O filho de Dona Elza…

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Só cabe uma: ou a OAS, ou a Odebrecht

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O Globo diz que a Lava Jato só vai fechar acordo com uma empreiteira: ou a OAS, ou a Odebrecht.

“Há dois motivos principais.

O primeiro é o fato de as duas serem antigas parceiras em vários empreendimentos da Petrobras — o que uma sabe, a outra também sabe. O segundo diz respeito ao tamanho das empresas: as duas são de grande porte e, entre as quatro que dominam o ramo de infraestrutura no Brasil, foram as únicas que não fizeram acordo (…)

A princípio, a Odebrecht sai em desvantagem (…)

Para a força-tarefa, as provas levantadas até o momento — muitas delas ainda não tornadas públicas — colocam Marcelo Odebrecht no lugar de principal liderança da corrupção empresarial no Brasil”.

Ele tem de pegar 40 anos de cadeia. E a Odebrecht tem de ser extinta, como defendeu Mario Sabino em seu artigo para a newsletter de O Antagonista:

(…) Até a ascensão de Marcelo, a Odebrecht atuava como as outras empresas que há anos participam do assalto aos cofres da União, dos estados e municípios. O novo presidente da organização, no entanto, aperfeiçoou e ampliou a roubança, criando o departamento de propina que se transformou no coração de toda a estrutura.

Ele não parou por aí. A Odebrecht comprou um banco no exterior para otimizar a distribuição de dinheiro sujo aos seus cúmplices. Isso vai muito além da infiltração mafiosa no sistema financeiro europeu. É como se a máfia italiana houvesse ela própria adquirido um banco para fazer as suas transações espúrias. Marcelo Odebrecht é um gênio do crime.

Não há acordo de leniência possível com essa organização criminosa. A extinção da Odebrecht é necessária para depurar o capitalismo brasileiro e também a política do país. Ponto final.

o antagonista

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Tempo

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Luiz Carlos Rettamozo, o Retta Rettamozo, Bando do Porco, década de 80. Retícula sobre foto de Lina Faria

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Constatações

ConstataçõesCarlos Castelo – República dos Bananas

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Oi e tchau

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© Roberto José da Silva

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Ostras

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Em delação, Marcelo Odebrecht admitirá elo com repasses para Dilma

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© Myskiciewicz

Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht, vai assumir no acordo de delação que negocia com procuradores da Lava Jato que controlava pessoalmente os recursos legais e ilegais que irrigaram as campanhas presidenciais de 2010 e 2014, vencidas pela presidente afastada, Dilma Rousseff, segundo a Folha apurou.

O executivo vai relatar que teve uma conversa com Dilma no México em 26 de maio de 2015, quando teria alertado a então presidente que os investigadores da Lava Jato estavam prestes a descobrir os pagamentos ilícitos que a Odebrecht fez ao marqueteiro João Santana na Suíça.

De acordo com o executivo, Dilma não deu atenção ao que ele dizia.

A conversa ocorreu 24 dias antes de Marcelo ser preso pela Polícia Federal —a prisão preventiva de Marcelo completou um ano no último domingo (19).

O ex-presidente da Odebrecht chegou a tratar de pagamentos ao PT com representantes do partido, em sua casa no Morumbi, na zona sul de São Paulo.

ALERTA A DILMA

Até a descoberta dos pagamentos na Suíça, no valor de US$ 4 milhões, segundo os primeiros documentos enviados pelo país europeu, Marcelo dizia a seus interlocutores que não se sentia ameaçado pela Operação Lava Jato por acreditar que, se ele fosse preso, o governo de Dilma cairia junto com ele.

Marcelo também deve dizer que não considerava crime os pagamentos ilícitos que fez ao marqueteiro do PT.

Para ele, os repasses via caixa dois são parte da cultura política do país e do sistema de financiamento a partidos no Brasil.

O relato de Marcelo sobre as duas últimas campanhas presidenciais confirma uma das suspeitas dos procuradores e da Polícia Federal: a de que Santanarecebeu recursos ilícitos no Brasil e no exterior. O marqueteiro recebeu R$ 42 milhões e R$ 78 milhões pelas campanhas presidenciais de 2010 e 2014 respectivamente, de acordo com prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral.

O financiamento ilícito das duas últimas campanhas presidenciais faz parte de um total de 20 temas que Marcelo já esboçou nos preparativos para a delação.

