Mural da História – 1981

roberto-prado-em-1981Edilson Del Grossi e Roberto Prado, em algum lugar do passado. © Sabina Petrovski

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Não haverá mais polacos?

Tenho para mim, que é sempre tempo de homenagear os polacos, esta gente que conosco construiu boa parte da mais recente história paranaense. Amo os polacos e tenho por eles uma empatia que, como dizia minha saudosa Helena Kolody (uma “quase-polaca”…), se perde “na trevosa noite dos tempos”.

Foi com eles, os polacos, que a família, recém-chegada do Norte pioneiro, migrantes de cara encardida e modos bugres, aprendemos a fazer as compotas de pepino, além do chucrute em folhas de parreira que embora não seja uma iguaria tipicamente polaca, eles dominavam à perfeição.

Nas discórdias, comuns nas vilas proletárias de então, nos xingavam — “negrada!”; nós, de nosso lado, cuspíamos o insulto escabroso — “polacada azeda!”… No fundo, e na superfície, em tudo éramos iguais. E a nostalgia bate espessa a cada vez que, por um motivo ou outro — agora, foi uma comovente exposição no Museu Paranaense, chamada Raízes do Paraná —, me vejo às voltas com eles, os polacos. Misturou-se nossa vida de tal modo à deles que, por vezes, me sinto um polaco inteiro…

Por certo não é índio, nem bugre, o sentimento em que me flagro, com freqüência, a chorar pitangas e amoras. Também me vem deles, dos polacos, e sinto isso quase como uma matéria táctil, o incurável lirismo que já me integrou o perfil e o jeito — irreversivelmente.

Não para menos, leitor: ao tempo em que, crianças, ainda existiam os filhos de legítimos polacos vindos da velha Polska, me criei com eles, rolando nas brigas infames no chão de terra da Visconde de Nácar; ao lado deles estudei nas escolas públicas; com eles, o jogo do bafo das balas Zéquinha.

Além, claro, do privilégio de conviver, da adolescência até o último dia de sua breve vida, com, dos polacos, o mais insigne — o poeta Paulo Leminski. A quem eu chamava de “Pablo”, como a seu irmão, outro polaco inolvidável, que, sendo Pedro, passou a se chamar “Piotr”, entre os íntimos.

Com ambos revirei as noites cachorras da Curitiba daquele tempo e pusemos, mais de uma vez, nossa vida ao avesso, não é mesmo Jaime Lechinski? Ou me desminta aí poeta Thadeu Wojciechowski! E juntos compusemos sonetos, canções, haicais. E nos passeios e escaladas ao Marumbi, melhor do que nós ou a memória de nós, que o digam mochilas, violões, estrelas…

Olho lá longe, e em meio à lembrança de meus mortos queridos, o que vejo lá é mais que um quadro de Andersen invadido pelo entardecer de Curitiba. Na memória antiga, vislumbro, como a uma fotografia, a velha “ômama”, lenço na cabeça, sentadinha numa solitária cadeira posta no quintal, o avental sobreposto ao comprido vestido até os pés – estes, por sua vez, enfiados nas meias e nos chinelos. À volta dela, muito eretos, rindo, sujinhos, as franjas cor de milho, quatro ou cinco polaquinhos
— endiabrados.

Olhar lá atrás, assim, é quase uma lágrima.

(Ao Thadeu Wojciechowski) Texto publicado como posfácio do livro “A Banda Polaca”, de Dante Mendonça

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Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, domingo, 29 de outubro. Aniversário de Nelson Cavaquinho e da grande Simone Spoladore. Tem Athletico e Coxa na pista. Simepar diz que tem 96% de chance de chover – mas quem mora em Curitiba já sabe disso.

Os negros e os normais

Freud chamava esse tipo de coisa de ato falho. Aquele momento em que a pessoa sem querer diz uma coisa que estava lá dentro da cabeça trancadinha. Por algum motivo, o inconsciente se manifesta e o segredo escapa. Parece que foi o que aconteceu nesta semana na 7ª Câmara Cível do TJ paranaense.

Os desembargadores estavam discutindo qual a porcentagem de vagas que a Unicentro deveria reservar para candidatos negros. A conversa foi uma confusão – a impressão é de que suas excelências não conheciam nem a lei nem o caso que estavam julgando (o que já seria bem grave, convenhamos). Mas teve um momento ainda mais fora da curva.

