Pança

bobo-da-corte

Hoje eu acordei com o bobo-da-corte na barriga. Solda

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Repetindo!

Jair Mein Kampf Bolsoraro. © Hermann Göring Neto

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Um Dia Perfeito. Acompanhada pelos experientes Mambru (Benicio Del Toro) e B (Tim Robbins), a trabalhadora humanitária novata Sophie (Mélanie Thierry) corre contra o tempo para evitar que uma comunidade isolada fique completamente sem água. No caminho do grupo estão burocratas, milícias, bandidos e Katya (Olga Kurylenko), ex de Mambru.

Efeitos da guerra ganham retrato adequado em ‘Um Dia Perfeito’

Apesar de ambientado em 1995, na região dos Bálcãs, no final da Guerra da Bósnia, não se deve esperar de “Um Dia Perfeito” o costumeiro filme de denúncia de tragédias e de mensagens sobrecarregadas de humanismo ingênuo.

O longa do espanhol Fernando León de Aranoa tem características semelhantes ao de seu aclamado “Segunda-Feira ao Sol” (2002) ao tratar um tema grave com visada irônica.

O filme acompanha as atividades de um grupo de voluntários de uma organização humanitária que atua numa região de fronteiras incertas, onde a guerra acabou, mas não pôs fim às disputas que estão lá há muito mais tempo.

À frente da equipe multinacional, os personagens interpretados por Benicio Del Toro e Tim Robbins agregam o prestígio das estrelas hollywoodianas à produção, cujo elenco central se completa com a francesa Mélanie Thierry, a ucraniana Olga Kurylenko e o bósnio Fedja Stukan.

A primeira cena mostra a tentativa de retirada de um cadáver de um poço para liberar o consumo de água. A impossibilidade de se conseguir uma simples corda para concluir a tarefa anuncia o modo como o filme representa os efeitos da guerra.

Em seguida, o ativista interpretado por Robbins dirige pela estrada quando se depara com uma vaca que pode ter morrido ali ou esconder uma armadilha com minas letais.

A morte está presente nas duas situações, mas Aranoa evita reiterar o óbvio e explora seus aspectos absurdos. O tema da corda será mantido em todo o filme, oferecendo evidências de intolerância, de incompreensão linguística e de rigidez burocrática.

Por meio dele, o filme mostra que as origens de um conflito geopolítico aparecem muito antes e continuam a se manifestar bem depois dele nos abusos de uns sobre os outros.

O tema da vaca na estrada reaparece em outro momento e permite dizer que a sobrevivência pode depender mais da astúcia do dia a dia que de decisões externas e longínquas.

A estrutura episódica provoca uma primeira impressão de que “Um Dia Perfeito” é um filme sem rumo, sustentado só na força de seus protagonistas e na eficiente trilha que ritma e comenta a ação.

Ao final, percebe-se que esse modo circular e repetitivo sugere uma imagem mais adequada daquela realidade em forma de teia, um emaranhado no qual todo esforço de ajuda resulta em maior confusão.

UM DIA PERFEITO (A Perfect Day)/DIREÇÃO Fernando León de Aranoa/PRODUÇÃO Espanha, 2015, 12 anos.

Folha UOL

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Ministros do STF acham que Moro avançou o sinal no depoimento de Lula

A decisão do juiz Sergio Moro de que Lula fosse conduzido coercitivamente para prestar depoimento está sendo mal digerida no STF (Supremo Tribunal Federal). Além do ministro Marco Aurélio Mello, que já criticou publicamente o magistrado, outros ministros da corte acham que ele avançou o sinal.

A coerção só seria cabível, no entender de ministros, caso Lula já tivesse sido intimado e se negasse a depor, o que não ocorreu.

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

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Mural da História

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Uebas!


Simona Halep.  © IShotMySelf

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Até os orixás estão de saco cheio

A crença nos espíritos data da pré-história. E tudo que data da pré-história e dura até hoje implica razoável sucesso evolucionário. Levo a pré-história muito a sério e a julgo tão importante quanto os últimos 200 anos para que possamos entender os humanos. Só pessoas superficiais em repertório e pobres de espírito avaliam a humanidade sem levar em conta o Alto Paleolítico (nosso melhor momento).

A escuridão do mundo e seus ruídos, a presença dos sonhos à noite e o medo da morte seguramente pavimentaram o caminho para o mundo dos espíritos.

Uma coisa que sempre me chamou a atenção na crença nos espíritos é como eles estão sempre envolvidos com as coisas terrenas. Afinal, se já desencarnaram, qual a razão de ficarem se enrolando com os assuntos dos encarnados? Sei da resposta padrão: missão.

Muitos desses espíritos precisam cuidar dos assuntos terrenos para que eles mesmos ganhem alguma luz em suas evoluções espirituais. Como parte importante dessa evolução espiritual está a necessidade de nos ajudar em nossos rolos. Seres humanos sempre patinam nas mesmas coisas.

