Autorretrato

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© Ricardo Silva

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Coreia do Norte

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Uma visita ao mundo

A vida verdadeira, com os gestos e os passos que empurram a história, está lá fora. Aqui é um canto de mundo, onde se amontoam cifrões, Bolsa, PIB, deficit, ajuste fiscal, câmbio, inflação, dólar, euro, tarifa, subvenção, taxa, lucro, ações, comissão, títulos, letras, renda, corrupção. O demais, se existe por teimosia, não interessa.

Com licença, vou ao mundo. Inquieto e, sei bem, para ver o que já vi vezes sem conta. Várias proximidades facilitam o começo pela Venezuela. Que é também o problema mais imediato e mais incandescente. Mas não é muito o que os países sul-americanos podem fazer para evitar o agravamento da situação venezuelana. O primeiro ao seu alcance, aliás, é não vir um deles a agravá-la por intromissão indevida, não importa para que lado.

O risco de deflagração da violência, inclusive armada, está altíssimo na Venezuela. Arrogantes como estão os vitoriosos eleitorais, que começaram por declarar guerra de extermínio ao adversário, até com prazo definido, e transtornados como estão os perdedores, estará na ordem natural das coisas um ato de desatino armado. Neste momento, o ódio obtuso dos líderes vencedores encontra, no outro lado, um líder que parece não perceber a situação do país. Quanto mais os descontroles. Ou então conhece como ninguém os venezuelanos.

O mais estranho é que, de todo o transmitido da Venezuela nesse período mais agudo, ninguém menciona as Forças Armadas. Não pelo próprio Maduro, mas por suas relações com os chefes cubanos, não se pode imaginar que o fator militar, e até de eventual defesa popular armada, estejam esquecidos.

A doutrina militar que os Estados Unidos fizeram aplicar na América Latina considera que confrontos internos, armados ou na iminência de sê-lo, constituem ameaça à segurança nacional, cabendo aos militares intervir e decidi-los. Explica-se: tais confrontos dão-se entre conservadores e reformistas. Hugo Chávez alterou a doutrina para a Venezuela, mas não se sabe se a nova linha perdura ou até quando perduraria. E esta pode ser a questão-chave. Coberta de silêncio, no entanto.

A situação na Venezuela é nova, mas obscura. Aos países latino-americanos justifica-se apenas defender o que seja o mais próximo do legítimo e conveniente para um futuro democrático.

Ou seja, aquilo que os grandes liderados pelos Estados Unidos não defendem, jamais, quando se trata de Arábia Saudita, como de outros aliados seus incursos em transgressões à ONU, a tratados e a princípios do direito internacional. E, em se tratando da Coreia do Norte e sua bomba de hidrogênio, nem é mais a defesa da correção que falta aos Estados Unidos. É a simples utilidade de tentar disfarçar.

Nos dois casos, a igualdade de motivo: a falta de autoridade moral. A ditadura saudita só se permite o primitivismo e as arbitrariedades do seu poder porque conta com apoio dos Estados Unidos, em qualquer circunstância. O seu petróleo vale mais do que todos os princípios de relações humanas ou entre nações. E o cinismo a tudo se sobrepõe: a imprensa e a TV americana tanto propagavam a aliança proveitosa do seu país com a Arábia Saudita, como noticiavam provir da Arábia Saudita o financiamento de Osama Bin Laden que os Estados Unidos combatiam, e que lhes tirara as duas torres novaiorquinas.

A estupidez humana explodiu mais uma vez, agora, na Coreia do Norte, sob a forma de bomba de hidrogênio. Os Estados Unidos deviam saudar seus imitadores comunistas. Porque condições morais para criticá-los, o maior poder armado do mundo não pode ter. Nem Inglaterra, França, Rússia, Israel, China, India, Paquistão, talvez mais.

O mundo é dos cínicos.

