O caso escandaloso do filósofo Luiz Carlos Maciel, do Pasquim

Luiz-Carlos-Maciel

Do Gutemblog

A hipocrisia brasileira – que se encrespa contra todo tipo de preconceito e assumiu a vanguarda mundial pelo reconhecimento dos direitos humanos de homossexuais, negros e quem quer que por alguma razão seja discriminado socialmente, e acaba de quebrar os grilhões da aposentadoria compulsória de magistrados aos 70 anos – podia dormir sem o inesperado anúncio do filosofo e escritor Luiz Carlos Maciel acaba de publicar na internet:

“Um tanto constrangido, é verdade, mas sem outro jeito, aproveito esse meio de comunicação, típico da era contemporânea e de suas maravilhas, para levar ao conhecimento público o fato desagradável de que estou sem trabalho e, por conseguinte, sem dinheiro. É triste, mas é verdade. Estou desempregado há mais de um ano. Preciso urgentemente de um trabalho que me dê uma grana capaz de aliviar este verdadeiro sufoco. Sei ler e escrever, sei dar aulas, já fiz direções de teatro e de cinema, já escrevi para o teatro, o cinema e a televisão. Publiquei vários livros, inclusive sobre técnicas de roteiro, faço supervisão nessas áreas de minha experiência, dou consultoria, tenho – permitam-me que o confesse – muitas competências. Na mídia impressa, já escrevi artigos, crônicas, reportagens… O que vier, eu traço. Até represento, só não danço nem canto. Será que não há um jeito honesto de ganhar a vida com o suor de meu rosto? Luiz Carlos Maciel. lcfmaciel@gmail.com

No país que que quebra e criminaliza preconceitos de todo tipo – de cor, raça, gênero, região – é espantoso que o envelhecimento seja tão duramente perseguido com o afastamento compulsório dos idosos de atividades econômicas, profissionais, culturais – da própria vida útil.

Gaúcho, nascido em 1938, professor de teatro, com referências no currículo de temporadas na Universidade da Bahia (nos tempos de Glauber, Ana Adler, João Augusto e Eros Martins Gonçalves) e no Carnegie Institute, de Pittsburgh, nos Estados Unidos e idolatrado no Rio como interprete do filosofo Herbert Marcuse e autor de textos no Pasquim (segundo a lenda, era um craque em psicanálise e admirado por Millôr Fernandes, extremamente seletivo na seleção de amigos), Luiz Carlos Maciel marcou época na Rede Globo, onde talento e validade artística são medidos de forma implacável pelo sucesso comercial. Casado com a bela e talentosa atriz Maria Claudia, protagonista de novelas, filmes e peças de teatro, não lhe faltava nada para fazer o encanto dos cariocas. Escrevia livros, teleteatro, dirigia espetáculos.

De repente, sumiu. Tal como Maria Claudia, que teve problemas com as cordas vocais, depois voltou milagrosamente recuperada e novamente sumiu. Imaginava-se que estava recolhido, ensinando ou trabalhando discretamente em algum jornal ou editora.

Agora, com esse anúncio patético – um SOS desesperado, ainda por cima dando sinais de humor com a frase “O que vier, eu traço. Até represento, só não danço nem canto. ” – Luiz Carlos Maciel joga na cara da sociedade brasileira o abandono dos idosos. Se ele, um intelectual com tal bagagem, confessa-se sem dinheiro, imagine os idosos sem currículo e sem referências…

Aliás, há neste momento outro sinal escandaloso da repugnância nacional pela velhice. O fracasso da novela Babilônia, que apesar do grande elenco e dos autores famosos está perdendo em audiência para os outros três seriados da Globo, inclusive Malhação, está sendo atribuído aos papéis das atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, que brilham como um casal homossexual ativo (e além de ativo, intelectual e passional). Segundo analistas da área de pesquisa, o público aceita e idolatra Fernanda em papéis cômicos e Nathalia em papéis dramáticos de velhinha caduca ou coadjuvante, jamais no vigor humano e sexual que desfrutam além dos 80 anos.

A expectativa de sobrevivência atém dos 70, além dos 80, em condições físicas e mentais normais, é um castigo para homens e mulheres brasileiras que pretendam exercitar plenamente seus papéis profissionais e resistam à aposentadoria. Como está demonstrando, via Internet, o filosofo Luiz Carlos Maciel, 78 anos, notável saber, desempregado.

