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© Roberto José da Silva

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Petistérico

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Placebo

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Dilma sanciona lei que libera produção e venda da pílula “contra o impeachment”.  © SUS

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Sensacionalista: engraçadalho pra carilho

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O humor a favor tem vários problemas. Um deles: é a favor. Outro: não é humor.

O Sensacionalista nasceu como cópia de vários “jornais” satíricos existentes no Primeiro Mundo, como The Onion (o mais famoso), o britânico Private Eye (o melhor), News Biscuit (“the news before it happens”) ou o auto-explicativo Uncofirmed Sources.

Infelizmente, ao invés de trilhar o caminho de um humor sardônico e imperdoável, o que exige uma inteligência acima da média, como o nosso Joselito Müller, o Sensacionalista retira o grotesco e fica só com o mamão com açúcar sem coragem e sem brilho do Charlie Hebdo.

O site aderiu de corpo, alma e Google Ads ao humor a favor. Não há nada de falta de mérito em ser um humorista de esquerda – Bill Maher, por exemplo, é socialista até o osso, e nenhum conservador ousaria dizer que ele não é engraçado, apesar de suas idéias ultrapassadas. O problema se agrava quando, além de um discurso perebento que se assemelha a uma assembléia de DCE, para se encontrar a tal da graça é preciso ser adesista e partidário até o último furúnculo.

Algo completamente diferente de quando Bill Maher, por exemplo, faz um breaking news sobre aborto: “E as religiões do mundo se uniram novamente contra sua maior inimiga: a vagina.” Não é necessário ser um comunista para achar isso, ao menos, engraçado.

O Sensacionalista entrou em campanha aberta, vermelho PT e estrelinha tatuada na nádega esquerda, contra o protesto do dia 13 de março pelo impeachment. Cada um com sua opinião – mas o site que se pretende de humor não tem mais a mínima graça.

Na imagem que postaram explicando por que não irão aderir, no momento com cerca de 71 mil curtidas e 27 mil compartilhamentos, fazem piadinhas nível Gregório Duvivier ou Fábio Porchat: piadas em que antes é preciso concordar com a opinião política dos autores (opinião esta sempre baseada no princípio “Não sou petista e nem socialista, mas só se pode gostar do que a União Soviética mandava gostar”) para então, ao invés de rir de fato, pensar: “Ufa, alguém escreveu frases de efeito que resumem o que penso de uma maneira um pouco torta, mas funcional. Vou compartilhar, para não ter de me explicar defendendo bandido, corrupto e totalitário boliviariano!”

Repare bem como qualquer pessoa que compartilha a imagem ou posta um “HAHAHAHAHAHAHA” nos comentários não riu de porcaria nenhuma: apenas concordou e usou como arma de propaganda.

Na imagem, falam em primeira pessoa do singular: “Não vou porque…” e elencam “razões”. A primeira: “Não perco The Voice Kids”. Essa é a mesma turma que garante que a Globo é golpista e que quem vai está obedecendo cegamente a Globo (que não comentou absolutamente nada sobre o protesto do domingo, como se ele não existisse e não estivesse sendo planejado – o exato oposto, no mau sentido, do News Biscuit).

Ou “Não aprendi a coreografia do impeachment”. Difícil é encontrar pessoas que querem o impeachment e levam a dancinha inventada a sério – mas, naturalmente, em todas as notícias encontráveis na internet sobre a manifestação, só se fala na única coisa ridícula que encontraram a respeito (black blocs? violência? defesa do indefensável? não, dancinha).

Prosseguem: “Domingo é dia de fazer amor”. Será que é válido para o domingo seguinte, com manifestação pró-Lula e PT? Será que essa turma DCE sabe mesmo o que é amor ou, ao menos, o que é uma vagina?

A próxima mostra o elitismo esquerda caviar: “Vai ter muita gente suada”. No post seguinte, é de se apostar que estarão chamando Aécio de mauricinho e tentando bancar os proletários. E nem pense novamente no domingo seguinte.

