Ceia Macabra

Michel Temer foi aconselhado por aliados a escolher um nome político para a vaga de Teori Zavascki no Supremo. Nome político seria o jurista que transita na política, segundo os ditos aliados, alguém que suporte as pressões próprias do meio político. Os aliados estão preocupados com as pressões sobre quem venha a herdar a relatoria da operação Lava Jato. Antes de ser tomado pela emoção, caro leitor, e debulhar-se em lágrimas cívicas, fique sabendo como e quem apresentou a proposta ao presidente da República.

O ‘como’ foi exatamente durante o ato de comer, um jantar. Interessante como os políticos resolvem os problemas deles e mandam para o povo até a conta da comida – não é mesmo, prefeito Rafael Greca? Jantar em palácio, regabofe de pandilha, no qual participaram, além de Michel Temer, Renan Calheiros, Romero Jucá, Eliseu Padilha e Weliington Moreira Franco, que dispensam apresentação. Esse povo reunido, ainda que na mais beata das missas ou em exaltado culto evangélico, representa conspiração.

A proposta apresentada a Temer, e seguramente divulgada pela assessoria presidencial para sentir o pulso da imprensa e da opinião pública, tem que ser lida assim: o político há de ser um nome ao gosto da turma, na festa de São João antecipada para janeiro em que ensaiaram quadrilha; as pressões a que esse nome político deve resistir não serão as dos políticos, pois os quatro cavaleiros de nosso apocalipse estarão no Senado para envolvê-lo, protegê-lo, patrocinar sua nomeação e, no Supremo, receber a retribuição devida.

Os convivas da ceia macabra são, direta ou indiretamente, em maior ou menor grau, às claras ou ainda às escuras, alvos da Lava Jato. O mais inocente entre eles não é suspeito nem por omissão, todos o são por comissão – o tamanho, perguntem ao procurador Dall’Agnol, que voltou às paradas anunciando a Lava Jato em escala nacional. No tempo da ditadura o jornalista Hélio Fernandes, crítico dos militares, deu manchete em seu jornal: “O ministro Fulano reuniu-se com o ministro Sicrano. E a polícia não apareceu”. A mesma coisa aconteceu na ceia macabra.

Rogério Distéfano

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O amigo bilionário

Bernardo Mello Franco – Folha de São Paulo

BRASÍLIA – Nos últimos anos, poucos empresários brasileiros foram tão próximos do poder quanto Eike Batista. Sua ascensão meteórica foi impulsionada por uma intensa troca de favores com políticos. O dono do grupo X era o amigo bilionário, sempre disposto a bancar campanhas, emprestar jatinhos e abrir portas no mundo dos negócios.

O empresário procurava agradar a todos, sem distinção partidária. Em 2006, fez doações idênticas de R$ 1 milhão para Lula e Geraldo Alckmin. Em 2010, repetiu a dose com Dilma Rousseff e José Serra. Até Marina Silva, que não tinha chances de vitória, recebeu sua cota de R$ 500 mil.

A lei permitia o financiamento privado, e Eike dizia que seu objetivo era contribuir com a democracia. Suas tacadas dependiam de ações do poder público, como a liberação de licenças ambientais e empréstimos do BNDES, mas ninguém parecia preocupado com o conflito de interesses. Se todos estavam felizes com o patrocínio, quem haveria de reclamar?

Em Brasília, o então bilionário era visto como um parceiro das gestões petistas. No governo Lula, virou campeão de multas por desmatamento, mas foi recebido com festa pelo ministro do Meio Ambiente. No governo Dilma, conseguiu vestir a presidente da República com o macacão laranja de sua petroleira.

No Rio, Eike investiu pesado na relação com Sérgio Cabral. Além de apoiar campanhas, financiou vitrines da gestão do peemedebista, como as unidades de polícia pacificadora e a candidatura para sediar os Jogos Olímpicos. Em 2008, quando a PF levantou as primeiras suspeitas sobre o empresário, o governador abriu o palácio para defendê-lo. Foi um amor eterno enquanto durou.

Nove anos depois, Cabral está preso em Bangu e Eike é procurado pela Interpol, acusado de ocultar dinheiro de propina. O empresário que bancava os poderosos já deixou de ser bilionário. O próximo passo é deixar de ser amigo, quando tiver que escolher entre a cadeia e o acordo de delação.

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Poty Lazzarotto é destaque da programação semanal do MON

A obra do artista curitibano é referência na oficina preparada pela Ação Educativa

O Museu Oscar Niemeyer (MON) convida o público a participar da programação semanal preparada pela equipe da Ação Educativa. As atividades acontecem no domingo e quarta-feira, dias 29 de janeiro e 1º de fevereiro, e têm o objetivo de aproximar os visitantes da arte.

No domingo, 29/01, tem oficina livre de desenho com nanquim, das 11h às 17h, usando como referência a obra de Poty Lazzarotto. Haverá também visita mediada pela exposição “Trajetória: 114 anos da Escola de Alfredo Andersen”, às 15h. A mostra reúne obras do artista que é considerado o pai da pintura paranaense e de seus discípulos, e abriga uma réplica do ateliê de Andersen.

