Manoel Carlos Karam

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Playboy – Anos 60

1963|Sharon Cintron. Playboy Centerfold

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Revista Ideias

Travessa dos Editores|fevereiro|2017

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O filho de Dona Elsa…

© Myskiciewicz

Cunha, Temer e o aneurisma. Eduardo Cunha revelou ao juiz federal Sergio Moro que, sim,  Michel Temer participou de reuniões para indicações de cargos na Petrobras. Não se sabe se nessas ocasiões os fulanos repetiram várias vezes que “o petróleo é nosso”, mas como aqui é o Bananão, não será estranho se o presidente se defender afirmando que o ex-presidente da Câmara tem sim um aneurisma que afeta a memória.

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Bispa Sonia e a Pancada Evangélica

Outubro, 2009 – Foto do diácono que estava por perto

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André Lara Resende é patrulhado por falar de tema interditado

Elio Gaspari – Folha de São Paulo

No início de janeiro, o economista André Lara Resende publicou no jornal “Valor Econômico” o artigo “Juros e Conservadorismo Intelectual”. Longo e incompreensível para quem tropeça em coisas como “velocidade de circulação da moeda”, o texto trazia uma pergunta:

“Como é possível que depois de dois anos seguidos de queda do PIB, de aumento do desemprego, que já passa de 12% da força de trabalho, a taxa de juro no Brasil continue tão alta, enquanto no mundo desenvolvido os juros estão excepcionalmente baixos?”

Resende não apresentava a resposta, mas informava que está sendo discutida a eficácia do remédio dos juros altos contra a inflação. É possível que essa receita seja tóxica, e esse é um debate corrente na academia internacional.

André Lara Resende foi presidente do BNDES durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e integrou a ekipekonômica que criou e administrou o Plano Real, restabelecendo o valor da moeda nacional.
O artigo recebeu mais ataques que o texto de Carlos Marighella “Algumas Questões sobre as Guerrilhas no Brasil”, publicado pelo “Jornal do Brasil” em setembro de 1968.

Na maioria dos casos, Lara Resende foi contestado sem ser citado, como se fosse um ectoplasma. Assim fez o professor Samuel Pessôa reclamando por que “propagandeiam-se heterodoxias que vendem ilusões”.

Numa entrevista curta e por isso mesmo pouco articulada, o economista Armínio Fraga informou que “o André foi provocativo”, reconheceu que esse é “um debate muito especializado” e atirou na testa. Disse que Lara Resende “implicitamente sugeriu que (…) sendo mais agressivo com cortes de juros no Brasil, talvez levasse a uma queda da inflação, o problema é que essa sugestão encontrou terreno fértil no Brasil, que adora um atalho”.

Quando a repórter Erica Fraga perguntou-lhe “por que o Brasil adora atalhos”, Armínio desconversou. Falar mal do “Brasil” é um dos tiques nervosos da demofobia.

Armínio Fraga, Samuel Pessôa e o artigo de Lara Resende são mais inteligentes do que esse tipo de debate. O professor Delfim Netto registrou que “a tribo dos economistas está inquieta”, nem tanto pelo que Lara Resende disse, mas porque mexeu em coisa que deve ficar fora da agenda: a taxa de juros. Vale reiterar, Lara Resende não defendeu juros baixos mas, como disse Armínio Fraga, “implicitamente sugeriu”. E isso não se deve fazer, nem mesmo em artigos incompreensíveis para a patuleia.

Os piores atalhos são os que flertam com o silêncio. É quase certo que Armínio e Pessôa conheçam essa história, mas vale recontá-la: Em 1973, a editora Agir deveria publicar uma nova edição do clássico “Introdução à Análise Econômica”, de Paul Samuelson. Lá ele condenava as ditaduras dizendo que, mesmo quando produzem milagres econômicos, eles são transitórios. Entre elas, mencionou a ditadura brasileira. A editora não queria publicar a referência e pressionou Samuelson com a ajuda de dois corifeus do liberalismo econômico nacional, os doutores Eugênio Gudin e Roberto Campos. O atalho do silêncio funcionou, pois Samuelson concordou com a supressão do parágrafo.

Resultado: os jovens americanos que estudaram pela edição americana aprenderam que o Brasil podia quebrar. Os brasileiros só viram a quebra em 1982, quando ela aconteceu.

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Odiava cachorros, principalmente os que eram dissimulados. Não importava se eram de raça, com pedigree no papel e sobrenome com verniz de nobreza, ou vira-latas frutos da mistura de quem, durante séculos, se alimentou de lixo. Os que latiam muito alto, para demonstrar veemência que imaginavam ser sabedoria, estes ele sentia vontade de matar, principalmente porque atrapalhavam seu mundo isolado e localizado na parte de cima de uma garagem entupida de quinquilharias. O fundo da casa, entretanto, não impedia de os latidos chegarem. Pensou na solução graciliana – a de exterminar os cães para evitar que a doença se proliferasse pelo contato. Abandonou a ideia porque daria muito trabalho. As possíveis vítimas eram muitas – e ele teria de sair de casa. Resolveu então testar ainda mais a paciência. Quando ela estava prestes a se esgarçar, descobriu uma maneira de se segurar: chamava o companheiro. Ele vinha de rabo abanando, sempre, e encostava o topo da cabeça na perna dele. Cachorros – assim ele chamava os seres humanos que aspergiam palavras e perdigotos de todas as maneiras e em todos os locais. Animais que se diziam inteligentes e cometiam qualquer barbaridade para se convencer de que eram especiais. Au, au.  Seu bichinho pediu colo. Atendeu. Fez um cafuné geral. Era o único Amor que tinha na vida. Zé da Silva

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Tchans!