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Janio de Freitas – Folha de São Paulo

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Faça propaganda e não reclame

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Museu Oscar Niemeyer realiza Quinta + MON

mon-marcasO Museu funcionará até 20 horas

O Museu Oscar Niemeyer (MON) realiza no dia 7 de janeiro a Quinta + MON. Neste dia, o horário de funcionamento é prolongado até 20h e a entrada é gratuita a partir das 18h. Além do Museu, o café e a loja também ampliam o horário.

O público poderá visitar as exposições: “Charif Benhelima, Polaroids: 1998-2012”, “Colapso”, “Bienal Internacional de Curitiba”, “Glück: o tempo e a imagem”, “Museu em Construção”, “Cones”, “Espaço Niemeyer”, “Pátio das Esculturas”, o projeto especial “Isolde Hötte, sua obra” e duas salas que contam com obras da coleção do Museu: “Histórias do Acervo MON – em aberto”.

Serviço: Quinta + MON. Horário estendido no Museu Oscar Niemeyer. 7 de janeiro de 2016. Das 10h às 20h (café, loja e exposições). Das 10h às 18h ingressos: R$9 e R$4,50 (meia-entrada para professores e estudantes com identificação). Das 18h às 20h: entrada gratuita

Museu Oscar Niemeyer. Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico|Curitiba – PR.41 3350 4400. Terça a domingo, das 10h às 18h.

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Faça propaganda e não reclame

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Papa Bento XVI renunciou após beijar muçulmano.

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Mural da História

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benhêdois

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Vaticano condena capa do ‘Charlie Hebdo’ com Deus portando um rifle

O jornal do Vaticano classificou como “lamentável” e desrespeitosa com fiéis de todas as religiões a última capa do jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, que retrata Deus portando um Kalashnikov.

A edição de aniversário relembra o ataque à redação do “Charlie Hebdo”, em Paris, ocorrido há um ano, quando militantes islâmicos mataram 12.

Na capa, será estampada uma charge de Deus ensanguentado portando um rifle, sob o título: “O assassino ainda está solto.”

O jornal diário do Vaticano “L’Osservatore Romano” acusou o “Charlie Hebdo” de tentar “manipular” a fé.

“Por trás da bandeira enganosa de um secularismo intransigente, o semanário francês mais uma vez esquece o que os líderes religiosos de todas as fés vêm pedindo há muito tempo: para rejeitar a violência em nome da religião e que o uso de Deus para justificar o ódio é uma verdadeira blasfêmia”, escreve o diário.

“A ação do ‘Charlie Hebdo’ mostra o triste paradoxo entre um mundo que é cada vez mais sensível em ser politicamente correto a ponto de ser ridículo (…) mas não quer reconhecer ou respeitar a fé de quem crê em Deus, independentemente da sua religião.”

O “Charlie Hebdo”, conhecido por suas capas satíricas satirizando líderes políticos e religiosos, foi alvo de um ataque em 7 de janeiro de 2015 que matou muitos de seus principais integrantes.

Após o ataque, o papa Francisco destacou a posição antirreligiosa do jornal.

“Você não pode provocar, você não pode insultar a fé dos outros, você não pode fazer piada com a fé”, disse o religioso, na época, a repórteres durante uma viagem a Ásia.

O Vaticano emitiria mais tarde uma declaração dizendo que os comentários do papa não foram feitos como uma justificativa para os ataques.

charlie-gebdo-rissFolha de São Paulo – Reuters

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Charlie Hebdo: edição especial relembra o atentado ocorrido em 2015

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© Riss

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Je suis Charlie

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© Angeli

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Obra em homenagem a cartunista do “Charlie Hebdo” vence Salão de Humor de Piracicaba

Jean-Cabut

26 de agosto, 2015 – Caricatura de Jean Cabut, vítima de atentado em Paris, venceu o Salão de Humor. Confira!

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Charlie Hebdo

falta-de-respeito

Um dos problemas de morrer é esse: vão falar muita asneira a seu respeito. E você já nem pode se defender. Não bastou serem fuzilados, os cartunistas do “Charlie Hebdo” foram vítimas de um massacre póstumo.

