Selfie

selfie-ricardo-silva

© Ricardo Silva

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Faça propaganda e não reclame

Publicado em Faça propaganda e não reclame | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Delação da Andrade Gutierrez está ligada a acordo de leniência

A possibilidade de executivos da Andrade Gutierrez aderirem à delação premiada faz parte de um pacote: o interesse maior da empresa seria, depois disso, fechar um acordo de leniência com o governo. Com ele, tentaria se livrar do risco de, no futuro, ser impedida de fazer obras para o poder público em todo o país.

CARTÃO DE VISITA

A ideia ainda está em estudo. O presidente da empreiteira, Otavio Azevedo, preso em Curitiba, recebeu advogados que explicaram a ele, na semana passada, as consequências de aderir à delação. A visita, e a informação de que o escritório de Celso Vilardi, responsável pelo acordo de leniência da Camargo Corrêa, estaria sendo contratado pela Andrade, repercutiu entre advogados de outros réus do escândalo.

NÃO E NÃO

Vilardi afirma que não foi contratado pela empresa. A companhia diz: “O Grupo Andrade Gutierrez nega que seus executivos estejam aderindo à delação premiada. A AG também não fez nenhum acordo de leniência”.

ELA DISSE

Descartada há alguns dias, a ideia de unir os ministérios das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos voltou à pauta da presidente Dilma Rousseff. Ministros do PT vão tentar demovê-la. Um deles diz que a medida abriria “uma guerra”com o partido e com movimentos sociais. E que Dilma entraria para a história como a presidente mulher que fulminou justamente o ministério da mulher.

ELE DISSE

O mesmo ministro pondera que seria menos traumático, por exemplo, retirar da AGU (Advocacia-Geral da União) e da CGU (Controladoria-Geral da União) o status de ministério.

QUE CONSIDERAÇÃO

O ministro Arthur Chioro, da Saúde, soube que estava com a cabeça a prêmio pela imprensa. A equipe dele mobilizou amigos para que prestassem solidariedade. A pasta pode ir para o PMDB.

A FICHA ESTÁ CAINDO

Um dia antes de o dólar atingir R$ 4, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentava mostrar otimismo a amigos com quem se encontrou anteontem, em SP. Ele estava na cidade para prestigiar a posse de Heleno Torres como professor titular de direito financeiro da Faculdade de Direito da Universidade de SP.

“Eu acho que, assim, a ficha está caindo”, afirmou ele, dizendo acreditar que o Congresso vai apoiar as medidas econômicas propostas pelo governo para debelar a crise. “Nem deveria usar uma expressão tão informal, ainda mais nesse ambiente aqui, né? É melhor você colocar ‘o ministro da Fazenda está otimista porque acha que está crescendo a conscientização em relação à necessidade da adoção de algumas medidas'”, afirmou à coluna.

Na festa, ele foi abordado por Regina Alcantara e Dianne Felipe, procuradoras da Fazenda. “Estamos precisando de atenção”, disseram, referindo-se à melhoria da remuneração da categoria.

“Eu vou fazer uma inconfidência, aqui, em primeira mão para vocês”, disse Levy. As pessoas se aproximaram: “O clima no país não está, assim, muito tranquilo…”. Todos riram. “Mas nós estamos trabalhando e em um momento melhor vamos resolver os problemas de vocês.”

De mãos dadas com ele quase todo o tempo, a mulher de Levy, Denise, que mora em Washington, nos EUA, dizia que veio ao Brasil nesta semana para, digamos, vigiar o marido. “Eu fico aflita. O ritmo está muito puxado. Quero ver se consigo fazer com que ele descanse um pouco.”

CURTO-CIRCUITO

Milton Flávio está de saída do cargo de subsecretário de Energias Renováveis do Estado de São Paulo. O ex-presidente municipal do PSDB vinha discordando de decisões como o investimento em termelétricas e gás natural. Em nota, o órgão diz que ele pediu desligamento e “teve passagem marcante pela subsecretaria, fortalecendo o uso de energias alternativas na matriz energética e contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável do Estado”.

FIM DE FESTA

Chegou ao fim a empresa #HoyTiene, que promovia festas e tinha entre os sócios Enrico Celico, ex-cunhado do jogador Kaká. Os outros dois sócios, Luiz Restiffe e Juliano Libman, vão fundar nova agência de baladas.