Já tive algumas oportunidades de ver orixás e entidades variadas, como Exu (em si um orixá), Pombagira, Caboclo, Preto Velho e outros, em ação. Em algumas dessas vezes cheguei a conversar com eles, e impressiona uma certa sabedoria popular presente em suas falas. Na realidade, existem três grande áreas de choque na vida das pessoas: 1. trabalho e dinheiro, 2. saúde e doença, 3. amor e família. Se você pensar um pouco, verá que a maioria das coisas que nos afetam, transita, pelo menos, por uma dessas três áreas.

Muitas vezes, suspeito que algumas dessas entidades entendem melhor sobre humanos do que muitos professores e “cientistas” das humanidades.

Por isso, talvez, as falas desses espíritos nos soem tão significativas. Seja porque eles (os espíritos) de fato entendem das nossas agonias, seja porque os pais de santo e as mães de santo é que entendem dessas nossas agonias, como pensa o cético. De qualquer forma, não me interessa a crítica cética aqui. Interessa-me apenas como muitas dessas entidades falam de coisas que de fato nos tocam no dia a dia. Talvez mesmo porque sejamos banais e comuns: todos nós vivemos quase o tempo todo passando por aquelas três grandes áreas de choque descritas acima.

Numa conversa familiar e entre amigos, uma dessas pessoas muito conhecedoras “do ramo” soube de um relato que me chamou a atenção, e que quero partilhar com você aqui, cara leitora e caro leitor.

O relato é o seguinte. Numa gira (evento em que entidades da umbanda atendem pessoas em suas agonias cotidianas), um Caboclo (caboclos são da linhagem de Oxóssi) de grande experiência em atendimento (cujo “cavalo” é um pai de santo de enorme sucesso no ramo) se aborreceu profundamente com as demandas de seus “clientes” ali presentes. Vale salientar para os especialistas que se tratava de um terreiro de candomblé que tem giras de umbanda também, o que é cada vez mais comum.

Precisamos lembrar que, mesmo no ramo de atendimento espiritual, você deve tomar cuidado para não “chutar o saco do cliente”, porque ele pode procurar outro orixá, de outro terreiro, para se consultar. E, normalmente, consultas assim podem se transformar em “trabalhos” de todos os tipos, “trabalhos” esses que giram a economia do terreiro e de quem se dedica a essa profissão. Nem só do verbo vive o homem, mas também do pão e da carne.

A irritação do Caboclo (eu sei o nome dele, mas não quero expô-lo aqui) foi com as “conversinhas” de seus clientes ali presentes. Segundo o Caboclo, todo mundo só queria falar com ele sobre “bobagens mesquinhas”. E ele, vindo de “tão longe”, perdera a paciência para atender pessoas tão bobas. Para nosso Caboclo, o irritante era a “infantilidade” das pessoas ali presentes.

Posso imaginar a irritação de um ser que já passou pela Terra antes de ela ser tomada pela comunidade de retardados em rede que hoje assola o mundo. Até os orixás estão de saco cheio. Caboclo de coragem esse. E sábio.

Luiz Felipe Pondé – Folha de São Paulo

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Dibujo

Bico-de-pena, nanquim sobre papel a|3 – 1980

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Macacos e bananas prata

© Roberto José da Silva

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Consumidor ludibriado

© Mônica Moura

Francamente, o marqueteiro João Santana devia ser processado com base nos direitos do consumidor. Procon nele. Aqui no Brasil o que ele fez infringe até o Conar, uma espécie de órgão regulador criado pelos próprios publicitários para controlar um pouco suas mentiras. Eleger a Dilma Rousseff é muito pior do que apelar em propaganda de molho de macarrão ou de cerveja. Conar também no João Santana.

Mas ele aprontou também mundo afora. O marqueteiro do Lula e da Dilma faturou muito fazendo propaganda para empurrar produtos fraudulentos goela abaixo do eleitorado latino-americano. Ajudou a reeleger Hugo Chávez, na Venezuela, e depois fez o mesmo com Nicolás Maduro. Fez a campanha e articulação da primeira vitória de Danilo Medina, na República Dominicana, este mesmo que ele trabalhava para reeleger agora, quando teve a prisão decretada.

Na África, ele fez a campanha de José Eduardo Santos, ditador de Angola que depois da independência do país subiu ao poder à frente de um movimento ligado ao comunismo cubano. Está no poder há 30 anos e neste período tornou milionarios os que o cercam (sua filha é uma da mulheres mais ricas do mundo) e manteve os angolanos na mesma miséria dos tempos do colonialismo português.

E como eu disse no início, o marqueteiro que por corrupção vai pro xilindró elegeu também Lula e Dilma. O sujeito é um caso grave de atentado aos direitos do consumidor. E ainda falando em propaganda, fala sério: você compraria um político usado do João Santana?

José Pires|BrasilLimpeza

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Tempo

Paulo Leminski, O Bandido Que Sabia Latim, 1982.  © Julio Covello

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Assim rasteja a humanidade…

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Alceu Dispor

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Dossiê contra Moro

Planalto recebeu dossiê fajuto para atingir Sergio Moro.