Adiante: “Preciso terminar a 4.ª temporada de House of Cards”. A série segue os passos de um político esquerdista corrupto que comete até mesmo dois assassinatos para galgar os degraus do poder. A ficção é mais importante do que a história, já ensinara Aristóteles: a poesia fala do que pode acontecer, enquanto a história só fala do que aconteceu, sendo mais restrita em seu escopo. Contudo, mesmo o protagonista Frank Underwood, após matar as versões fictícias e americanas de Celso Daniel e Toninho do PT, ainda não chega aos pés da bizarrice que se deslinda diante dos olhos de quem quer ver (o que exclui o Sensacionalista) no Brasil. E olha que Bill Clinton, do partido de Underwood, já afirmou que House of Cards é 99% real.

Essa esquerda já desistiu de esconder que é caviar.

Logo depois, “Os taxis são bandeira 2 no fim de semana”. Curioso: o protesto é tão gigantesco que é impossível usar táxis para ir ou voltar. Ou carros. Todo mundo vai de metrô. Em cidades menores, de ônibus. Porque é povão mesmo, exatamente ao contrário do que dizem. Ademais, se táxis são caros, esquerdistas poderiam finalmente se tocar e defender o Uber contra sindicatos cartelistas que se escoram no Partido da presidente.

A seguir, vem um “Eu iria se”, com novos itens.

Além de mais esquerdice caviar, modelo “caísse o sinal da TV a cabo e da internet” (estes petistas guris de apartamento!) e papo sobre “minha camisa da seleção estivesse limpa” (já afirmamos que está na hora de trocar a camiseta da seleção pelo PRETO), o melhor é o primeiro item: “Tivesse presunto de parma em vez de mortadela”.

Ué, o Sensacionalista esqueceu quem está criticando? Pensou apenas em “protesto” e já saiu metendo a metralhadora de clichês para fazer alguém “rir” (ou, como se viu, usar a imagem como arma por quem posta “kkkkkkkkkkkk” sem ter dado uma micro risadinha) como se um amontoado de clichês fosse inteligência e “humor”? Que tal terminar com um sambarilóve ou ié ié, sassi fufu pra alegria da petistosfera?

Quem gosta de mortadela é petista. Um dos gritos famosos dos protestos pelo impeachment é o “Eu vim de graça”, depois de denúncias com vídeos mostrarem que os protestos a favor do PT têm gente que recebe R$ 35 para vestir camiseta da CUT (essa pode, né? não tem corrupção nenhuma ao contrário da CBF, imagine) e achar que protesto da CUT é contra Dilma, o que saiu até em sites de esquerda. Outros, nem falam português. Usaram até veículos de hospitais públicos para transportar “manifestantes” – cadê a turma reclamando da merenda tucana que não deu um pio sobre isso? Apenas isto já é motivo o sobejante para mais do que um impeachment.

E ainda querem presunto de parma. Mas como anda Jardins-Leblon esse PT…

Sensacionalista

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O PT sem saída pro futuro

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José Eduardo Cardozo.  © Myskiciewicz

Nesta quinta-feira, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, recorreu ao Supremo Tribunal Federal para que seja anulado o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Mais um equívoco imenso e agora também de uma irresponsabilidade política sem par. Seguem na tentativa de judicializar uma questão que é política. Mas essa de agora é aquele tipo de coisa em que uma vitória pode até ser pior para o PT. A decisão sai ainda hoje. Tomara que haja no STF a sanidade para recusar uma ação dessas. Já imaginaram o STF anulando esse processo do Legislativo agora no final? Teremos outra crise, talvez mais delicada que o próprio impeachment. Mas tem sido assim há muito tempo, com o PT pouco se importando com consequências de alto risco nas coisas que faz. Em grande parte esta é uma causa da debandada no governo Dilma, que em menos de um mês teve desmontada sua base de sustentação — ou o que restava dela. Quem é que vai querer ficar próximo de figuras como essas, que só tocam fogo exatamente quando deveriam fazer o papel de bombeiros?

