Confirmação. Direção de Rick Famuyiwa/Documentário/Biografia/2016/1h50m
O juiz Clarence Thomas (Wendell Pierce) é nomeado para o importante cargo de Juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos, substituindo outro juiz negro. Mas na hora da validação junto aos outros juízes, uma ex-funcionária na faculdade, a professora de direito Anita Hill (Kerry Washington), acusa-o de tê-la assediado sexualmente dez anos atrás. Na ausência de provas, o caso gera um escândalo no país, suscitando debates sobre o papel das mulheres na política, o abuso de poder no sistema americano e as questões raciais nas altas instâncias do governo.
Morre em Nova Iorque Pieter Cornelis Mondrian, conhecido por Piet Mondrian (Amersfoort, 7 de Março de 1872), pintor holandês modernista. Participou do movimento artístico Neoplasticismo e colaborou com a revista De Stijl.
Na foto de Claro Jansson, Getúlio Vargas passa por Itararé. A menina, pensativa e circunspecta, é minha avó, Alzira Nunes Vidal da Silveira, hoje morando em Alhures do Sul. Solda
Ofender, injuriar, tentar agredir Letícia Sabatella faz lembrar o episódio de Charles Talleyrand, a maior raposa da história política francesa. Ele maquinou com Napoleão Bonaparte o fuzilamento do Duque de Enghien; receavam que o duque restaurasse a monarquia Bourbon, atingindo o iniciante império napoleônico. O duque era inocente, tão inocente que não fugiu da França durante a Revolução. Arrependido, mais tarde Talleyrand, fez mea culpa sobre a morte do duque: “Mais que um crime, foi um erro”.
Como trouxemos França, política e Letícia Sabatella, tem mais um episódio interessante sobre a França e a atitude diante da divergência política. Na presidência do general De Gaulle, a França enfrentou a agitação estudantil de 1968, que paralisou Paris, com protestos e depredações. Desse lado estava o filósofo Jean Paul Sartre, ativo na agitação.
Alguém sugeriu a De Gaulle que Sartre fosse preso; mesmo Sartre pediu isonomia, que fosse também preso, já que o governo prendia seus companheiros. O general rejeitou a proposta dizendo “não se pode prender Voltaire”. Naquele momento Sartre tinha para a França a mesma importância de Voltaire no século 18, ambos símbolos da civilização francesa.
Agredir Letícia não foi só um crime. Também foi um erro. Mesmo que se discorde de seu lado político, mesmo considerando antibrasileira a visita que fez ao Papa para reclamar do ‘golpe’, Letícia tem direito de ser quem é, na arte e na política.
Guardadas as diferenças entre personagens e eventos, não se pode ofender, atacar Letícia. Ainda que estejamos na política oposta, ela é símbolo – da arte, do Brasil, e, acima de tudo, de Curitiba. Se Letícia é símbolo, seu símbolo nos ensina: não se pode atacar ninguém em nome de divergências, sejam quais forem.
O juiz Sergio Moro determinou na manhã desta segunda-feira (1) a soltura da empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana.
Os advogados dela confirmam a decisão.
Segundo Fabio Tofic Simantob, a defesa comemora. “Depois do interrogatório deles e do operador Zwi Skornicki, isentando-os da corrupção, não faria mais sentido mantê-los presos”, afirma.
A decisão veio acompanhada do pagamento de uma fiança. Os valores já estariam incluídos no montante que foi bloqueado pela Justiça.
O publicitário também pode ser solto nos próximos dias, caso os advogados apresentem petição neste sentido.
Em 1913 um grupo de veteranos fora da lei passa a considerar seriamente a aposentadoria. Procurados, perigosos e intimidadores desde sempre, eles percebem que essa vida já não está valendo o risco e as coisas estão mudando rapidamente no velho oeste. Uma proposta tentadora e inesperada, no entanto, adia os planos do grupo.
Wild Bunch|1969|2h 25min|EUA|Sam Peckinpah, o Picasso da violência.
O Antagonista repetiu duzentas vezes que, neste momento, só há um motivo para se ir às ruas: festejar o impeachment.
É o que diz também Reinaldo Azevedo:
“Eu penso que não se deve marcar megamanifestação nenhuma. Não creio que o dia 21, por exemplo, seja uma boa data. É o encerramento da Olimpíada. Não será um eventual ato no dia 28, na véspera do início do julgamento, que vai mudar o voto dos senadores. Na verdade, movimento a favor tem outro nome: celebração. Que os movimentos de rua convoquem a população para comemorar o impeachment, aí sim! Digamos que o próximo passo sensato, agora, é a comemoração, não o protesto”.