Passou pelo governo – e não foi abortada – uma tentativa de atingir o juiz, os promotores e os delegados da Lava Jato

As tentativas do governo de obstruir as investigações da Operação Lava-Jato não tiveram como alvo apenas os ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Para que o plano fosse bem-sucedido, era necessário também frear o trabalho dos delegados, dos procuradores do Paraná e do juiz Sergio Moro – os responsáveis pelo processo que desvendou o maior escândalo de corrupção da história do país, colocou na cadeia empreiteiros, políticos, lobistas e promove um cerco ao ex-presidente Lula. A presidente Dilma, ao que tudo indica, decidiu arriscar-se nesse terreno – e escalou para a missão o seu assessor mais poderoso: o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Ele tem em mãos um dossiê que acusa o juiz Moro de participar de uma conspiração com o objetivo de atingir o PT e seus líderes.

O documento, resultado de uma investigação paralela, foi entregue ao ministro no fim do ano passado. Com o pomposo nome de “Relatório de Inteligência”, ele traz um organograma do que estaria por trás das investigações da Lava-Jato. É um trabalho digno de “aloprados”, como Lula definiu em 2006 os petistas que compraram um dossiê fajuto para tentar envolver o tucano José Serra, então candidato a governador de São Paulo, numa quadrilha que desviava verbas do Ministério da Saúde. Na época, a Polícia Federal desmontou a farsa e prendeu em flagrante a arraia-miúda responsável pela falsificação, mas, de novo, os mandantes conseguiram se safar. Desta vez, os mentores do plano têm nome e sobrenome.

No fim do ano passado, Jaques Wagner recebeu em uma audiência no Palácio do Planalto dois policiais federais ligados a sindicatos que representam a categoria. A audiência não foi registrada na agenda do ministro. O cuidado tinha explicação. Os agentes foram levar um dossiê de seis páginas que acusa o juiz Moro, os procuradores, os delegados da Operação Lava-Jato e até os advogados de réus que decidiram colaborar com a Justiça de estarem todos a serviço de um grande plano do PSDB para implodir o PT e o governo. Um diagrama com fotos anexado ao dossiê tenta estabelecer essas conexões. O esquema mirabolante envolve na trama até mesmo uma multinacional “interessada” em destruir a Petrobras. O portador do documento foi o policial Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol) e vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). A audiência foi acompanhada pelo também petista Tião Viana, governador do Acre.

Procurado por VEJA, Werneck admitiu que levou o dossiê ao ministro. Ele explicou que apresentou o caso ao Planalto por se tratar de uma denúncia grave, num momento delicado pelo qual passa o país. “Temos um problema de anacronismo na investigação, que já tem dois anos e vem pegando pontos-chave de empresas e do governo. Isso afeta diretamente a economia”, explicou o agente. Jaques Wagner, depois de ler o con­teú­do, teria dito apenas que encaminharia o dossiê para “um promotor baiano de sua confiança dar sequência ao assunto”. Os sindicalistas aproveitaram a reunião para pedir reajuste salarial e repisar outras reivindicações da categoria – reivindicações que o ministro se comprometeu a atender. Continue lendo

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A última canção

RIO DE JANEIRO – No dia 11 de dezembro passado, o conjunto vocal Os Cariocas fez um show arrebatador no Centro de Referência da Música Carioca, na Tijuca. Centenas de pessoas se deixaram levar pela beleza de suas harmonias em clássicos da bossa nova, como “Minha Namorada”, “Só Danço Samba”, “Telefone”, “Samba do Avião”, “Águas de Março”, várias das quais eles foram os primeiros a gravar. Dias depois, seu fundador, pianista e líder, o maestro Severino Filho, sentiu-se mal e foi hospitalizado.

Nos quase dois meses que passou no hospital Quinta d’Or, em São Cristóvão, com um caso grave de trombose pulmonar, Severino aproveitou todas as visitas de seus colegas de conjunto, Eloi Vicente, Neil Carlos Teixeira e Fabio Luna, para repassar arranjos, afinar as vozes e treinar o seu próprio e exclusivo falsete, que era a marca dos Cariocas. Médicos e enfermeiras do Quinta d’Or lhe eram gratos por encher o hospital de música e, aos 88 anos, dar tal exemplo de força para os outros pacientes.

Nem a amputação de uma perna, a que foi submetido em fevereiro, o abateu. Em nenhum momento imaginou que aquilo o afastaria do piano. Com a prótese que lhe seria providenciada por sua filha, a atriz Lucia Verissimo, ele se habituaria a tocar de pé ou aprenderia a pressionar os pedais com o pé esquerdo. E já se decidira por uma clínica de fisioterapia para quando saísse do hospital –uma clínica com uma sala de ensaio para Os Cariocas.

Aliás, no sábado último, ele marcara com os rapazes um ensaio para esta semana. E, para começarem a aquecer as gargantas, propôs-lhes que cantassem ali mesmo “Ela é Carioca”, feita por Tom e Vinicius para Os Cariocas. Foi a última canção que ele ouviu –e cantou.

Foi também a última canção dos Cariocas. Contra sua vontade e a de todos nós, Severino nos deixou na terça-feira.

Ruy Castro – Folha de São Paulo

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