Marcelo disse a interlocutores que assumirá o controle sobre os gastos nas campanhas presidenciais de 2010 e 2014 porque quer fazer um acordo de delação que prime pela “justeza” –nas campanhas de Lula de 2002 e 2006, ele não estava na presidência do grupo, função que assumiu em 2009.

O executivo já afirmou a interlocutores, por exemplo, que jamais cuidou de pagamento de propina a diretores e gerentes da Petrobras e que, portanto, não incluirá esses crimes nos seus relatos.

Outros executivos do grupo, que também foram presos, mas já estão soltos, queriam que Marcelo assumisse outros crimes sob o argumento de que ele presidia o grupo que foi beneficiado pelos negócios fechados com a Petrobras com o pagamento de suborno.

Marcelo se recusou a assumir irregularidades que teriam sido praticadas por outros diretores. Tomou essa decisão mesmo com o argumento de que a empresa deve perder a elite de seus executivos com a delação, já que terão de deixar seus cargos após o acordo ser fechado.

OUTRO LADO

A assessoria da presidente afastada Dilma Rousseff confirmou, por meio de nota à Folha, que ela esteve com Marcelo Odebrecht em maio de 2015 na Cidade do México, durante viagem oficial.

Segundo Dilma, doações e pagamentos a João Santana não foram tratados na conversa. A nota diz que “todos os pagamentos pelos serviços prestados da campanha de reeleição, inclusive a João Santana, foram feitos dentro da lei e declarados à Justiça Eleitoral”.

De acordo com Dilma, Santana recebeu R$ 70 milhões de seu comitê –o PT arcou com mais R$ 8 milhões.

A nota diz ainda que Marcelo faz “suposições” que não merecem comentários.

O PT afirma que o partido só recebe doações oficiais, todas declaradas à Justiça.

O advogado de Santana, Fabio Tofic Simantob, afirmou que só se manifestará nos processos judiciais.

Em manifestação ao juiz Sergio Moro, o advogado negou que Santana soubesse que recebia recursos ligados a contratos obtidos por meio de suborno. A Odebrecht não quis se manifestar.

Folha.com

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Distorção parlamentar

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© Myskiciewicz

“Eu já arquivei cinco pedidos de impeachment do procurador-geral da República”, disse Renan Calheiros, presidente do Senado. “Esse eu vou avaliar”, concluiu com um sorriso irônico incompatível com a gravidade da situação.

Referia-se a uma petição protocolada na semana passada. As duas advogadas que assinam o documento, ambas ligadas a movimentos anti-Dilma Rousseff (PT), requerem a deposição constitucional de Rodrigo Janot. Argumentam que o chefe do Ministério Público Federal dispensou tratamento diferenciado a políticos que consideram envolvidos em situações análogas.

De um lado, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula; de outro, Renan, o ex-presidente José Sarney e o senador Romero Jucá (RR). Todos teriam manobrado para atrapalhar a Operação Lava Jato, mas somente a trinca peemedebista se tornou objeto de pedido de prisão.

Quando enfim avaliar a peça, Renan verá que ela não se sustenta por inúmeros motivos –seja porque cabe ao procurador-geral decidir quando pedir a privação de liberdade de alguém, seja porque a Constituição veda a prisão de presidente da República nessas circunstâncias.

O preocupante, porém, é que o mérito do processo parece ser uma questão menor para o presidente do Senado, que neste momento transforma o pedido de impeachment em uma espada direcionada contra o pescoço de Janot. Para Renan, que já não esconde sua irritação, importa dispor de uma arma capaz de, em tese, intimidar aquele que vem no seu encalço.

Procurando despertar o espírito de corpo entre seus pares, o peemedebista reveste sua indignação com um manto institucional, como se a Procuradoria-Geral da República extrapolasse seus limites constitucionais e representasse uma ameaça para o livre funcionamento do Poder Legislativo.

Nada mais falso. Janot exagerou, sim, ao pedir a prisão de Sarney, Renan e Jucá, mas o fez dentro das balizas legais. Seu ato não escapou aos mecanismos de controle, e o Supremo Tribunal Federal respondeu à solicitação com uma negativa –tudo como deveria ser.

Se há uma ameaça ao Parlamento brasileiro, ela parte de seus integrantes que distorcem o sentido da representação popular, fazendo do mandato não um canal para os anseios do eleitor, mas um duto para escoar recursos ilícitos.

Até agora, apesar das muitas suspeitas de que se cerca, Renan Calheiros vinha mantendo, à frente do Senado, comportamento bem mais republicano que o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na chefia da Câmara, antes de ser afastado pelo STF.

