Folha seca

folhaseca

Foto de Ricardo Silva

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Clique!

Foto de Maringas Maciel

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O barquinho fica

Foto de Roberto José da Silva

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Mãe galinha

Tente uniformizar o design dos aviões sem ouvir os comandantes, os controladores de voo, os engenheiros, o pessoal de terra, os meteorologistas e as aeromoças. As turbinas acabarão no lugar das rodas e as asas sairão do nariz do avião, como bigodes. Foi o que aconteceu à língua portuguesa com o “Acordo” Ortográfico imposto pelo Brasil e, até hoje, não aceito nem assimilado por Portugal.

Há dias, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, admitiu que “talvez tenhamos errado no processo de normatização, que teve um caráter tecnicista e não envolveu os criadores de todos os países”. Exatamente: esqueceram-se de combinar conosco, que lidamos com a língua nas escolas, nos livros, nos jornais e na publicidade. Sem necessidade, baniram grafias seculares de Portugal, assim como o hífen, o trema e os acentos diferenciais. O resultado são monstrengos como “Dilma para para pensar” –com perdão pelo oximoro.

De que adianta o “acordo” criar uma escrita comum se as pronúncias continuam diferentes, além da particularidade de milhares de conteúdos? No Brasil, uma mãe que se orgulha dos filhos e os protege é uma mãe coruja. Em Portugal, é uma mãe galinha. Vá dizer aos portugueses que eles deveriam mudar isso.

O ministro reconheceu que o português dos países africanos “interage com 50 idiomas”. O do Brasil também, mas todos em inglês. Por que Portugal não pode continuar a escrever “facto” se nós próprios escrevemos “factual”?

A magia da língua portuguesa é a de que, não importa a variedade de grafias ou pronúncias, ela é sempre compreensível para os que a falam e leem, sejam portugueses, brasileiros ou africanos. “A língua é viva, e temos a vida inteira para aperfeiçoar o Acordo Ortográfico”, disse o ministro. Eu não tenho. Por isso, não aderi a ele. Continuo escrevendo lingüiça e, se quiserem, me corrijam.

Ruy Castro – Folha de S.Paulo

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Ova-se!

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Tetrahidrocanabinol

Baseado em fatos reais.

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Câmara quer punir quem fala mal de político na internet

Procurador da Câmara tenta instituir lei que visa coibir crime de injúria contra deputados. Foto de Misquici

A Câmara prepara um projeto de lei para acelerar a identificação e a punição de pessoas que criam páginas ofensivas e difamatórias contra parlamentares na internet. O texto também vai responsabilizar criminalmente os provedores, portais e redes sociais que hospedam esses sites. A proposta, que tem o apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está em fase final de elaboração e deve ser apresentada em setembro pelo procurador parlamentar, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA).

O procurador adiantou que vai propor uma mudança no Marco Civil da Internet para facilitar a retirada das postagens ofensivas contra políticos em geral. Pela proposta, sites, provedores e portais serão corresponsáveis pelas publicações. Por exemplo: se um usuário criar um perfil falso (o chamado fake) no Facebook que ironize ou atinja a honra de um deputado, tanto o responsável pela página quanto o próprio Facebook serão acionados criminalmente e estarão sujeitos a processos penais e cíveis.

O objetivo, explica Cajado, é obrigar os grandes provedores e empresas de internet a analisarem, de modo célere, as denúncias de ofensa contra parlamentares. Nesse caso, o conteúdo classificado como ofensivo terá de ser retirado do ar imediatamente, sob pena de abertura de processo por crime de injúria e difamação.

“Às vezes, a pessoa faz um ‘fake’ ofensivo à honra de qualquer pessoa e essas empresas não têm nenhum tipo de controle sobre esses atos criminosos e permitem que eles sejam divulgados”, exemplifica Cajado. “A nossa tese é que quem pratica o crime tem de responder. E quem ajuda a divulgar esse crime tem de ser corresponsável”, afirma.

Avalizada por Cunha, a proposta pode ser votada em regime de urgência pela Câmara nos próximos meses. O projeto terá caráter institucional. Isso porque cabe à Procuradoria Parlamentar, conduzida por Cajado, defender a Câmara e seus integrantes no exercício do mandato ou de suas funções institucionais quando atingidos em sua honra ou imagem perante a sociedade.

Fake de político: R$ 6 milA Câmara também quer coibir a “indústria” de criação de páginas ofensivas contra deputados. Este mês a Polícia Federal desencadeou a Operação Face to Fake, que desarticulou uma quadrilha especializada na elaboração de sites e perfis ofensivos contra políticos de Mato Grosso do Sul. Nesta investigação, a PF identificou 60 perfis falsos e 35 comunidades no Facebook – todos criados para atacar políticos. Um dos investigados chegou a receber R$ 6 mil para elaborarfakes e montagens que feriam a honra de políticos locais.

