Fundação Cultural homenageia Leminski com novo painel

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© Myskiciewicz

O poeta curitibano Paulo Leminski faria 72 anos hoje, 24 de agosto. Em mais uma homenagem ao poeta, a Fundação Cultural de Curitiba está substituindo o painel existente na fachada da Casa da Memória (Rua São Francisco esquina com Travessa Nestor de Castro). A imagem criada na comemoração dos seus 70 anos foi atualizada e ganhou um novo design com a inscrição de um de seus poemas: “Confira tudo que respira conspira”.

O poema faz parte da obra “Toda Poesia”, que reúne toda a produção poética de Leminski. A sugestão foi de uma das filhas do escritor, a jornalista Áurea Leminski. “Escolhemos um poema curto e de comunicação rápida, como precisava ser no caso dessa nova proposta”, conta. Para a família, a permanência do painel naquele local foi uma forma de reconhecimento. “A gente sente como uma retribuição da cidade por ele ter propagado o nome de Curitiba, como artista, com sua arte, sua obra. Ficamos felizes com esse reconhecimento e só temos a agradecer”, diz Áurea.

As homenagens também se estendem com a programação especial na Casa da Leitura Paulo Leminski, uma das unidades da Fundação Cultural de Curitiba, localizada na R. Padre Gaston, na Cidade Industrial. No dia 24, em duas sessões, às 9h30 e 14h, acontece a roda de leitura “Leminski-se”, com uma seleção de textos do escritor. A atividade se destina a jovens e adultos a partir de 14 anos e tem entrada gratuita. Outro evento alusivo a Paulo Leminski é o show da cantora e compositora Estrela Leminski com acompanhamento da Orquestra Sinfônica do Paraná, com a participação de Ná Ozzetti e Rogéria Holz, no dia 24, às 20h, no Guairão.

Leminski faleceu em 1989, aos 44 anos. Autor de uma extensa e relevante obra literária, que inclui poesias, romances, contos, biografias, traduções e letras de músicas, o poeta é considerado um dos grandes nomes da literatura brasileira e um dos maiores expoentes da poesia de vanguarda. Entre suas obras mais conhecidas estão “Catatau”, “Agora é que são elas”, “Caprichos e Relaxos” e “Metamorfose, uma viagem pelo imaginário grego”.

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Soy loco por Teresina!

Manu Sato.  © Orlando Pedroso

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O mundo moderno está a ponto de provar que o ‘bem’ é idiota

“Você quer comer manteiga? Você quer um vestido bonito? Você quer viver deliciosamente? Você quer conhecer o mundo?”

O que vocês acham dessas propostas como forma de sedução, meninas?

Quem viu o excelente filme “A Bruxa”, de Robert Eggers, sabe do que estou falando. O filme é um show do gênero terror para quem gosta de terror sofisticado e não desse lixo previsível que anda por aí, do qual até o Demônio (sim, com letra maiúscula) fica envergonhado.

A própria imagem da boca da jovem Tomasin (personagem principal do filme) melada de manteiga já pode nos dar a dimensão da consistência do Demônio neste filme: o que você colocaria na boca lambuzada de manteiga da jovem Tomasin? E a pergunta essencial: o que ela pediria para você colocar na boca lambuzada de manteiga dela?

Antes, um reparo: que nenhum inteligentinho imagine que estou “demonizando o sexo”, tá? Normalmente inteligentinhos não entendem nada de sexo, e muito menos de mulher. Porque são “do bem”.

Sim, Nelson Rodrigues dizia que teríamos saudade do canalha honesto um dia, eu digo que já estamos com saudade do Demônio honesto hoje em dia. O Demônio do filme “A Bruxa” é um Demônio honesto. Já explico por quê.

Conheço alguns satanistas por força do meu trabalho com pesquisa em religião. Todos que conheço são quase veganos. O máximo que pregam é o “combate” à Igreja Católica (coisa que qualquer criança no jardim da infância aprende nos últimos cem anos). Nem sabem o que foi o calvinismo (denominação protestante do filme). Os calvinistas eram gente de fibra, criaram os Estados Unidos. O mundo que legaremos para o futuro será um misto de praça de alimentação de shopping e gente tosca pedindo coisas de graça.