Estreia de cartunista assassinado no país foi marcada por censura e engajamento contra regime militar brasileiro. Revistas paulistanas ‘Grilo’ e ‘Bondinho’ publicaram por anos o personagem Georges, o Espancador, de graça.
Uma sequência da história em quadrinhos “A Vida Sentimental de Georges”, que a revista “Bondinho”, de São Paulo, publicou em 17 de fevereiro de 1972, soa hoje como aterradoramente premonitória.
Georges, o Espancador, personagem do cartunista francês Georges Wolinski, entra calmamente no banheiro de um apartamento e mata a presidente vitalícia da França, que está nua na banheira, desprotegida e indefesa.
O trecho remete, é claro, ao massacre na sede do jornal francês “Charlie Hebdo” promovido por extremistas islâmicos na quarta-feira passada (7/1) e que deixou 12 mortos. Entre eles Wolinski, de 80 anos.
A curiosidade vem acompanhada de um detalhe histórico pouco conhecido: Wolinski havia se engajado na luta contra a ditadura no Brasil ao ceder gratuitamente seus quadrinhos e cartuns para as páginas de “Bondinho”, “Grilo”, “Status” e “Status Humor”.
“Seu personagem Georges, o Espancador era um sádico que lembrava os muitos torturadores brasileiros em ação naquele momento”, contou em entrevista a este repórter o jornalista e psicanalista Roberto Freire (1927-2008), diretor da Arte & Comunicação, que editava as revistas “Bondinho” e “Grilo” no Brasil.
Por causa dos quadrinhos de Wolinski, o número 32 de “Bondinho”, de 6 de janeiro de 1972, foi apreendido pela polícia. Na capa, Georges, o Espancador, escondido em uma esquina, espera alguém com um taco de beisebol em posição de ataque. E diz ao leitor: “Eu espanco as pessoas porque sou um espancador. O melhor da praça”.
Para conseguir os direitos de autores europeus que alimentassem suas publicações, Freire viajou para Roma e Paris em outubro de 1971.
“Na primeira, encontrei-me com Guido Crepax. Na segunda, com Georges Wolinski”, contou o editor.
Wolinski impressionou bastante Roberto Freire, tanto pelo seu temperamento anárquico quanto pela generosidade.
“Ele era editor da humorística ‘Hara-Kiri’, uma das mais importantes revistas de humor da Europa, e já colaborava na recém-nascida ‘Charlie’. Ele havia estourado com uma personagem de sucesso no ano anterior, lançada em parceria com Georges Pichard: as aventuras eróticas de Paulette, publicadas em capítulos pela ‘Charlie’, a partir de 1970”, relembrou Freire.
Para convencer o parceiro Georges Pichard a liberar “Paulette” por um preço baixo, Wolinski “pegou o telefone e foi logo avisando que o Brasil não é um país rico e nossa editora, menos ainda”.
Brigitte Bardot
Paulette se tornou em pouco tempo célebre pelo traço sensual de Pichard e por não ter nenhum pudor para se exibir a todo momento. Seu ilustrador foi uma das figuras-chaves da revolução sexual dos quadrinhos europeus da segunda metade dos anos de 1960.
A personagem era uma vênus de formas generosas, andava descalça e tinha lábios de Brigitte Bardot. Nas histórias, terminava sempre com suas roupas sugestivamente em farrapos.
Como Justine, de Sade, era vítima de intermináveis armadilhas. Ela vivia como uma rica herdeira que é raptada e, depois, encontra a cura para o tédio burguês em aventuras sexuais pelo mundo. Virou alvo perfeito para bandidos tarados.
“Tenho fome, tenho frio, tenho sede. Preciso de calor humano”, repetia ela. Sua melhor amiga e companheira de infortúnios era um velho chamado Joseph, bizarramente transformado em uma bela e lânguida morena por uma toupeira mágica míope. Apaixonado(a), por si mesmo(a), Joseph não sabia mais se queria voltar a ser um velho ou permanecer num corpo de mulher.
A personagem teve um álbum lançado no Brasil em 1973, pela Arte & Comunicação, e dois volumes com suas melhores histórias, pela L&PM, nos anos de 1990.
Gonçalo Júnior é autor de “A Morte do Grilo” (Peixe Grande)|Folha de São Paulo
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