Mural da História

O EX-TADO DO PARANÁ 2zé-dirceu

Em algum lugar do passado

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Faça propaganda e não reclame!

pepsimelhoral

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Mural da História

O EX-TADO DO PARANÁ 2fora-sarney

12 de julho de 2009

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Templo tempo

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Foto de Roberto José da Silva

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Quaxquáx!

batatas-fritas

Foto de Myskiciewicz

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A fábrica de trapalhadas da doutora

Quando o governo da doutora Dilma parece ter esgotado seu arsenal de encrencas, ele inventa uma nova. A última chama-se “Cadastro de Empregados Domésticos” e atende pelo apelido de “Simples Doméstico”. Os çábios de burocracia da Receita Federal e do Ministério da Previdência puseram no ar um sistema de cadastramento que obriga as vítimas a padecer num processo com pelos menos 15 etapas, lidando com siglas como CPF, CEP, NIT, GRF, DIRF, DAE, PIS e FGTS.

Se o CPF de um empregado estiver suspenso, ele deverá ir a uma agência do Banco do Brasil, da Caixa ou dos Correios, e a audiência custará R$ 7. As agências do Poupatempo não fazem esse serviço. Claro, o cidadão não tem o que fazer e, portanto, não há por que lhe poupar o tempo.

O empregador deve ter à mão suas declarações de Imposto de Renda de 2014 e 2015. O empregado que já estiver registrado no FGTS deve informar a data em que se inscreveu. Para os çábios, essa é uma data inesquecível, como o 7 de setembro.

Mesmo que o infeliz tenha a sua vida organizada, ao preencher os formulários pode receber a seguinte mensagem:

“Ocorreu um erro, informe o ticket do erro aos administradores.”

Afora o mau português, o tal ticket podia ser o seguinte: “2015110113714DU1WTPZGE4″

Noutra travada, a mensagem disse: “Não foi possível efetuar a operação. Por favor, tente de novo mais tarde. Anote o número do ticket, ele será solicitado pela Central de Atendimento.”

Em muitas ocasiões a Central simplesmente não atendia.

O sistema encrencou desde o primeiro dia. O sujeito fazia tudo direito, recebia uma senha, e ela era imprestável.

Toda essa burocracia derivou da inépcia, da megalomania e do autoritarismo. Da inépcia porque trava. Da megalomania porque embutiram um censo socioeconômico dos trabalhadores domésticos no que deveria ter sido um simples cadastro. Do autoritarismo porque os çábios tiveram 18 meses para organizar o site e deram seis dias aos cidadãos para cadastrar os empregados. (Se alguém estiver de férias, dançam todos.) A doutora já deixou 28 embaixadores estrangeiros na fila para a cerimônia de entrega de credenciais. Alguns esperaram por mais de um ano, mas na hora de botar os outros para trabalhar, os prazos do seu governo são curtos, com direito a multa.

Encrencas com sistemas fazem parte da vida. Em 2013, o presidente Barack Obama passou pelo vexame de ter colocado no ar um site bichado. Humildemente, pediu desculpas.

O governo não pode dizer que a lambança é coisa da elite ou de Eduardo Cunha. Não se deve esperar que a doutora peça desculpas, mas seria razoável que já na segunda-feira (2) tivesse estendido o prazo para preenchimento do cadastro. Só um doido poderia pensar que os çábios trabalham num feriado.

Dilma Rousseff deve reler o que diz. Em junho de 2014 (ano eleitoral), ela informou:

“A burocracia distorceu as necessidades do Estado Brasileiro por mais de 50 anos. Para avançarmos, é necessário tornar o Estado brasileiro não um Estado mínimo, como querem alguns, mas um Estado eficiente, transparente e moderno”.

Eleita, retomou o tema em janeiro passado. Prometia ação:

“Lançaremos um Programa de Desburocratização e Simplificação das Ações do Governo. Menos burocracia representa menos tempo e menos recursos gastos em tarefas acessória e secundárias”.

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Elio Gaspari – Folha de São Paulo

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Mural da História

O EX-TADO DO PARANÁ 2bullyingdois

Em algum lugar do passado.

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Livro reúne HQs eróticas de Alice Ruiz e Paulo Leminski feitas na ditadura

Julio-Shimamoto

Trecho de ‘A Noite de Lucia’, com roteiro de Alice Ruiz e desenhos de Julio Shimamoto.

Nos anos 1970, em plena ditadura militar brasileira, o casal de poetas Paulo Leminski (1944-1989) e Alice Ruiz afrontava o regime com desenhos pornográficos. Após mais de 35 anos, os quadrinhos da dupla estão compilados em “Afrodite”, coletânea que chega às livrarias.

O livro traz a produção dos autores publicada nas revistas da extinta Editora Grafipar, no fim daquela década. Eles faziam os roteiros enquanto quadrinistas ficavam responsáveis pelos traços.

O resultado: desenhos repletos de corpos nus e diálogos que fariam um general corar.