Nada como medir forças com o pecado e o Demônio (do tipo do filme) para criar músculos. Um Demônio honesto merece uma missa.

Os satanistas de hoje estão preocupados com o aquecimento global. Nada entendem do que um satanista decente entenderia. Você está se perguntando sobre o que um satanista decente entenderia? Preste atenção. Mas deixe de lado qualquer presunção de bondade que você tenha sobre si mesmo. Você quer mesmo conhecer o mundo?

Essas perguntas que abrem essa coluna são feitas pelo Demônio à jovem Tomasin na sequencia final do filme “A Bruxa”. Ele pede a ela que assine seu livro (significando o pacto com ele), ao que ela responde, prontamente: “O que você tem para me oferecer em troca?”. Aí, ele faz essas perguntas para ela. O que ele tem a oferecer para ela em troca é manteiga, beleza, delícia e o mundo inteiro.

Não vou contar mais nada. A pergunta dela para o Demônio indica que estamos diante de uma mulher sincera e de verdade.

O filme é construído a partir de textos do século 16. Textos de tribunais calvinistas (puritanos ingleses) em que manifestações do Demônio eram descritas. Almas superficiais veriam nisso apenas “patriarcalismo”, “repressão”, “abuso religioso”, ou seja, tudo o que inteligentinhos veem em toda parte por conta de sua crassa pobreza de espírito.

A verdade é que o Demônio no filme é um especialista em natureza humana (sei que inteligentinhos ficam nervosos com essa termo, “natureza humana”, mas quem liga para eles?). O Diabo é um humanista. Sempre foi. No filme, ele está preocupado em fazer Tomasin gozar. E o gozo, como bem sabia a psicanálise (não sabe mais), é “coisa de mulher que conversa com Deus e o Diabo”.

A honestidade do Demônio está no fato dele saber que um pacto com ele significa o vício no gozo. E quem é viciado no gozo sabe que não há muita saída. Uma vez dentro da sua beleza e sua delícia (“Você quer um vestido bonito? Você quer uma vida deliciosa?”), fazemos qualquer negócio para permanecer gozando. Até morrer de gozar.

Outro dia, numa conversa, confessei que se fosse me dada apenas a possibilidade de ser um autor de livros de autoajuda, um palestrante motivacional ou um assassino profissional, eu escolheria esta última opção, por ser a mais sincera.

O mundo contemporâneo está a ponto de provar o que o Demônio nunca conseguiu fazê-lo: que o “bem” é idiota.

Luiz Felipe Pondé – Folha de São Paulo

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Alhures do Sul

© Myskiciewicz

Luís Filipe Goulart de Andrade – 1933|2016 – foi apresentador de televisão e jornalista brasileiro. Com mais de 80 anos, permaneceu ativo até a data de sua morte, como jornalista e comandando o programa Vem Comigo na TV Gazeta. O nome de seu ultimo programa era inspirado em seu tradicional bordão, dito ao iniciar uma reportagem, “Vem Comigo!”

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Veja-se!

“Furacão” que revelou Caetano e Gil é contado sem tom professoral. Produção bem-sucedida consumiu cinco anos de pesquisas. Muito se falou e escreveu sobre o Tropicalismo, movimento que mudou profundamente não só a música como a cultura brasileira no final dos anos 1960, revelando os nomes de alguns de seus, até hoje, maiores ídolos – caso de Caetano Veloso e Gilberto Gil – mas sendo interrompido pelo confronto com a ditadura militar.

Quase cinco décadas depois do auge deste furacão, entre 1967 e 1969, o documentário “Tropicália”, de Marcelo Machado, reavalia suas manifestações, encontrando material para repensá-lo e ao seu contexto, indo ao encontro de seus principais participantes e também suas raízes e precursores.

O filme, que abriu o Festival É Tudo Verdade em março de 2012, consumiu cinco anos de pesquisa e foi bem-sucedido em vários aspectos. Um deles, fugir ao tom professoral sem deixar de ser informativo, tornando possível a novas gerações ter uma visão clara de um período que não viveram. Para quem o viveu, é como rever a trilha sonora e emocional da própria vida, pois não falta emoção em vários pontos do relato.

O longo tempo dedicado à produção permitiu façanhas como localizar, nos vastos e imprevisíveis arquivos do mundo, imagens inéditas de figuras tão midiatizadas quanto Caetano Veloso e Gilberto Gil, cujo registro era até agora desconhecido dos próprios personagens.