Que a decisão sobre um processo de impeachment é política não é dúvida para ninguém. Daí o grande erro do PT nessas manobras para tentar resolver no chamado “tapetão” questões que eles tinham a obrigação de enfrentar pela via política. O mesmo acontece com essa conversa de “Não vai ter golpe”, outra forma errada de encarar as tremendas complicações em que eles se meteram com sua impressionante tendência de criar problemas para si próprios. Tinham que estar dialogando, mas tentam intimidar. O pedido de anulação confronta também o Poder Legislativo, quando deviam prestigiá-lo, pois afinal é nele que haverá decisão. Parece uma série de “mais idiota, impossível”.

Mas o problema é deles se vão descobrir da pior maneira que não é assim que se faz. Não faltou aviso de que “é a política, idiota”, além de que temos até um exemplo recente disso no país, do qual eles até participaram ativamente. No entanto, esses petistas parece que endoideceram mais do que já era o normal deles.

Esse é o tipo de coisa até que faz pensar que não contentes em encaminharem a queda do governo nesses últimos meses, eles resolveram acabar também com seu partido. Aproveitam o impeachment para provocar também um suicídio do próprio partido? Um Jim Jones nós sabemos que eles já têm. Os brasileiros até agradeceriam se fosse dada essa finalização a um projeto político tão nefasto. Porém, mesmo assim não deixa de ser uma imensa burrice esse enfrentamento de uma crise de uma forma que não cria perspectivas para a sobrevivência política posterior. A dinâmica petista não parece considerar o próprio futuro, a menos que eles acreditem que atrairão votos nas próximas eleições municipais e também na disputa em 2018 saindo por aí vestidos de vermelho e berrando pela ruas. Não foi desse jeito que eles tiveram vitórias eleitorais importantes, que só vieram depois de largarem a antiga cara amarrada e a sanha de brigar com o próximo, que é exatamente como o PT ficou agora. Quero ver como é que será o futuro do partido com a volta dessa velha cara feia.

José Pires- Brasil Limpeza

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Benett

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Folha de São Paulo

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Temer quer que Aécio assuma a indicação de Armínio Fraga para a Fazenda

A nomeação de Armínio Fraga para ministro da Fazenda num eventual governo de Michel Temer (PMDB-SP) esbarra em um problema: Aécio Neves (PSDB-MG). Temer quer que o PSDB, presidido pelo senador, assuma a indicação de Fraga para o posto. O tucano até ontem se fazia de morto.

LAÇO FIRME

A ideia é que Aécio assuma a paternidade de Fraga para amarrar o apoio do PSDB às medidas impopulares que podem ser adotadas pelo eventual futuro governo. Já o tucano teria dado a entender que Fraga, se assumir, entrará na cota “pessoal” de Temer, livrando os tucanos de qualquer desgaste. A relutância do senador acendeu o sinal de alerta no entorno do vice-presidente.

JOGO DURO

Um outro fator complicador na relação de Temer com o PSDB é José Serra. O vice-presidente tem boa relação com ele e quer nomeá-lo para um ministério. Outros tucanos, porém, torcem o nariz.

COMPLICADO

O próprio Fernando Henrique Cardoso já disse ao grupo de Temer que Serra tem qualificações para ser ministro, mas pode desagregar a equipe, especialmente se for nomeado para algum cargo ligado à área econômica.

PERGUNTA

Serra já foi cogitado para comandar o Ministério do Planejamento caso Temer assuma no lugar de Dilma Rousseff, se o impeachment for aprovado. A nomeação, no entanto, estaria condicionada ao aval do futuro titular da Fazenda.

COFRE SAUDÁVEL

Outra ideia que circula há tempos é colocá-lo no Ministério da Saúde. Temer, no entanto, pode ter que usar a pasta para abrigar algum partido da base de seu eventual futuro governo. O próprio Serra já revelou ter dúvidas sobre as vantagens de assumir o cargo sem a garantia de que terá verbas para fazer uma gestão de impacto.

NO BARCO

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), surpreendeu senadores do PT e do PC do B que foram à residência dele anteontem à noite. Renan chegou a rascunhar uma planilha com votos contra e a favor do impeachment, dando conselhos de onde eles poderiam “pescar” apoios para impedir o impeachment de Dilma.