Madonna. © Myskiciewicz

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Mural da História

militares

2 de setembro, 2008

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Tarifa de ônibus

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Todo dia é dia

Marcos Prado [1961-1996]. © Myskiciewicz

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Manoel Carlos Karam

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Não é um Vinícius, mas é de Moraes

Rogério Distéfano – Blog do Zé Beto

O ministro Alexandre de Moraes, da Justiça, é o novo malvado favorito. Nunca esteve muito bem na fotografia desde que assumiu como secretário da Segurança de Geraldo Alckmin, em São Paulo. Ministro de Michel Temer, acumulou pontos negativos no currículo, o primeiro deles o de ser … ministro de Michel Temer. Nosso presidente apanha porque tem gato e porque não tem gato. Reconheço que sobretudo apanha porque adora ter gatos, bem pertinho.

O problema com Moraes é ter sido indicado para a vaga de Teori Zavascki no STF. Foi o que bastou para ser tudo o que o tribunal não precisa em tempos de Lava Jato. Ele pode vir ser o revisor de processo contra Michel Temer, citado na Operação. Depois disso vêm às catadupas as contraindicações: foi advogado de Eduardo Cunha, defendeu a tortura, não passou em concursos na escola do Largo de São Francisco. Parece que o STF só abriga filhas vestais de Têmis.

No Brasil, os presidentes não mandam ao STF os melhores para o país, sim os melhores para eles, de quem se espera que em algum momento sejam decisivos, não para suas políticas, mas para sua sobrevivência. Vasculhem o passado: Celso Mello – Sarney, de quem foi consultor geral; Marco Aurélio – Collor, inclusive seu primo; Gilmar Mendes – FHC, de quem foi consultor geral; Lewandowski – Lula/ Marisa Letícia, amiga e vizinha da mãe do ministro; Toffoli – Lula, de quem foi advogado geral.

O tribunal, como colegiado, vigilante e ardendo nas vaidades individuis, e agora a opinião pública, podem não só sanar o vício de origem como manter o ministro na linha correta. Delfim Neto disse uma vez que “ministro do Supremo não tem passado, só tem futuro”. Os exemplos têm demonstrado que o passado pesa no presente dos ministros. Quanto ao futuro, nem o Brasil tem futuro. É o que importa, vigilância, sempre atenta vigilância, porque o resto está na lei, nos conformes institucionais.

Vejamos o que se diz contra Moraes.

A nomeação é prerrogativa do presidente, referendada pelo Senado. Portanto, decisão política legítima. A intenção por trás não está em questão. Num ambiente de políticos comprometidos, o espaço de escolha não tem outros limites que não os da constituição. O resto é política, qualquer política, seja a de dotar o tribunal do melhor nome para o Brasil, seja o de dotar os políticos, presidente e senadores, do melhor nome para seus interesses.

Um ministro do STF não julga sozinho. Certo que na maioria portam-se como reis por direito próprio, com palpites e opiniões fora dos autos. Um deles, Gilmar Mendes, assumiu-se ombudsman do Brasil, tem solução e crítica para tudo, até contra atitudes dos colegas. Felizmente, afora o que fez o presidente Lewandowski no impeachment de Dilma, os ministros têm funcionado melhor do que se esperava, considerando o processo de escolha.

Quanto aos demais argumentos contra Alexandre de Moraes, na maioria indicam a resistência de setores contrariados com Michel Temer, a velha e cansada questão do golpe e da ilegitimidade na sucessão de Dilma. Tem a bobagem dos concursos para professor, como se houvesse concurso para ministro do STF. Advogado de Cunha? Bobagem, estaria impedido de julgar no STF. O argumento fundamental ficou de fora: o ministro Moraes é careca.

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Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato

© Myskiciewicz

A indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo não deve afetar diretamente a Lava Jato porque ele não vai para a turma que analisa essa investigação.

Moraes, porém, será o revisor da Lava Jato no plenário do Supremo e, portanto, poderá atuar em casos envolvendo o presidente da República, que o indicou, e os presidentes da Câmara e do Senado. Os três já foram mencionados em depoimentos de delação.

Além disso, ele atuará em disputas que podem ter impacto no futuro da operação, como o entendimento de que um condenado deve começar a cumprir a pena a partir de decisão da segunda instância.

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba, manifestou essa preocupação em um texto publicado no Facebook nesta segunda (6), antes de a notícia de Moraes se tornar pública.

Sem citar nomes, o procurador afirma que o novo ministro do Supremo pode ter um “forte impacto” no futuro da operação.

Em 2016 o Supremo decidiu essa questão por um placar apertado: foram seis votos a favor do cumprimento a partir da segunda instância e cinco contra. O ministro Teori Zavascki, morto no último dia 19, votou a favor.

O novo ministro poderia mudar esse placar. Moraes, porém, já disse ser favorável à prisão na segunda instância no livro “Direitos Humanos Fundamentais”.

No ano passado, o PEN (Partido Ecológico Nacional) e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ingressaram com ações para que a prisão só ocorra quando forem esgotados todos os recursos.

Dallagnol defende que, se esse entendimento voltar, a Lava Jato não será a mesma. Para ele, com a prisão na segunda instância, os criminosos de colarinho branco devem ir para a cadeia entre quatro e seis anos após o início do processo. Já com as quatro instâncias, a prisão demoraria décadas, segundo ele.

A preocupação de Dallagnol é que os réus terão alternativa à delação se a norma for alterada: “Por que [o réu] vai entregar crimes, devolver valores e se submeter a uma pena se pode escapar da Justiça?”. Folha de São Paulo

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Busão à la Greca

© Franklin de Freitas

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