Concreto na paisá

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© Roberto José da Silva

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Bandidinhos e bandidões

© Myskiciewicz

BANDIDO DE FIBRA é esse bandidinho que aparece algemado no jornal, de calção, sem camisa, chinelo de dedo. Olha de frente para as câmaras, estufa o peito e em alguns casos chega a justificar o pior dos crimes. Não estou exaltando a criminalidade, longe disso. Estou exaltando a autenticidade, a sinceridade, diria até a hombridade dos bandidinhos. Nos últimos doze anos desta república já velha de 127, começam a ser presos os bandidos da pesada, os bandidões, também conhecidos como políticos. Tracemos semelhanças e diferenças entre ambos.

Os bandidinhos sofrem o rigor do código penal e o desconforto das prisões. Os da pesada, nem um nem outro; têm prisão especial e modorram em prisões-hospital, como os hipertensos da Lava Jato. O juiz não faz afago na cabeça dos bandidinhos; os bandidões são protegidos pelo presidente da república, que diz que não é crime aquilo está na cara ser crime – vide a advocacia administrativa do ministro Geddel Vieira Lima. Foi-se o mensalão, veio a lava jato e a aliança para manchar a república está mais forte. De novo, só o novo chefe.

Os bandidinhos ficam em cadeias sujas, superlotadas, insalubres, expostos a doenças, assédio sexual e morte nas disputas de gangues carcerárias. Os bandidões têm celas individuais, confortáveis para os padrões carcerários, que dividem com um único companheiro, como o hotel três estrelas, padrão Íbis, da República de Curitiba, região agrícola, conforme o advogado falastrão de Lula/Marisa; dificilmente entram em conflito porque no geral associam-se no crime; e, quando conflitam, logo se harmonizam, que o butim é grande.

Os bandidinhos aguentam o tranco da cadeia; os bandidões borram-se pela perspectiva da prisão preventiva. Os bandidos da pesada, arrogantes, sobranceiros e impávidos antes de apanhados pela lei, quando na prisão têm siricoticos, crises hipertensivas, surtos de choro e há até os que buscam o mocó da dupla cidadania. Por todos, vide o esperneio do ex-governador Anthony Garotinho, o chororô preventivo do ex-presidente Lula, a histeria da senadora quando a polícia remexeu a gaveta de cuecas do marido.

Entre os da pesada há aqueles com o ethos dos bandidinhos. Mostram compostura, sangue frio; até ousaria reconhecer-lhes certa dignidade quando conduzidos à prisão. Alguém dirá, e não tenho como refutar, que é só a segurança da impunidade ou da punição branda. A má sorte dos bandidões pode acabar nesta semana. Seus irmãos/asseclas do Congresso Nacional votam anistia dos crimes que os levaram à humilhação das prisões preventivas. Proteção para os de Brasília e para os residentes da “cidade masmorra” (R. Greca) da “região agrícola do país”. Rogério Distéfano

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Anthony, aquele…

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‘Precisamos que o Geddel permaneça no governo’, diz Maia

© Myskiciewicz

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), saiu nesta terça-feira em defesa da permanência do ministro Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo. Segundo Maia, Geddel exerceu papel fundamental na aprovação da emenda constitucional que limitou o teto de gastos do governo na Câmara e será muito importante na votação da Reforma da Previdência. Maia minimizou a acusação, feita pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de tentativa de tráfico de influência por parte de Geddel.

— Geddel tem o apoio do Parlamento, tem a confiança, tem exercido papel fundamental para o governo na articulação política. Nós precisamos que o ministro Geddel permaneça no governo, o papel dele foi vital na vitória da PEC do teto e será fundamental da vitória da reforma da Previdência. É o que tenho ouvido dos deputados — disse Maia, na saída de um evento em São Paulo.

Segundo o presidente, o episódio envolvendo Calero e Geddel tem a posição de dois colaboradores do governo, mas ele ficou convencido das explicações dadas por Geddel:

— Esse é um episódio que aconteceu, tem duas posições, não é bom, mas pela entrevista que Geddel deu fiquei muito convencido que tem apoio do Temer e tem nosso apoio. Vamos virar essa página, o episódio aconteceu, vamos separar as coisas. Claro que tráfico de influência não é bom, sei que não aconteceu, o parecer indeferido não foi refeito. O governo precisa de tranquilidade e precisa continuar contando com Geddel.