COLETIVO

Do encontro participaram também os ministros peemedebistas Eduardo Braga, das Minas e Energia, e Hélder Barbalho, da Secretaria dos Portos, aliados de Dilma.

LÁ E CÁ

O ex-presidente Lula alterna momentos de entusiasmo e disposição com outros de cansaço diante da batalha para evitar o impeachment.

monica-bergamo-Luciano-Trevisan

Monica Bérgamo – Folha de São Paulo

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Mural da História

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Janot ataca indiciamento de Gleisi na Lava Jato e pede nulidade

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A  então ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), 1º de julho de 2011. © Lula Marques

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma manifestação defendendo que o STF (Supremo Tribunal Federal) anule o indiciamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras.

No texto, a Procuradoria critica o ato e aponta que o indiciamento fere entendimento do Supremo que proibiu a PF, em 2007, de fazer, por conta própria, o indiciamento de autoridades com foro privilegiado, como o presidente da República, ministros de Estado, senadores e deputados.

O indiciamento é um ato formal em que a autoridade declara que existem indícios suficientes de ocorrência de crime.

“Assim, o ato de indiciamento em inquérito que apura infração cometida por parlamentar federal realizado por autoridade policial é absolutamente nulo, com manifesta violação da competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal. Isso porque tal ato não gera processo, não vincula o Ministério Público nem, muito menos, o órgão julgador. O que gera a instauração de processo criminal é a denúncia do Ministério Público”, diz o texto.

“Admitir a decisão unilateral da autoridade policial indiciar alguém (que poderá nem ser denunciada) gera verdadeiro desiquilíbrio de armas no processo.”

Para a Procuradoria, o indiciamento tem mais peso para a imprensa do que juridicamente, ao lançar uma pecha sobre o investigado.

“Sob a ótica da análise exclusivamente do regramento que trata do sistema de investigação no âmbito de inquéritos que tramitem perante o Supremo Tribunal Federal, a condução dos atos investigatórios é de atribuição exclusiva do Procurador-Geral da República sob a supervisão, quando demandar reserva de jurisdição, do Supremo Tribunal Federal, descabendo cogitar de qualquer ato da autoridade policial no que se refere a indiciamento”, diz o parecer de Janot

O procurador afirmou ainda que, no caso de Gleisi, há ilegalidade no ato da PF. “No caso vertente, como já demonstrado em tópico anterior, o fato de que o indiciamento de senadora da República veio a ocorrer após seu interrogatório apenas deixa patente a ilegalidade do ato.”

A PF indiciou no STF a senadora e o ex-ministro Paulo Bernardo, seu marido, por suspeita de terem recebido R$ 1 milhão no esquema de corrupção da Petrobras.

O pedido da PF se baseia, entre outros pontos da investigação, nas informações prestadas por Antonio Carlos Fioravante Pieruccini, investigado pela Operação Lava Jato e que firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Ele contou que fez quatro entregas de dinheiro a Ernesto Kougler Rodrigues, empresário ligado ao PT do Paraná, Estado de Gleisi e Bernardo.

Também foram mapeados contatos telefônicos entre a própria Gleisi e o empresário Ernesto Rodrigues, outro alvo de pedido de indiciamento feito pela PF.

As informações passadas por Antonio Carlos Pieruccini aos investigadores reforçam as versões apresentadas por outros dois delatores, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.

Em depoimento ao Ministério Público Federal, o doleiro afirmou que deu R$ 1 milhão à campanha de Gleisi Hoffmann em 2010.

Gleisi foi também chefe da Casa Civil no governo da presidente Dilma Rousseff entre junho de 2011, quando Antonio Palocci deixou o cargo, e fevereiro de 2014 –ela deixou o cargo para concorrer ao governo do Paraná e ficou em 3o lugar na disputa.

Segundo o doleiro, o montante foi entregue em quatro parcelas, em espécie, ao dono do shopping Total de Curitiba, Michel Gelhorn. Três das parcelas foram entregues no próprio shopping, de acordo com Youssef.

