Machadiana

machadianaFrases desfeitas. Carlos Castelo

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O partido do ‘Fora Temer’

fora-temer

© Myskiciewicz

O partido do “Fora Temer” é uma agremiação inventada pelos oportunistas do PT para congregar todos aqueles que, como consequência do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ou perderam a boquinha de que desfrutavam no governo federal ou precisam desesperadamente de uma boia política, por mais furada que seja, para sobreviver ao naufrágio petista.

No primeiro time estão os grupelhos que, apresentando-se como “movimentos sociais”, recebiam fartas verbas públicas para fazer a defesa violenta do governo petista. Destacam-se, nessa turma, o notório Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e seu subproduto urbano, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). São eles que, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), estão na vanguarda das manifestações que vêm infernizando a vida dos brasileiros a título de exigir a saída do presidente Michel Temer.

No segundo grupo aparecem os políticos petistas que, aflitos, temiam ficar sem discurso na campanha eleitoral, já que o PT, antes um trunfo eleitoral, se tornou um fardo. As pesquisas de intenção de voto mostram esse peso morto: os candidatos petistas perdem em quase todas as cidades importantes, e de maneira acachapante. Além das agruras de Haddad em São Paulo, a tigrada está em maus lençóis em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro, no Recife e até mesmo em Porto Alegre, seu tradicional reduto.

Isso explica por que, de uma hora para outra, a campanha de Haddad deixou de lado qualquer discussão séria sobre a cidade que ele administra de forma tão amadora e passou a vincular os adversários do prefeito ao tal “golpe” que os petistas vivem a denunciar. Foi Lula, em recente comício com seu afilhado, quem deu a senha: “O Doria, a Marta e o Russomanno representam exatamente aqueles parlamentares que deram o golpe na Dilma”. Tanto Lula como Haddad estavam usando no paletó um adesivo em que se lia “Fora Temer, Fica Haddad” – sem nenhuma menção ao PT.

Assim, o “Fora Temer” foi formalizado como o “partido” dessa turma, inclusive no material de campanha. Mas, como tudo o que envolve Lula e seus sequazes, o “Fora Temer” é apenas uma palavra de ordem. É um grito vazio, irresponsável, antidemocrático. Se a reivindicação desse pessoal fosse o retorno de Dilma Rousseff à Presidência, ainda haveria nisso alguma dose de racionalidade política. Mas nem os próprios petistas – Lula à frente – querem saber de Dilma, cuja desastrosa gestão foi em parte responsável pela formidável debacle do PT.

A reivindicação de que Michel Temer deixe o governo, sem mais nem menos, e que se convoquem novas eleições diretas para presidente, sabe-se lá com base em que legislação, somente se presta a fornecer aos petistas algum discurso que lhes permita evitar a discussão de temas mais constrangedores, como a corrupção envolvendo vários de seus principais dirigentes e o amadorismo gerencial de Haddad, Dilma e outros pupilos de Lula. Felizmente, a despeito do apoio que o partido do “Fora Temer” conseguiu amealhar entre alguns incautos, parece claro que a essa associação de intrujões está reservado, nas urnas, o profundo desprezo da maioria dos brasileiros.

Editorial – O Estado de São Paulo

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Congressistas tramam lei para anistiar caixa 2

josias-de-souza

Blog do Josias de Souza

Antecipando-se à provável formalização do acordo de delação premiada de executivos da Odebrechet, beneficiários de repasses de verbas de má origem por baixo da mesa armam no Congresso um movimento suprapartidário. Trama-se a aprovação de um projeto de lei que, a pretexto de criminalizar o caixa dois, ofereça aos fora da lei um pretexto para reivindicar anistia.

Os articuladores da manobra se escoram no pacote de medidas anticorrupção costurado pela força-tarefa da Lava Jato e subscrito por mais de 2 milhões de apoiadores. Uma das dez medidas reivindicadas pelos procuradores de Curitiba trata justamente do caixa dois. Criminalizando-o, os parlamentares invocarão o princípio do Direito segundo o qual nenhuma lei pode ser aplicada retroativamente. Nessa versão, todos os pecados anteriores estariam perdoados.

Se prosperar, a manobra só terá alguma chance de êxito se a Procuradoria e a Justiça engolirem a lorota de que o dinheiro repassado aos políticos e aos partidos pelas empreiteiras que assaltaram a Petrobras era caixa dois de campanha, não propina. Hoje, a tendência é de desqualificar até a verba suja que foi lavada por meio de declarações oficiais à Justiça Eleitoral.

A movimentação nos porões do Legislativo reforça a impressão de que, não podendo aumentar a própria estatura, certos congressistas se esforçam para rebaixar o teto.