Ruiz entrou para o universo das HQs em 1978. Ela escrevia para a revista “Atenção”, único título da editora que não tinha material erótico. Os demais eram calcados no sexo —como a masculina “Eros”.

“Então criaram a ‘Rose’, voltada para mulheres. Foi quando me contrataram para coeditá-la”, diz. “Em seguida, criei e editei também uma de astrologia: ‘Horóscopo de Rose’. Nas duas eu incluí HQs.”

CUNHO FEMINISTA

Apesar de erótico, o conteúdo tinha cunho feminista e buscava não objetificar a mulher no sexo.

“Meus roteiros eram construídos de forma a mudar esses significados, propor relações mais inteiras e, em alguns casos, ironizar os papéis ‘estabelecidos'”, afirma.

Ruiz pegou gosto por HQ trabalhando com Claudio Seto, artista responsável por popularizar o mangá no Brasil e pelo time de desenhistas da Grafipar —que, somando todas as publicações da casa, vendia uma tiragem mensal de 1,5 milhão de exemplares.

“Na ‘Peteca’, revista erótico-educativa de 1976, publicávamos HQ importada”, diz Faruk El-Khatib, então diretor da editora. “Claudio Seto disse: ‘Você não quer substituir por uma nacional?’ Topei e ele trouxe um pessoal muito bom.”

HQs de Alice Ruiz e Paulo Leminski

Eram tempos em que os artistas atuavam “tomando muito cuidado com o que se falava e escrevia”, afirma Ruiz. “Creio que todos desenvolvemos uma escrita nas entrelinhas naquela época.”

Mas a Grafipar tinha um trunfo: um censor amigo.

“Em 1975, um gerente da Varig me falou de uma mala extraviada”, conta Faruk, que também editava a revista de bordo da companhia.

O editor foi ajudar no caso e, no trâmite de aeroportos, conheceu um policial federal da censura. Ficaram amigos, e o censor passou a orientá-lo sobre como passar o material pelos militares. “Ele dizia para mudar algo e mudávamos.”

Em 1979, com o afrouxamento da censura, veio o declínio da publicação.

“Com a pornografia pura liberada, o pessoal não queria mais saber de HQ erótica”, diz Faruk. Ironicamente, a liberdade de expressão pela qual tantos lutaram levou a Grafipar a fechar as portas naquele ano.

afroditedois

AUTORES Alice Ruiz e Paulo Leminski|EDITORA Veneta\R$ 54,90 (112 págs.)

Folha de São Paulo

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Fútilbol

bandeide-marín

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Fim da miragem

RIO DE JANEIRO – De janeiro a agosto deste ano, quase 2 milhões de famílias brasileiras deixaram de comprar maionese, condicionador de cabelo, TV de LED, passagem aérea para Aracaju e carro zero, em comparação com de janeiro a agosto do ano passado. Deixaram também de ir ao shopping aos domingos, fazer compras em dez vezes no cartão e jantar fora. E abandonaram os projetos do plano de saúde, da ida à Disney com as crianças e da casa própria com churrasqueira no quintal. Eram sonhos de 2014 para 2015. Infelizmente, esqueceram de combinar com 2015.

Com essa defecção em massa, imagine o rombo nas contas do varejo, dos serviços, da indústria, do sistema financeiro, das companhias aéreas, da construção civil e de todos os setores da economia. Diante da crise, a primeira medida das empresas é demitir, com os consequentes desemprego, fechamento de vagas, queda no salário real e estrangulamento do crédito. Não admira que as firmas de consultoria especializadas em avaliar para onde vai o Brasil, responsáveis por tais informações, estejam apontando o caminho do brejo.

Segundo as mesmas firmas, tudo indica que boa parte dos 3 milhões de famílias graduadas das classes D e E para a classe C no boom de consumo promovido pelo governo de 2006 a 2012 fará celeremente o caminho de volta para as ditas classes. É cruel porque, para aquelas famílias, a ascensão social terá sido uma ilusão. No que sentiram o prazer de subir um degrau na escada, esta lhes está sendo tirada, sem apelação.

Em compensação, não se notarão quedas expressivas nos números da indústria pesada, da educação, da saúde, do aprimoramento dos serviços ou dos índices de produtividade -porque, enquanto o país consumia feito um novo-rico, a base econômica não era muito levada em conta.

Nunca na história desse país se vendeu tanto uma miragem.

ruy castro

Ruy Castro – Folha de São Paulo

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Soy loco por Teresina!

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O cartunista Paixão e a equipe da Coordenadoria do 28º Salão Internacional de Humor do Piauí. Foto de Joyce Vieira

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Produção

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Foto de Roberto José da Silva

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Palavras com pai ou mãe

RIO DE JANEIRO – Na noite de 26 de junho de 1968, os repórteres do “Correio da Manhã” que cobriam a grande passeata contra a ditadura chegavam de volta ao jornal, cada qual com uma estimativa sobre quantos tinham estado na avenida Rio Branco aquela tarde. Os palpites iam de 50 mil a 150 mil –não havia números oficiais e ainda éramos fracos em calcular multidões. Pery Cotta, que secretariava a Redação, resolveu tirar a média: 100 mil. E assim surgiu a “Passeata dos 100 mil”. O que era, então, muita gente.

Hoje, Pery –que eu não via desde a noite do Ato 5, há 47 anos, e que reencontrei outro dia num almoço de veteranos do “Correio da Manhã”– acha que foi modesto. Por sua experiência em passeatas posteriores, calcula que os “100 mil” teriam sido entre 300 mil e 400 mil. Estes, sim, números impressionantes numa cidade de menos de 4 milhões de habitantes. Mas agora é tarde: a passeata passou à história como a “dos 100 mil”, e quem a batizou foi Pery.

Como esta, há palavras e expressões que, de tanto as usarmos, parecem ter surgido do nada ou sempre existido. Só que muitas tiveram pai conhecido e hora para nascer. Eis algumas.

“Fossa”, como depressão, angústia, foi criada pela pintora Liliane Lacerda de Menezes nos anos 50. A primeira vez que ouvi “mídia”, como meios de comunicação, foi por Paulo Francis, em 1970. “Pô!”, “mifo!” e “sifo!” foram criações coletivas do “Pasquim”. Já “esquerda festiva” se deve ao jornalista Carlos Leonam, pouco depois de 1964. “Contracultura”, ao também jornalista Luiz Carlos Maciel. “Devagar, quase parando”, ao fotógrafo Paulo Goes. E “aspone”, simplificação de “assessor de porra nenhuma”, ao economista e aspone Roniquito de Chevalier.

E as do Nelson Rodrigues? E as do João Saldanha? E as de tantos outros? Ficam na geladeira, como dizia o Ibrahim Sued.

ruy castro

Ruy Castro – Folha de São Paulo

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Tempo

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Banner|Tiago Recchia, mostra Mulher, 28º Salão Internacional de Humor do Piauí, Teresina, 2011.

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#AgoraÉQueSãoElas

Está acontecendo uma revolução. As mulheres tomaram as ruas. Cabe a mim ceder espaço -onde tenho. A coluna de hoje foi escrita por uma mulher. Com vocês, Manoela Miklos.

“A voz do coletivo sempre é masculina. Nas marchas. No estádio. Nos shows. Quando junta todo mundo, o que se ouve é o grave dos todos homens bem mais alto, ocultando o agudo das todas e a diversidade dos todxs. Sintomático.

Aí, na semana passada, ouviu-se um brado raro de se ouvir. Agudo. Doce, mas furioso. Era a voz de milhares de mulheres juntas. Na semana passada, a voz do coletivo foi feminina. Um brado raro. O meu. O nosso. E foi o som mais bonito que eu já escutei.

Feministas incansáveis que lutam desde sempre receberam com generosidade novas companheiras como eu. E muitos homens sensíveis e sensibilizados souberam ser coadjuvantes, emocionaram-se ao engrossar o coro sem engrossar o coro. Sem roubar nosso protagonismo. Porque o coro precisa seguir assim como está: agudo. Doce, mas furioso. Feminino e feminista.

Fomos pra rua contra o projeto de lei 5069/2013, de autoria de Eduardo Cunha. Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, o projeto dificulta o atendimento pelo SUS de vítimas de estupro e o acesso ao aborto legal e seguro. Perderemos direitos duramente conquistados e perderemos a vida. Morreremos mais, porque o aborto clandestino mata. Porque a desigualdade de gênero mata. E como a espiral dos privilégios é implacável, a mulher negra e pobre vai morrer primeiro. Mas vai ser a última a ser lembrada pelos centros de poder. Não vai aparecer nos jornais, não vai ser compartilhada nas redes.

Fomos pra rua pra dizer o que temos dito on-line: ser mulher é perigoso. É inseguro, arriscado. Ser mulher é sentir medo. E sentir culpa. Porque quando o tema é a interrupção da gestação, a escolha não é nossa. Mas quando a mão indesejada passa pela nossa perna no ônibus, aí nossas escolhas importam: o tamanho da nossa saia, o jeito que a gente senta, a hora que escolhemos voltar pra casa. Somos seres menos livres.

Falamos do nosso primeiro assédio, falemos agora desse último: uma onda conservadora quer nos levar, quer arrancar de nós um pouco mais da nossa pouca liberdade. Não vamos deixar. Uma parte significativa desse

Congresso quer nos matar. Em decorrência de um aborto ilegal. De tiro, ao flexibilizar o estatuto do desarmamento. Quem sobreviver, eles querem matar de desgosto.

Fomos pra rua. E não sairemos dela -doces, mas furiosas. O brado raro que se ouviu vai deixar de ser raro. E os machistas que comprem tampões de ouvido. Ou transformem-se.”

MANOELA MIKLOS, 32, é doutora em relações internacionais e criadora do projeto #AgoraÉQueSãoElas, em que mulheres ocupam o espaço de escritores e jornalistas homens durante uma semana.

gregorioduvivier

Gregorio Duvivier – Folha de São Paulo

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