O pedido da PF será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, que vai pedir à Procuradoria-Geral da República um parecer sobre o caso.

OUTRO LADO

Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo têm negado participação em qualquer ato ilícito. Em nota oficial, os petistas argumentam que “todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor” por parte deles.

O casal sustenta que são “inúmeras as contradições” nos depoimentos dos delatores. “Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que cinco versões diferentes para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não existiram”, informa o comunicado.

Folha.com

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Solução

esta-SoluçãoCarlos Castelo – República dos Bananas

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Os atleticanos…

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E se todo Coxa Branca for coxinha? Não é nada, não é nada… não é nada mesmo. (Zé Beto)

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Nora Drenalina recomenda

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Garotos da Fuzarca- Ivan Lessa foi um dos maiores escritores da língua portuguesa. Sim, pode dizer que exagero. Mas o malabarismo das palavras e o domínio de todas as formas de humor — da ironia fina ao besteirol mais cretino — faz dele um mestre da sátira. Este “Garotos da Fuzarca” reúne textos publicados no “Pasquim” (79 a 83) e na “Status” (82 e 83). A seleção é do Digo Mainardi (falo mais dele aí em baixo).

Tem várias pequenas obras primas neste livro. O melhor é o trecho de “Os Diários de Londres”, coluna que Ivan dividia com seu heterônimo Edélsio Tavares no “Pasquim”. Brasileiro exilado, Edélsio vive com o paquistanês viado (perdão, “homossexual”) Doce Sulfa, a irlandesa drogada Jovem Pat e o cafetão congolês Negro Ken. Os diários fazem você engasgar de tanto rir. No dia em que eu for nomeado Supremo Editor da Nação, publico “Os Diários de Londres” na íntegra (neste livro, o trecho é mínimo) com novas ilustrações de Reinaldo Figueiredo. Até lá, vá (re) ler “Garotos da Fuzarca” que você vai ver o que é bom.

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Nunca antes na história deste país…

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© Enfermeiro de Plantão

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Pedindo para ser traída

RIO DE JANEIRO – Na iminência de despedir-se do poder que exerceu com triunfal empáfia, a presidente Dilma Rousseff olha em volta e se vê sozinha, abandonada e cercada de traidores. Com razão. Poucos seriam tão eficientes quanto ela na arte de chamar para seu governo aqueles que, na sua visão, acabariam por traí-la.

A começar pela escolha de Michel Temer como seu vice. Para Dilma, Temer seria, no máximo, um manequim de vitrine — aliás, ele tinha o “physique du rôle”. Nas poucas vezes em que se deixou fotografar ao seu lado nas campanhas, era evidente que ela o via como um 2 de paus. E, nas comemorações da vitória, em 2010 e 2014, Temer mal era notado no palanque em meio aos petistas de segundo e terceiro times — como se a máquina do seu partido, o PMDB, não tivesse sido responsável por boa parte da votação da titular.

Várias vezes, durante os dois mandatos, Temer pareceu implorar pela atenção da presidente para sua existência. Debalde. Exceto pelas viagens de Dilma, em que ele era constitucionalmente chamado a se sentar na cadeira, Temer só faltou ter de juntar-se a visitas guiadas para, como turista, conhecer por dentro o Palácio do Planalto.

Outro erro de Dilma foi compor seus ministérios usando como critério não a competência técnica, mas a subserviência dos ministros a ela. Ao fazer isto, estava pedindo para ser traída — como confiar em quem se presta a tal papel? E, agora, diante do desembarque maciço dos partidos em que pensava se apoiar, descobre que, com sua caneta sem tinta, seus ministérios não valem nada.

Dilma deveria se poupar desse discurso de traição. Afinal, ao trair seus 54 milhões de eleitores no dia seguinte à reeleição, ela deu sem querer o tom do que seria o seu governo: um negócio de risco, em que valia a pena entrar, desde que se soubesse a hora de sair.

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Ruy Castro – Folha de São Paulo

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Quaxquáx!

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© Solda – República dos Bananas

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