Pessoas de todas as áreas de atuação lamentaram a tragédia, MAS (não entendo como alguém, nesse caso, consegue colocar um “MAS”) lembraram que o humor que eles faziam era altamente “ofensivo”.

Poucas coisas irritam mais do que a vagueza desse termo “ofensivo” quando usado intransitivamente. Ofensivo a quem? A mim, definitivamente, não era. “Eles não deviam ter brincado com o sagrado”, alegam alguns. MAS (aqui sim cabe um “mas”) o que define o humor é exatamente isso: a brincadeira com o sagrado.

Discordo de quem pede respeito pelo sagrado. Para começar, acho que a palavra respeito é uma palavra que não cabe. Uma vez, vi o Zé Celso pedir a um jovem ator que não o tratasse por “o senhor”, mas por “você”. O ator disse que não conseguia porque tinha muito respeito por ele. E ele respondeu: “Não me interessa o respeito. O que me interessa é a adoração.”.

O espaço da arte não é o espaço do respeito, mas o espaço da subversão, ou então da reverência, do culto. Do respeito, nunca.

No mais, tudo é sagrado para alguém no mundo. A maconha, a vaca, a santa de madeira, o Daime, Jesus e Maomé: tudo merece a mesma quantidade de respeito, e de falta de respeito.

Esperava essa reação raivosa dos fanáticos religiosos. No Brasil, o fundamentalista prefere os meios oficiais: não usa metralhadoras, mas tem bancada no Congresso e milhões no exterior.

Muitos (dentre os quais o pastor Marco Feliciano) já externaram o desejo de que o Porta dos Fundos “brincasse com islamismo pra ver o que é bom pra tosse”. Até nisso temos complexo de vira-lata: nosso fundamentalismo tem inveja do deles.

O que nunca imaginei era que a mesma reação de “fizeram por merecer” partiria da própria esquerda. Muitos condenaram as charges como sendo islamofóbicas e lembraram que os imigrantes islâmicos já sofrem preconceito demais na França.

Mas esses imigrantes não eram os alvos, definitivamente, do humor do cartunistas assassinados. O embate não era entre franceses e não franceses, mas entre humor e fanatismo.

O traço infantil talvez confunda o leitor desavisado, mas é bom lembrar que as charges do “Charlie Hebdo” não tinham nada de ingênuas: eram facas afiadas na goela do ódio.

As coletâneas de capas do semanário sobre islamismo fazem parecer que esse era o grande tema do jornal. Não era. O jornal atirava para todos os lados, mas o alvo preferido era justamente a extrema direita de Le Pen –esse sim, islamofóbico.

Os chargistas que, mesmo ameaçados, não baixaram o tom, não devem ser tratados como pivetes malcriados que “fizeram por merecer”, mas como artistas brilhantes que morreram pela nossa liberdade. Nosso dever é continuar lutando por ela, sem fazer concessões nem perder aquele ingrediente essencial: a falta de respeito pelo ódio.

A questão por trás disso tudo é a mesma de sempre: existe limite para o humor? A questão é complexa, mas a melhor resposta parece ser a seguinte: o limite está no objeto do riso. Rir de quem está por baixo é covarde, rir de quem está por cima é corajoso. Deve-se rir do opressor, e não do oprimido.

O problema é que essa resposta gera novas perguntas. Quem é o oprimido? Quem é o opressor? Muitas vezes, essa distinção não é clara.

 Uma dica: quando surgir a dúvida sobre quem é o oprimido e quem é opressor, em geral, o indivíduo que foi fuzilado é o oprimido.

Gregorio Duvivier – Folha de São Paulo – 12 de janeiro|2015

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Mural da História

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Crise

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©Michael Kountouris (Grécia)

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Nossa tribo

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O cartunista que vos digita (txucarravô) e Lina Faria (txucarravó).  © Bárbara Kirchner (waurá)

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