A certa altura, um desembargador (não dá pra ver na transmissão quem foi) disse que se continuassem dando cotas para negros, indígenas e deficientes, “não vão sobrar cotas para os normais”. Há duas soluções para o caso. Numa, o IBGE muda o Censo e começa a perguntar para as pessoas se elas são negros ou normais. Na outra, o CNJ dá um sacolejo daqueles no TJ do Paraná. Qual é a sua aposta?

Leia mais aqui.

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Hoje baixou o Espírito demasiado exigente

Queria café fresco, manteiga sem sal, pãozinho com gergelim e jornal do dia. Porém, veio pactuando com o inessencial e revelando, nos interstícios, a eterna farsa dos comboios de conquistadores do Velho Oeste. Uma superabundância de desgastes dentro de um espírito ingênuo, embora inteligente e perspicaz.

O Vazio se instalou ao lado e, entre um silêncio e outro, ficou quieto, calado. Como versificador da Realidade, retirou-se o Espírito ao reduto dos artifícios impenetráveis. Expôs a falência da filosofia sob pretextos atemporais e à margem do olhar mais lúcido e falso dos acontecimentos.

As ideias refratárias acumularam-se como torrões de açúcar derretidos sob a ação do café quente – Nada. Como um artesão sumamente escrupuloso, o réprobo árido infiltrou reflexões de cunho metafísico e, depois de um gole mais pausado do café ainda quente, traçou em rápidas pinceladas seu plano universal. Um apanhado de interrogações convencionais até nos confins do Universo, um arroubo de inutilidades suspeitas, uma infrutífera coleção de investigações malsãs. Tudo chegou ao fim quando catou pacientemente os grãozinhos de gergelim espalhados sobre a toalha ricamente bordada com bordas de crochê fino. Batendo no jornal com as costas da mão, à guisa de chamar atenção para a manchete do dia, ponderou: — Sob o vasto império do Vazio, as coisas terrenas não valem uma promessa de fecundidade.

E voltou ao quintal das dúvidas mais habituais, conduzidas pelo elemento do destino cósmico, enquanto suas superstições polidas pastavam mansamente dentro do sistema de Esperanças. Um cachorro latiu ao longe.

*Rui Werneck de Capistrano é doido de pedra-sabão

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Todo dia é dia

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Forno e fogão

Fogão a lenha. Mansão Bastos&Bruel, São Luiz do Purunã. © Lina Faria

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A CPI de Renan

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) conseguiu o que queria, a leitura para a instalação da CPI da Braskem no Senado. Renan começou a articular para que a indicação dos partidos não demore. Só assim a comissão será instalada.

São três os motivos da sua disposição para brigar: atazanar o grupo político de Arthur Lira (PP-AL), que comanda a prefeitura de Maceió por meio de JHC (PL); ganhar protagonismo político, porque quer ser o relator da CPI (não esquece da visibilidade na CPI da Pandemia); e mostrar a seus pares que é capaz de peitar o governo quando necessário. A Petrobras é uma das sócias da Braskem.

Renan sonha em voltar à presidência do Senado e precisa fazer essa média com os demais senadores. Antes, porém, terá de se mostrar viável, inclusive para ter o apoio do governo, e terá de engolir o seu inimigo, Lira.

Lula disse recentemente, meio a sério e meio na brincadeira, que pretende em breve levar os dois para lançar obras em Alagoas.

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Crônica por quilo

Retalhos da vida

Você chega numa loja pra comprar um massinha pro almoço. É uma dessas rotisserias de bairro, bem compacta. Escolhe, compra, paga. Vai sair e tem uma senhora septuagenária na porta. Ela segura na coleira um enorme cachorro. Ela e o cão devem ocupar uns 80% do espaço de saída. Você fica parado com a sacola de papelão na mão. Espera os dois se tocarem que alguém precisa sair dali. A senhora trata o cachorro feito um bebê. Ah, Bolinha, você é meu amor? É? Ele não é fofo demais? Seu carro ficou num local proibido, uma pick up do DSV ronda a rua. Você não está nada a fim de dividir o momento de carinho mútuo com aquela mulher espalhafatosa, muito menos com o Bernaise gigantesco e babão dela. Pede licença. A senhora faz cara de mágoa. O cão tenta lambê-lo, late agudamente por não conseguir. Quando desvencilha-se de ambos ouve a septuagenária comentar com o dono da rotisseria: mas não é um animal um sujeito desses?