Portal Luiz Nassif

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Ele

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Mural da História

Fizemos camisetas e banners com esta imagem. Fernando Collor foi eleito. Ia trabalhar com minha camiseta e fui advertido na empresa que o patrão apoiava Fernando Collor, Foi ministro nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Isso mesmo, José Eduardo de Andrade Vieira, do Bamerindus, que foi à falência. C’est la vie.

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Uebas!

Victoria Silvstedt.  © TaxiDriver

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O que é que eu sou?

© Roberto José da Silva

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O efeito Lombroso

Nada acontece por acaso. Não existe isso de geração espontânea em política, a não ser de tempos em tempos o aparecimento de líderes carismáticos que caem nas graças do povão, para logo serem substituídos por outros. No Brasil recente temos os cometas Getúlio (o que durou mais), Lacerda, Juscelino, Jânio, Collor e Lula que, cada um com seu estilo, conduziram o país para o bem ou para o mal.

Segundo os cálculos o ciclo varguista durou 18 anos (15 da ditadura e 3 da presidência constitucional), ao passo que Lula e Dilma, se não acontecer a renúncia ou o impeachment da presidente, completarão 16 anos à frente do governo da República, só dois anos menos que o caudilho de São Borja. Ambos perdem ligeiramente, entretanto, para os anos de chumbo em que o Brasil foi governado por generais do Exército (1964-1981).

O ciclo petista começou com a primeira eleição de Lula em 2002, depois de algumas tentativas frustradas como aquela do último debate com Fernando Collor, que o Jornal Nacional editou para passar a impressão que o sapo barbudo fora massacrado pelo parvenu alagoano.

Na verdade, a semente transformada na árvore petista havia sido lançada pela geração que viveu a empolgante experiência de 1968, o ano que não terminou segundo o jornalista e escritor Zuenir Ventura. Quarenta anos depois ele escreveu 1968 o que fizemos de nós (Planeta, SP, 2008), no qual revisitou os mesmos cenários e os mesmos personagens da época em que a rapaziada pretendia mudar o mundo.

É natural que em quatro décadas as idéias, opções e posturas sofram mudanças radicais, não raro se colocando no lado rigorosamente oposto ao ocupado antes. Na política não é diferente.

Em particular sobre a inflexão do PT, Zuenir escreveu que “o choque maior, a grande decepção ocorreu no governo Lula, não só porque o PT supostamente encarnava princípios básicos de 68 – sobretudo a ética e o desprendimento cívico – como porque boa parte daquela geração – José Dirceu, José Genoino, Dilma Rousseff, Franklin Martins, Marco Aurélio Garcia – ocupava ou ocupa cargos importantes no poder”.

A patota do mensalão, que o então procurador geral da República Antonio Fernando de Souza identificou como “quadrilha” chefiada por ninguém menos que José Dirceu de Oliveira e Silva, com a colaboração de importantes dirigentes do partido na época (Genoino, Delúbio e Silvio Pereira), agiu com o deliberado escopo de comprar apoio político e lotear cargos, assim “como fez negócios ilícitos em paraísos fiscais”.

O resumo do dramalhão de péssimo gosto foi percebido por Zuenir a partir da cassação do mandato de deputado federal de José Dirceu, pelo voto de 293 colegas da Câmara. Para o jornalista o PT sacramentava a dilapidação do “patrimônio acumulado em um quarto de século de existência e que era um dos valores que a geração de 68 exibia como um tesouro: a ética”.

Num país de corrupção endêmica, bombardeava Zuenir, “em que os escândalos políticos são uma tradição, o governo do PT conseguiu a proeza de atingir uma escala inédita, acompanhada de uma dose exagerada de cinismo. O principal argumento substantivo que o partido, o governo e seu presidente encontraram para justificar todos os ilícitos cometidos era que fizeram o que todos faziam. O partido que durante 25 anos se apresentava com justificado orgulho como o que fazia diferença era igual – igual, não, pior, porque prometia ser diferente”. Continue lendo

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Mural da História

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Um dia, um lago

© Roberto José da Silva

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O plano obscuro

Em condições normais, ou em país que já se livrou do autoritarismo, haveria uma investigação para esclarecer o que o juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato intentavam de fato, quando mandaram recolher o ex-presidente Lula e o levaram para o Aeroporto de Congonhas. E apurar o que de fato se passou aí, entre a Aeronáutica, que zela por aquela área de segurança, e o contingente de policiais superarmados que pretenderam assenhorear-se de parte das instalações.

Mas quem poderia fazer uma investigação isenta? A Polícia Federal investigando a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República investigando procuradores da Lava Jato por ela designados?

