Jeremias, O Bom

© Ziraldo, Editora Expressão e Cultura, julho de 1969

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Imperdível!

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Primeiro os caras pálidas

O cacique Raoni critica Lula: “ele não cumpriu o que prometeu”. Raoni não entende que Lula tem que primeiro saciar a sede insopitável e a fome pantagruélica da interminável fila das léguas de caras pálidas do Centrão, que progridem em escala geométrica na irradiação dos círculos concêntricos de parasitas impatrióticos. Os povos originários, se ainda vivos, receberão suas migalhas no dia imprevisível da chegada de Tupã nos terrenos que Itaipu promete lhes entregar em compensação homeopática pelo esbulho cometido por madeireiros, garimpeiros, sojicultores e donos de boiadas, sócios e financiadores do poder instalado. Da ação de Itaipu e da omissão de Lula poderá surgir como externalidade a estética tupiniquim a mimetizar o Oeste dos EUA nas longas caravanas de índios deslocados de suas terras, explorados pelo agente do governo que enriquece com desvios de mantimentos enquanto os explora, vicia e mata à míngua.

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De caçador a caça

A Advocacia-Geral da União quer responsabilizar os indiciados pelo relatório da CPMI do 8 de Janeiro por dano ao patrimônio público. Entre os indiciados está o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ironia é que a AGU vai usar um sistema de pesquisa turbinado durante a gestão de Bolsonaro capaz de levantar todos os bens, empresas, patrimônio, não apenas do indiciado, mas de seus parentes próximos, como pai, mãe, sogro, sogra, filhos, irmãos, automaticamente.

O programa usa dados da Receita Federal, Polícia Federal, informações de nascimento e morte, cartórios, Detran e ouros órgãos para evitar uma eventual ocultação de patrimônio e fugir do pagamento de danos ao erário público.

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Elogio da bosta e outras polêmicas

Contra a imerecida fama de que Curitiba não comporta os inimigos do estabelecido, preferindo cultuar o tradicional e o status quo vigente, há exemplos de todo gênero. Paulo Leminski surgiu nos anos 1970 batendo forte na literatura que aqui se produzia – contrário aos “daltônicos”, em provocação clara a Dalton Trevisan (foto), que passou por cima das provocações e seguiu escrevendo sem dar importância ao poeta rebelde. Ninguém saiu perdendo, posto que ambos mantêm seus leitores até hoje, 34 anos depois da morte do poleminski.

Muito antes disso, porém, a cidade conheceu autores que adoravam uma confusão literária. Ernesto de Oliveira, nascido na Lapa, pastor evangélico, fundador da Cadeira 23 da Academia Paranaense de Letras, jamais economizou energia para o debate. Alinhou-se aos maragatos na Revolução Federalista, com o que terminou asilado na Argentina. Engenheiro, poliglota, professor de agronomia, tradutor e conferencista, desenvolveu a lavoura da erva-mate, lançou campanha pelo reflorestamento do Paraná e meteu-se em polêmicas ferozes. Entre elas, uma com o Padre Leonel Franca, ideólogo da Igreja Católica, a quem mais tarde a Academia Brasileira de Letras outorgou o Prêmio Machado de Assis. Também bateu-se com o jurista italiano Enrico Ferri, confrontando o determinismo com o livre arbítrio que defendia.

Sua polêmica mais engraçada foi com um jornalista do Diário da Tarde, autor de artigo atacando Ernesto por ele haver usado a palavra bosta em palestra a agricultores do interior paranaense. O escritor comparou o jornalista a “asnos que zurram ao enxergar o feno” e defendeu a bosta como sendo o único termo aplicável ao entendimento de colonos estrangeiros para a composição de adubos. Seu texto teve como título “Elogio da Bosta”. Morreu em 9 de novembro de 1938, no Rio de Janeiro.

Outro admirável polemista foi Dicesar Plaisant, 1º ocupante da Cadeira 17 da APL. Curitibano, estudou no Colégio Militar no Rio de Janeiro e formou-se em Direito na Universidade do Paraná. Foi promotor de Justiça em Minas Gerais. De volta à cidade natal, ficou famoso pelos debates que protagonizava nos jornais, livros e conferências. Segundo o historiador Romário Martins, citado por Wilson Bóia no verbete que escreveu sobre Dicesar, ele unia cultura, talento e intrepidez. Mais que isso, o que assustava seus contendores era a virulência. Nos tempos do Estado Novo, sob a ditadura Vargas, era a voz contra o despotismo e a favor da liberdade de imprensa.

Panfletário, mas dono de enorme formação cultural, a expressava em conferências e nas mesas do bares que frequentava, boêmio que era. Ainda segundo Bóia, Plaisant foi definido por seu amigo Barros Cassal como “complicado, esdrúxulo, tumultuoso e esquisito”.

Mas o resumo da influência que exercia nos meios intelectuais paranaenses é da autoria do médico João Evangelista, quando certa vez notou sua chegada iminente a uma roda de conversa: “Cumprimentem o Dicesar, por favor. Por educação ou por medo”.

Faleceu em Curitiba em 26 de dezembro de 1969.

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Mural da História

Sandra no colo de Vera e o cartunista que vos digita, no Bar Rei do Siri, em algum lugar do passado. Foto de Dico Kremer.

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Portfólio

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A menina de Caicó…

Autorretrato

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Sultans of Swing

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Dire Straits – Sultans of Swing

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Antes, era aqui

Solda Cáustico

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Lula toma as rédeas e comanda os ministros

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Mural da História – 1989

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Versão e realidade

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) tem poder. Pode barrar projetos de lei, atrasar tramitações de emendas à constituição e submeter pessoas a humilhação —como fez com André Mendonça, então candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal, fazendo-o esperar por meses uma sabatina na CCJ. É muito poder, mas não é o poder que o senador tenta vender ao governo e à oposição.

Alcolumbretem vendido, em conversas com aliados, a versão de que as derrotas sofridas pelo governo recentemente no Senado têm o seu dedo e a sua articulação. Cita a desoneração da folha de pagamento, que vai impactar a arrecadação do governo e atrapalhar os planos de Fernando Haddad (Fazenda) conseguir déficit zero no ano que vem, e a rejeição de Igor Roque no comando da Defensoria Pública da União.

Ele sabe, o governo sabe e a oposição sabe, porém, que só houve alinhamento de interesses. A oposição bolsonarista quer e vai atrapalhar os planos do governo sempre que puder (eles não têm maioria). Já os senadores menos ideológicos, mesmo os da base do governo, olharam para a Câmara vieram como ganharam os deputados ao dificultar a vida do governo.

Nos últimos meses, o centrão ganhou três ministérios, a presidência da Caixa Econômica Federal e suas vice-presidências, e vai levar a Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Todos os órgãos com orçamentos bilionários. Os senadores querem mais. Entre eles, o próprio Alcolumbre.

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