Correio slow motiom

Comprei uma mochila num site na Coreia do Sul pra usar nas férias de julho. Isso deve ter uns 60 dias. De Seul até São Paulo, a compra levou 72 horas pra vir. Só ontem recebi a comunicação dos Correios sobre a chegada do objeto. A boceta (no sentido de porta-objetos) ficou 57 dias parada entre o recebimento e a alfândega brasileira. Sabe como é, meu senhor, teve greve dos caminhoneiros, Copa. Mas o quiprocó não acabou. A carta trazia a explanação sobre como devia-se agir pra retirar a importação. O senhor entra num site, acessa um link, vê se concorda com os impostos (quase do preço da mochila), se concordar paga e aguarda mais uns dias. Não me restava outra alternativa. E ainda aceitei liquidar o indecente fisco. Só que, ao acessar o cartão no site dos Correios, o sistema não aceitou a validade do meu Visa. Curiosamente, o campo “Ano” só vai até 2018, o meu magnético vence em 2026. Tentei resolver a transação no boleto, deu pau. Novo cadastramento. Mais paus na plataforma. Desisti. Horas depois chega um e-mail informando que o pagamento estava consumado. Deus é brasileiro e deve trabalhar nos Correios, só pode ter sido isso. Agora é esperar o sistema processar por completo o pagamento, dar mais três dias úteis e aguardar que o carteiro traga a mochila em casa. Pelo menos, ela vai chegar intacta lá dos confins (ou Cofins?)da Coreia do Sul. A única coisa chata é que, quando aportar chez moi, minhas férias já terão acabado.

Confusão de peso

Vim comprar ração pra minha cadela. As vagas no estacionamento da loja são bem estreitinhas. Quando saía do carro, uma moça veio em minha direção. Ela olhou pro espaço entre meu veículo e o dela e fez uma cara de poucos amigos. No ato, já voltei pro interior do carro. Mas a simples ideia de que eu ia retirá-lo pra que ela pudesse caber no diminuta brecha fez com que a moça desse um guincho de horror. Ah, eu consigo entrar, não precisa mexer em nada. A mulher começou a se espremer toda e a dar mais guinchos. Apareceram logo uns gatos pingados (humanos, apesar de ser um pet shop) meio sem compreender o que acontecia por ali. Como imaginei, a mocinha acabou ficando mesmo entalada. No momento em que escrevo estas mal traçadas no café da loja de artigos para animais, o pessoal de apoio ao cliente está tomando as devidas providências para o resgate. É complicado pra mim, não posso negar. Mas acho que teria sido bem pior se eu tivesse insinuado que ela estava acima do peso. A coisa já estaria, por baixo, no STF. Sem direito a habeas-corpus.

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Pistoleiros da burrice


Não há como negar, o Brasil avançou neste ano. Antes, os brasileiros ouvíamos os palavrões de Bolsonaro. Agora nosso cérebro revira com as besteiras de Lula. Por exemplo, Bolsonaro não entendeu o covid, mas fez de tudo para agradar o lóbi das funerárias e das vacinas contra lombrigas, porque num caso ele não era coveiro e no outro o bicho do covid dava nos intestinos e tinha forma de minhoca. Lula não entendeu a história das pedaladas de Dilma e agora quer derrubar Fernando Haddad do selim traseiro da bicicleta dupla quando este luta para estruturar a política econômica. Nosso presidente continua no “ospedar da bicicreta” com o verbo do hotel e o complemento do velocípede. No mais, Bolsonaro e Lula sempre acertam os próprios pés, ainda que um seja e outro não seja devoto de armas.

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Amigos organizam baile em comemoração aos 75 anos do publicitário Ernani Buchmann

O nome da festa, “Há 75 anos nos bailes da vida”, foi ideia do publicitário Luiz Teixeira, inspirado na canção homônima de Milton Nascimento.

Um baile como há muito tempo os pés de valsa não veem. E com direito à orquestra. Esta é a proposta do Baile do Ernani, festa que está sendo organizada por um grupo de amigos do publicitário, jornalista e escritor Ernani Buchmann para comemorar seus 75 anos. O aniversário foi no dia 15 de agosto, mas a comemoração será hoje no Palácio Garibaldi, a partir das 20h. O nome da festa, “Há 75 anos nos bailes da vida”, foi ideia do publicitário Luiz Teixeira, inspirado na canção homônima de Milton Nascimento.