Monica Bergamo – Folha de São Paulo

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

Publicado em mural da história | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo dia é dia

Publicado em Todo dia é dia? | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

O folgado e o ilunga

Cada língua tem sua dúzia de palavras intraduzíveis. A palavra ilunga, do banto, está no topo de qualquer lista. Significa: “pessoa disposta a perdoar quaisquer maus-tratos pela primeira vez, a perdoar pela segunda vez, mas nunca pela terceira”. Pode não parecer, mas a palavra é sábia -e útil. Perdoar é fundamental, dar uma segunda chance também, mas a terceira é idiotice. #JeSuisIlunga

Outro dia me vi tentando explicar a um amigo gringo o significado da palavra folgado. “O folgado é um malandro?”, perguntou o gringo. Sim, mas não. (Lembro do Noel: “Proponho ao povo civilizado/ não te chamar de malandro/ e sim de rapaz folgado”.) A palavra malandro está entranhada de um certo carisma, graças aos sambas do Moreira da Silva e aos filmes do Carvana.

O folgado não tem samba: é o esperto sem malandragem, o malandro sem carisma -mas tampouco é o mal educado. Não tente reduzir, ao explicar para o gringo, o folgado a uma pessoa sem educação. O mal educado erra por ignorância, enquanto o folgado sabe exatamente o que está fazendo, e não está nem aí. O malandro também sabe, mas faz para se dar bem. O folgado não: folga porque acha que tem direitos.

O mundo se divide em dois: os que acham que nasceram devendo algo ao mundo e os que acham que o mundo lhes deve algo. O folgado se encaixa na segunda categoria. Mais do que isso: o que o define como ser humano é a certeza de que a vida lhe deve mundos e fundos. Junte a dívida da Grécia com a do Eike: isso é quanto você deve ao folgado. E ele vai cobrar com juros. Não tem moratória, não tem oxi, não tem Syriza.

Você marca uma festa às 9h. O folgado liga às 11h. Você atende o celular, equilibrando cinco quilos de gelo numa mão e 12 latas de cerveja na outra. O folgado quer saber onde é que ele estaciona o carro. Você, que se encaixa na primeira categoria, desce de elevador, ajuda o folgado a encontrar uma vaga, enquanto ele pergunta: “Como é que tá a festa? Quem já chegou?” -o folgado adora perguntar quem está, quem já chegou, e quando você vê já entrou no jogo dele: começa a dizer que ele vai gostar da festa, pede desculpas por qualquer coisa, tira o seu celular do carregador para colocar o dele, faz a cama para o folgado porque ele bebeu demais, no dia seguinte faz tapioca para o folgado, do jeitinho que ele gosta.

Nesses horas temos que ser Grécia. Oxi, folgado. Essa dívida não é minha. Sai pra lá, Angela Merkel. Temos muito a aprender com o ilunga.

Gregorio Duvivier – Folhas de São Paulo

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Faça propaganda e não reclame

Publicado em Faça propaganda e não reclame | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

Novembro, 2009

Publicado em mural da história | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Walter Vasconcellos

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Poluicéia Desvairada!

Justinho. Em alguma travessa da Rebouças. Foto de Lee Swain

Publicado em poluicéia desvairada! | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Entrevistas

A oposição à CPMF tem motivações variadas, mas o espaço de todas é ocupado por uma só: “mais imposto, não!” –o mais insustentável dos motivos. Se pensado um imposto com a finalidade de promover grande e veloz crescimento industrial, nenhum dos industriais que gritam “mais imposto, não!” ficará contra. E, se algum ficar, será um caso patológico de insuficiência excessiva de raciocínio. Mal, aliás, nada surpreendente.

O menos citado dos motivos, suponho mesmo que agora mencionado pela primeira vez, surgiu a meio de uma novidade do jornalismo brasileiro. Desde que se tornou chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante é o alvo de uma avalanche que não se esgota, novas e cansativas repetições de boatos, intrigas, maledicências, fantasias que são a moda no jornalismo político, e até alguma verdade eventual. É detestado por Lula, Lula pede sua demissão, o PMDB o culpa pela crise, Temer não o tolera, será substituído por um não político, é Mercadante quem torpedeia Levy –Mercadante faz Eduardo Cunha parecer amado pela pureza de intenções e ética dos modos.

Nem por isso, em todos esses meses e imputações, a reportagem política e seus chefes quiseram ou se lembraram de ouvir o próprio Mercadante a respeito do noticiário que o solapa. Até que no domingo as repórteres Catarina Alencastro e Simone Iglesias (“O Globo”) trouxeram essa novidade jornalística: Mercadante ainda fala.

E continua franco, claro, seguro: (…) “O ex-presidente Lula, que vem pedindo a sua saída?”/ “Não. Hoje (sexta-feira) tomei café com ele. (…) A gente tem uma relação muito rica, muito próxima”/ “Lula acha fundamental que o sr. fique?”/ “Exatamente isso que ele disse”. E foi por aí, até à CPMF, para um diagnóstico fundamental e, ao que me consta, nunca mencionado:
“A CPMF é necessária. O problema mais delicado é que atinge o caixa dois. Qualquer empresa que tenha um caixa dois, tem que dar um cheque. E aparece. Então, gera uma preocupação, mas isso não pode ser o fundamental.”