Segundo a Procuradoria Parlamentar da Câmara, nos últimos quatro anos cresceu em 30% o número de ações judiciais e extrajudiciais movidas pela Casa contra veículos de imprensa e empresas como o Google e o Facebook. “Ninguém quer aqui cercear a liberdade de expressão, ninguém está contra o direito do usuário. Agora, o que não pode é a pessoa se esconder no anonimato para praticar crimes. Temos de estipular regras contra isso”, disse Cajado.

Coleta de dados

Nesta mesma linha, o deputado Silvio Costa (PSC-PE) apresentou, no início de junho, um projeto de lei (PL 1879/15) que obriga os provedores de internet e sites a coletar dados pessoais de usuários que postarem comentários em matérias, fóruns ou mesmo atualizações de redes sociais institucionais.

Na justificativa da proposta, o parlamentar afirma que a medida visa coibir a incitação ao ódio e responsabilizar criminalmente pessoas que cometam crimes de injúria e difamação. “Esta vedação [do anonimato na internet] é fundamental para que se possa punir aqueles que, por exemplo, se utilizem da liberdade de expressão para incitar o ódio, para caluniar pessoas ou para fazer apologia ao crime”, explica o deputado. O projeto tramita na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara.

“No caso da internet, a responsabilização daqueles que, por ventura, pratiquem crimes é bastante complicada. Ainda que o Marco Civil [da internet] tenha avançado neste aspecto, ao estabelecer a obrigatoriedade de guarda de registros por provedores de acesso e de aplicações, o fato é que as informações tecnicamente coletáveis são, muitas vezes, insuficientes”, acrescenta Silvio Costa.

Roberto Brasil – Blog da Floresta

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Mural da História

Em algum lugar do passado

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Dilma contra Dilma

Até poucos dias, a crise econômica era um tema, entre outros, aproveitado pela crise política para alimentar-se. Com a proposta governamental de recriação da CPMF, as duas crises se fundiram. Foi o que ficou evidenciado na reação de empresários e entidades: há pouco manifestantes de apoio a Dilma e portanto à política econômica e, de repente, indignados com o governo, logo, com Dilma. A ponto de alguns querem a saída de Joaquim Levy, seu aliado ideológico.

A inoportunidade política da proposta governamental, reafirmando uma falta de percepção política sem limite, deu-se na ocasião mesma em que o PSDB aturdiu-se com as manifestações empresariais em defesa de Dilma e fez, por isso, um recuo patético na sua ferocidade oposicionista. Dilma e ministros deram aos adversários um socorro masoquista.

Certa foi a irritação de Michel Temer com o mau passo do governo, ao qual foi dado, e atribuído ao vice, o apropriado apelido de “imposto impeachment”. Renan Calheiros, em instantes, passou de novo general do governismo para a janela de crítico. A insensibilidade do governo Dilma só tem paralelo na insensibilidade do oposicionismo de Aécio, há oito meses forçado a manipular as intensidades de um extremismo primário.

A proposta de recriação da CPMF (com outro nome) traz, porém, um aditivo inteligente: a arrecadação é dividida entre governo federal e Estados. Pezão e outros aderiram sem esperar por qualquer conta. Isso faz ainda mais nítido o descompasso do governo entre lucidez política e oportunidade. Se há na proposta o lado que atrai apoios importantes, é incompreensível que não fosse esse o carro-chefe de lançamento do plano, como possível fator de neutralização da pressa para recriar um imposto.

Nesta barafunda que é o Brasil a caminho do buraco, muda tudo de um dia para o outro, todos os dias. Não por acaso é agosto, o mês dos ventos insensatos, volúveis entre todos os quadrantes. E setembro vai chegando com ares de que pretende ser um agosto com nome de guerra: as expectativas para setembro voltaram a acinzentar-se. Se depender da percepção e da habilidade do governo, ou da inteligência política da oposição, não há dúvida do que esperar.

Prêmio Duplo

Indagado sobre prisões para obter concordâncias com delação premiada, o procurador-geral Rodrigo Janot disse no Senado que 79% das delações foram obtidas com réus soltos. São portanto, em suas contas, quatro em cada cinco delatores premiados.

Só se a proporção se vale dos réus insignificantes, que pouco estiveram presos porque pouco ou nada tinham a dizer. Os réus graúdos, que justificam a Lava Jato, afinal cederam à delação ainda presos. E, desses graúdos, os que não cederam continuam presos e cercados da expectativa de que cedam. Fernando Soares, Pedro Corrêa e José Dirceu são alguns dos vários exemplos possíveis.

