Flagrantes da vida real

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Luiz Antônio Ferreira, da “luizarada” de Curitiba, solta a voz nas estradas. Foto de Maringas Maciel

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Conheça o rei dos coxinhas

Você aí, coxinha, já ouviu falar de Gene Sharp? Não? Não é possível: afinal, ele é o inspirador dos protestos que você anda fazendo. Pelo menos essa é a teoria que os “bolivarianos” estão espalhando para explicar as mobilizações contra governos que se dizem “progressistas”, como os da Venezuela, do Brasil e, mais recentemente, do Equador.

Sharp, como lembrou no sábado (21) o competente Fábio Zanini, é cientista político e autor de “Da Ditadura à Democracia”, muito citado durante as revoltas da “primavera árabe”.

Rafael Correa, presidente do Equador, desengavetou Sharp, acusando-o de inspirador dos recentes protestos, que ele chama de “golpe brando”.

Começa com a mobilização nas redes sociais, passa para as ruas, e o governo acaba caindo.

O suposto “golpe brando” inclui, ainda, a difusão de boatos nas redes sociais. No caso do Equador, o rumor falava do fim da dolarização, que foi essencial para a estabilidade econômica do país e, por isso, goza de tanto prestígio que Correa a manteve, apesar de sua permanente retórica anti-norte-americana.

Segundo o relato da revista “América 21”, porta-voz do “bolivarianismo”, Correa pôs como exemplo “o que está ocorrendo na Bolívia, Brasil, Venezuela e Argentina, onde setores da oposição tratam de desconhecer governos que contam com respaldo popular provocando mal-estar com o apoio de meios de comunicação de massa”.

Para quem gosta de teorias da conspiração, é um prato feito.

Pena que é uma coleção rematada de tolices.

Primeira tolice: nem Brasil nem Venezuela têm hoje governos que “contam com respaldo popular”.

Segunda tolice: a recente mobilização no Equador não foi obra dos “coxinhas”, mas, predominantemente, do movimento indígena e, nele, do Ecuarunari, assumidamente socialista, que controla 45% da Conaei, a confederação dos movimentos indígenas.

Como sabe qualquer pessoa com ao menos um neurônio, grupos socialistas não se pautam por cientistas políticos norte-americanos —nem os leem, aliás.

Terceira tolice: na “primavera árabe”, na qual a obra de Sharp surgiu para a fama, não houve revolta contra governos com respaldo popular, mas um justo e legítimo levante contra tiranias obscenas.

No Brasil, sou capaz de apostar que nenhuma das pessoas que se mobilizaram contra Dilma Rousseff sabe quem é Gene Sharp.

Alguns querem o golpe no estilo tradicional, não um “golpe brando”. Outros, a maioria, preferem o impeachment, que, estando previsto na Constituição, só pode ser chamado de golpe por energúmenos.

Na verdade, recorrer a uma teoria conspiratória é um recurso tão antigo como o mundo e serve para não encarar as deficiências de governos que se acham messiânicos mas estão acossados pelas ruas.

Que a esquerda tida por bolivariana se deixe fascinar por essa estupidez não é, em todo o caso, de causar admiração.

Ela idolatra um governante, Nicolás Maduro, que diz ter recebido o antecessor (Hugo Chávez) na forma de um passarinho. Não é, pois, um problema ideológico e, sim, patológico.

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Clóvis Rossi – Folhas de São Paulo

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De olho

clique zé do fole 300pererecaFoto de Ricardo Silva

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Programação especial na Casa da Leitura comemora aniversário de Paulo Leminski

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Paulo Leminski. Foto de Carlos Macaxeira

A Casa da Leitura Paulo Leminski, unidade da Fundação Cultural de Curitiba na Cidade Industrial, preparou uma programação especial para comemorar o aniversário do poeta curitibano Paulo Leminski, que completa 71 anos hoje, 24 de agosto. As rodas de leitura e mais algumas atrações musicais que acontecem durante a próxima semana contemplam as diferentes manifestações artísticas relacionadas ao universo do poeta, como fotografia, música e cinema.

 As atividades serão coordenadas pelos mediadores de leitura Leandro Toporowicz e Ygor Dalaqua, que selecionaram para leitura os livros “Guerra dentro da gente”, “Quarenta clics de Curitiba” e “Toda Poesia” (edição que reúne toda a obra poética de Leminski). “Procuramos pegar um pouco de cada faceta de Leminski”, explica Leandro. “Faremos a leitura de uma obra rara que une poesia e fotografia, outra dedicada ao público infanto-juvenil e adaptada para o cinema, além de duas apresentações musicais”, adiantou.

Paulo Leminski faleceu em 1989, consagrado como um dos expoentes da literatura brasileira das últimas décadas. Deixou uma obra extensa de poesias, prosas, ensaios, biografias e traduções, mas também atuou em outras linguagens artísticas, sendo relevantes as suas parcerias musicais. Algumas de suas canções serão apresentadas no sábado (29) pelo trio curitibano “Aqueles Três”.