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Enquanto isso…

pouer-pointe

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

blog do fábio

animal-político

Publicado em mural da história | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

A direita não acredita em ideias e acha que intelectual é animador de festa

luizfelipeponde-dois

Luiz Felipe Pondé – Folha de São Paulo

Sim, a direita é meio tosca mesmo. E não me refiro à direita horrorosa a favor da ditadura militar. Refiro-me à direita liberal, a favor da sociedade de mercado. Ela ainda acha que pensar é arroz de festa.

Alguns anos atrás escrevi uma coluna que falava de uma outra dificuldade estrutural da direita liberal no Brasil: não sabe pegar mulher. Na época, me referia a necessidade da direita liberal jovem deixar de ser chata e criar uma “direita festiva”. Não saber pegar mulher é uma coisa muita séria para um homem. Saber pegar mulher é um traço adaptativo importante na história do Sapiens.

Nelson Rodrigues dizia que um homem com menos de 18 anos não devia nem dizer “bom dia” para uma mulher porque só diria besteiras.

power-point-podeUm jovem liberal deveria, antes de falar com uma mulher, observar como os jovens de esquerda se movem de forma competente quando se trata de pegar mulher. Sabem conversar sobre filmes, livros, sentimentos. Arriscaria dizer que mesmo liberais de mais de quarenta anos continuam bobos diante de uma mulher e acabam por falar coisas grosseiras e idiotas. Nunca se deve menosprezar a importância de saber pegar mulher quando se trata do futuro da humanidade em jogo.

Mas, há uma outra dificuldade estrutural da direita liberal: só acredita em economia e não acredita em ideias, por isso nunca investe nelas e considera um intelectual um animador de festa e jantares. Acredita mesmo que tudo pode ser comprado e aí apanha da esquerda, que tem uma visão mais abrangente do Sapiens, mesmo que a use para mentir ou criar mundos absurdos. Falta à direita um repertório humanista, por isso é meio tosca.

Isso pode parecer uma questão de detalhe, mas não é. Claro que não se trata de uma regra geral, mas, diria, se trata de um caso quase perdido. A direita liberal acha que o pragmatismo econômico é a única forma de ação que existe no homem. Aqui já aparece sua pobreza de espírito: deixa para a esquerda toda a rica reflexão acerca da humanidade e do “cuidado” para com nosso sofrimento, agonia e inseguranças. A falta de compreensão para com o sofrimento humano é uma das piores faces que a direita liberal apresenta para o mundo. E isso cria a reserva do “mercado humanista” para a esquerda.

A “mania econômica” da direita liberal a cega para o fato que muito já se produziu em matéria de reflexão sobre a humanidade ao longo dos séculos, e, com isso, condena os mais jovens às inutilidades do humanismo raso da esquerda, nascido do ressentimento.

Por isso, essa direita será sempre incapaz de enfrentar a esquerda no plano das ideias. Contará sempre com partidos fisiológicos para lidar com a inquestionável hegemonia intelectual da esquerda no país. E nunca terá interlocução no mundo da produção de conteúdo porque, exatamente, não acredita na inteligência.

No fundo, é a velha mesquinharia característica de quem vê a vida a partir do “livro-caixa da loja”. Falta uma certa coragem espiritual à direita liberal, o que, reconheçamos, não falta à esquerda em geral. Não consegue entender que, se a vida é em grande parte uma cadeia produtiva sem garantia ou piedade, ela é, também, uma narrativa sobre esse sentimento asfixiante de contingência, abandono e solidão que acomete o Sapiens há milênios.

Narramos nossa vida e nossas experiências porque precisamos dessas narrativas. Na falta de certezas sobre o sentido maior das coisas, aprendemos, ao longo dos milênios, a sentar ao redor do fogo para contar histórias, experiências, medos e projetos de como superá-los.

A direita não acredita na importância das narrativas sobre a vida, sobre nossas vitórias e sobre nossas derrotas. E quando olha para esses assuntos, o faz, sempre e unicamente, com os olhos do marketing. E o pecado do marketing é sua estrutural contradição para com a ideia de autenticidade. E todos, inclusive quem trabalha com o marketing, sabe desse abismo que o separa da ânsia de verdade que nos assola desde o Paleolítico. Falta à direita liberal humildade para aprender com nossas sombras. Falta a ela reverência pelo fracasso.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Benett

benett

© Benett

Publicado em Benett | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Dezembro – 20 anos sem Marcos Prado

merda-dream-radiocaos

Retícula sobre foto de Pablito Pereira

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Jean Galvão

jean-galvao

Folha de São Paulo

Publicado em Geral | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Propinocracia

reuRepública dos Bananas

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Vai lá!

republica-dos-bananas

Aqui!

Publicado em vai lá! | Com a tag , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Lula vai ser preso? “Sem comentários”, diz Moro

lula-joao-godinho-o-tempo-1024x758

Sérgio Moro estava nos Estados Unidos na última quarta-feira, dia em que os procuradores da força-tarefa de Curitiba divulgaram a denúncia em que Lula foi tachado de “comandante máximo” do esquema de corrupção que implantou no Brasil uma “propinocracia”. O juiz da Lava Jato voara na véspera para a Filadélfia, onde se apresentaria como principal convidado de um seminário organizado pela escola de Direito da Universidade da Pensilvânia sobre a formação de líderes íntegros e a difusão de bons valores na vida pública.

