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Carlos Careqa e Letícia Sabatella.  Foto de Myskiciewicz

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Mural da História

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Refletindo

Nancy_O

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De oswaldo.cruz@edu para dilma@gov

Senhora,

Estive ontem com o doutor Adib Jatene, e ele contou que a participação do banco BTG Pactual na rede de hospitais D’Or estaria sendo vendida por algo como R$ 2 bilhões. Nesse caso, o negócio todo vale uns R$ 20 bilhões. Puxamos pela memória e vimos que o Brasil deve ter uns quatro bilionários (em dólares) que fizeram fortuna no setor de saúde. Estranha estatística. No Brasil, os bilionários são donos de hospitais ou atuam na área da saúde. Nos Estados Unidos, os bilionários dão nome a hospitais que lembram suas atividades filantrópicas. O Langone e o Sloan Kettering Memorial, em Nova York, por exemplo.

Seria de supor que a saúde no Brasil estivesse muito bem, porque, em 1892, quando me formei em medicina, não havia dono de hospital rico. Nem quando o Jatene se diplomou, em 1953. As coisas aí vão de pior a péssimas. Se vos faltasse alguma desgraça, o Brasil tem uma nova epidemia, transmitida pelo meu velho conhecido, o mosquito Aedes aegypti.

Ele empesteava o Rio de Janeiro no início do século 20, transmitindo a febre amarela. Tive mão forte do presidente e fumiguei a cidade. Não se empregavam apaniguados na saúde pública. O conselheiro Rodrigues Alves nomeou um médico sem consultar-me. Levei-lhe minha demissão e ele desfez o ato.

A relação entre o mosquito, o vírus zika e complicações neurológicas foi sugerida em 2013. No sábado passado, o seu Ministério da Saúde anunciou que o zika matara uma criança no Ceará e reconheceu a suspeita de que tenha provocado 1.248 casos de microcefalia em bebês. Disparou-se um mecanismo neurastênico, como se a calamidade estivesse no vírus. Ela não está no zika, mas na saúde pública.

O seu diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis disse o seguinte: “Não engravidem agora”. Bem que a senhora poderia avisar às brasileiras quando a gravidez deixará de ser arriscada. Levado ao pé da letra, meu colega extinguirá nossa população.

O zika provoca distúrbios neurológicos em adultos, homens, mulheres e mesmo em bebês. Alguns podem ser leves, outros, graves. Desde o ano passado havia médicos trabalhando com a informação de que o vírus chegara ao Brasil. Ele estava aí e posso lhe dizer que no primeiro semestre um paciente nordestino foi diagnosticado, até mesmo em São Paulo, com diversas suspeitas, menos zika. Era.

Isso é produto do descaso de um sistema de saúde onde os mosquitos parecem fazer parte do mundo dos pobres. O Aedes continua transmitindo dengue. Neste ano, já pegou 1,5 milhão de brasileiros e esse número virou uma simples estatística. É elementar que o zika atingiu também adultos, diagnosticados sabe-se lá com o que.

Haverá quem pense que os clientes de hospitais de bilionários estarão livres do risco. É verdade que existem doenças de pobres, mas o Aedes não trabalha com reserva de mercado. O problema está onde sempre esteve: no mosquito e na ideia de que ele só pica pobre. Ele nos trará mais surpresas.

Termino com um pedido: troque o nome de todas as ruas que levam o meu nome para “Rua do Mosquito”. Enquanto ele matar brasileiros, o venerável Instituto Oswaldo Cruz terá o nome da praga: “Instituto Aedes Aegypti”. Assim, em vez de exaltar uma glória que não temos, lembraremos de um problema que não resolvemos.

Saúda-a o patrício,

Oswaldo Cruz

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Elio Gaspari – Folha de S.Paulo

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Ele

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Graça Foster promete ficar nua se Dilma não cair

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Foto de Fabio Motta|Estadão

A exemplo da atriz Maitê Proença, que prometeu (e não cumpriu) ficar nua se o Botafogo escapasse do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, uma outra promessa neste sentido foi feita – mas agora no âmbito na política. Agora que o impeachment voltou ao assunto, após a notícia de que “o governo parou” ao cortar uma infinidade de gastos, uma aliada de Dilma veio em seu favor. Ex-presidente da Petrobras, Graça Foster jurou ficar nua se Dilma não cair.

A notícia caiu como uma bomba sobre a oposição, que se articula ferozmente pela saída de Dilma. O que seria mais grave: Dima continuar por mais três anos ou ver Graça Foster como veio ao mundo?

Diante do impasse, os partidos que são contra Dilma estão repensando sua estratégia. Muitos acreditam, inclusive, que a promessa foi articulada pelo próprio PT, para desequilibrar a oposição. Um golpe de mestre.

Sensacionalista

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Labuta

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labutadois

Foto de Ricardo Silva

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Jesus!!

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Jesus!!dois

Foto de Roberto José da Silva

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O país afunda, mas o Paraná continua “normal”

Enquanto os cardeais da República afundam o país na mais grave crise de sua história, aqui na paróquia os acontecimentos se sucedem “normalmente”. Nada, por exemplo, que preocupe mais o governador do que manter a rotina anual de participar, como piloto de possante bólido, das 500 Milhas de Londrina, como ocorreu no último sábado.

Ok! Não era mesmo dia de expediente e se não usou dinheiro público para financiar seu hobby, problema algum… a não ser pela inevitável lembrança de que, em anos anteriores, ele dividia o volante com o amigo Márcio Albuquerque Lima, ex-chefe da Receita Estadual e um dos 62 enrolados na Operação Publicano, que investiga fraudes aos cofres públicos estimadas em mais de R$ 500 milhões.

O clima de “normalidade” se manteve no mesmo sábado, porém em Curitiba. Foram fatos políticos que, embora paroquiais, tiveram o condão de desenhar com mais clareza o futuro próximo:

  • O PT municipal confirmou o prenunciado afastamento da aliança com o prefeito Gustavo Fruet, do PDT. E confirmou, também, a tendência de lançar o deputado Tadeu Veneri como candidato próprio à prefeitura no ano que vem.
  • No mesmo dia e hora, o PDT se reunia para reconduzir o ex-senador Osmar Dias à presidência estadual da legenda. E para lançar Fruet à reeleição.
  • Óbvio, Fruet não só “aceitou” o desafio como, em combinada retribuição, lançou Osmar como candidato ao governo estadual em 2018.
  • Pela primeira vez na história política de Osmar Dias – sempre acostumado a criar suspense e só tomar decisões dramáticas nos minutos finais – imediatamente respondeu que sim, ele topa ser candidato a suceder Beto Richa em 2018. Prometeu arregaçar mangas para organizar o partido em todo o estado e pensar num plano de governo.

Desta vez parece não haver – ou não ter sido levado em consideração – o fraternal acordo com o senador Alvaro Dias, segundo o qual um irmão nunca disputaria um mesmo cargo contra o outro. Pode-se inferir, então, que Alvaro, de fato, abdicou da sempre acalentada disposição de voltar ao Palácio Iguaçu?

É possível. Como se sabe, o senador está arrumando as malas para fazer a baldeação do PSDB para o Partido Verde – troca que só se justificaria para o PV se este o visse como candidato à Presidência. É a chance da legenda de ter um “puxador” de votos que lhe garanta eleger bancadas mais expressivas no Congresso e nas Assembleias Legislativas.

E assim segue a vida no Paraná, independente da fúria cívica que acomete o país desde que, a partir de Curitiba, a Operação Lava Jato pôs o país de ponta-cabeça.

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Celso Nascimento – Gazeta do Povo (o jornal encolheu, mas Celso Nascimento continua o grande jornalista de sempre)

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Eduardo Cunha

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Dieffenbachia seguine. Eduardo Cunha, o filho de Dona Elza, também conhecido como “Comigo-ninguém-pode”. Foto de Myskiciewicz

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Tempo

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Lee Swain, Múltipla Propaganda, década de 80. Foto de Dico Kremer

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A bandeira fuzilada

BRASÍLIA – Uma imagem poderosa marcou o enterro dos cinco jovens executados pela PM do Rio no fim de semana. Aos prantos, a mãe de um dos mortos segurava uma bandeira do Brasil cheia de furos, como o carro alvejado pelos fuzis.

A perícia contou mais de 60 buracos no veículo. Quatro policiais foram presos, sob suspeita de mudar a cena do crime para tentar culpar as vítimas. Eles registraram as mortes como “auto de resistência”, definição oficial para legítima defesa.

Os jovens foram fuzilados ao fim de um dia de festa. Eles comemoravam o primeiro emprego do caçula, de 16 anos. O mais velho tinha 25 e trabalhava com o pai como pedreiro.

As mortes provocadas pela polícia se tornaram epidemia no Rio. Nos últimos dez anos, foram 8.466, média superior a dois casos por dia. A impunidade é regra mesmo quando há alguma investigação. Dos 220 inquéritos abertos em 2011, só um resultou em denúncia até abril desde ano, segundo a Anistia Internacional.

