© Roberto José da Silva
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13 de julho, 2011
© Benett
PLV
Depois da avalanche eleitoral que o devastou, o PT busca a reconstrução, a começar pela troca das lideranças, Lula o primeiro. Podia avançar na mudança do nome para PLV Partido da Lava Jato. Não dá; teria que se fundir com uns oito da antiga base aliada de Dilma, atual base cúmplice de Michel Temer.
Ejaculatio praecox
O ministro Alexandre Moraes, da Justiça, é processado pelo policial militar que acusou de participação em chacina. Não é de agora, é de quando foi secretário da Segurança de São Paulo, governo Alckmin. O autor da ação prova que o hoje ministro o acusou sem provas. Como diria Michel Temer, caso de alea jacta est, perdão, ejaculatio praecox.
A seco
A Lava Jato entupiu, a centrífuga quase pifou. Agora, o gerente Deltan Dall’Agnol examina e decide se a lavagem a seco não resolve. Exemplo: recusou-se a delação premiada para seis executivos da Odebrecht, entre eles o que acompanhava Lula naquelas viagens à África. A delação desse povo não paga o amaciante.
Boca no cotovelo, cotovelo na boca
RECLAMAVAM do prefeito Gustavo Fruet, “não faz nada”. Pode ser, mas de boca fechada. O outro prefeito, qualquer dos pretendentes, B1 ou B2, tanto faz, tampouco fará nada, a não ser emitir inodoros flatos de lepidópteros ou altíssimos barridos de elefante. Não há como fazer receita com patacas de ouro das faianças enterradas na Casa Klemtz. A menos que Beto Richa, o padroeiro comum, passe à prefeitura o dinheiro que nega ao reajuste dos funcionários do Estado. Até pode. Por aqui, mentir e betar faz rima e faz solução.
O eleito, ainda que moralmente vencido pelos votos brancos e nulos, não fará nada, a não ser o que fez até aqui: falar pelos cotovelos. Ainda não contaram a Gustavo Fruet a causa de sua derrota: os cotovelos. Ele nasceu com eles enfiados na boca. Deputado, só abria a boca quando tinha provas. Prefeito, sem dinheiro e atrasado para usar as provas, manteve os cotovelos na boca. No debate de sexta passada, B1 e B2, os atuais candidatos, mostraram que são iguais exato onde diferem de Fruet, nos cotovelos.
B1 e B2 cresceram com a dança da galinha, cacarejar batendo as asas. Galinha não tem cotovelo, imagem tosca, mas foi o que consegui. Cotovelos de um e outro não diferem, desassemelham-se: em B1 são a massa informe dos deltoides, bíceps, tríceps e braquiais. No vernáculo ancôneo, falam o ‘alto Batel’ do bom mocismo, das palavras comportadas, recheadas de vazio. Diferem no gestual, B1 de mãos pesadas e ao mesmo tempo gráceis. Descontado o amor pelas antiguidades, estão de farrinha no mesmo saco. O saco de Beto Richa.
© Roberto José da Silva
Pouco a pouco o carnaval se transfere para Brasília. Brasília já tem, pelo menos, o maior bloco de sujos. Millôr Fernandes
Ulisses Guimarães chamou os generais da trinca que mandava no Brasil de “os três patetas”, quando fizeram por sua conta e gosto um reforma nas regras eleitorais, e por haver desempenhado o papel de anticandidato à Presidência, quando esta era decidida pelos votos controlados pelo governo no Colégio Eleitoral.
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Carlos Castelo – República dos Bananas