Caiu na rede é…

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Foto de Roberto José da Silva

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Eleições

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O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.

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Quatro mulheres

Eram quatro irmãs. Todas elas doces criaturas. Prendadas, prestativas, gentis e caridosas. Foram educadas em casa, pela mãe, educação esmerada. O pai impunha respeito e era uma referência tanto em casa quanto no trabalho. Havia ainda dois homens, igualmente bem formados e dedicados ao Direito. Vinham de longa linhagem, de desbravadores dos sertões e semeadores de comunidades. Entre eles, o português Diogo Pinto de Azevedo, conquistador dos campos de Guarapuava, que fez acrescentar ao sobrenome o apelido Portugal, em homenagem à terra natal. Em nome de D. João VI, ampliou as fronteiras do oeste do Paraná e inscreveu o seu nome na história do Brasil como exemplo de destemor e bravura. Neto de Diogo foi Clotário de Macedo Portugal, advogado, promotor público, juiz de Direito, desembargador, professor da UFPR e patrono da Justiça paranaense. Clotário era pai das quatro irmãs e dos dois irmãos.

A mãe, Annita de Macedo Portugal, foi outro exemplo de vida. Esteve presente em toda a história do marido, inclusive nos momentos mais tensos e perigosos, como por ocasião dos conflitos da revolta do Contestado, no sudoeste do Paraná, onde o jovem Clotário servia como magistrado. Annita tinha medo, sofria em silêncio, mas não arredou pé do lado do marido. De igual modo, manteve a serenidade e a modéstia nos momentos de glória, como quando o marido presidiu durante quinze anos o Tribunal de Justiça do Estado e assumiu a interventoria do Paraná, sucedendo a Manoel Ribas. Era uma fortaleza escondida na mansidão do olhar e na fragilidade de um corpo pequeno e carente de cuidado. Sempre foi, sobretudo, esposa e mãe. E passou o exemplo às filhas. Quando o marido morreu, em 1947, vestiu luto e nunca mais o tirou. Mas manteve-se lúcida até o fim, aos 94 anos de idade, lendo diariamente os jornais, tocando piano e exercitando o francês que aprendera na infância.

Alice, Ana (Any), Myrian e Therezinha eram as filhas de Annita e Clotário. Como a mãe, dedicaram a vida às famílias, espargindo uma simplicidade quase desconcertante, que chegava a desmentir a origem estrelada. Alice e Therezinha, a mais velha e a caçula, foram primeiro. Ana partiu em 2007, restando apenas Myrian.

Participei da vida das quatro. Pelas mãos de Cleonice, que era filha de Any e viria a ser minha companheira de vida, entrei no aristocrático sobrado da Rua Clotário Portugal, 35. Eu era só um “polaquinho” de Araucária, nascido na velha Lapa, com pálido pedigree, mas fui recebido, desde logo, com cordialidade, carinho e afeto pela “vó” Annita e pelas “tias” Alice, Myrian e Therezinha. E com elas aprendi proveitosas lições. Como, por exemplo, a arte de chupar laranjas de gomo – ato que, segundo Rubem Alves, indica a nobreza das pessoas. Soube que chupar laranjas pela tampa não é elegante nem inteligente. Porque não se aproveita verdadeiramente o seu sabor. Aprendi também que, por motivos semelhantes, um sanduiche deve ser fatiado antes de ser levado à boca. Coisas pequenas, aparentemente insignificantes, mas que fazem a diferença.

Any nunca foi minha sogra. Era muito mais mãe. Daquelas que, durante um atrito entre a filha e o genro, apoia sempre o genro, mesmo sabendo que a filha tem razão. Foi uma honra ter participado de sua vida e dela ter recebido tantas lições de vida. Tenho muita saudade dela todos os dias.

Myrian era a remanescente. Até quarta-feira da semana passada, 2/9, quando decidiu ir ao encontro das irmãs. Estava na flor dos 89 anos. E, tirando a falta de audição, que a acompanhava desde jovem e que se agravara nos últimos tempos, estava ótima. Sempre teve uma vantagem sobre as irmãs: era extrovertida, alegre, comunicativa, gostava de música, tocava violão e, de vez em quando, entoava algumas canções (fora aluna de Estelinha Egg). Tinha seis filhos, todos homens, um monte de netos e alguns bisnetos, cada um com a sua personalidade. Myrian os agregava. Era o ponto de união da família. Eu a chamava de “tia favorita”. Era uma manifestação de afeto meio exagerada. Ela sabia disso, mas gostava, e ambos ficávamos felizes.

Tia Myrian nos deixou, encantou-se, como diria Guimarães Rosa. A vida, infelizmente, também é feita de perdas. A ausência dela está sendo doída, mas é uma tristeza que precisa ser compreendida e aceita, já que estamos aqui apenas de passagem.

Rubem Alves comparava a vida a uma chama de vela. E dizia que há várias causas para a chama da vela se apagar: uma lufada de vento, a falta de ar, um pingo de água… Mas há também aquela vela que vai queimando, vai queimando, até que a cera acaba e o pavio não tem outra alternativa a não ser apagar.

Myrian de Macedo Portugal Bacellar foi uma chama de vela que se consumiu iluminando.

Clica!céliodois

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Irmãos brothers na morada

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Foto de Ricardo e Roberto José da Silva

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Hoje!

orlandoso

“Como é a vida de escritora?

Se for levar essa vida a sério, é bastante chata. Mas vivo nela toda satisfeita. Gosto mesmo é de cozinhar e de assistir a futebol e boxe. Fico até tarde da noite para assistir a uma luta do Mike Tyson.

O boxe não é um esporte muito violento?
É, mas eles são guerreiros.”

Essa entrevista concedida por Rachel de Queirós à revista Veja em 1996 tirou toda a possibilidade de eu me sentir culpado por gostar de lutas.

De Ted Boy Marino e Fantomas até Myke Tyson, passando por Eder Jofre e, claro, pela trinca Muhammad Ali, George Foreman e Joe Fraizer, a luta sempre foi um esporte que me fascinou.

Achar que é somente violento é de um simplismo que não justifica a legião de fãs em todo o mundo. No tablado, dois guerreiros se enfrentam de mãos limpas. Vence o melhor, o mais treinado, o com mais técnica, o com mais inteligência.

Os desenhos desta exposição fazem parte de uma centena de tentativas de mostrar um pouco do balé e da estética desses guerreiros que, muitas vezes, literalmente dão o sangue pelo que talvez seja o esporte mais antigo do mundo.

Orlando Pedroso

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PMDB quer que Dilma assuma suas responsabilidades e corte os gastos

dilma-rousseff

Foto de Misquici

Em jantar oferecido pelo vice-presidente Michel Temer na noite desta terça-feira, a fina flor do PMDB decidiu tomar distância das providências impopulares que Dilma Rousseff terá de adotar para estancar o déficit nas contas da União. O partido irá cobrar da presidente que assuma suas responsabilidades, cortando despesas. De resto, a legenda concluiu que não lhe cabe sugerir a criação ou elevação de tributos. Deixará claro para o Planalto que não há boa vontade do Congresso para salgar a carga tributária.

Estiveram no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer, seis dos sete governadores do PMDB: Luiz Fernando Pezão (RJ), José Ivo Sartori (RS), Paulo Hartung (ES), Renan Filho (AL), Marcelo Miranda (TO) e Confúcio Moura (RO). Foram à mesa também os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros; os líderes da legenda nas duas Casas, deputado Leonardo Picciani (RJ) e senador Eunício Oliveira (CE); o senador Romero Jucá (RR); e três ministros peemedebistas: Kátia Abreu (Agricultura), Elizeu Padilha (Aviação Civil) e Helder Barbalho (Pesca).

Com a crise roendo-lhes as receitas, os governadores peemedebistas chegaram ao jantar de pires na mão. A maioria revelou-se disposta a defender a criação de fontes de receita que pudessem ser divididas com os Estados. Mencionaram-se a ressurreição da CPMF e a elevação da Cide (contribuição sobre combustíveis). Renan Calheiros e, sobretudo, Eduardo Cunha torpedearam a ideia de o PMDB assumir o ônus de encampar propostas que retirem dinheiro do bolso dos brasileiros. Foram ecoados pelos senadores Eunício Oliveira e Romero Jucá.

Antes de recepcionar seus convidados, Michel Temer fora chamado ao gabinete de Dilma. Na saída, dissera que era preciso “evitar remédios amargos”. Mas ainda mantinha a intenção, ensaiada desde a véspera, de endossar sugestão do economista Delfim Netto de elevar a tarifa da Cide de R$ 0,10 para R$ 0,60 por litro de gasolina. Durante o jantar, porém, Temer deu meia-volta, abstendo-se de defender a providência.

Pela manhã, Temer soava convicto ao dizer que a Cide poderia ser aumentada sem ouvir o Congresso. À noite, ruminava uma dúvida: o Executivo poderia decidir por decreto apenas nas hipóteses de reduzir ou zerar a alíquota da Cide. Para aumentar, talvez dependesse, sim, da anuência do Legislativo.

Diante da hesitação de Temer, coube à ministra Kátia Abreu, hoje uma confidente de Dilma, assumir a defesa da tese. Munida de um artigo escrito por Delfim no jornal Valor e de dados que ela própria colecionou, Kátia fez uma defesa veemente do seu ponto de vista. À medida que a ministra empilhava sobre a mesa razões para elevar a Cide —desde a recuperação da indústria sucroalcooleira até o aumento das receitas da União e dos Estados—, Eduardo Cunha enfileirava motivos para evitar a medida, a começar do seu efeito inflacionário.

Os governadores saíram do jantar como entraram: de pires na mão. Nem Renan, cujo filho governa Alagoas com o caixa em ruínas, animou-se a defender mais impostos. Ficou entendido que o PMDB não imprimirá suas digitais em propostas que aumentem impostos. Prevaleceu o entendimento segundo o qual é papel de Dilma dizer o que o governo pretende fazer. Concluiu-se que não cabe ao PMDB senão cobrar do governo cortes de despesas.

A alturas tantas, o senador Eunício Oliveira insinuou que Dilma tenta compartilhar responsabilidades com os partidos e o Congresso para não se desgastar junto à opinião pública. Irônico, indagou: que desgaste o governo pode ter se já não dispõe de popularidade nenhuma? Como pode piorar alguém que já está na casa dos 7% ou 8%?

Josias de Souza|UOL

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Rá!

inimiga

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El Maestro

capa-miran-antologiaDesenho de Miran, para a capa da Antologia Brasileira de Humor, volume 1 (edição esgotada), editada pela L&PM, de Porto Alegre, 1976.

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Faça propaganda e não reclame

faça-propaganda

© Jorge Bispo

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Mural da História

diretas-já

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Redemption Song

redemption-songBob Marley. Versão de Ivan Justen Santana, especialmente para o Solda Cáustico

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Desbunde!

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Cream 33

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

O-que-fizemos-nas-nossas-férias

Doug e Abi levar seus filhos em férias com a família. Rodeado por familiares, as crianças inocentemente revelar os meandros da sua vida familiar e muitos detalhes íntimos sobre seus pais. É assim claro que, quando se trata de manter um grande segredo em segredo do resto da família, seus filhos são a sua maior responsabilidade.

What We Did on Our Holiday. O que Nós Fizemos no Nosso Feriado. 2014. Comédia / Drama. Reino Unido, 95 minutos. Dirigido por Andy Hamilton e Guy Jenkin.

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Se não for divertido não tem graça

pepsifundação-nacional-do-humor

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Jornal do Cínico

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, fechou mais um trecho da fronteira com a Colômbia, enviou tropas do Exército e decretou estado de exceção em três municípios. Se explodir uma conflito armado entre os dois países, os venezuelanos terão apoio incondicional do senador paranaense Roberto Requião. De Brasília e de Curitiba o parlamentar enviará mensagens pelo tweeter – sempre naquele estilo tradicional de “a luta continua, companheiro!” Do Filósofo do Centro Cínico Foto de Misquici

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