Na quarta-feira, 01/02, a oficina de desenho com nanquim se repete no mesmo horário, entre 11h e 17h. Neste dia, a visita mediada é pela exposição “Histórias do acervo MON – em aberto”, às 15h. Nesta mostra os visitantes podem conhecer parte do acervo do museu, que é composto por cerca de quatro mil obras.

Aos domingos a entrada no MON custa R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada). Maiores de 60 e menores de 12 anos têm entrada franca. Nas quartas a entrada sempre é gratuita. A retirada de ingressos no museu pode ser feita até as 17h30, na bilheteria.

Serviço
Programação especial de domingo
29 de janeiro de 2017
R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada)
Maiores de 60 e menores de 12 anos têm entrada gratuita
Venda de ingressos: até as 17h30
Permanência no museu: até as 18h

Quarta gratuita no Museu Oscar Niemeyer
1º de fevereiro de 2017
Entrada franca das 10h às 18h
Acesso até as 17h30

Programação
Domingo, 29 de janeiro
Oficina livre com a equipe da Ação Educativa
Técnica: Desenho com nanquim. Referência: Poty Lazzarotto
Horário: 11h às 17h
Local: Sala de Oficina – subsolo

Mediação com a equipe da Ação Educativa
Exposição: “Trajetória: 114 anos da escola de Alfredo Andersen”
Horário: 15h
Local: Sala 8

Quarta-feira, 1º de fevereiro
Oficina livre com a equipe da Ação Educativa
Técnica: Desenho com nanquim. Referência: Poty Lazzarotto
Horário: 11h às 17h
Local: Sala de Oficina – subsolo

Mediação com a equipe da Ação Educativa
Exposição: “Histórias do acervo MON: em aberto”
Horário: 15h
Local: Sala 6

Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999.
Visitação: Terça a domingo, das 10h às 18h
www.museuoscarniemeyer.org.br

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Flagrantes da vida real

Zé Beto e Ivan Schmidt, encontro histórico num café na Praça Santos Andrade. © Maringas Maciel 

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Tchans!

© Nicole Tran Ba Vang

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Eike entra na lista da Interpol e vira foragido internacional

© Myskiciewicz

O nome do empresário Eike Batista, alvo da Operação Eficiência, deflagrada hoje (26) no Rio de Janeiro, foi incluído na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional. Após de não localizar o empresário na manhã de ontem (26), a Polícia Federal solicitou ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio e que autorizou o mandado de prisão do empresário, que formalizasse o pedido de inclusão do nome de Eike na lista, o que ocorreu no decorrer do dia. Com isso, o empresário pode ser preso no exterior, extraditado e é considerado foragido internacional.

A solicitação da PF foi feita mesmo após o advogado de Eike, Fernando Martins, ter dito que o empresário pretende se entregar o mais breve possível à Justiça. O advogado disse que o empresário está em Nova York, nos Estados Unidos, onde participa de reuniões de negócio.

O nome do empresário foi incluído na chamada difusão vermelha da Interpol, que elenca criminosos que cometeram pedofilia, lavagem de dinheiro e terrorismo.

As investigações apontam que Eike Batista e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Eike Batista, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem obstruído as investigações.

O delegado federal Tacio Muzzi, um dos coordenadores da Operação Eficiência, disse, em entrevista à imprensa, que ainda não é possível informar se Eike foi para os Estados Unidos com intenção de fugir. “Estamos tendo cuidado para ver se há espontaneidade dele se apresentar à Justiça”, disse. Continue lendo

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ó!

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No baile dos Mamonas

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Estava em sossego, a saborear o latte, obra inigualável de Michele, barista do Nougat, quando a mesa é invadida por Stélio Natário de Souza. Stélio é burocrata antigo, que nasce, renasce, morre e remorre nas administrações que num momento entusiasmam os paranaenses e em seguida trazem decepções profundas e antipatias invencíveis.

Stélio se diz tecnocrata, pois sempre atuou na área técnica – na técnica de conseguir dinheiro para as campanhas do chefe. Do chefe ingrato, além dos cargos, só recebe o sarcasmo: “Stélio Natário de Souza, falso até no Souza”. Stélio engole o chiste, fiel ao chefe e Natário com o mundo. Nesse nível ninguém cospe, sempre engole. Para não interromper o fio da miada, continuo.

Não tenho, não tive, não quero intimidade com Stélio Natário, sentimento reciprocado. Deve ter sido a solidão que o trouxe à minha mesa. Folha de S. Paulo na mão, indignado com a ordem de prisão de Eike Batista, alvo da Lava Jato por pagar propina ao governador Sérgio Cabral – quem não, estive por perguntar. Estranhei a indignação, sempre achei que Stélio aprovasse propina.

“Passei por isso, até hoje tem fofocas sobre minha honestidade, vivo de aposentadoria” (não disse qual). Dava pena ver aquele homem outrora poderoso, senhor absoluto de aditamentos e reajustes,  combalido pela frustração. Fui tocado pela empatia: ‘Calma, irmão, sei como é. Lembre dos Mamonas Assassinas – te passaram a mão na bunda e você não comeu ninguém’.

