Mais de 60 votos pelo impeachment

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Eliseu Padilha disse a Andréia Sadi que repassou com Romero Jucá os nomes dos senadores que vão votar pelo impeachment de Dilma Rousseff.

Eles já têm 61 senadores.

o antagonista

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Banco clandestino criava offshores para lavar propinas, diz Lava Jato

A Polícia Federal deflagrou a 32ª fase da Lava Jato, na manhã desta quinta-feira (7), com o objetivo de desmontar um suposto esquema de lavagem de dinheiro desviado da Petrobras por meio de um banco sem autorização para operar no Brasil e empresas offshores em paraísos fiscais.

O principal alvo da operação, chamada de Caça-Fantasmas, é Edson Paulo Fanton, que seria o responsável pelo FPB Bank, uma instituição bancária do Panamá que atuaria clandestinamente no Brasil. Ele foi conduzido coercitivamente para depor e está sendo ouvido em Santos.

De acordo com os investigadores, FPB Bank não tem autorização do Banco Central para operar no Brasil e agia “com o objetivo de movimentar contas em território nacional e, assim, viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional”.

Para isso, segundo o Ministério Público Federal, usava os serviços da Mossak Fonseca para criar offshores em paraísos fiscais a clientes de modo a ocultar a real propriedade do dinheiro, como o originado de propinas pagas em função de contratos da Petrobras.

“Os serviços disponibilizados pela instituição financeira investigada e pelo escritório Mossack Fonseca foram utilizados, dentre diversos outros clientes do mercado financeiro de dinheiro ‘sujo’, por pessoas e empresas ligadas a investigados na Operação Lava Jato, sendo possível concluir que recursos retirados ilicitamente da Petrobras possam ter transitado pela instituição financeira investigada”, afirma a PF.

A Mossak já foi alvo da Lava Jato, na 22ª fase da operação e é centro do escândalo Panama Papers.

ANONIMATO

Os alvos da ação desta quinta são funcionários e representantes do FPB Bank. Foram emitidos dez mandados de busca e apreensão e sete de condução coercitiva em São Bernardo, Santos e São Paulo nas casas e escritórios de funcionários do banco. Não há prisões.

“Os funcionários do banco panamenho no Brasil, além de atuarem de forma clandestina, garantiam anonimato aos seus clientes, pois, a partir da constituição das offshores, abriam e gerenciavam contas bancárias no exterior em seus nomes, permitindo a ocultação dos valores, havendo evidências de que offshores fornecidas pela Mossack foram usadas para ocultar recursos provenientes dos desvios perpetrados em detrimento da Petrobras”, afirmou a Procuradoria.

Foram identificadas 44 offshores abertas pela Mossak por solicitação dos investigados.

Para a procuradora da República Jerusa Viecili, a complexidade do suposto esquema pode ter facilitado a ocultação de recursos públicos desviados.

“Mais e mais criminosos terceirizam a lavagem para diminuir riscos, recorrendo a operadores financeiros, bancos clandestinos ou fábricas de offshores”, disse.

Edson Fanton é parente em primeiro grau do delegado da Polícia Federal Mário Renato Castanheira Fanton, que acusou a cúpula de delegados da Operação Lava Jato de irregularidades e coação, como a instalação de um grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef.

O delegado, juntamente com um agente da PF, apontados como “dissidentes”, foram denunciados por se associarem para ofender a honra dos colegas.

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Papa aceita renúncia de bispo da PB acusado de acobertar pedofilia

O papa Francisco aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba Aldo Pagotto, 66. O afastamento foi anunciado nesta quarta-feira (6) pelo Vaticano.

O comunicado do Vaticano não dá detalhes sobre o motivo do afastamento. O mesmo religioso ítalo-brasileiro é suspeito de ter abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de abusar sexualmente de menores e expulsos por outros bispos.

Em 2002, ele foi acusado pelo Ministério Público do Ceará de coagir adolescentes para que mudassem seus depoimentos a fim de proteger um frei acusado de estupro.

Segundo a imprensa italiana, depois do início da investigação pelo Vaticano, em 2015, Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos seminaristas.

Em sua carta de renúncia, ele não fala diretamente sobre as acusações. Mas afirma que foi alvo de acusações “difamatórias” e foi “arbitrariamente exposto ao escárnio público”.

Ainda diz que foi alvo de pressões e retaliações por sua postura no comando da Arquidiocese e que errou por “confiar demais” em padres e seminaristas que acolheu.

“Acolhi padres e seminaristas, no intuito de lhes oferecer novas chances na vida. Entre outros, alguns egressos, posteriormente suspeitos de cometer graves defecções, contrárias à idoneidade exigida no sagrado ministério. Cometi erros por confiar demais, numa ingênua misericórdia”, afirmou.

A renúncia é o caso de mais alta autoridade da Igreja Católica relacionada à pedofilia entre os de maior repercussão pública dos últimos anos no país.

ENFERMIDADE

A Arquiocese da Paraíba não comenta sobre as acusações de acobertamento de abusos sexuais e informa em nota que o afastamento aconteceu por motivo de saúde.

No comunicado, o novo administrador apostólico Arquiocese da Paraíba, Dom Genival Saraiva de França, agradeceu a Dom Aldo Paggotto e afirmou que a renúncia não representa demérito ao arcebispo.

“Posso testemunhar-lhe, por experiência, que a renúncia ao governo diocesano não é demérito para nenhum Bispo, por ter completado 75 anos, como no meu caso, ou em razão de enfermidade, como no seu caso”, diz.

Com a renúncia, o posto de arcebispo fica vago até que um substituto seja nomeado. Enquanto isso, Dom Genival de França, bispo emérito de Palmares (PE), administrará a Arquidocese.

Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da Arqudiocese da Paraíba informou Dom Aldo Pagotto não dará entrevistas.

Confiram a pedofilia no filme Spotlight, baseado em fatos reais. Assustador!

Baseado em uma história real, o drama mostra um grupo de jornalistas em Boston que reúne milhares de documentos capazes de provar diversos casos de abuso de crianças, causados por padres católicos. Durante anos, líderes religiosos ocultaram o caso transferindo os padres de região, ao invés de puni-los pelo caso.

Spotlight – Segredos Revelados – (2h 08min) – Direção de Tom McCarthy, EUA, 2016

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Veja-se!

A biografia conta a história do ex-pugilista norte-americano Muhammad Ali, considerado um dos maiores da história do esporte. A vida do lendário boxeador é contada através de áudios pessoais de Ali, com entrevistas e depoimentos do círculo de familiares e amigos dele.

Eu sou Ali – A História de Muhammad Ali. 1h47min. EUA, Reino Unido, documentário. Direção de Clare Lewins. 2014, Universal Pictures.

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Três homens de sorte

O deputado Fernando Giacobo, do PR, é um homem de sorte. Em 1997, ele ganhou 12 vezes na loteria num intervalo de apenas 15 dias. A feliz coincidência lhe rendeu R$ 443 mil, em valores atualizados. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso, mas o parlamentar não se abalou. Ele atribuiu a sequência de prêmios à graça divina. “Existe Deus, ele deu uma olhadinha lá e uma benzida”, disse.

Dezenove anos depois, o acaso voltou a sorrir para o deputado. Segundo vice-presidente da Câmara, ele cuidava de tarefas burocráticas como o ressarcimento de despesas médicas dos colegas. Em maio, Eduardo Cunha foi afastado e o vice Waldir Maranhão se inviabilizou. A cadeira da presidência sobrou para o afortunado Giacobo, que passou a comandar as sessões no plenário.

O deputado André Moura, do PSC, é outro homem de sorte. Réu em três ações penais, sob a acusação de desviar verbas públicas, ele continua a desfrutar das mordomias do mandato. Sua ficha ainda inclui três inquéritos, um deles por tentativa de homicídio. Para completar, ele foi condenado por improbidade após usar verba pública num churrasco.

Numa democracia madura, um político com esse currículo não ocuparia nenhum cargo relevante enquanto não fosse inocentado de todas as acusações. No Brasil de 2016, Moura conseguiu ser promovido a líder do governo na Câmara.

Na quarta à tarde (6), Giacobo abriu a ordem do dia com a leitura de mensagens presidenciais. Encaminhados por Moura, os textos retiraram a urgência na tramitação de um pacote de projetos contra a corrupção. Com isso, o Planalto adiou a votação de medidas como a criminalização do caixa dois e a tipificação do crime de enriquecimento ilícito.

Se a manobra ocorresse em outro governo, o país seria varrido por uma onda de protestos e panelaços. Mas as mensagens foram assinadas por Michel Temer, que também é um homem de sorte.

Bernardo Mello Franco – Folha de São Paulo

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Distanásia

República dos Bananas

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Celebração do conto no Museu Guido Viaro

Fotos Divulgação

Dia 16 de julho, a partir das 16 horas, o pernambucano Alexandre Furtado e o curitibano Marcio Renato dos Santos participam do evento “Experiências do Brasil” e autografam as suas obras recentes.

O escritor pernambucano Alexandre Furtado e o curitibano Marcio Renato dos Santos participam do evento “Experiências do Brasil”, bate-papo a respeito do conto no dia 16 de julho, a partir das 16 horas, no Museu Guido Viaro, em Curitiba. Ambos são contistas e, após o debate, Furtado autografa Os mortos não comem açúcar (Confraria do Vento, 2016) e Santos vai assinar Finalmente hoje (Tulipas Negras, 2016). A entrada é franca.

O encontro tem o nome de “Experiências do Brasil” por reunir dois autores de regiões distintas. “Cada um vai falar sobre o seu processo de criação, os seus temas, obsessões, quais as semelhanças e diferenças entre os seus imaginários, e se há influência do lugar onde cada um vive em sua respectiva obra”, comenta Guido Viaro, escritor e diretor do Museu Guido Viaro, batizado em nome de seu avô homônimo, um dos pioneiros da pintura no Paraná.

Viaro diz que, apesar do pouco apelo comercial, o conto é um dos gêneros mais representativos da literatura brasileira. “É importante colocar o conto no centro do debate, até pelo fato de o país ter inúmeros contistas de qualidade”, afirma, referindo-se, entre outros, a Dalton Trevisan, que recebeu homenagem no espaço com uma sala, onde estão expostos livros e outros objetos como jornais e revistas que mostram a relevância do “Vampiro de Curitiba”.
Os contistas

Alexandre Furtado, 46 anos, é recifense e professor na Universidade de Pernambuco (UPE). Autor de um livro de poemas, De ruas e Inti-nerários (Cepe, 2010), o escritor — em sua estreia no conto — recriou literariamente o Recife da década de 1970 em 14 narrativas breves que, em conjunto, também funcionam como uma longa e fluente narrativa. O erotismo é um dos pontos altos dos contos de Furtado, que reelaborou, com habilidade incomum, a oralidade pernambucana em sua escrita literária.

Já o curitibano Marcio Renato dos Santos, 42 anos, apresenta em Finalmente hoje, o seu quinto livro de contos, também 14 narrativas, nas quais o aspecto comum é o impacto do tempo, seja o passado deflagrado a partir de alguma sensação do presente ou um ziguezague do presente rumo ao futuro, e vice-versa. Jornalista e mestre em estudos literários pela UFPR, Santos dedica-se exclusivamente ao conto e já autografou alguns de livros anteriores, como Golegolegolegolegah! (Travessa dos Editores, 2013), 2,99 (Tulipas Negras, 2014) e Mais laiquis (Tulipas Negras, 2015), no Museu Guido Viaro.

“Será uma satisfação conversar sobre o conto em Curitiba, no Museu Guido Viaro, um dos espaços culturais mais interessantes da cidade”, diz Furtado. “É uma ótima iniciativa colocar o conto em debate e dialogar com um autor tão expressivo como o Alexandre Furtado”, comenta Santos. “Será uma celebração do conto”, acrescenta Viaro.

SERVIÇO: “Experiências do Brasil”, debate sobre o conto, com Alexandre Furtado e Marcio Renato dos Santos. Dia 16 de julho, sábado, a partir das 16 horas. Museu Guido Viaro (R. XV de Novembro, 1.348), centro de Curitiba (PR). Lançamento dos livros Os mortos não comem açúcar, de Alexandre Furtado (R$ 48,00) e de Finalmente hoje, de Marcio Renato dos Santos (R$ 29,90). Entrada franca. Mais informações (41) 3018-6194.