O repórter Rodrigo Rangel, que acompanhou a viagem de Moro, entrevistou-o rapidamente ao final da palestra. O magistrado declarou que nem ele sabe “aonde a Lava Jato vai chegar.” Inquirido sobre a prisão de Lula, foi sucinto: “Sem comentários.” Nos próximos dias, Moro terá de se pronunciar sobre a denúncia da Procuradoria. Acatando-a, converterá Lula em réu. Veiculada na última edição de Veja, a conversa com Moro vai reproduzida abaixo:

— A Lava Jato já prendeu alguns dos maiores empresários do país e alcançou dezenas de políticos dos mais importantes. O que ainda falta? Não tenho ideia. Nem eu sei aonde a Lava Jato vai chegar.

— Como enxerga a crítica de que a Lava Jato tem atropelado direitos dos investigados? Somos muito zelosos com o devido processo legal. A gente segue a lei e outros seguem a política.

— Que outros? Aí fica para sua interpretação.

— Dias atrás, o ex-advogado-geral da União disse que o atual governo quer abafar a Lava Jato. A exemplo do que ocorreu na Operação Mãos Limpas, o senhor vê a política operando para limitar as investigações? Não vejo nenhum movimento do atual governo no sentido de abafar as investigações.

— Vou repetir a pergunta que o senhor mais ouve na rua: o ex-presidente Lula será preso? Sem comentários.

Na palestra, Moro fez um resumo didático da Lava Jato. Defendeu a operação. Mencionou a dificuldade da Justiça brasileira em lidar com processos que envolvem autoridades. Realçou que os protestos de rua representaram um importante suporte da sociedade às investigações.

Moro tratou a Lava Jato como um escândalo, por assim dizer, de dois gumes. “Há um lado negro, por revelar tanta corrupção, mas também um lado luminoso, porque mostra que o Brasil está enfrentando seus problemas e quer se tornar um país melhor, menos corrupto.”

Na fase em que se submeteu às perguntas da plateia, Moro foi instado a comentar a relação da Lava Jato com a crise política brasileira, eletrificada pelas denúncias contra Lula e pela deposição de Dilma Rousseff. O juiz procurou tomar distância da política. Indagado um par de vezes sobre a queda de Dilma, Moro declarou: “Impeachment não é o meu negócio. Posso falar sobre corrupção na Petrobras.”

Josias de Souza

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Beijo AA Força

tempo

beijo

Beijo AA Força, banda que entortou nossos pés pela primeira vez em 1983. Para resumir sua história com apenas um lançamento: “Sem suingue”, de 1995, só não ocupa os primeiros lugares nas listas dos melhores discos de todos os tempos da música popular brasileira por causa desse distanciamento torto que o resto do país mantém com a produção cultural de Curitiba, (Leminski ou Trevisan são casos bem excepcionais). Preciso deixar bem claro (a nova audição reconfirmou esta impressão antiga): “Sem suingue” não deixa nada a dever se comparado com “Acabou chorare” ou com “Samba esquema novo”. Na minha humilde opinião leva até vantagens, pois reflete bem minha experiência de geração e meus interesses diante do mundo pop atual. Isso só parece exagero porque quase ninguém ouviu a obra-prima curitibana. Quem escutar agora vai pensar que é gravação nova, de tão atual e original (ou não original, já que abusa do sampler).

Tem “Filhos de Gdanski”, mas também “Pedra que rolou”, clássico de Pedro Caetano, e a mulher falando “nossa, como esse Milton Nascimento é engraçado” em “Eu odeio jazz Brasil (more noise, please)”. Tem “Crueldade mental” e sua versão instrumental (com “guitarra Morricone” e “piano Liberace”) precocemente intitulada “Estupidez interativa”. Minha preferida talvez seja a versão de “Negro blues” de Jorge Mautner, com arranjo digno de Jerry Dammers e complemento da letra no encarte com homenagem até para o barulho japonês dos Boredoms (em 1995!). Pode haver disco melhor?

Hermano Vianna|O GLOBO

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Calúnia social

tempoNo bota-fora da Tonica (ainda!) no Caveira Dourada (ex-Lino’s Bar), do Edmundo san: Célia Hosoume, João Alceu e Adélia Lopes, Lucilia Guimarães, Alberto Melo Viana, o  Baiano, Beto Bruel e Ars Magoo (lá atrás).  © Academia Paranaense de Letraset

Publicado em Calúnia social | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Flagrantes da vida real

rani-e-giovanaRanieri Gonzales e Giovana Soar.  © Maringas Maciel

Publicado em Flagrantes da vida real | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter