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Ugh!

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Dóris Teixeira (caingangue) e o cartunista que vos digita (txucarrapai e, breve, txucarravô). Selfie de Dóris, craro, cróvis!

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Sidail César lança no Batuque do Coração no Teatro do Paiol

capa cd sidail estasidaildois

Foto Divulgação

O Teatro do Paiol recebe na sexta-feira (27) e no sábado (28), às 20h, o show de lançamento do CD “No Batuque do Coração “ do músico e compositor Sidail César, com letras de Roberto Prado. As apresentações terão a participação de Carlos Careqa, Eliane Bastos, Cida Airam, Oswaldo Rios, Melina Mulazani, Sérgio Justen, Walmor Góes, César Matoso, João Luis Charmak, Jonas Cella,Clayton Rodrigues. Renan Bragatto, Otto Lenon, João Luis Rodrigues, Adriano Sátiro e contam com a direção geral de Anibal Marques. O álbum foi viabilizado pela Lei de Incentio à Cultura da Fundação Cultural e Prefeitura de Curitiba.

Sidail César realizou vários shows em Curitiba desde os anos 1980. Gravou em 1997 o CD “Chega de Choro”, em 1999 o CD “Parceria”, com Ronald Magalhães, em 2004, o CD “No Cine Marabá”, em 2011. Participou da coletânea “Brasil em 4 tempos”, organizada por Ronald Magalhães, no qual Eliane Bastos e Luci Pinheiro interpretaram músicas de sua autoria e Mauricio Sousa. Em 2013 lançou uma coletânea de todos os seus choros no CD “Corta Luz”.

Roberto Prado é poeta, jornalista, publicitário, escritor e roteirista. Compositor com canções gravadas por Maxixe Machine, Viola Quebrada, Tatára, Beijo a Força, Lábia Pop, Beto Trindade, Sidail César, Grupo Fato, Adriano Sátiro, Oswaldo Rios, Thadeu Wojciechowski, Carlos Careqa, Luiz Ferreira, Felipe Hirsch, entre outros. Teve duas canções incluídas na trilha sonora do longa-metragem ‘”Insolação”, de Felipe Hirsch e Daniela Thomas, com Paulo José, selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Veneza/2009.

No Batuque do Coração, de Sidail César

Data(s): 27/11/2015 a 28/11/2015 – 6ª feira e sábado. Horário: 20h. Local: Teatro do Paiol Endereço: Praca Guido Viaro, s/nº – Prado Velho. Ingresso: R$ 10,00 e R$ 5,00 – pagamento somente em dinheiro

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A política da despolitização*

Li os livros Contrafogos e Contrafogos 2 pouco depois de terem sido traduzidos para o português e publicados no Brasil por Jorge Zahar Editor (RJ) em 1999 e 2001. Além de vasta bibliografia ambos foram escritos pelo sociólogo Pierre Bourdieu (1930-2002), que entre os anos 1982 e 2001 foi professor do Collège de France e durante muito tempo diretor do Centro Europeu de Sociologia da mesma instituição, fundado por Raymond Aron, no qual se notabilizou como festejado pesquisador de ciências sociais.

Numa releitura do segundo volume que enfeixa oito ensaios assinados por Bourdieu na virada do século, quando a consolidação de um autêntico Estado Europeu estava no auge e a todos parecia definitiva assim como a marcha da globalização, quinze anos depois é oportuno reavaliar o grau de meticulosidade e acertos do sociólogo francês, cujo resíduo de equívocos é tão reduzido que nem de perto reduz a clareza de suas incursões intelectuais em política, economia e sociologia.

Em conferência proferida na cidade de Zurique (Suíça) em maio de 2000, publicada sob o título A mão invisível dos poderosos, Bourdieu dizia que os dominantes do jogo econômico eram “dominados pelas regras do jogo que dominam, as do lucro”, enfatizando que “esse campo funciona como uma espécie de máquina infernal sem sujeito que impõe sua lei aos Estados e às empresas”.

Nas empresas, segundo Bordieu, “é também a busca do lucro a curto prazo que orienta todas as escolhas, sobretudo a política de recrutamento, submetido ao imperativo da flexibilidade – e da mobilidade (com o recrutamento sobre contratos a curto prazo ou de base temporária), a individualização da relação salarial e a ausência de planejamento a longo prazo, particularmente em matéria de mão de obra”.

A conclusão do pensador europeu, decorridos apenas quinze anos parece ter-se transplantado com casca e tudo para o Brasil: “Com a ameaça constante do ‘enxugamento’, toda a vida dos assalariados está colocada sob o signo da insegurança e da incerteza”.

