Tchans!

Robert Amorim. © Julio Covello

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O inventa-língua Wilson Bueno

buenoWilson Bueno, um escritor radical, traduzido para várias línguas.

Aos 60 anos, Wilson Bueno acaba de ser incluído em uma antologia norte-americana que aglutina o melhor e o que há de mais visceral na literatura latina. A sua novela Canoa Canoa foi lançada na Argentina por meio de um evento mais do que inusitado. Sobre esses, e outros assuntos, Bueno falou comigo. A entrevista, mais do que longa, inclusive para blog, exclusiva para o Blog do Caderno G; a entrevista revelou-se extensa. Ele conta sobre a sua condição de cronista sem jornal (para publicar crônicas, depois de longa temporada como cronista), recupera o passado à frente do lendário Nicolau, e fala com muita propriedade sobre o fazer literário. Assume-se como, antes de mais nada, poeta.

Nascido em Jaguapitá, dia 13 de março de 1949, no sertão profundo do Paraná, mora em Curitiba desde os 7 anos. Já viveu uma temporada carioca. Acima de tudo, escreveu livros inventivos. São muitos: Bolero’s Bar, Ojos de Agua, Mar Paraguayo, Cristal, Pequeno Tratado de Brinquedos, Jardim Zoológico, etc. Leitor de Clarice Lispector, João Guimarães Rosa, Machado de Assis, William Faulkner, Jorge Luis Borges e Julio Cortázar, cita uma frase de Kawabata: “Nascer nesse mundo significa ser abandonado por Deus”.

A seguir, o pensamento mais do que faiscante, vivo, inteligente e sedutor de Wilson Bueno.

Por que você não reúne num livro de ensaios as reflexões sobre inúmeros escritores, nacionais e estrangeiros, que publicou até aqui sobretudo no suplemento Cultura do jornal O Estado de S. Paulo? Além, claro, das reflexões, bem mais extensas, vindas a público no site de arte e cultura do UOL, o Trópico?

Muita gente já me sugeriu que reunisse em livro as resenhas, ensaios, enfim toda este material de reflexão sobre arte e cultura brasileiras, tanto as que faço para o Estadão quanto as do Trópico. O próprio Alcino (Leite Neto), meu editor no site do UOL, já me sugeriu que eu o fizesse. Não o fiz ainda porque, penso, não sou crítico nem ensaísta, sou um escritor brasileiro, um ficcionista e poeta, bissexto, que escreve sobre livros e pensa a velha ars litteraria com a mesma paixão com que a flui ou a usufrui. Eu sou da turma da “síntese”. Deixemos os livros de ensaios para o pessoal da análise estrito senso.

Um amigo leitor me liga, de madrugada e diz: Marcio, descobri a pólvora: escritor é inventa-língua. Escritor não pode ser um sujeito gramatical. Escritor, inclusive, nem precisa escrever tudo direito. Escritor pode bem mais que isso. Escritor deve desrespeitar o idioma. Escritor gramatical é caretice, é não-literatura. O que você me diz disso?

Sou suspeitíssimo para responder a essa sua pergunta posto que, de cara, pela minha própria história literária, pessoal, já sou obrigado a concordar com seu amigo. Ao fazer Mar Paraguayo, ali onde borro todas as fronteiras, todas as gramáticas,e chego a inventar uma língua, como diz o grande mexicano Eduardo Milán, secundando o não menor argentino Néstor Perlongher (1949-1992), o que eu quis, e acho que continuo querendo de outras maneiras, é a explosão do idioma, a busca de sua essencialidade, ali onde ele possa, com vigor, alargar os seus próprios limites. Compete ao escritor a tarefa de conferir maior expressividade à Língua. E será sempre a literatura, das artes, a mais empenhada em dar um novo modo de dizer não para as palavras, como também para os gestos da tribo… A Gramática supõe regras, normas, engessamentos… Eu penso a literatura como, dos espaços de liberdade humana, o mais absoluto.

Saudades do Nicolau?