Nesta segunda, o conselheiro José Saraiva recuou e retirou o pedido de vista do processo sobre Geddel na Comissão de Ética da Presidência (CEP). O processo contra o ministro foi aberto por unanimidade, e Geddel terá dez dias para se pronunciar.

PACOTE CONTRA A CORRUPÇÃO

Maia também voltou a dizer que, assim que for votado na comissão especial, o projeto que trata das dez medidas de combate à corrupção será levado para a votação no plenário. Maia disse que o plenário e os líderes partidários decidem como votar o projeto, se de forma simbólica, caso haja consenso no texto votado na comissão, ou nominal. O presidente disse ainda que a criminalização do caixa dois veio no texto do projeto encaminhado pelo Ministério Público à Câmara.

— Se votar de forma simbólica é porque saiu um bom texto da comissão e tem consenso. Casa Cada partido, cada líder que assuma a responsabilidade pelo texto. Todas as mudanças têm que ser debatidas, ninguém tem texto perfeito. O Legislativo tem direito de mudar o que quiser, a sociedade pode encaminhar projeto de lei, mas a responsabilidade de votar é da Câmara — disse Maia, acrescentando:

— A criminalização do caixa 2 vem nas propostas. Vem o debate: tipificando para frente está anistiando para trás. Muitos dizem que sim, só vale para frente, outros que não. Depois que sair da comissão vamos votar no plenário, a votação será feita de forma clara. O Globo

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Família de Geddel representa prédio em ação contra Iphan

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. © Pedro Ladeira|FolhaPress

Um primo e um sobrinho do ministro Geddel Vieira Lima atuam como representantes do empreendimento La Vue junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O prédio está sendo erguido numa das áreas mais nobres da capital baiana, a Ladeira da Barra, e virou alvo de polêmica após o pedido de demissão do ministro da Cultura, Marcelo Calero.

Em entrevista à Folha no sábado (19), Calero disse que entregou o cargo porque o ministro Geddel Vieira Lima (Governo) o pressionou para que o Iphan derrubasse uma decisão contrária à obra.

Geddel disse na ocasião ter um apartamento no local. Mas suas ligações com o empreendimento são na verdade maiores, uma vez que parentes do ministro representam formalmente o projeto na disputa com o Iphan.

Em um documento anexado no processo administrativo que tramitou junto ao Iphan, a Porto Ladeira da Barra Empreendimento, empresa responsável pelo La Vue, nomeou como procuradores os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Vieira Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto. Jayme é primo de Geddel e sócio dele no restaurante Al Mare, em Salvador. Afrísio é filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel.

A procuração foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel tomar posse como ministro. Ela não tem prazo de validade. Semanas antes, ainda na gestão Dilma Rousseff (PT), o Iphan havia embargado a obra por considera que o prédio afetaria monumentos tombados da região como o Forte de São Diogo e a Igreja de Santo Antônio da Barra.

O documento possibilita aos advogados e ao estagiário “representar o outorgante [empreendimento La Vue], conjunta ou separadamente, perante o Iphan”, dando poderes para “interpor recursos perante qualquer juízo, instância ou tribunal”. O outro signatário da procuração, o advogado Igor Andrade Costa, é sócio de Jayme num escritório de advocacia.

Costa ainda assina como representante legal do empreendimento na ata de constituição do condomínio do La Vue registrada em cartório de imóveis de Salvador. A procuração que colocou parentes de Geddel como representantes do La Vue junto ao Iphan foi assinada depois de o ministro ter adquirido o apartamento.

Em entrevista, o ministro afirmou que assinou um contrato de compra e venda de um imóvel no empreendimento em 2015. Continue lendo

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Mural da História

17 de fevereiro, 201o

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Se não for divertido não tem graça

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Pentelhos

Rowen. © IShotMySelf

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Eles vão ficando, ficando…

República dos Bananas

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Agamenon: ​Caça aos broxas

A Operação Lava Rato está passando o Brasil a limpo! E a sujo também! Agora, com a felação premiada de Marcelo Odecheque, não vai sobrar prega sobre prega na política brasileira. Senadores, deputados, governadores e prefeitos de todos os partidos estão com os seus respectivos pavilhões reto-furiculares na mão. Todos sabem que serão devidamente dedurados, um a um, pelo dublê de X9 e empreiteiro baiano. Vai faltar cadeia pra tanta “otoridade” de rabo preso, quer dizer, solto.

