Ticiana, poeta na luz

ticianacontraluz

© Roberto José da Silva

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Grandes assinaturas

Ronald Reagan, Diário do Sul, Porto Alegre, década de 80

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Salafrários

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Para Antonio Houaiss

Dedicatória do livro A Lua Vem da Ásia, de Campos de Carvalho, 1957.

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Figuras de Itararé (SP)

© Myskiciewicz

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Todo dia é dia

 

Massa de Japão

Japão nosso de cada dia
Nem só de Japão vive o homem
Japão do senhor
O Japão é o corpo de Cristo
Japão sagrado
Japão que nos dá a vida

Japão fresco
Japão quentinho
Japão com manteiga
Japão no recreio, eu estou no meio

Japão e circo
Japão duro
Japão e água
Japão com pão
Japão com mortadela, a vida é bela

Japão torrado
Japão de Açúcar
De mau grão, nunca bom Japão
Deus dá a farinha, mas não amassa o Japão
Quem dá o Japão, dá o castigo

Só a massa bem sovada dá bom Japão
Japão Japão, queijo queijo
O milagre da multiplicação dos Japães
Japão sem nada, já é tudo.

Polaco da Barreirinha

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Flagrantes da vida real

Figuras ilustres de Curitiba: Giselle Hishida e Newton Maringas Maciel. © Maringas Maciel

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Delação castigada

Por meio do “Canal Direto”, a PUCPR estimula seus empregados a denunciarem seus superiores por supostos desvios de conduta. Porém os delatores acabam sendo invariavelmente demitidos. Três casos de professores e um empregado não docente já foram registrados. Por esse motivo, O Sinpes sugere aos professores que não confiem nesse apelo. “Seguro morreu de velho, prevenido ainda está vivo”, diz o velho provérbio lusitano. Jornal Didata nº 38 – PUCPR IX

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Mural da História

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Benett

© Benett

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Mural da História

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Glenn Greenwald: assumindo a militância

Um ótimo efeito do afastamento da presidente Dilma Rousseff foi o desmascaramento que isso forçou em pessoas que até agora atuavam de forma camuflada no apoio ao governo do PT. São intelectuais e jornalistas que se comportavam de forma hipócrita, fingindo imparcialidade e com isso se servindo da respeitabilidade de suas profissões para disseminar seu pensamento governista. Um exemplo destacado disso é o jornalista Glenn Greenwald, do jornal britânico The Guardian e do site The Intercept, que ficou conhecido internacionalmente a partir de 2013 pela divulgação de documento fornecidos por Edward Snowden sobre espionagem do governo dos Estados Unidos.

Enquanto o PT estava no poder, Greenwald vinha se comportando de um modo que não afetava tanto sua credibilidade. Na verdade, no jornalismo fazia parte da base de apoio de intelectuais ao PT, cumprindo essa tarefa no plano internacional. É responsável com certeza pelos enganos de veículos de esquerda, como o The Guardian, quanto ao verdadeiro caráter do governo do PT. Seu jornal, o The Guardian, ainda vai lamentar a “barriga” histórica cometida na interpretação política totalmente errada sobre o que ocorreu em nosso país nesses 13 anos de poder do PT.

Greenwald podia ser definido como um “isentão” bastante influente, devido a sua forma de escrever sobre o governo do PT até há poucos meses. No entanto, com a derrocada petista ele foi perdendo o equilíbrio tático. Antes de Dilma ser afastada ele ainda mantinha algum controle, o que pode ser visto em entrevista feita com o ex-presidente Lula um pouco antes da votação do impeachment. Mas já aparentava um nervosismo na condução da entrevista com o chefão petista, na qual atravessou várias vezes o limite entre o jornalismo e a militância.

Mas agora, com o afastamento de Dilma, Greenwald passou inteiramente para o outro lado. Virou militante e do pior tipo, aquele desesperado com a perda de poder. Seus textos no The Intercept são panfletos sem credibilidade. E numa entrevista feita com Dilma e divulgada esta semana, cumpre até um papel patético, com perguntas que nada mais são do que textos elaborados para Dilma se apoiar e fazer com a maior comodidade sua defesa. Triste fim, o de um jornalista internacional que vira escada de Dilma.

Num vídeo repassado pelo seu site, pode-se vê-lo fazendo uma pergunta que nada mais é que um ataque ao governo de Michel Temer e um elogio ao que foi feito antes por Dilma. Greenwald fala até em governo “sem mulheres e negros”, essa nova ladainha petista que não pegou. O problema é que sua interlocutora é a incrível Dilma, que na resposta se enrola toda, sem conseguir desenvolver o raciocínio que o diligente militante passou a ela. É até engraçado observar seu desconforto ao perceber que o jogo verbal e político não tem como dar certo com tal parceira política. Do mesmo modo que tantos isentões estão sendo obrigados a fazer, Greenwald se revelou com esta derrocada petista. O espírito de militante quebrou a casca superficial de jornalista que era mantida por ele até agora.

José Pires – Brasil Limpeza

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Flagrantes da vida real

Saul, botando a boca no trumpete! © Maringas Maciel

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Gisere Hishida, gurande jorunarista

Cadê você? © Maringas Maciel

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Fique Comigo|Asphalte. Direão de Samuel Blanchetrit|França|1h40m|2015

O circuito do cinema de arte no Brasil é formado especialmente por comédias francesas. São dezenas os filmes do gênero (e nacionalidade) que chegam às telonas do país todos os anos. Atualmente, exibidores preferem inclusive apostar em um filme francês médio do que num bom filme de uma cinematografia não tão conhecida. Por coisas assim que longas como Fique Comigo acabam ganhando espaço.

Fique Comigo – Dirigido por Samuel Benchetrit, o longa se passa em um prédio no subúrbio de Paris, onde seis personagens aparentemente solitários acabam se encontrando. Um fotógrafo, que acaba de perder os movimentos das pernas, descobre uma inusitada amizade na presença de uma triste enfermeira que trabalha ali perto. Um adolescente independente se interessa pela atriz decadente que acaba de mudar para o apartamento ao lado. Um astronauta americano literalmente cai do céu e é acolhido por uma senhora enquanto espera o resgate na NASA.

Individualmente, as tramas são interessantes e poderiam render bons curtas-metragens. Mas, infelizmente, elas não funcionam bem lado a lado. Embora a solidão seja um tema comum entre as histórias, não há muita sintonia entre as mesmas. Se passam num mesmo universo, mas não parecem fazer parte do mesmo filme.

É curioso notar que as três histórias e os três pares têm bons momentos, mas não empolgam. De certa forma, temos três contos médios, que só poderia render um filme médio. E é o que acontece.

A trama da atriz decadente acaba ganhando mais força por causa da presença em cena da extraordinária Isabelle Huppert (A Professora de Piano e Amor). O momento em que prepara um teste para um papel em uma peça é o mais bonito e interessante de todo longa. A saga do astronauta acaba sendo uma espécie de alívio cômico da produção, ainda que levada a sério. O personagem é vivido por Michael Pitt. O elenco traz ainda as presenças de Gustave Kervern e Valeria Bruni Tedeschi.

Asphalte (no original) é uma obra sensível e de certa forma simpática, mas que não consegue alcançar maiores voos. Como seus personagens, é ordinário em todos os sentidos.

AdoroCinema

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