Nem tanto… Acho que alcancei cumprir meu papel nessa área… Me considero mais que vitorioso no desafio de converter um jornal patrocinado pela verba pública, feito dentro de uma secretaria de cultura, numa referência, até hoje, de um jornalismo crítico, de um jornalismo de idéias no Brasil. Me sinto à vontade para falar do Nicolau porque aí se trata de falar de um trabalho de equipe… Fui apenas o regente das várias equipes que por lá passaram, nada mais…

Mas parece que o jornal virou uma lenda… Tal como o Pasquim, o Opinião ou a Joaquim, de Dalton Trevisan… Continue lendo

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Desbunde!

© Jan Saudek

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Pentelhos

brigite-bardotBrigitte Bardot.  © Reuters

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Fala, Panga!

© Jaguar

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Cartunista Jaguar é demitido por e-mail do jornal O Dia

Jaguar-O-Globo

© O Globo

Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe é um dos maiores cartunistas do Brasil. E não tenho medo nenhum de dizer que é o melhor editor de humor que o país já produziu.

Divertido, ferino, sem papas na língua, rápido no gatilho e com um feeling incomum para saber onde está o título certo, a legenda matadora, acaba de ser demitido, por email, pelo jornal o dia onde fez história como colunista e cartunista.

Ok, todo mundo está sendo demitido, as redações estão se tornando cemitérios de elefantes novos, mas, convenhamos, qualquer veículo deveria se orgulhar de ter um Jaguar na parede. quanto mais em seus quadros!

Anos atrás eu o encontrei cabisbaixo e furibundo numa mesa de hotel em Piracicaba. Ele havia sido convidado a fazer parte do Júri de premiação do Salão e estava desolado porque não tinha mais onde trabalhar.

O velho cartunista sentia o peso da idade e o peso da burrice de nossa imprensa que, já naqueles dias, se apressava em afundar suas próprias publicações.

Jornais e revistas que se transformam apenas em cadernos de classificados e catálogos de infografia não precisam de jornalistas, ilustradores ou cartunistas sejam eles novos ou velhos.

Semanas depois, ele foi procurado pela Desiderata para editar alguns álbuns de humor. se animou. mas a Desiderata foi vendida e assim ficamos.

Aos 84 anos, com problemas de saúde, Jaguar ainda é capaz de levantar defunto numa mesa de bar mesmo tendo parado de beber.

Fica aqui meu salve ao velho humorista, ao mais carioca dos cartunistas, ao melhor editor de humor do mundo!

Se O Dia te dispensou, dane-se! fique com a noite. Você merece. Um brinde!

Blog do Orlando

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Pra rever

josé-e-pilarA relação entre José Saramargo, prêmio Nobel de literatura em 1998, com sua esposa, a jornalista Pilar Del Rio, através do cotidiano do casal.

2h 05min, 2010, direção de Miguel Gonçalves Mendes, documentário, Brasil, Espanha e Portugal.

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Benett

benett01© Benett

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Fraga

fraga-eleitores

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Mariposa

mariposa

© Ricardo Silva

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Mural da História

O EX-TADO DO PARANÁ 2

19 de novembro, 2009

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Mural da História

O EX-TADO DO PARANÁ 2

dia-22-junho-ali-babá

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Impeachment

8-9-2010

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Twilight Portrait

Twilight Portrait, de Angelina Nikonova, vence Lisbon & Estoril Film Festival. O longa-metragem «Twilight Portrait», de Angelina Nikonova, conquistou o Prêmio de Melhor Filme do Lisboa & Estoril Film Festival 2011.

Twilight Portrait, estréia da diretora russa Angelina Nikonova, retrata a história de Marina, uma assistente social que decide enfrentar o próprio passado traumático. O júri oficial da edição 2011 do Lisbon & Estoril Film Festival foi composto pelos premiados escritores John M. Coetzee, Nobel da Literatura, e ainda Don DeLillo, Paul Auster e Siri Hustvedt, o violinista Gidon Kremer e o artista plástico José Barrias.

E eu me surpreendo cada vez mais com o cinema russo.

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Poluicéia Desvairada!

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Em busca da Assistência. Em algum vagão do metrô da linha norte-sul. © Lee Swain

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