Um exemplo foi a participação dos dois artistas no Festival da Ilha de Wight, na Inglaterra, em 1970, em que um Caetano já no exílio, após meses de prisão, canta a canção “Shoot me dead”, acompanhado pelo escritor Antonio Bivar no pandeiro.

O maior acerto no conceito do filme, que tem roteiro do próprio diretor e de Di Moretti, é justamente a inserção do Tropicalismo em seu contexto. Traça, assim, seu parentesco com outras manifestações da mesma época, como o Cinema Novo, que produzia um diretor com a contundência de um Glauber Rocha e filmes como “Terra em transe”, além da iconoclastia do diretor teatral José Celso Martinez Corrêa em montagens transgressoras como a de “O rei da vela”, de Oswald de Andrade, e também o trabalho do artista plástico Hélio Oiticica – a quem se deve o nome “Tropicália”, título de uma instalação vista no Museu de Arte Moderna carioca e que batizou a canção de Caetano Veloso em torno da qual se construiu o disco “Tropicália ou panis et circensis”, espécie de manifesto musical de sua época.

O documentário também demole equívocos, como uma suposta rixa dos tropicalistas contra o Roberto Carlos na época da Jovem Guarda. Na verdade, o que fica evidente é a centrífuga verdadeiramente antropofágica, para citar o termo cunhado com tanta felicidade por Oswald de Andrade, a que recorreram os tropicalistas, mesclando entre suas influências os sons dos pífaros nordestinos e as guitarras elétricas dos Beatles.

“Tropicália” também acerta na preocupação com um visual criativo em suas vinhetas e passagens, intercalando suas imagens preciosas, construindo novos sentidos em torno de um tema sobre o qual parece haver ainda tanto a dizer. Assistir aos comentários de seus participantes revendo o passado contribui para delinear com mais nitidez um retrato de época que é artístico, político, mas também afetivo. O Tropicalismo cala fundo em tudo o que somos hoje.

Reuters

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Tempo

No 1º Cinquentenário de Caco de Paula: o próprio, Otávio Duarte, Roberto Prado, Dóris Teixeira, Soruda e Miriam Karam.  © Vera Solda

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Excesso e Punição

Drama biográfico que mostra a estranha vida do pintor austríaco Egon Schiele, um dos pais do expressionismo. Schiele começou sua carreira como protegido de Klimt, que via nele um grande talento. Seu estilo de vida não era de agrado de outras pessoas e Schiele chegou a ser preso por ter seduzido uma menor. Quando os policiais foram prendê-lo levaram também vários trabalhos que consideram pornográficos. Schiele foi preso por 21 dias, não por ter seduzido a menor, mas sim por ter alegadamente exposto trabalhos pornográficos num local acessivel a menores.

Lutou como soldado na Primeira Guerra Mundial, e ao fim desta sua carreira começou finalmente a deslanchar. Convidado para participar da 49º Secessão em Viena, em 1918, com 50 trabalhos expostos no Salão Principal, passou a ser considerado um dos grandes pintores da época. Morreu no outono de 1918, três dias depois de sua mulher, ambos vitimados pela gripe espanhola, que matou mais de 20 milhões de pessoas.

Diretor: Herbert Vesely. Duração: 1h 29m. Ano de Lançamento: 1981. País de Origem: Alemanha / Áustria. Idioma: Alemão.

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Pizza tamanho gigante?

Se é mesmo verdadeira a notícia, a suspensão da negociação do acordo de delação premiada de Léo Pinheiro complica a sua vida, mas facilita bastante a de Lula, Dilma e outros petistas graúdos.

Poderá ter repercussão negativa também na delação de Marcelo Odebrecht.

Estaria aberta, assim, a porta do forno para uma pizza tamanho gigante.

o antagonista

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Rio 2016

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Fraga

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Mural da História

1º de agosto, 2011

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Idade é uma coisa que dá e passa

O misterioso Prof. Thimpor, 64 anos, hoje. Parece que foi ontem. © Maringas Maciel

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Mural da História

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Poemas e bocas sensuais no jornal O Dia

Poesia Tarja Preta

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Revista Ideias

Travessa dos Editores|Agosto 2016|Edição#178

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