Nascido em Joinville, Ernani Buchmann é um dos curitibanos mais célebres. Bacharel em Direito, fez carreira na publicidade precedida pelo jornalismo. Entre as inúmeras campanhas que assinou como publicitário está a do incentivo ao uso da camisinha para o Ministério da Saúde que tinha como mote vestir o Bráulio, codinome que virou sinônimo do órgão sexual masculino por muito tempo. Enveredou pelo futebol como dirigente esportivo ao assumir a presidência do Paraná Clube na metade dos anos 1990 e se firmou como escritor dos bons. Lançou cerca de 20 livros, o que o levou à Academia Paranaense de Letras, da qual foi presidente e um dos responsáveis pela edição do volume biográfico dos membros da entidade. Colaborou ainda com diversos jornais e revistas e atuou em órgãos públicos e privados, como a Fundação Cultural de Curitiba e a OAB-PR, além de campanhas políticas – foi um dos criadores do comício das Diretas, Já em Curitiba. Mas, acima de tudo, é um colecionador de amigos.

“Vamos celebrar no Palácio Garibaldi um magnífico ajuntamento de amigos para homenagear com uma grande orquestra e muito bom humor o advogado, publicitário e escritor que está há 75 anos nos bailes da vida”, diz seu confrade da academia Dante Mendonça, um dos nomes à frente da comissão organizadora da festa, que deverá reunir cerca de 300 pessoas numa noite que promete ser memorável. Como há muito Curitiba não vê.

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Hamas mantém estoque de suprimentos enquanto Gaza apela por ajuda

Autoridades árabes e ocidentais confirmam que grupo terrorista continua bem abastecido enquanto população sofre com falta de água, comida e combustível.

Reportagem do New York Times mostra que os terroristas do Hamas continuam bem abastecidos enquanto a população da Faixa de Gaza sofre com a falta de água, comida e combustível.

O jornal americano coletou relatos de autoridades árabes e ocidentais que confirmam as alegações israelenses de que o Hamas possui suprimentos armazenados. Como mostramos, um alto funcionário do setor energético de Gaza afirmou que o grupo terrorista tem pelo menos um milhão de litros de gasolina e diesel roubados de civis.

Ao longo dos anos, o Hamas construiu dezenas de quilômetros de túneis onde acumulou reservas de tudo o que é necessário para um combate prolongado.

Segundo um alto funcionário libanês, os terroristas têm estoque suficiente para continuar lutando por três ou quatro meses sem reabastecimento.

As autoridades ​​árabes e ocidentais falaram todas sob condição de anonimato. Segundo disseram, os suprimentos são normalmente mantidos no subterrâneo.

Embora o bloqueio tenha deixado os cerca de 2 milhões de habitantes de Gaza sobrevivendo com a pouca comida e água, o desabastecimento não parece ter atingido ainda a capacidade de combate do Hamas. O grupo lançou centenas de foguetes contra Israel desde o início do bloqueio.

Em meio à escassez de combustível na Faixa de Gaza, as Forças de Defesa de Israel mostraram na terça-feira, 24, com o auxílio de imagens aéreas, que o Hamas tem o combustível necessário para abastecer os geradores de energia dos hospitais palestinos.

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Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, sábado, 28 de outubro. Garrincha nasceu faz 90 anos. Dia de um lançamento incrível de Paulo Biscaia Filho e José Aguiar. Pras crianças tem o AbraKbça. E pra todo mundo que mora em Curitiba tem uma chuvinha de leve. Só pra não esquecer que a gente está em Curitiba.

Pra que esse olho tão grande?

O Plural publicou vários textos importantes sobre a educação do Paraná nos últimos dias,mas eu queria falar de três deles. Um deles mostra a privatização que o governo Ratinho está fazendo das nossas sala de aula, por meio de plataformas e digitalização. Outro conta que tem professor dando aula para até 47 alunos numa só turma, o que é ilegal.

O terceiro é um texto da Agência Pública, e foi reproduzido aqui pela importância da denúncia (a Pública é uma organização incrível que permite a veículos parceiros replicar suas histórias). O tema é a bisbilhotagem que o governo do estado está fazendo com nossos filhos.

O sistema colocado em sala de aula para fazer a chamada eletrônica dos estudantes acaba fazendo bem mais do que isso. O equipamento monitora as emoções das crianças – e ainda armazena o resultado. Uma espionagem maluca e perigosa que o governo vai precisar explicar, mas ainda não explicou.

Leia mais aqui.

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Flagrantes da vida real

© Maringas Maciel

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Mural da História – 2010

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