Eike Batista tem cabeça raspada e é transferido para o presídio de Bangu 9

Eike teve seu cabelo raspado durante passagem pelo presídio Ary Franco. ©Fabio Motta|Estadão Conteúdo

O ex-bilionário Eike Batista, preso nesta segunda-feira (30) ao desembarcar no Rio de Janeiro, teve seu cabelo raspado durante passagem pelo presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio, onde chegou pela amanhã após desembarcar no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, vindo de Nova York. 

Por volta das 13h30, ele foi transferido para a Penitenciária Bandeira Stampa (conhecida como Bangu 9), localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

Eike teve a prisão decretada na quinta-feira (26), no âmbito da Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, o desdobramento da Lava Jato no Rio. Considerado foragido pela Justiça, o empresário teve o nome incluído na lista de procurados da Interpol. Como ele não tem ensino superior completo, vai ficar em uma cela comum.

Fernando Martins, advogado responsável pela defesa de Eike, disse que o principal objetivo agora é preservar a integridade de seu cliente. “Ele acabou de chegar e a gente ainda não conseguiu traçar uma linha de defesa. Então, vamos aguardar e conversar com o cliente. Até agora estamos tomando as medidas jurídicas cabíveis no sentido de preservar a integridade física [dele]. Esse é o nosso primeiro objetivo”, disse.

Inaugurada em 2011, a cadeia de Bangu 9 tem capacidade para 541 detentos e foi construída com objetivo de desafogar a carceragem da Polinter e receber pessoas presas em flagrante. O local é considerado menos violento do que as outras unidades do Complexo Penitenciário de Gericinó.

Bangu 9 abriga os presos de “faxina”, aqueles que fazem o trabalho interno nos presídios. Em meados de janeiro, o presídio precisou ser esvaziado temporariamente, para receber milicianos e ex-PMs que foram transferidos para lá.

Eles deixaram Bangu 6 em uma medida da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) para evitar confrontos entre as facções e milícias dentro do presídio e acalmar os detentos.

Os outros detidos nos desdobramentos da Lava Jato no Rio, como o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), foram encaminhados para Bangu 8 por terem diploma universitário, mas Eike não concluiu sua formação em engenharia.

A investigação

Quando o mandado de prisão foi expedido, Eike estava fora do país. A prisão foi decretada após a delação dos irmãos e doleiros Renato Hasson Chebar e Marcelo Hasson, que contaram sobre o pagamento de US$ 16,5 milhões de propina a Cabral.

Segundo a investigação, o pagamento da propina faz parte do esquema usado por Cabral e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Desse valor, repassado em ações da Vale, da Petrobras e da Ambev, apenas 10% já foi recuperado pelo Ministério Público Federal.

Ao decidir pela prisão preventiva de Eike e de mais oito pessoas, o juiz Marcelo Bretas argumentou que havia “a necessidade estancar imediatamente a atividade criminosa”.

Além da prisão preventiva de Eike, foram pedidas as prisões do ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), do ex-secretário Wilson Carlos, do ex-assessor de Cabral Carlos Miranda. Também são alvos Luiz Carlos Bezerra, Álvaro José Galliez Novis, Sergio de Castro Oliveira, Thiago Aragão, Francisco de Assis Neto e o advogado Flávio Godinho. Cabral, Wilson Carlos e Miranda foram presos na primeira fase, de 17 de novembro de 2016.

UOL – São Paulo

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Fiu-fiu, vereadora

Um vereador – ou vereadora; não fazem diferença sexo, partido, nome de guerra ou o que seja diante da consumada irrelevância do segmento inicial da classe política. Um vereador, ou vereadora, de Curitiba, apresenta projeto de lei estabelecendo punição para o assédio sonoro às mulheres, o velho fiu-fiu de tantas cantadas falhadas. Parece que a autoria é de vereadora, pois vereador homem, mesmo da bancada GBTT (o L fica fora no contexto), jamais faria isso, seria legislar contra si mesmo.