O governo já está pensando em transformar Brasília em um enorme presídio de segurança máxima: o Distrito Correcional, a primeira capital de segurança máxima do mundo! O BNDES, inclusive, já abriu uma linha de crédito para financiar fábricas de tornozeleiras eletrônicas e assim dar um “tapa” na combalida atividade industrial brasileira, que anda mais caída que o meu bilau.

Deprimido com meu desempenho sexual e o meu desemprego crônico, não consegui até hoje que nenhum órgão da imprensa me contratasse nem para office boy, quer dizer, office velho. Sorte mesmo tem o ex-deputado Dedurado Cunha, que recebeu uma visita íntima da sua mulher Cláudia Cruz Credo. Cláudia levou de presente uma bola de ferro Chanel e uma tornozeleira eletrônica Dolce & Gabanna que pisca no escuro.

O ex-governador Sérgio Cabral também já está acomodado no SPA de Segurança Máxima de Bangu 8. Para seu azar, os agentes penitenciários desse estabelecimento correcional são funcionários públicos do estado e, portanto, estão com os salários atrasados. Por isso mesmo, começaram a vender rifas de “visita íntima” ao ex-governador para a população carcerária, que, apesar de não serem servidores, também vivem “no maior atraso”. Dessa maneira engenhosa, os funcionários de Bangu 8 garantem um “por fora” enquanto o Serginho leva um “por dentro”. Vocês sabem: com ou sem Natal, o que não falta em presídio é peru.

O ex-governador e também atual presidiário Anthony Garotinho, sabendo desse tradicional costume da nossa população carcerária, armou o maior barraco na porta do camburão. Tanto berrou e esperneou que foi levado para um hospital onde recebeu duas pontes de safena. Uma da Queiroz Galvão e a outra da OAS. As duas superfaturadas.

Mas guerreira mesmo é a Isaura, minha patroa, que, além de costurar para fora, resolveu abrir seu próprio negócio! Empreendadeira nata, Isaura, a minha patroa, está vendendo quentinhas na porta do meu Dodge Dart 73, enferrujado, que fica estacionado na Rua da Amargura, fundos. Todos os dias se forma uma enorme fila de marmanjos que saem no tapa para cair de boca nas coxinhas, rabada e lombo da Isaura, famosa por seus quitutes de duplo sentido. E sentado também!

o antagonista

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Pancada evangélica?

República dos Bananas

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Festival Internacional de Teatro de Objetos

Tom Zé em Maceió.  © Ricardo Silva

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De Trump a Maduro: o que é exatamente o populismo?

 Brexit e eleições nos Estados Unidos trouxeram de volta um conceito confuso © Chip Somodevilla

Jordi Pérez Colomé | El País |

O populismo é um conceito muito repetido em 2016. Seu significado parece estar claro para muitos, mas não é tão evidente. O presidente Barack Obama iniciou um recente discurso sobre o populismo dizendo:

– Não sei se alguém poderia procurar no dicionário a definição de populismo.

Sem que ninguém o ajudasse, terminou com uma definição negativa:

– Alguém que cria rótulos ‘nós contra eles’ ou usa retórica sobre como vamos cuidar de nós em relação a eles não é a definição de populismo.

O presidente Obama estava errado. O consenso acadêmico define o populismo exatamente assim:

– É uma ideologia rasa que considera que a sociedade se divide em dois grupos homogêneos e antagônicos, o ‘povo simples’ e a ‘elite corrupta – diz Cas Mudde, professor da Universidade da Geórgia.

– Esse discurso pressupõe que os dois grupos têm interesses irreconciliáveis, o que leva a enfatizar a soberania nacional ou popular – diz Luis Ramiro, professor da Universidade de Leicester.

O político populista é, então, o único que representa a voz de toda a população.

O Seguinte: recomenda a leitura na íntegra da reportagem do El País clicando aqui.

Seguinte

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A palavra da hora

Sérgio Cabral e sua mulher Adriana Ancelmo em jantar no restaurante ‘Luís XV’, em Mônaco – Reprodução/Blog do Garotinho (vixe!)

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Mural da História

21 de janeiro, 2011 – Censurada pelo jornal do cidadão de Avaré, Paulo Pimentel  

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