Rogério Distéfano

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Conselho analisa vazamento de exame de Marisa Letícia

© Myskiciewicz

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) vai investigar o vazamento de uma tomografia feita pela ex-primeira-dama Marisa Letícia. As informações são da coluna de Mônica Bérgamo, na Folha de S. Paulo.

“A apuração pode apontar se a divulgação de dados clínicos teve a participação de médicos ou se era do conhecimento da diretoria técnica ou clínica da instituição”, lê-se em um comunicado emitido pelo Cremesp. Segundo o que consta no Código de Ética Médica, profissionais da área da saúde estão proibidos de liberar prontuários a terceiros – isso inclui exames feitos pelos pacientes.

A instituição ainda lamenta o ocorrido e diz que o procedimento para pacientes famosos é que as novidades a respeito da saúde dos mesmos sejam divulgadas através de boletins médicos, que são autorizados por um responsável ou pelo próprio doente.

Marisa Letícia está internada desde terça-feira (24), quando sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). As imagens da tomografia foram divulgadas primeiro pelo jornalista Claudio Tognolli. O profissional alegou que conseguiu ter acesso ao exame através de uma fonte “militante do PT e muito ligada ao partido”.

Através de uma nota, o Hospital Sírio-Libanês, onde Marisa está internada, disse que “zela pela privacidade de seus pacientes e repudia a quebra de sigilo médico por qualquer profissional de saúde”. Ainda de acordo com o texto da nota, o hospital se defende dizendo que o jornalista “deixa claro que sua fonte não foi o Hospital Sírio-Libanês ou qualquer um de seus profissionais. Ele também informa que a imagem mostrada não é de um exame realizado dentro da nossa instituição”.

A ex-primeira dama foi atendida no Hospital Assunção, em São Bernardo do Campo, antes de ir para o Sírio-Libanês. A instituição afirma que, “tão logo tomou conhecimento do evento, imediatamente instaurou sindicância interna para apuração dos fatos, tendo suspendido e afastado os envolvidos na investigação até a sua conclusão”.

Leia também: Marisa Letícia está sedada e estável, diz Sírio-Libanês

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Tusquinha

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A verdadeira foto oficial

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Últimos dias para visitar mostra interativa sobre Oscar Niemeyer no MON

“Oscar Niemeyer: Vida e Obra – arquitetura é invenção” fica em cartaz até o próximo domingo, 29/01

O Museu Oscar Niemeyer (MON) encerra a exposição “Oscar Niemeyer: Vida e Obra – arquitetura é invenção” no dia 29 de janeiro, domingo. A mostra está aberta para o público desde 29 de setembro de 2016 e recebeu mais de 90 mil pessoas neste período.

“Vida e Obra – arquitetura é invenção” é completamente interativa e usa tecnologia para apresentar as fases da arquitetura de Niemeyer, os diferenciais de sua obra e sua visão humanista. A mostra conta com os principais projetos assinados pelo arquiteto, inclusive os que ainda não foram lançados, e apresentará os destaques de sua carreira.

Em parceria com a Fundação Oscar Niemeyer, a exposição foi idealizada pela YDreams Global, que assina a concepção expográfica e produção multimídia; e da Cuckoo Brand Experience & Marketing, proponente do projeto, responsável pela cenografia e por trazer o projeto para Curitiba.

Sobre Oscar Niemeyer

Oscar Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1907 e morreu em 5 de dezembro de 2012, aos 104 anos. É considerado um dos maiores nomes da arquitetura moderna internacional.

Na década de 1940, Niemeyer projetou o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais, sob encomenda do prefeito Juscelino Kubitschek, construído entre 1942 e 1944. Nos anos 1950 foram construídos os edifícios que incluiriam Niemeyer definitivamente na história da arquitetura nacional e o projetariam internacionalmente: os primeiros prédios de Brasília, como o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes e a Catedral.

No Brasil, em 1980, Oscar Niemeyer prestou uma homenagem ao amigo dos tempos da construção de Brasília, Juscelino Kubitschek, com a construção do Memorial JK. Nove anos depois foi a vez do Memorial da América Latina, um marco em São Paulo que celebra laços latino-americanos.

Em 1994 passou a ser também o arquiteto de espaços voltados à arte, como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), e novamente dos espaços democráticos, como a sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília (1998). Autor de inúmeros projetos, alguns estão entre os mais importantes: Parque do Ibirapuera (São Paulo, 1951); a sede do Partido Comunista Francês (Paris, 1965); a Escola de Arquitetura de Argel (Argélia, 1968); a sede da Editora Mondadori em Milão (Itália, 1968); e a sede do jornal L Humanité, Saint-Denis (França, 1987).

 Serviço:
Encerramento da mostra
“Oscar Niemeyer: Vida e Obra
– arquitetura é invenção”
Até 29 de janeiro de 2017, domingo
Ingresso: R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada)
Terça a domingo, das 10h às 18h
Quarta Gratuita, das 10h às 18h
Retirada de ingressos: até 17h30
www.museuoscarniemeyer.org.br

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Mural da História

Em algum lugar do passado.

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Tina Modotti

    © Juan Yanes

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César Marchesini

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