Também não poderia ser diferente a influência da globalização, fenômeno que se comportou como um tsunami que arrebentou fronteiras especialmente nos países ocidentais, vazando igualmente para os chamados Tigres Asiáticos e outras economias então periféricas, a ponto de inviabilizar o sistema anterior que “garantia a segurança do emprego e um nível de remuneração relativamente elevado que, alimentando a demanda, sustentava o crescimento e o lucro”.

Na Europa do início do século as coisas haviam mudado radicalmente e não custaram a desembarcar em Pindorama com a segurança de quem veio para ficar. Bourdieu resumiu o enredo da seguinte maneira: “O novo modo de produção maximiza o lucro reduzindo a massa salarial pela compressão dos salários e pelas demissões, o acionista preocupando-se apenas com as cotações da Bolsa de que depende seu rendimento nominal”.

Com o desemprego ameaçando chegar a índices dramáticos em face da recessão da economia, o Brasil da metade da segunda década do século, como a Europa do ano 2000 não conseguiu sustar a chegança de “um regime econômico que é inseparável de um regime político, um modo de produção que implica um modo de dominação fundado na instituição da insegurança, a dominação pela precariedade: um mercado financeiro desregulamentado favorece um mercado de trabalho desregulamentado, portanto um trabalho precário que impõe a submissão dos trabalhadores”.

Subproduto indesejável do modelo imposto pela globalização no mercado de trabalho é a dispensa massiva de trabalhadores, aliás, já punidos pelo emprego de baixa qualidade. Bourdieu lembrava no contexto europeu “os empregos subalternos de serviços, sub-remunerados, de fraca produtividade, não qualificados ou subqualificados (apoiados numa formação acelerada dentro da massa), e sem garantia de carreira, em suma os empregos supérfluos de uma sociedade de serviçais”.

O sentimento geral é de instabilidade, inclusive em termos previdenciários, pois não se vislumbra da parte dos poderes constituídos da República, especialmente do Executivo, preocupação deveras fundada em padrões de absoluto respeito e valorização dos que um dia entrarão na aposentadoria. Se é que vão chegar lá…

Hoje trava-se uma luta entre o governo e as centrais sindicais, apoiadas pelos partidos ditos socialistas em torno da reforma previdenciária, ora discutida no Congresso. O governo pretende fixar idade mínima para a aposentadoria e não abre mão do chamado fator previdenciário pelo qual se chega ao cálculo do valor a ser recebido pelo trabalhador aposentado.

Numa outra vertente estribada em fatos estudados na virada do século, o investigador identificava um efeito da globalização denominado de política de despolitização, descrita como a “política que bebe desavergonhadamente no léxico da liberdade, do liberalismo, da liberalização, da desregulamentação”, visando conferir e liberando de todos os controles “o predomínio fatal aos determinismos econômicos”

Mesmo considerando certo exagero na formulação que Bourdieu enunciava há quinze anos – hoje a situação é mais grave em determinados países – é preciso admitir que a  política da despolitização é um derivativo do “poder dos agentes e dos mecanismos que dominam atualmente o mundo econômico e social”. Lembremos que no início do primeiro mandato de Lula apareceu a Carta do Povo Brasileiro, mediante a qual o governo assumia o compromisso de honrar todos os contratos com o mercado. Assim como o Banco Central na época foi confiado a Henrique Meirelles, executivo do mercado financeiro internacional, no segundo mandato Dilma chamou o neoliberal Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, gerando inteiro desagrado de algumas tendências ideológicas acolhidas pelo Partido dos Trabalhadores.

Se Bourdieu estivesse vivo e tratasse, mesmo superficialmente de temas brasileiros, decerto aplicaria a fórmula usada para definir os contratempos vividos pela União Europeia, hoje confrontados pela Grécia, Espanha e Turquia, entre outros: “O poder dos agentes e dos mecanismos que dominam atualmente o mundo econômico e social repousa em uma concentração extraordinária de todos os tipos de capital, econômico, político, militar, cultural, científico, tecnológico, fundamento de uma dominação simbólica sem precedente, que se exerce, sobretudo, através das mídias, elas próprias manipuladas, não raro à sua revelia, pelas grandes agências internacionais e pela lógica da concorrência que as impõe”.

O Brasil está imerso num paradoxo político e econômico, com visíveis desdobramentos na esfera social. O governo se proclama defensor dos ideais da socialdemocracia (afinal o PT é um partido de centro-esquerda com essa marca), mentor da Pátria Educadora – algo que até agora ninguém foi capaz de definir – e comprometido com programas sociais como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, Pronatec e Fies. Entretanto, a política econômica iniciada com a proposta de rigoroso ajuste fiscal está nas mãos do ministro Joaquim Levy, segundo se propala indicado para o cargo pela alta direção de poderosa organização bancária.