Wilton, Wesley, Cleiton, Carlos Eduardo e Roberto tinham o perfil típico das vítimas da PM. Eram homens (99,5% dos casos), negros (79%) e estavam entre os 15 e os 29 anos (75%). Também eram pobres, claro, e tinham o azar de morar na vizinhança do batalhão de Irajá, recordista de “autos de resistência”.

Para o diretor-executivo da Anistia no Brasil, Atila Roque, os casos mostram a “banalização do extermínio” no Rio. “Estamos diante de uma rotina de horror. Não é razoável que agentes que carregam armas para defender a sociedade sejam responsáveis por executar cidadãos”, afirma.

O secretário José Mariano Beltrame chamou a ação dos PMs de “indefensável”. O governador Luiz Fernando Pezão se disse “muito triste”. As palavras não vão consolar as famílias nem evitar novas tragédias.

“Enquanto a sociedade não exigir uma política de segurança que tenha a defesa da vida como valor principal, isso continuará a acontecer”, diz Atila Roque. Alguém duvida?

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Bernardo Mello Franco – Folha de São Paulo

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Ele

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 Para compreender nossas cidades

Quando estreei esta coluna, em setembro de 2013, o Brasil vivia uma espécie de perplexidade diante da onda de protestos que tomou conta do país a partir de junho daquele ano.

Como afirmei à época, as chamadas jornadas de junho —cujo pontapé foram as manifestações contra o aumento das passagens do transporte público— reposicionaram o tema das cidades na agenda do país. E foi isso, especialmente, o que me animou a ocupar este espaço na Folha, procurando contribuir com esse debate.

Nesses pouco mais de dois anos, procurei abordar temas relacionados com a questão urbana, trazendo ângulos que considerava ausentes ou silenciados na abordagem que os grandes meios de comunicação fazem dos conflitos que marcam a luta cotidiana pela apropriação de nossas cidades. Procurei também debater, em uma linguagem menos técnica, temas que, em função de sua complexidade, se tornam opacos para o público e restritos aos estreitos círculos de “especialistas”.

Foi assim que procurei acompanhar pautas como a revisão do Plano Diretor de São Paulo, a crise habitacional, a mobilidade urbana, os espaços públicos, o planejamento e a gestão urbana, a participação dos cidadãos na definição das políticas, entre outras.

Como paulistana, e escrevendo em um jornal da cidade, centrei a atenção principalmente nas dinâmicas de São Paulo, mas, por vezes, também tive a oportunidade de comentar temas nacionais, como a recente tragédia em Mariana (MG), as mobilizações do movimento Ocupe Estelita, do Recife, a aprovação da PEC que incluiu o transporte no rol dos direitos sociais constitucionais básicos, ou os perigos do regime direto de contratações de obras públicas.

Aproveitando as oportunidades que tive durante este período, de andar por cidades do mundo, participando de seminários e eventos profissionais e acadêmicos, busquei também trazer experiências internacionais, relacionando-as com debates em curso em São Paulo e no país.

Assim, a lógica do adensamento das cidades em Tóquio, as experiências internacionais de mobilidade urbana, as transformações urbanísticas em torno do High Line Park, em Nova York, por exemplo, serviram como elementos para pensar, com outros olhares, temas que desafiam também as cidades brasileiras.

Hoje, me despeço deste espaço no jornal impresso para permitir o rodízio de colunistas praticado pela Folha. Agradeço aos leitores que acompanharam a coluna até aqui, que comentaram os textos e enviaram críticas e sugestões.

Agora, podemos continuar esse diálogo no site da Folha, onde continuarei escrevendo quinzenalmente, às segundas-feiras.

Tenho certeza de que a conjuntura que vivemos hoje, de profundo questionamento de nosso sistema político, especialmente na sua relação com os interesses dos grandes grupos empresariais e financeiros do país, pode ter enorme impacto no destino de nossas cidades.

A conexão urbana de operações como a Lava Jato ainda irá emergir. E seus efeitos, como repeti várias vezes neste espaço, vão muito além da corrupção. Por isso, mais do que nunca, temos que aprofundar a compreensão crítica dos modos de fazer a cidade brasileira.

raquel-rolnikRaquel Rolnik – Folha de São Paulo

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Capas de vinil

madonna-dois

Madonna|True Blue|Sire Warner|1986 – Design Jeri McNamus Heiden

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