Pois é, a vereadora quer multa para quem assedia assoviando. Longe de mim questionar a perspicácia da vereadora, afinal ela foi eleita nesta Curitiba cada vez mais universitária. Perspicácia, no caso, não tiveram os que a elegeram. Mas esses pobres coitados nunca tiveram e dificilmente virão a ter perspicácia. É da índole da democracia a vocação do cidadão para o suicídio cívico. Vejam o que os norte-americanos fizeram ao eleger Donald Trump. E para cutucar os petistas: e nós ao elegermos Dilma.

Nossa vereadora, se ler estas linhas, pode se sentir enaltecida na comparação com Trump. Então tire seu fiu-fiu da chuva, que faço a comparação entre eleitores, não entre políticos. Ops, falha minha; todos são iguais na irresponsabilidade e na estupidez. De onde a vereadora tirou a inspiração? Minha saudosa amiga Eliana Vidal, gênio do motejo, responderia, “do nariz, com graveto”. Não tenho o mesmo espírito refinado. Para mim é recalque, exemplo de livro, a frustração convertida em bandeira.

A edil nunca foi assediada pelo fiu-fiu, não sabe do valor do fiu-fiu na autoestima das mulheres. Invoco minha ex-namorada, paixão da mocidade, amiga de toda a vida, Margareth Schafranski. Sessentona sacudida, inteiraça, dois filhos e quatro netos, ela transita pela cidade sempre a pé, à procura de obras em construção, desde que lá do segundo andaime dois pedreiros, um no fiu-fiu, ambos no berro, passaram-lhe o atestado de “tesão de coroa”. Ela votou em Goura Nataraj.

Tento agora, ao final, dar o mínimo de seriedade ao projeto da vereadora. Vou tratá-la como vereadora. Como punir os infratores do fiu-fiu, como fiscalizar, como identificá-los? A Guarda Municipal – teria competência para isso? – com um batalhão de caça-assoviadores? Como recolher essa canalha para entregar o boleto da multa? Será que todos portam identidades e endereço para entrega postal da multa e para o cadastro dos assoviadores? Santa Maria Bueno, e a gente paga tanta inutilidade.

Rogério Distéfano

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Fraga

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mesmas coisas

No último ensaio aberto, a fotógrafa Paula Morais resumiu bem: “É sempre a mesma coisa, mas nunca a mesma coisa”. É com essa frase que a cia brasileira de teatro convida vocês todos para o segundo ensaio aberto hoje, segunda, dia 30, às 15h, Rua José Bonifácio, 135, sala 01, Largo da Ordem, Curitiba. Todo mundo lá!

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concurso da folha premia o vazio entre o jornal, desenhistas e o leitores

neste sábado, dia 28 de janeiro, o jornal a Folha de s. paulo anunciou os selecionados de seu 5º concurso de ilustração. como sempre , o resultado traz polêmicas e opiniões divergentes.

concursos como esse já trouxeram à luz trabalhos de desenhistas como spacca, hoje produzindo livros,  fernando gonsales e caco galhardo que, até hoje, continuam impávidos colosso na seção de tirinhas.

apesar de não haver grandes novidades e com várias sensações de já vi isso antes, me parece que a que a seleção é mais homogênea do que em outras edições.

pode ser impressão.

deveríamos entrar nos sites e páginas pessoais de cada um para saber se todos têm uma produção coerente e contínua ao longo dos anos.

digo isso porque, detalhe, as idades dos premiados não são as de novatos. todos giram em torno dos 30, com um de 25, dois de 27 e dois na faixa dos 50.

a folha sempre procurando surpreender.

nesse ponto, há de se tirar o chapéu para o diário. a folha sempre foi o jornal que mais abriu espaço para novos talentos, para desenhistas com um futuro promissor, apostas que ficaram pelo meio do caminho e um grande número de colaboradores sempre.

o prêmio para os selecionados (desistiram da opção de haver um grande vencedor) é a publicação de pelo menos UMA vez nas páginas do maior jornal do país.

aqui é onde o assunto começa.

as grandes publicações do país estamparam em suas páginas nomes como millôr, ziraldo, jaguar, fortuna. assim, revistas como realidade, o cruzeiro ou senhor fizeram história.

na folha, nomes como angeli, laerte, glauco, emílio damiani, mariza, luiz gê, só para ficar entre alguns, se mimetizaram com a história do jornal e vice e versa.