O PT e os demais partidos da aliança, entre eles o velho e fisiológico PMDB, mais do que nunca de olho nos desdobramentos da crise e afiando as garras para se apropriar do provável espólio, torcem o nariz para o estado mínimo desenhado por Levy.

Contrafogo, segundo os dicionários, é o fogo ateado ao encontro de um incêndio florestal para impedir sua propagação. Bourdieu foi uma das vozes mais respeitadas no ambiente europeu no período em que a crença no neoliberalismo econômico e sua influência sobre a política eram o prato do dia.

A permanência do PT no governo chegou ao quarto mandato presidencial, embora o país não tenha conseguido até agora construir o modelo ideal para fomentar um crescimento econômico igualitário e justo para a maioria da população. Haja contrafogo!

*Esse artigo foi publicado em 17 de junho de 2015

ivan schmidt

Blog do Zé Beto

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Rui Barbosa

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Faça propaganda e não reclame

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Advogado de Cerveró é procurado pela Interpol

cerveródois

Nestor Cerveró.  Foto de Myskiciepicasso

Edson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, teve seu nome incluído na lista de procurados da Interpol, por determinação do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF; Polícia Federal sabe em qual cidade dos Estados Unidos está o advogado, mas não revela para não atrapalhar na prisão; Edson Ribeiro é suspeito de ter atuado para ajudar o senador Delcidio do Amaral (PT-MS) a tentar prejudicar acordo de delação premiada entre Cerveró e o Ministério Público

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Mural da História

O-EX-TADO-DO-PARANÁ

fraudedois

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Love

love2dois

A paixão começa pura mas no fim pode machucar. O sexo fica cada vez mais gostoso e intenso entre Murphy e Electra. Com drogas, então, é o delírio, que pede mais fantasias e mais pessoas no jogo até que nele entra a vizinha. Uma nova vida se obriga a ser levada. Com dor. Cenas de sexo explícito. Love,  2015. Direção: Gaspar Noé, França/Bélgica, 135 min.

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TC cumpre a rotina

O Tribunal de Contas julga hoje as contas de 2014 do governador Beto Richa. Qualquer instituto de pesquisa que se dispusesse a fazer uma sondagem entre os sete conselheiros poderia apresentar um resultado sem margem de erro – a votação será unânime pela aprovação das contas. Do relatório a ser lido pelo conselheiro Durval Amaral – ex-chefe da Casa Civil no mandato anterior de Richa – não deverão constar como motivos de reprovação os argumentos do Ministério Público de Contas.

Pelas costas 1

O senador Alvaro Dias (PSDB) não foi visto na quarta-feira (25) em Brasília participando da histórica sessão do Senado que deliberou sobre a prisão do colega Delcídio Amaral (PT), líder do governo na Casa. A explicação para a ausência é uma só: Alvaro foi atingido pelas costas. Ele convalesce em casa, em Curitiba, de um grave ferimento causado por um acidente que inicialmente lhe pareceu trivial: caiu sobre uma mesa de vidro no hotel em que se hospedava no Rio no último fim de semana. Desta vez foi um caco pontiagudo que lhe atingiu as costas e não, como já lhe aconteceu algumas vezes em sua vida pública, um falso amigo político.

Pelas costas 2

Medicado somente no dia seguinte num posto de saúde do SUS no Rio, ainda deu longa entrevista a uma tevê francesa para só então retornar para Curitiba. Foi aqui que tomou consciência da gravidade quando seus médicos determinaram internação no hospital Marcelino Champagnat, de onde saiu dois dias depois com a recomendação de se recolher por uma semana para absoluto repouso.

Fruet com o PIB

Representantes do PIB que colocou o Paraná na posição de 4ª maior economia do país, à frente do Rio Grande do Sul, se reuniram na noite de terça-feira (24) para ouvir o prefeito Gustavo Fruet no auditório da Federação das Indústrias. Foram quase duas horas de apresentação de um relatório recheado de demonstrações sobre dificuldades orçamentárias para investimento em obras físicas. Dívidas herdadas e frustrações nas expectativas de receita foram as causas apontadas para a raridade de grandes obras, além da elevação das despesas com o funcionalismo e em serviços sociais, como saúde e educação. Desconhece-se o grau de aceitação por parte da plateia em relação à fala do prefeito.

O PT abandona o prefeito Gustavo Fruet

O TC manterá a tradição, só quebrada uma vez na história, de aprovar todas as prestações de contas de todos os governadores. O único governante na história paranaense a ter contas rejeitadas foi o Haroldo Leon Peres, relativas a 1971, mas após a sua renúncia ao governo sob denúncias de corrupção e pressão do regime militar que o havia nomeado para o cargo.