Se o senador imitar seu correligionário e usar a posição institucional para tolher as investigações, poderá conhecer igual destino.

editoriais@grupofolha.com.br

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Frases famosas…

André Penner APLuiz Inácio Lula da Silva, o Jararaca. © André Penner|AP

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A propina de Narizinho

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© Myskiciewicz

O caixa da propina do PP na Petrobras foi usado para bancar a campanha de Gleisi Hoffmann em 2010.

A Veja traz novos trechos da delação de Pedro Corrêa, enquanto Narizinho esbraveja na comissão especial do impeachment.

“Como o doleiro Alberto Youssef e outros delatores já confessaram, o dinheiro foi repassado por um entregador do doleiro a um operador da senadora petista em um shopping de Curitiba.”

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o antagonista

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Na capa

capa_pb© Christian Gaul

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Calamidade, o estado do Rio

 

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© Myskiciewicz

A decretação de estado de calamidade pública pelo governo do Rio de Janeiro a dois meses da abertura dos Jogos Olímpicos tem todos os ingredientes da irresponsabilidade e incompetência do governo do PT, a começar da própria realização do evento esportivo aqui. Não faltaram avisos de muita gente sobre as dificuldades financeiras e estruturais que isso podia ser para o Brasil. E quem condenava a falta de bom senso do então presidente Lula em trazer os jogos para o Brasil nem podia prever os problemas com a mosquito aedes aegypti e suas doenças. Porém, fazer a Olimpíada no Brasil era um lance eleitoreiro do qual Lula não podia abrir mão, assim como foi com a Copa do Mundo, outro evento que o país não tinha capacidade de arcar.

Os motivos apontados pelo governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, para a decretação do estado de calamidade também servem, todos eles, como exemplo da irresponsabilidade de Lula, Dilma Rousseff, e os aliados do PT, todos de olho em benefícios eleitorais na época em que ofereceram o Rio como sede dos jogos. Dornelles fala na crise econômica que atinge o Estado, na queda na arrecadação com o ICMS e os royalties do petróleo, além de dificuldades graves na prestação de serviços essenciais. Segundo ele, ficou impossível o atendimento nas áreas de segurança pública, saúde, educação e mobilidade. Tudo isso já era previsto, mas quem fazia qualquer ponderação crítica sobre o assunto era acusado até de ser contra o Brasil.

Como eu disse, é tudo resultado da irresponsabilidade de Lula e Dilma, os dois que chamavam de “catastrofistas” quem avisava dos riscos de trazer este mega-evento esportivo para o país. Entre os ingredientes eleitorais dessa dupla fraudulenta está inclusive os “royalties do petróleo” em queda. Cadê o milagre do pré-sal? Aquela lorota serviu não só para o sucesso eleitoral do PT como também do então governador Sérgio Cabral e seus cupinchas políticos, como Eduardo Paes, até hoje prefeito da capital. Naqueles eufóricos dias anunciava-se que a extração de petróleo do pré-sal faria da economia brasileira um paraíso, com dinheiro jorrando para a educação, a saúde e também para fazer bonito no mundo todo. Era a velha cascata de um país sempre em primeiro no pódio, que agora enfrenta uma realidade dura de vencer.

José Pires – Brasil Limpeza

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Novo

novoCarlos Castelo – República dos Bananas

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Frases

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© Myskiciewicz

“Eu não queria estar naquele ato [de despedida de Dilma], eu não queria estar naquela foto, porque penso que foi uma sangria, e foi quase que um estupro feito na democracia brasileira que permitiu que a presidenta deixasse a Presidência antes de terminar o seu mandato.

Lula, sobre a cerimônia do adeus de Dilma Rousseff.

Revista Ideias 176|junho|2016

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A segunda liberdade

RODOLFO-BUHRER--REUTERS

© Rodolfo Buhrer|Reuters

O doleiro Alberto Yousseff sai da carceragem da Polícia Federal em novembro, graças à delação premiada que iniciou e deu sequência a uma série que ainda vai fazer muito estrago na Lava Jato.

Como ele já passou pela experiência no passado não muito distante, talvez agora pense duas vezes antes de ser procurado pelos ladrões de sempre para lavar dinheiro público roubado. Depois da primeira delação que o livrou da cadeia, Yousseff aumentou – e muito, sua carteira de “clientes”. Zé Beto

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