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Relator cita “traição” a Cunha para pedir anulação de votação no Conselho de Ética

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

O relator do recurso movido pela defesa do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), junto à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, Ronaldo Fonseca (Pros-DF), citou uma “traição” a Cunha para pedir a anulação da votação do parecer no Conselho de Ética da Câmara. O relatório pedia a cassação de Cunha. Segundo Fonseca, a chamada nominal feita pelo presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), foi “ilegal”.

A “traição” do deputado Wladimir Costa (SD-PA) a Cunha foi um dos momentos mais inusitados da votação do parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) no Conselho de Ética. Apesar de ter dado reiteradas declarações favoráveis a Eduardo Cunha ao longo de quase todas as sessões do Conselho das quais ele participou, Costa votou contra Cunha após a deputada Tia Eron (PRB-BA), tida como única dúvida naquela votação, se manifestar pela cassação.

Para o relator do recurso de Cunha na CCJ, a decisão do presidente do conselho foi responsável pelo chamado “efeito manada”, que, segundo o deputado, teria sido o responsável pela mudança de posicionamento de Wladimir Costa. “Percebe-se que o nobre deputado externou, de forma clara, o seu posicionamento acerca do caso. Momentos mais tarde, porém, ao ser chamado a proferir seu voto, logo após o voto favorável da nobre deputada Tia Eron, manifestou-se a favor do parecer, em total contradição com o que havia assentado”, diz um trecho do relatório.

“Mudar abruptamente e à míngua de norma legal ou regimental a sistemática de votação representou um prejuízo enorme para o representado, em face do inegável efeito cascata, reconhecido até mesmo pelos seus opositores”, continua o documento.

Em seu parecer, Ronaldo Fonseca negou outras nulidades no processo que resultou na aprovação do parecer que pediu a cassação de Cunha no Conselho de Ética. Com base em apenas um recurso, pediu a anulação da votação feita pelo conselho realizada em junho e a realização de uma nova assembleia.

O parecer foi entregue à CCJ na última terça-feira (6), mas seu conteúdo não foi divulgado. Apenas nesta quarta-feira é que os deputados que integram a comissão tiveram acesso ao documento. Sob o argumento da “complexidade do caso”, Fonseca quis garantir que não houvesse interpretações diversas de sua escrita e disse querer fazer ao longo da leitura das 69 páginas explanações do relatório.

Antes de iniciar a leitura de seu voto, Fonseca disse ter se surpreendido com a escolha de seu nome para relatar o recurso de Cunha. “Eu cheguei a pensar que fosse castigo”, disse o deputado ao presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR).

A acusação

O presidente afastado da Câmara é acusado de ter mentido durante seu depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras em março de 2015 quando disse que não tinha contas no exterior. Documentos enviados ao Brasil por autoridades suíças indicam que Cunha mantinha contas no país europeu e investigações da PGR (Procuradoria-Geral da República) indicam que Cunha usava algumas dessas contas para receber dinheiro de propina do esquema de desvio de recursos da Petrobras apurado pela Operação Lava Jato. Continue lendo

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Olha a cobra!

© Roberto José da Silva

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Ex-presidente da Eletronuclear é alvo de operação da PF

Othon Luiz Pinheiro é alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta (6). © Wilson Dias|Abr|EFE

A PF (Polícia Federal) cumpre nove mandados de prisão no Rio de Janeiro e um em Porto Alegre na manhã desta quarta-feira (6). O ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro é o alvo dessa ação. Ele cumpre prisão domiciliar e é réu em processo na 7ª Vara Federal Criminal, no Rio.

Ele foi levado logo cedo de sua casa, na Barra da Tijuca, zona oeste, por agentes da PF. Pinheiro deve ser encaminhado à sede da PF no Rio, na zona portuária da cidade.

Além dele, seis funcionários da empresa, que integravam o núcleo operacional das fraudes, tiveram a prisão preventiva decretada e o atual diretor foi afastado por ordem judicial.

A ação, baseada em material de delação premiada da Andrade Gutierrez, investiga desvios no setor elétrico e é um desdobramento da Operação Lava Jato. São investigados os crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro na construção da usina de Angra 3. O objetivo é desarticular a organização criminosa que atuava na Eletronuclear.

Também há três mandados de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 26 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos por 130 agentes federais.

