azevedo é convidado da seção Cliques em Curitiba.

Serviço
O Cândido tem tiragem mensal de 10 mil exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, via correio, para assinantes a diversas partes do Brasil. É possível ler a versão online do jornal em www.candido.bpp.pr.gov.br. O site também traz conteúdo exclusivo, como entrevistas, vídeos e inéditos.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo dia é dia

Patrícia Poeta Pfingstag, jornalista, nasceu em São Jerônimo (RS).

Publicado em todo dia é dia | Com a tag , | 1 comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Gramática

República dos Bananas

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Soy loco por Teresina!

Orlando Pedroso serve Maria isabel ao cartunista que vos digita e Albert Piauí finge não está nem aí. Salão Internacional de Humor do Piauí, mil novecentos e dercy gonçalves . © Vera Solda

Publicado em soy loco por teresina | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

A corrupção está disseminada, mas o ‘Estado-Odebrecht’ veio de Lula

Demétrio Magnoli – Folha de São Paulo

“A direita brasileira precisa se decidir sobre Temer; abandoná-lo é colocar em risco as reformas de mercado, apoiá-lo é colocar-se no centro do alvo da Lava Jato”. Celso de Barros, autor da disjuntiva (Folha, 1º/3), tende a ser uma voz ponderada. Quando mesmo ele cede ao sectarismo, temos a dimensão do esgarçamento da nossa praça de debate.

A “nova direita”, na expressão de Barros, só tem relevância para almas viciadas nas guerrilhas crônicas das redes sociais. O governo Temer, obviamente, tem a sua importância, mas o dilema de fundo, entre as reformas de mercado e a Lava Jato, diz respeito à nação inteira, não só aos governistas ou à tal “direita brasileira”. A pergunta é: como se situa frente a ele a “esquerda brasileira”, da qual Barros faz parte?

As “reformas de mercado” não emergem no vácuo histórico, mas como uma solução possível para a devastação das contas públicas e dos balanços das estatais pelos governos da “esquerda brasileira”. Não há meios de deflagrar uma discussão honesta sobre elas sem, previamente, fazer um diagnóstico da política econômica que conduziu à maior depressão registrada no país desde o colapso cafeeiro. Para não reformar-se a si mesmo, o PT foge desesperadamente desse tema. Como não lastimar que os intelectuais de esquerda contribuam com a fuga, empregando o álibi de apontar impasses nas igrejinhas histéricas da direita?

A Lava Jato também não é um raio no céu claro. A corrupção, tão velha quanto o Brasil, está disseminada por todos os partidos, mas o “Estado-Odebrecht” nasceu sob as asas de Lula. A “esquerda brasileira” centralizou os esquemas de captura privada do poder público, convertendo-os em ferramenta política estratégica. No “centro da Lava Jato”, encontram-se os que detinham as chaves das portas das empresas estatais durante os 13 gloriosos anos do verde-amarelismo lulopetista. Mas, em exercícios de hipocrisia extrema, os intelectuais de esquerda comemoram os inquéritos que atingem o círculo de Temer enquanto denunciam uma suposta “perseguição de Moro” contra seu idolatrado ex-presidente. Como não lastimar isso?

Temer pode cair, fulminado pelo TSE ou pela Lava Jato. Seria substituído por um presidente de transição, escolhido pelo Congresso. Nesse cenário, a Lava Jato permaneceria na cena, sustentada pela independência do Judiciário. As reformas de mercado tampouco evaporariam, pois contam com respaldo da maioria parlamentar. O Brasil não está obrigado a escolher entre a devassa judicial da corrupção e as reformas de mercado, pois nenhuma lei de ferro da lógica binária impede que tenha as duas. A pergunta é: será que, como sugerem os ataques lulistas à Lava Jato e a resistência do PT às reformas econômicas, a “esquerda brasileira” preferiria bloquear as duas?

O PT passou suas duas décadas iniciais denunciando a captura do Estado pelos interesses privados. No seu primeiro mandato, Lula ensaiou uma reforma da Previdência e especulou sobre a necessidade de uma reforma trabalhista. Durante os meses agônicos de Joaquim Levy, Dilma explicou que seria preciso aumentar a idade de aposentadoria. Hoje, de volta à oposição, o lulopetismo recolhe-se à caverna do populismo e do capitalismo de Estado, enfeitando-a com delinquentes invectivas contra o Judiciário. Na esperança de um 2018 “sem medo de ser feliz”, investe no caos político e no prolongamento da depressão econômica que produziu. Os intelectuais “companheiros de viagem” dão sua contribuição, esvaziando de sentido o debate público.

No texto de Barros, os rumos da economia e a natureza do Estado surgem como cascas de banana na calçada por onde transitam seitas apopléticas de “liberais” adoradores de Bolsonaro e Trump. É uma forma de ocultar que essas duas facetas da crise nacional representam o enigma que a “esquerda brasileira” precisa decifrar.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Gilberto Gil

© Jorge Bispo

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

29 de setembro, 2010 

Publicado em mural da história | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo dia é dia

Publicado em Todo dia é dia | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Imperdível!

Publicado em Imperdível! | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Orlando Pedroso

Imperdível!

Publicado em Orlando Pedroso | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mesmas Coisas

O projeto Mesmas Coisas, idealizado pela atriz e cantora Michelle Pucci, desenvolve diversas ações a partir do livro homônimo e ainda inédito de Manoel Carlos Karam. “Não há pretensão de reprodução fiel ou de adaptação do texto literário para o palco. A proposta é atritar o conteúdo e a forma e talvez, com sorte, provocar uma chama”, explica Michelle. Aqui!

Publicado em Geral | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter