Nora Drenalina recomenda

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Garotos da Fuzarca- Ivan Lessa foi um dos maiores escritores da língua portuguesa. Sim, pode dizer que exagero. Mas o malabarismo das palavras e o domínio de todas as formas de humor — da ironia fina ao besteirol mais cretino — faz dele um mestre da sátira. Este “Garotos da Fuzarca” reúne textos publicados no “Pasquim” (79 a 83) e na “Status” (82 e 83). A seleção é do Digo Mainardi (falo mais dele aí em baixo).

Tem várias pequenas obras primas neste livro. O melhor é o trecho de “Os Diários de Londres”, coluna que Ivan dividia com seu heterônimo Edélsio Tavares no “Pasquim”. Brasileiro exilado, Edélsio vive com o paquistanês viado (perdão, “homossexual”) Doce Sulfa, a irlandesa drogada Jovem Pat e o cafetão congolês Negro Ken. Os diários fazem você engasgar de tanto rir. No dia em que eu for nomeado Supremo Editor da Nação, publico “Os Diários de Londres” na íntegra (neste livro, o trecho é mínimo) com novas ilustrações de Reinaldo Figueiredo. Até lá, vá (re) ler “Garotos da Fuzarca” que você vai ver o que é bom.

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Nunca antes na história deste país…

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© Enfermeiro de Plantão

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Pedindo para ser traída

RIO DE JANEIRO – Na iminência de despedir-se do poder que exerceu com triunfal empáfia, a presidente Dilma Rousseff olha em volta e se vê sozinha, abandonada e cercada de traidores. Com razão. Poucos seriam tão eficientes quanto ela na arte de chamar para seu governo aqueles que, na sua visão, acabariam por traí-la.

A começar pela escolha de Michel Temer como seu vice. Para Dilma, Temer seria, no máximo, um manequim de vitrine — aliás, ele tinha o “physique du rôle”. Nas poucas vezes em que se deixou fotografar ao seu lado nas campanhas, era evidente que ela o via como um 2 de paus. E, nas comemorações da vitória, em 2010 e 2014, Temer mal era notado no palanque em meio aos petistas de segundo e terceiro times — como se a máquina do seu partido, o PMDB, não tivesse sido responsável por boa parte da votação da titular.

Várias vezes, durante os dois mandatos, Temer pareceu implorar pela atenção da presidente para sua existência. Debalde. Exceto pelas viagens de Dilma, em que ele era constitucionalmente chamado a se sentar na cadeira, Temer só faltou ter de juntar-se a visitas guiadas para, como turista, conhecer por dentro o Palácio do Planalto.

Outro erro de Dilma foi compor seus ministérios usando como critério não a competência técnica, mas a subserviência dos ministros a ela. Ao fazer isto, estava pedindo para ser traída — como confiar em quem se presta a tal papel? E, agora, diante do desembarque maciço dos partidos em que pensava se apoiar, descobre que, com sua caneta sem tinta, seus ministérios não valem nada.

Dilma deveria se poupar desse discurso de traição. Afinal, ao trair seus 54 milhões de eleitores no dia seguinte à reeleição, ela deu sem querer o tom do que seria o seu governo: um negócio de risco, em que valia a pena entrar, desde que se soubesse a hora de sair.

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Ruy Castro – Folha de São Paulo

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Quaxquáx!

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© Solda – República dos Bananas

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O quase Ministro da Casa Civil

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© Myskiciewicz

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A conta de menos de Dilma Rousseff

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A contagem do impeachment de Dilma Rousseff sofreu uma reviravolta. A equação agora é da subtração governista. A especulação sobre a soma dos votos favoráveis deu lugar à curiosidade sobre quem é que vai ficar com a presidente. Esta derradeira opção exigiria do parlamentar um estoicismo que não combina de jeito nenhum com a prática política instalada pelos governos do PT desde o primeiro mandato de Lula, quando o Palácio do Planalto tornou-se um balcão de negócios. Lula, é bom lembrar, para a primeira vitória teve que adquirir um vice. Agora o prazo é curto para mudança de hábito. Para alteração de caráter o tempo é ainda mais insuficiente.

Neste governo o suborno facilitava negociações políticas de tal forma que os petistas, sempre muito laboriosos, até tentaram sistematizar a prática com o mensalão. Pra sorte do país, foram pegos pelo Ministério Público, mas não é que nem assim tomaram vergonha na cara? O sistema corrupto teve continuidade com o petrolão, mesmo depois da cúpula do PT ter ido em cana pelo crime anterior. O esquema só destrambelhou de vez com a ação do MP, da Polícia Federal, e para o azar do partido do 13 desta vez teve também o trabalho árduo e rigoroso de um juiz honesto.

É uma ironia da história, como se diz, que para sua defesa num momento crucial de sua existência o PT tenha que atuar dentro da política de balcão de negócios sustentada por anos pelo próprio partido do Lula. A relação sempre foi do “quem dá mais”. E nesta hora da verdade, Lula e seu partido nada tem pra dar. E muito menos a presidente. Na economia, por efeito da própria incompetência, só podem oferecer sangue, suor e lágrimas, uma oferta impossível de ser aceita por uma base política acostumada à sombra e água fresca, de preferência debaixo de um coqueiro que dê coco.

E nessa maneira de fazer política, todo lucro sofre sempre a avaliação de custo e benefício, na qual o voto popular tem um peso muito influente. Entre o benefício do presente e o custo no futuro a desproporção pode ser brutal. Pelo voto contra o impeachment o parlamentar terá depois que arcar com o desprezo do eleitor brasileiro, com sua imagem política exposta neste ano de eleições municipais, com um efeito negativo de validade até o ano de 2018, quando todos terão de renovar os mandatos. Quem será que vai aceitar este negocião com Lula e Dilma?

José Pires|Brasil Limpeza

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Temer ensaia discurso

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© Benett. República dos Bananas

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Porta dos Fundos

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Mural da História

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© Benett. Em algum lugar do passado.

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Quaxquáx!

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© Carregador de Malas de Brasília

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Festa de lançamento da Playboy

Bruno-Poletti-Folha-PressA Novidade. © Bruno Poletti FolhaPress

A atriz Luana Piovani recebeu convidados no lançamento da nova revista “Playboy”, que conta com ela na capa. O ator Rômulo Neto, o diretor Wolf Maya e a empresária Vania Cursino foram à festa, na terça (12). A promotora de eventos Fernanda Barbosa e a cantora Karina Zeviani também passaram por lá.

Folha de São Paulo

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Encanei

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© Roberto José da Silva

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Rui Werneck de Capistrano

investimentos

Tem vez que você — acha — que já investiu muito, emocionalmente, num processo pra poder voltar atrás. Por exemplo, você leva a mão em concha pra caçar a mosca que, pousada na mesa, esfrega as patinhas. Toda sua vida está empenhada num gesto que não significa nada pro equilíbrio funcional do mundo. A mosca, por sua vez, está pensando talvez em o que fará nas férias de verão. Ou esfrega as patinhas de contentamento porque saiu o décimo terceiro. Esses movimentos simultâneos — seus e da mosca — criam em torno uma onda emocional de dez mil watts. Não adianta pensar em ecologia, na família que a mosca tem pra criar, no trauma que se alojará em seu mais profundo ser pela prisão eminente. A mão voa e a mosca tenta voar. O encontro está escrito. E, se você sente que ela está presa, vai — ato contínuo — jogá-la no chão. Pófff! Adeus, mosca!

Tem outro exemplo, mas é menos importante. Você está casado há vinte anos e não vê nada além da porta da rua como saída. Blábláblá! Como eu disse, isso não é tão importante. E esse negócio de dizer que se investe muito, emocionalmente, num processo – sem se poder voltar – é coisa que está fora de moda. A menos que você seja um mosca-morta. (in Teoria e Prática de Pareceres e Objeções, editora Loquacité, Paris)

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Rui Werneck de Capistrano é autor de Nem bobo nem nada, romancélere de 150 capítulos, publicado em 2009.

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