Os pedidos foram expedidos pela Justiça do Rio após o caso ter sido desmembrado por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

A PF chamou de Operação Pripyat. O nome se refere à cidade ucraniana que se tornou uma espécie de “cidade fantasma” após o acidente nuclear em Chernobyl.

Delação

Em junho, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Rogério Nora de Sá afirmou à Justiça Federal, no Rio, que Pinheiro, durante sua gestão à frente da presidência da Eletronuclear, pediu “contribuição política” para o PT e para o PMDB e “contribuição científica”. Segundo Nora, que é um dos 11 delatores da empreiteira na Operação Lava Jato, Pinheiro pediu 1% para seus “projetos futuros”.

O ex-presidente da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, é acusado de ter recebido propina de ao menos R$ 4,5 milhões da Andrade Gutierrez e da Engevix sobre contratos de obras da Usina de Angra 3. Othon Luiz teria recebido valores por meio de empresas intermediárias, segundo o Ministério Público Federal. O almirante é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, obstrução da justiça e organização criminosa.

Othon foi preso na 16ª fase da operação Lava Jato, chamada de “Radioatividade”.

Giro UOL

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Tchans!

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Lula deprimido

 “O humor de Lula tem preocupado amigos próximos. Segundo relatos, há vezes em que o ex-presidente passa longos períodos sem nem ao menos sorrir”.

A nota foi publicada por Mônica Bergamo.

O Antagonista – é claro – está profundamente comovido.

o antagonista

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Nadyr do Prado: 80 anos da matriarca da família

Douglas Prado de Oliveira, Carmem Silvia, a Leca, Pedro Prado, Vera Solda e Roberto Prado. Não estão na foto Ione Prado, que não compareceu por motivos profissionais e Marcos Prado, já em outras paragens.  © Luana Todt – 2009

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Kitsch

Carlos Castelo – República dos Bananas

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Exposição histórica apresenta charges de humor do início do século 20

A Casa Romário Martins inaugura na próxima sexta-feira (8) a exposição “Alceu Chichorro e a cultura material do jornalismo curitibano em meados do século 20”. A exposição reúne reproduções de 127 charges em nanquim sobre papel de autoria do chargista curitibano Alceu Chichorro (1896-1977).

O material, que está sendo apresentado ao público pela primeira vez, pertence ao acervo particular do jornalista Saul Lupion Quadros, atualmente custodiado por um de seus netos. Os desenhos reunidos constituem um passeio pela história do Brasil antes do golpe militar de 1964, mostrando uma conjuntura política das mais movimentadas, como a volta de Getúlio Vargas ao poder em 1951, passando pela criação da Petrobrás, o suicídio de Vargas em agosto de 1954 e os anos dourados da era JK.

Os desenhos também satirizam as adversidades enfrentadas pelos brasileiros em geral, como o alto custo de vida, a transformação da indústria e do consumo nacionais ao lado de questões estruturais do mundo da política, os arraigados privilégios daqueles que compunham o Congresso Nacional e a briga pelo voto do eleitorado. Tudo isso inserido em um quadro mais amplo e marcado pela herança da Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria, a corrida espacial e a descolonização.

As charges de Chichorro foram um dos principais produtos jornalísticos de humor durante um longo período. Elas fizeram parte ininterrupta do cotidiano dos curitibanos entre as décadas de 1920 e 1960. Criador dos personagens Chico Fumaça, Dona Marcolina e Totó, Chichorro estudou desenho com Alfredo Andersen e ingressou no universo jornalístico em 1913. Colaborou na redação do jornal A Tribuna como repórter fotográfico. Nesse mesmo periódico passou a publicar sonetos e contos, além de iniciar a veiculação das suas charges, já adotando o pseudônimo Eloy.

Após o desaparecimento do jornal A Tribuna, em 1917, Alceu Chichorro ingressou na redação do Diário da Tarde, Gazeta do Povo e de O Dia. Neste último, se tornou um dos colaboradores mais antigos e duradouros, tendo exercido a função de chargista, cronista, ilustrador e repórter. A exposição é resultado de projeto aprovado por edital da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

Serviço: Exposição “Alceu Chichorro e a cultura material do jornalismo curitibano em meados do século 20”. Local: Casa Romário Martins – Largo da Ordem, 30. Datas e horários: De 8 de julho de 2016 a 31 de janeiro de 2017. De terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 9h às 14h. Entrada franca.

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