é o angeli da folha ou a folha do angeli? é a folha do níquel náusea ou o níquel náusea da folha?

ilustradores, cartunistas, chargistas, assim como os colunistas fixos são o que dão a cara da publicação. só publicando diariamente que se constrói um portifolio que irá ser cúmplice do jornal e do leitor.

a folha tem hoje cerca de 60 desenhistas orbitando ao seu redor. cada um publica uma vez a cada semana ou 15 dias.

é meio como um casamento sem sexo, desinteressante, sem história, sem tesão.

concursos como esse, neste cenário, querem dizer absolutamente nada porque não se procura o compromisso, a troca com o leitor.

é um factóide que não tem resultado nenhum para nenhum dos lados.

para o desenhista não existe a visibilidade ou a possibilidade de se construir um universo; para o leitor, cada vez mais esporádico, intimidade alguma; para o jornal, parceria ou identidade alguma.

publicar num jornal diário ou numa publicação semanal, é um ofício e esse ofício vai sendo construído diariamente com novas ideias, novas soluções, novos desafios.

é quase uma missão.

a história mundial das artes gráficas e do jornalismo é construída a partir dessa intimidade entre o publicador, o jornalista, o desenhista e o leitor.

aqui, na contra-mão, se aposta num fast-food sem sal, sem gosto e que já demonstra sinais de fadiga.

desenhistas se espelhavam nos grandes profissionais para se tornarem melhores, conseguirem seu lugar no panteão, respirar o mesmo ar que seus ídolos respiravam dentro das redações ou grandes encontros.

criticamos músicos de uma música só, atores de uma novela só, autores de um livro só. num momento tão vital para a vida dos grandes jornais, apostar no eterno amadorismo, no sucateamento, na precarização do trabalho e na falta de intimidade com o leitor me parece ser um tiro no pé que levará anos para ser curado.

Blog do Orlando

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Delação causa rompimento entre Marcelo e Emílio Odebrecht

O acordo de delação premiada da Odebrecht causou o rompimento das relações entre o ex-presidente e herdeiro do grupo empresarial, Marcelo Odebrecht, e seu pai, Emílio, presidente do Conselho de Administração do conglomerado. A informação foi confirmada ao UOL por cinco pessoas ligadas à Operação Lava Jato ou à Odebrecht, sob a condição de terem suas identidades preservadas.

“Marcelo sente-se injustiçado. Ele se vê como um bode expiatório. Acha que pagará o preço mais alto entre todos os envolvidos na Lava Jato também porque seu pai aceitou delatá-lo”, afirmou ao UOL um funcionário de alto escalão da Odebrecht.

“Marcelo pagava mesmo propina e, de certa forma, desafiava as autoridades que poderiam o incriminar. Emílio, por sua vez, era mais conservador. Cometeu e sabia de ilegalidades, mas era mais contido”, acrescentou.

Na última sexta-feira (27), Marcelo Odebrecht ratificou a um juiz auxiliar do STF (Supremo Tribunal Federal) o depoimento feito a procuradores da operação e confirmou os termos de seu acordo de delação premiada.

Colaborar com os investigadores foi uma derrota pessoal de Marcelo e uma vitória de seu pai, além de abrir a crise de relacionamento entre os dois protagonistas do clã baiano de origem germânica. Nos primeiros meses após sua prisão –ocorrida em junho de 2015, durante a 14ª fase da operação–, o executivo insistia em negar as acusações e rejeitava aderir a um acordo. Emílio, por sua vez, decidiu rapidamente pela delação como forma de preservar a empresa.

Grupo de Emilio versus grupo de Marcelo

Na primeira visita que fez a Marcelo na prisão em Curitiba, em setembro de 2015, Emílio o sugeriu que optasse por delatar, hipótese repelida pelo filho, como revelou a revista “Piauí”. Marcelo está detido na carceragem da sede da Polícia Federal em Curitiba. “Em determinado momento, ele reclamou de que o pai não aparecia para visita-lo”, disse um investigador da Lava Jato.