Não foram poucos os pontos identificados pelos procuradores do MP, no exame das contas, como irregulares. Dentre eles, a prática de “pedaladas fiscais”. De acordo com o parecer, o governo estadual havia previsto no orçamento de 2014 um superávit de R$ 2,3 bilhões, mas acabou fechando com déficit de R$ 177,9 milhões.

A “pedalada fiscal” estaria na alteração da meta por meio de um projeto de lei aprovado na Assembleia já em abril de 2015.

Os procuradores também detectaram que o governo teria deixado de aplicar R$ 1,29 bilhão em saúde, entre os anos de 2011 e 2014. O déficit “ocasiona dano social com nefasta consequência para o funcionamento global do sistema de saúde público paranaense”.

Considera-se que o voto do conselheiro Durval Amaral – que deverá ser acompanhado pelos seis colegas – tenderá a não reconhecer tais irregularidades ou, no máximo, como de costume, as transformará em objetos de ressalvas ou recomendações. Assim como na megasena, a chance de se dar o contrário é de 1 em 50 milhões.

Terminada a sessão, o mundo continuará girando e a Lusitana rodando.

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Celso Nascimento – Gazeta do Povo

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Já raiou a liberdade no horizonte do arraial

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Foto de Roberto José da Silva

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Miran

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Todo dia é dia

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O parlamentar e o banqueiro

Apesar de menos escandalosa, a prisão do banqueiro André Esteves é tão ou mais importante, em vários aspectos, do que a prisão do senador Delcídio do Amaral. Até agora, as empreiteiras e um ou outro fornecedor da Petrobras compunham a imagem dos grandes patrocinadores da corrupção. A entrada em cena de um poderoso banqueiro necessitado de silenciar um delator não é a “ponta de um iceberg”: é um grão no terreno arenoso da corrupção brasileira em sua verdadeira extensão.

As relações capitalistas adotam predominantemente, no Brasil, procedimentos à margem da lei e da ética. Qualquer que seja o setor de atividade, é inexpressiva a parcela que não se vale, com permanência, de vantagens ilegais. A verdade mais brasileira é que são práticas comuns a sonegação, a fraude, caixa dois, adulterações, produtos irregulares, e a corrupção com subornos que evitam fiscalizações e apagam multas, ou, no outro extremo, asseguram negócios, preços assaltantes e contratações ilícitas.

A menção a André Esteves na reunião com Delcídio do Amaral, para salvarem-se ambos do perigo personificado por Nestor Cerveró, é só um flash das relações capitalistas no Brasil. Personagem de prestígio aqui e no exterior, André Esteves é conhecido também como abastecedor financeiro de alguns políticos, não só em campanhas eleitorais. O poder político é um dos seus negócios.

O pasmo causado pelo novo passo da Lava Jato não decorreu da prisão, sem precedentes, de um senador em exercício do mandato. Estão no Senado outras presenças a atestar que não há motivo para tamanho estarrecimento com a busca de um senador pela Polícia Federal. O espantoso veio sobretudo de ser Delcídio do Amaral, embora já estivesse citado em vazamento antigo da Lava Jato. Mas, parlamentar eficiente e bem conceituado mesmo pela oposição ao PT e ao governo, inclusive como negociador, Delcídio do Amaral figuraria em toda lista dos bons senadores.

O que o sereno Delcídio pretendeu, com André Esteves, foi livrar-se da acusação de um crime por meio de outro. Mas a falta de percepção com que o imaginaram diz mal de ambos. Era lógico que, à fuga de Nestor Cerveró desejada pelo parlamentar e pelo banqueiro, a família preferiria a delação premiada de seu chefe, para com ele gozar, pelo resto da vida, o saldo de riqueza que o acordo de delação deixa ao delator.

Fosse a fuga de perseguido político, aqui não poderia haver comentário reprovador. Auxílio à fuga de corrupto, por si mesma inaceitável, agrava-se porque os próprios Delcídio e Esteves seriam beneficiados, livrando-se, sem fugir, de acusações a que estavam sujeitos. Seu plano vale como uma confissão de culpa.

Por mais que os trombadinhas do impeachment explorem contra o governo a prisão de Delcídio do Amaral –houve até quem dissesse que agora a Lava Jato “caiu dentro do gabinete da presidente Dilma”– o efeito de fato é a perda do líder hábil da bancada governista no Senado. Tudo o que compromete Delcídio é estritamente pessoal. No mais, as coisas seguirão, com as mesmas dificuldades e as mesmas urgências.

janio de fretitas

Janio de Freitas – Folha de São Paulo

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Aviso aos navegantes

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