É certo que não esteve distante uma reação da Aeronáutica, se os legionários da Lava Jato não contivessem seu ímpeto. Que ordens de Moro levavam? Um cameramen teve a boa ideia, depois do que viu e de algo que ouviu, de fotografar um jato estacionado, porta aberta, com um carro da PF ao lado, ambos bem próximos da sala de embarque VIP transformada em seção de interrogatório.

É compreensível, portanto, a proliferação das versões de que o Plano Moro era levar Lula preso para Curitiba. O que foi evitado, ou pela Aeronáutica, à falta de um mandado de prisão e contrária ao uso de dependências suas para tal operação; ou foi sustado por uma ordem curitibana de recuo, à vista dos tumultos de protesto logo iniciados em Congonhas mesmo, em São Bernardo, em São Paulo, no Rio, em Salvador. As versões variam, mas a convicção e os indícios do propósito frustrado não se alteram.

O grau de confiabilidade das informações prestadas a respeito da Operação Bandeirantes, perdão, operação 24 da Lava Jato, pôde ser constatado já no decorrer das ações. Nesse mesmo tempo, uma entrevista coletiva reunia, alegadamente para explicar os fatos, o procurador Carlos Eduardo dos Santos Lima e o delegado Igor de Paula, além de outros. (Operação Bandeirantes, ora veja, de onde me veio esta lembrança extemporânea da ditadura?)

Uma pergunta era inevitável. Quando os policiais chegaram à casa de Lula às 6h, repórteres já os esperavam. Quando chegaram com Lula ao aeroporto, repórteres os antecederam. “Houve vazamento?” O procurador, sempre prestativo para dizer qualquer coisa, fez uma confirmação enfática: “Vamos investigar esse vazamento agora!”. Acreditamos, sim. E até colaboramos: só a cúpula da Lava Jato sabia dos dois destinos, logo, como sabe também o procurador, foi dali que saiu a informação –pela qual os jornalistas agradecem. Saiu dali como todas as outras, para exibição posterior do show de humilhações. E por isso, como os outros, mais esse vazamento não será apurado, porque é feito com origem conhecida e finalidade desejada pela Lava Jato.

A informação de que Lula dava um depoimento, naquela mesma hora, foi intercalada por uma contribuição, veloz e não pedida, do delegado Igor Romário de Paula: “Espontâneo!”. Não era verdade e o delegado sabia. Mas não resistiu.

Figura inabalável, este expoente policial da Lava Jato. Difundiu insultos a Lula e a Dilma pelas redes de internet, durante a campanha eleitoral. Nada aconteceu. Dedicou-se a exaltar Aécio, também pela rede. Nada lhe aconteceu. Foi um dos envolvidos quando Alberto Youssef, já prisioneiro da Lava Jato, descobriu um gravador clandestino em sua cela na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Nada aconteceu, embora todos os policiais ali lotados devessem ser afastados de lá. E os envolvidos, afastados da própria PF.

Se descobrir por que a inoportuna lembrança do nome Operação Bandeirantes, e for útil, digo mais tarde.

Janio de Freitas – Folha de São Paulo

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Gagueira

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Mural da História

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Pegando Lula no pulo

© Kassius Santos

O promotor Cassio Conserino protocolou no final da tarde de quarta-feira denúncia contra Lula, sua mulher Marisa Letícia e o filho Lulinha. A acusação é de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro. Conserino é aquele promotor que intimou Lula a depor e o ex-presidente entrou com habeas-corpus na Justiça para evitar ter de ir “sob vara”, como se dizia antigamente. Lula estava protegido do Conserino pelo habeas-corpus, quando o juiz Sérgio Moro o pegou de surpresa em seu apartamento no ABC com um mandado de condução coercitiva e foi aquela situação que o Brasil inteiro viu e aplaudiu. E a Jandira Feghali como assessora de imagem do cara até filmou pra gente ver como ele ficou enfezado.

Cabe destacar que essa denúncia de hoje vem do Ministério Público de São Paulo. Nada a ver com Moro, contra quem Lula vinha boquejando nesses dias. Pois foi pego novamente no pulo. Agora esperava algo de Curitiba e veio de São Paulo. Tenso o negócio, não é mesmo? Imagine o estresse do Brahma, ou melhor, da jararaca. Já não deve nem dormir, de tanto medo do japonês da Federal. E ainda fica de zóião no teto do quarto com a dúvida se o japa vai chegar com um mandado de prisão de São Paulo ou do Paraná.

José Pires|BrasilLimpeza

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Poluicéia Desvairada!

Fim de feira. Em alguma travessa do Mercado Municipal de São Paulo.  © Lee Swain

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Mural da História

O ex-governador Roberto Requião, by Enéas Lour e o cartunista que vos digita.