“Este assunto [a delação] estremeceu a relação entre ambos. Havia dois grupos na empresa: o de Marcelo, que não queria a delação de jeito nenhum, e o de Emílio, que achava a delação a melhor saída”, disse um membro do Conselho de Administração da Odebrecht. “Venceu a tese de Emílio.” Continue lendo

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Com razão

Ruy Castro – Folha de São Paulo

O empregado abriu o portão da casa em Guarujá e disse que o presidente (na verdade, ex) Jânio Quadros me esperava. Estávamos em novembro de 1983, e Jânio acabara de lançar um livro de contos, que alegava ter escrito em uma semana. Era sobre isso que eu ia ouvi-lo para a Folha. Antes mesmo de dizer bom-dia —eram 11 da manhã—, perguntou-me o que eu queria tomar.

Jornalistas não devem beber em serviço, mas quem resistiria a um convite para beber com Jânio Quadros? Respondi, tibiamente, “Vodca, presidente, se tiver”. Ele ergueu um olho: “Vodca? Interessante. Acabo de voltar da URSS, onde viajei pela Transiberiana. Vamos ver o que temos aqui de vodca”. Abriu uma porta de correr e o que havia ali de vodca abasteceria toda a Transiberiana ou a própria URSS. E assim começamos: eu, com uma garrafinha de Wyborowa; ele, com um litro de Cutty Sark.

Duas horas depois, zeradas as garrafas, eu já tinha o que precisava sobre sua estreia na literatura. Mas Jânio ordenou que ficasse para almoçar -”Eloá [sua mulher] insiste!”, garantiu. E, assim, à mesa, seguimos discutindo literatura (que, para ele, consistia no uso das ênclises, próclises e mesóclises), refrescados por um suprimento de cerveja que parecia saído de um carro-pipa da Antarctica estacionado debaixo da janela.

Findo o almoço, ensaiei uma despedida, mas Jânio mandou vir licores e, de copinho na mão, guiou-me numa excursão por suas estantes, vergadas de livros de direito -e, aí, sim, num canto, um nicho contendo uma linda coleção de romances policiais ingleses. Fã do gênero, cumprimentei-o por ela, e só então ele me deixou ir. Dois anos depois, Jânio elegeu-se prefeito de São Paulo e, em 1992, morreu aos 75 anos.

Nesta quarta, 25, tivemos seu centenário de nascimento. Ninguém, com razão, se lembrou de sua literatura.

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Vai lá!

The Criterion Collection

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MPF só recupera 10% da propina de Eike

© Myskiciewicz

O Estadão informa que o MPF só recuperou 10% dos US$ 16,5 milhões pagos como propina por Eike Batista a Sérgio Cabral (PMDB-RJ) com da Vale, da Petrobrás e da Ambev.

Ao liquidar os papéis, os procuradores conseguiram meros US$ 1,6 milhão.

o antagonista

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Fraga

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Flagrantes da vida real

Foca Cruz, sempre bem acompanhado.  © Maringas Maciel

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Mural da História

28 de março, 2009

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Justiça bloqueia R$ 158 mil de Eike e R$ 57 milhões de advogado

© Jonathan Alcorn|Bloomberg

A Justiça Federal bloqueou R$ 158 mil depositados em contas atribuídas ao empresário Eike Batista, suspeito de pagar e ajudar a ocultar propina ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

Foram localizados também R$ 57 milhões em nome do advogado Flávio Godinho, ex-executivo do grupo EBX e que elaborou, segundo as investigações, a operação financeira para repassar a propina para o peemedebista.

A informação foi divulgada pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo, e confirmada pela Folha. O total bloqueado pela Justiça foi de R$ 67 milhões.

O bloqueio atende a determinação do juiz Marcelo Bretas. Os recursos ficam à disposição da Justiça em caso de condenação futura dos investigados.

Folha de São Paulo

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Tempo

Sandra Solda no colo do cartunista que vos digita, Bar Rei do Siri, um dos melhores botecos da cidade, final da década de 70. © Dico Kremer

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Absolut

John Vincent Hurt |1940|2017. © Myskiciewicz

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