A propósito, o Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade que não tem importância, para recebimento do novo prêmio de liberdade por delatar, o fato de Alberto Yousseff haver feito há cerca de dez anos outra delação premiada e descumprido o compromisso de não voltar ao crime. Muito ao contrário, é o criminoso central, o craque do meio-campo, na bandalheira que utilizou a Petrobras.

A decisão de dez ministros do STF vale por uma recomendação aos empreiteiros agora premiados: de volta à ativa, não precisam contrariar nada, nem a alma dos seus negócios, nem a sua natureza.

Horrores

O motivo, se houve incidente de fronteira ou não, nem importa. Colombianos expulsos da Venezuela às correrias, com seus pertences miseráveis às costas, cruzando riachos a pé, filhos pendurados no corpo, enquanto seus casebres são incendiados, são parte de um quadro de perversidade intolerável do governo venezuelano.

Assim como é intolerável a indiferença com que os demais países sul-americanos, sobretudo o Brasil, testemunham essa reprodução cucaracha, criada pelo destrambelhado Nicolás Maduro, do horror de expulsos e fugitivos do Oriente Médio.

A indiferença, no caso, é conivência.

Janio de Freitas – Folha de São Paulo

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Ele

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Na capa

Giselle Hishida, capa da revista Vogue, década de 90

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Centro financeiro se transforma em nova praia do paulistano

Blog do Orlando Pedroso

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Aquele mamão mofado

Fui reunir as crônicas para ver se lanço um livro novo e ganho um cascalho extra neste fim de ano. Da tela, vinha um estranho cheiro de fruta podre. As crônicas que escrevi ao longo do ano agora apodreciam no monitor como aquele mamão que comprei achando que seria uma boa ideia passar a comer mamão e agora o mamão parece um quadro de Romero Britto, amarelo, laranja, azul e roxo.

Resolvi que a crônica de hoje seria anacrônica: desengajada, despropositada, imperecível. Uma crônica que não fosse um mamão, mas uma margarina –já perceberam que aquilo não estraga nunca?

Sento a bunda na cadeira decidido a escrever sobre amor, ou coisa mais leve. O telefone toca. Se você acha que as pessoas pararam de ligar umas para as outras, experimente tentar escrever uma crônica. Do outro lado da linha, descubro que meu amigo Cadi, artista de rua e professor de ioga, foi espancado por um segurança enquanto tocava flauta no Metrô. Tenho que escrever sobre isso, penso. Cadi me explica que quem julga se os artistas de rua podem continuar se apresentando na rua é a PM. E quando um artista de rua trabalha criticando a PM? Pois é. Não trabalha. Penso no Tico Bonito, palhaço preso pela polícia do Paraná, polícia essa que batia em professor, e agora está diversificando… Sai dessa, bicho. Despolitiza, cara. Olha o mamão.

Faço um café e vou até a janela. Imagino que é isso que os cronistas fazem: sentam-se à janela –assim mesmo, com crase e ênclise. Eis que Rubem Braga, nos céus, atento às janelas, manda um presente do além e ouço, ao longe, um sabiá –quer dizer, aquilo que na minha ignorância ornitológica chamo de sabiá, só porque está cantando. Penso que seria lindo saber mais sobre sabiás.

Habemus crônica. Vou escrever sobre a vila onde moro: cheia de cachorros, donos de cachorro e, aparentemente, sabiás. Pergunto à vizinha, que passeia com seu lindo vira-lata perneta, se aquilo que está cantando é um sabiá. “Não, isso é o canário do vizinho, ele mora numa gaiola, não tá cantando, não, ele tá é chorando, tá berrando por liberdade, isso sim”, e diz que eu preciso escrever sobre isso, e poderia ser uma bela metáfora para a redução da maioridade penal, ela diz, que acaba de ser aprovada, mesmo ilegal, imoral e ineficiente… Obrigado, vizinha. Você tem razão.

Esfomeado, recorro ao mamão multicolor. Esses orgânicos duram ainda menos. Mas, ao menos, penso, são mais saudáveis. Talvez exista alguma ligação entre o saudável e o perecível, consolo-me, enquanto corto as partes mofadas do meu mamão romero-britto. Talvez.

Gregorio Duvivier – Folha de São Paulo

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Na Espanha, como os espanhóis

Beto Bruel e Guto Gevaerd no Museu da Maconha (Ganja!). Foto de Érica Migon (2009)

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Nabo de todos

Foto de Roberto José da Silva

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