Não pode, mas, se não é para todos, é para muitos dos que urram contra a CPMF e movem políticos para impedi-la. Caixa dois é a quantia que empresas em geral mantêm fora da contabilidade, como se não existisse, para transações não registradas, pagamentos por fora e mesmo para esconder lucro, pagando menos impostos de renda e outros. A CPMF, além de tomar algum dinheiro movimentado pelo caixa dois, faria o desagradável papel de acrescentar um importante identificador aos que visam a detectar o dinheiro por fora, que é ilegal e sonegador.

Joaquim Levy diz que a CPMF, como está proposta, nem é sentida pelo pagador. À taxa de 0,2%, em cada R$ 100 a CPMF corresponde a R$ 0,20. Para as empresas, são muitos R$ 0,20, mas não deixam de ser insignificantes. A proporção continua a mesma.

Sobre ser insignificante também para as pessoas, a CPMF, como toda taxação, tem um aspecto social: diferencia-se por ser equitatitiva, aplicar a todos a mesma taxação. No país que tem a indecência de cobrar proporcionalmente mais “imposto de renda” dos assalariados do que sobre os lucros e a renda, uma taxa ao menos idêntica é um avanço.

O Entrevistado

Nem o próprio Moreira Franco imaginaria ser um dia elevado a manchete promocional da primeira página da Folha, com direito a uma página inteira de foto e entrevista (21.set). Quando governador do Rio, Moreira Franco frequentou muito as páginas da Folha, e nelas ficou para a história em socorro dos que não têm memória ou não conhecem os fatos do seu tempo histórico. Numerosas concorrências dos projetos de Moreira Franco foram anuladas por fraudes, reveladas pela Folha com antecipação do resultado sob disfarce. Várias linhas e estações do metrô, um sistema de abastecimento de água de “necessidade urgente” e até hoje dispensado, um tal “palácio da polícia”, eram bilhões de dólares sob fraudes.

Os dados biográficos de Moreira Franco publicados com a entrevista são novidade, para o Rio, sobre esse piauiense. “Doutorado na Sorbonne” lembra o título do ex-ministro, também na Sorbonne, que a Folha descobriu existir só como imaginação.

Janio de Freitas – Folha de São Paulo

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Área privada

Foto de Roberto José da Silva

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Thamires Brito e o cartunista que vos digita, Teresina, Salão Internacional de Humor do Piauí, 2010. Foto de Vera Solda

Publicado em soy loco por teresina | Com a tag , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

20 de agosto de 2006

O honesto é um amador que atrapalha fundamentalmente o trabalho dos canalhas, todos profissionais. Millôr Fernandes

Publicado em mural da história | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Cheer leader

Cheer leader é uma expressão em inglês que, para gáudio do nosso complexo de vira-lata, já se incorporou de tal forma à língua portuguesa que passou a dispensar aspas ou itálico. É como se todos soubessem o que significa –e, de fato, chamado a defini-la, qualquer um saberá descrever a lourinha de maria-chiquinha, suéter, saiote e meias 3/4, agitando pompons para a arquibancada a fim de empolgar a torcida. Bem brasileira.

A cheer leader não quer saber se seus craques estão jogando mal, se a tática adotada pelo treinador está errada ou se seu time está perdendo de dez a zero aos dez do segundo tempo. Ela não discute –torce. Pena que isso não altere o rumo do jogo. Pior ainda é quando não consegue alterar nem o ânimo da torcida.

A única vantagem de ser cheer leader é que, ao ver a catástrofe se abatendo sobre o seu time, a torcida não a xinga de burra, nem pede a sua demissão. O protesto é dirigido ao treinador, a alguns jogadores ou ao time inteiro, chamando-os de burros, sem raça ou sem vergonha. O que é mais um motivo para a cheer leader agitar os pompons e não se deixar abater –como se não fosse com ela.

A presidente Dilma está longe do visual, mas tem uma deliciosa alma de cheer leader. Seu time não consegue segurar a bola, toma um gol atrás do outro e, com tudo isso, ela sustenta um obtuso otimismo e repete platitudes recebidas com tédio e cansaço até pelos que lhe são simpáticos –estes, a cada vez, em número alarmantemente menor. Dilma não admite ser a mãe da crise. Põe a culpa no gramado, na bola ou na torcida adversária.

Infelizmente, uma presidente da República não pode ser apenas uma cheer leader. É também a treinadora, goleira e camisa 10 da equipe, e tudo ao mesmo tempo. E, como tal, está sujeita aos urros da arquibancada quando esta se convence de que ela está enterrando o time.

Ruy Castro – Folha de São Paulo

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter