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Gazeta do Povo

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Mural da História

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Poluicéia desvairada!

swain-12O amor é lindo. E brega. (Sobradinho típico da Vila Madalena) © Lee Swain

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Mural da História

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27 de 6, 2009

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Orlando Pedroso em Curitiba

pedroso-dálcioAguardem.  © Dálcio

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Movimento

vaza-temerCarlos Castelo – República dos Bananas

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A fala do trono de Temer

Corrupção. Faltou não só a palavra, faltou qualquer referência ao tema. Pode ter sido esquecimento, o que não é pouca coisa, pois nesse caso Michel Temer seria o único brasileiro capaz de falar durante 14 minutos sobre a crise política, pedindo um governo de “salvação nacional”, sem qualquer referência às iniciativas que feriram a oligarquia política e econômica brasileira.

Uma coisa é o destino da doutora Dilma. Bem outra são a Lava Jato e suas subsidiárias que estão encurralando oligarcas. É insultuoso supor que uma pessoa queira defenestrar a doutora e o PT para travar a Lava Jato, mas quem quer freá-la pode achar que uma troca é boa ideia. É necessário reconhecer que a cena do deputado Eduardo Cunha e do senador Romero Jucá de mãos dadas e braços erguidos comemorando o rompimento do PMDB com o Planalto mostra para onde vão os interesses de uma banda da oligarquia. Cunha é réu de um processo no Supremo Tribunal e Jucá está sendo investigado pelo Ministério Público.

Se houvesse qualquer referência ao combate à corrupção no seu discurso de posse presuntiva, Temer mostraria coragem e disposição de incomodar correligionários. Esqueceu-se, tudo bem, mas não deve pedir aos ouvintes que não percebam. Como se sabe desde que a palavra impeachment entrou no vocabulário politico, tirar Dilma é uma coisa, quem botar no lugar é outra.

Desconte-se a trapalhada que tornou público o áudio de Temer. Ele informou que recolheu-se “há mais de um mês”. Seria um exemplo de recato se tivesse amparo nos fatos. O vice-presidente gosta de palavras raras e construções solenes. Só isso o leva a falar em “senadores da melhor cepa e sabedoria”. Ou em “estudar isso com detença”. O doutor parece competir com o governador Geraldo Alckmin na produção de platitudes. Coisas como “não quero que isto fique em palavras vazias”, “temos absoluta convicção”, “a classe política unida com o povo”, “o Estado não pode tudo fazer”. Finalmente: “temos que preparar o país do futuro”. O tucano paulista acrescentaria: “com firmeza e determinação”.

Os 14 minutos de Temer não embutiram uma plataforma, mostraram um palanque. Diante da ruína produzida pela doutora Dilma, antecipa “sacrifícios”. Oferece intenções e diálogo. Num ponto, porém, ele se deteve:

“Sei, por exemplo, no tópico da Federação, da grande dificuldade dos Estados e municípios nos dias atuais. Há estudos referentes à eventual anistia ou perdão de uma parte das dívidas e até uma revisão dos juros que são pagos pelas unidades federadas. Vamos levar isso adiante.”

Decifrando a promessa para governadores encalacrados e prefeitos falidos: “Vamos levar isso adiante”. (Faltou definir “isso”.)

Decifrando os números: Estados e municípios querem repactuar os contratos de R$ 402 bilhões de dívidas já renegociadas com a União. Neste ano horrível, a simples revisão dos juros pode tirar R$ 27 bilhões da União. (O Supremo Tribunal concedeu uma liminar que poderá beneficiar todos os governadores e prefeitos, mas a sentença ainda depende do pleno da Corte.)

Governo de “salvação nacional”. Salvação de quem?

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Elio Gaspari – Folha de S.Paulo

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Mural da História

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© Orlando Pedroso

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Ele

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Eu quero a minha mãe!

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© Roberto José da Silva

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Constituinte e sanidade

SÃO PAULO – Para os partidários da presidente Dilma Rousseff, o impeachment sem um crime de responsabilidade cabalmente demonstrado é golpe. Para os que querem vê-la longe do poder, os delitos e as provas estão aí para quem quiser ver.

Parte da polêmica tem origem numa confusão semântica. Embora o impeachment assuma a aparência de procedimento judicial, ele tem pouco a ver com a ideia de fazer justiça. É verdade que, nos estágios iniciais da tramitação, o impeachment precisa estar calcado em razões jurídicas. Mas, depois que a peça acusatória foi aceita e avança, o processo deixa de ser jurídico para tornar-se essencialmente político. Meu ponto é que é isso que o constituinte queria.

A Carta determina que a autoridade submetida ao impeachment por crime de responsabilidade não será julgada por magistrados de carreira, mas por congressistas, que, ao contrário de juízes, não precisam dar uma justificativa jurídica para seus votos. Também ao contrário dos juízes, nada obriga os parlamentares a basear seu julgamento apenas na peça que originou o processo. Ao formar sua convicção, podem usar qualquer elemento que desejarem, inclusive simpatias pessoais, novas acusações, promessas de cargos.

Só um louco criaria um júri de políticos e esperaria colher julgamentos técnicos. Para conciliar o constituinte com a sanidade, é preciso concluir que o impeachment foi concebido para ser utilizado como um instrumento eminentemente político.

Ele não se torna carta branca para remover qualquer governo impopular, como acusam petistas, porque o presidente está protegido pela maioria ultraqualificada de 2/3 dos congressistas. É mais fácil transformar o Brasil numa monarquia ou aprovar qualquer outra alucinação constitucional -para o que são necessários 3/5 dos parlamentares- do que tirar um presidente. Se o governo cair, não assistiremos a um golpe, mas ao sepultamento de um cadáver político.

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Hélio Schwartsman – Folha de São Paulo

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Made in Brasil

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Benett

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Vazamento de Discurso de Posse

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© Myskiciewicz Breção

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Mural da História

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