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Espelho, espelho meu…

O cara é um baita profissional. Competente, íntegro, equilibrado e corajoso. Sabe como poucos aplicar a lei e o faz com equilíbrio, resultado surpreendente e uma eficácia difícil de ser derrubada em qualquer instância. Leva a profissão a sério e o cumprimento do dever às últimas consequências. Alem do que, não costuma jactar-se disso; glorifica-se com o resultado de seu trabalho. É, hoje, praticamente uma unanimidade nacional e deveria ser um orgulho para a classe que representa – classe essa há muito desacreditada pela ineficiência, morosidade, despreparo, profunda arrogância e até mesmo desonestidade de alguns de seus integrantes.

Refiro-me, é claro, ao juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, sediado em Curitiba e julgador da célebre Operação Lava-Jato, que começa a higienizar a vida público/privada do Brasil.

Ah, ele não está fazendo mais do que a obrigação?! Sim, mas está – o que muitos não fazem. E é claro que merecem também o nosso respeito e os nossos aplausos os bravos procuradores do Ministério Público e os ativos agentes da Polícia Federal. Mas hoje o focalizado é o maringaense Sérgio Fernando Moro, da safra de 1972.

Com a sua atual ficha-corrida, é claro que o juiz Moro desperta sentimentos, além dos de carinho, aprovação, incentivo e gratidão dos brasileiros de boa índole. E um deles é o ciúme, a inveja, manifestado através de críticas de quem não perdoa a notoriedade nacional alcançada pelo magistrado e procura menosprezar a sua atuação. Isso, em um país como o nosso, era esperado e até inevitável. O que não se pode admitir é que esse melindre e essa tentativa de desqualificação partam do próprio Judiciário e – pior ainda – de sua mais elevada hierarquia, ainda que ali os egos costumem se inflar sempre que as luzes da televisão são acesas e/ou a imprensa se faça presente.

E nesse quesito é figura obrigatória o ministro Marco Aurélio Mello, primo de Collor, aquelle. No final de semana, s. exª. desceu à planície para ironizar a autorização dada por Sérgio Moro para que a Polícia Federal realizasse a condução coercitiva do ex-presidente Lula da Silva:

– Condução coercitiva? O que é isso? Eu não compreendi. Só se conduz coercitivamente, ou, como se dizia antigamente, debaixo de vara, o cidadão de resiste e não comparece para depor. E o Lula não foi intimado.

E, do alto do sua sapiência, professorou: “Nós, magistrados, não somos legisladores, não somos justiceiros. Não se avança atropelando regras básicas”.

Com efeito, excelência. Só que, mal informado, v. exª. desconhecia que Luiz Inácio já se recusara a comparecer para depor duas vezes e se preparava para recusar uma terceira vez. Também desconhecia o motivo que levou o juiz Sérgio Moro a tomar tal decisão, qual seja evitar tumulto em audiência com dia e hora marcados. Mas não foi capaz de conter a língua. E perdeu outra grande oportunidade de ficar calado.

Juiz – ainda mais de corte superior – deve falar apenas nos autos ou durante o julgamento do processo. Com o ministro Marco Aurélio de Mello isso é impossível. Tem compulsão por permanecer na mídia. Já interferira, com seus pares, no Regimento Interno da Câmara dos Deputados ao decidir sobre o rito do processo de impeachment da presidente Dilma, recebendo uma reprimenda – imaginem de quem! – do ministro Dias Toffoli…, para quem a decisão “contraria o princípio democrático” e, ao tomá-la, “nós estamos tolhendo a representação popular, a soberania popular…”. Na terça-feira, Mello criticou o recurso (embargos de declaração) da Câmara àquela decisão. E, para tanto, usou a costumeira ironia: “Não consigo conceber que depois de tanta discussão no plenário do Supremo tenhamos lançado ao mundo jurídico um pronunciamento obscuro, contraditório e omisso”.

O pior é que lançaram, excelência! Aliás, sempre que vejo o ministro Marco Aurélio deitando falação na TV ou nos jornais, não sei por que (ou sei), lembro-me daquela fábula dos irmãos Grimm, popularizada pelos Estúdios Walt Disney. Acho que, todos os dias, parodiando a vaidosa e maquiavélica rainha da Branca de Neve, o insigne homem da toga indaga do seu espelho:

– Espelho, espelho meu, existe no mundo alguém mais inteligente, sábio e belo do que eu?

Dr. Moro, cuidado com a maçã envenenada!

Blog do Zé Beto

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