Confira a programação: 24 de agosto (segunda-feira), às 14h: (Quase) Toda Poesia – Leitura de poemas. Classificação: 12 anos. 25 de agosto (terça-feira), às 14h: O cachorro louco que sabia compor – Leitura de poemas e apresentação musical. Participação de João Moraes. Classificação: 12 anos. 26 de agosto (quarta-feira), às 14h. Guerra dentro da gente – Leitura de trechos do romance e exibição do filme Bellowars, de Paulo Munhoz. Classificação: 12 anos. 27 de agosto (quinta-feira), às 14h. Quarenta Clics de Curitiba – Leitura da obra de Paulo Leminski e do fotógrafo Jack Pires. Classificação: 12 anos. 28 de agosto (sexta-feira), às 14h. (Quase) Toda Poesia – Leitura de poemas. Classificação: 12 anos. 29 de agosto (sábado), às 11h. Distraídos Cantaremos – Apresentação do trio curitibano Aqueles Três. Ao final, serão sorteados exemplares da obra Songbook Paulo Leminski. Com Rafaela Carvalho, Ygor Dalaqua e João Moraes. Classificação: livre Local: Casa da Leitura Paulo Leminski – R. Padre Gaston, s/n – CIC (ao lado do terminal de ônibus). Entrada franca. Informações: (41) 3212-1402

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Os 100 maiores

Rolling-Stone

A revista “Rolling Stone” soltou sua lista dos “100 maiores compositores de todos os tempos”. Não sei que critérios usaram para a seleção nem quem votou. Deu Bob Dylan na cabeça, com Paul McCartney em 2º lugar e John Lennon em 3º. Seguem-se 97 roqueiros americanos e ingleses, incluindo um sujeito chamado Babyface, a dupla Timbaland e Missy Elliott e um tipo em andrajos, Kanye West.

 Vejamos. A revista diz que eles são “os 100 maiores compositores de todos os tempos”. Populares, claro. Não os 100 maiores compositores de rock, folk ou pop –o que daria margem a que outros gêneros de música tivessem direito a existir–, mas de todas as categorias. Significa que compositores de jazz, como Duke Ellington, de samba, como Ary Barroso, ou de bolero, como Ernesto Lecuona, foram até considerados, mas não tiveram votos para ficar entre os 100, é isso?

 Pela lista da “Rolling Stone”, depreende-se também que a música popular –ou o mundo– só começou a existir de 1950 para cá. Dos cem eleitos, apenas três ou quatro trabalharam antes disso, e são os suspeitos de sempre: Chuck Berry, Fats Domino, Robert Johnson. Devo então deduzir que Johann Strauss, Franz Lehar, Alfredo Le Pera, Cole Porter e Noel Rosa nunca existiram?

 O rock é anglocêntrico, já sabemos, e, pelo visto, em escala sideral. Para a revista, só há música nos EUA e na Inglaterra. Nenhum roqueiro japonês, alemão ou africano foi citado –brasileiro, nem pensar. Quer dizer que, na opinião da “Rolling Stone”, nunca produzimos rock que prestasse por aqui? E a Wanderléa? A Martinha? A Meire Pavão?

E por que Bob Dylan em 1º? Sua música é pobre, óbvia, sem interesse melódico ou harmônico. Serve apenas para carregar a letra, e olhe lá. Mas eu o poria em 1º também –na lista dos 100 maiores chatos de todos os tempos.

ruy castroRuy Castro – Folha de São Paulo

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Mural da História

O EX-TADO DO PARANÁ 2lula-sem-cabeça-3

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Políticos evangélicos

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Foto de Laico Diácono

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Franja da Tabuba

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Foto de Roberto José da Silva

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Você lembra em quem votou na última eleição?

aecio-neves

Quaxquáx!

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De olho

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Foto de Ricardo Silva

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Tchans!

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Jennifer Aniston. TaxiDriver

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Vale o que está escrito

Ando naquela fase da vida em que a memória pretérita vem com facilidade, ao passo que coisas acontecidas há poucos dias (ou horas), você martela o bestunto e não consegue lembrar.

 Bem, isso é para dizer que li há algum tempo que alguém passara os melhores dias da vida percorrendo sebos. Já não sei onde deparei com a declaração, quem a escreveu e, pior, a quem se referia. Contudo, considero o lance genial, pois modestamente me incluo no rol dos assíduos frequentadores de livrarias e sebos, esses, hoje transformados (seria uma imposição do mercado?) em locais de venda de pontas de estoque. Na verdade, uma vantagem econômica para os leitores que têm acesso a lançamentos razoavelmente recentes, comercializados não raras vezes até por um terço do preço de catálogo.

Foi numa dessas costumeiras incursões a um pequeno sebo próximo ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná, na praça Santos Andrade, que topei num canto de prateleira como um achado de grande valor cultural. A comparação é piegas, mas me senti um arqueólogo que descobre um vaso de cerâmica intato em meio a miríades de cacos e fragmentos.

Estava lá, a salvo de outros olhares perspicazes e a minha espera pela bagatela de dez reais, o primeiro volume do Livro de cabeceira do homem, lançado pela Editora Civilização Brasileira em 1966, portanto, há quase 50 anos.

Nessa época brilhante a editora era dirigida por Ênio Silveira, arguto editor e tradutor, que acima de tudo teve o discernimento de recrutar intelectuais de vanguarda para trabalhar na casa, dentre os quais o poeta Mário Silva Brito e o grande produtor e capista Eugênio Hirsh.

Um dos diletos amigos da turma (não sei se chegou a trabalhar lá) foi o jornalista Paulo Francis, que além de sugerir a publicação de vários livros importantes nas áreas da política, história e filosofia, teve seus primeiros romances (Cabeça de negro e Cabeça de papel) publicados pelo disputado selo da Civilização Brasileira, cujo catálogo de ficção ostentava Joyce, Sartre, Faulkner, Hemingway, Fitzgerald, Steinbeck, Orwell, Greene, Nabokov e tantos outros. O romance O advogado do diabo, de Morris West, quando lançado, chegou a vender um livro por minuto durante seis meses.

Ênio confiou no talento de autores nacionais e abriu a magnífica coleção Vera Cruz com Encontro marcado, de Fernando Sabino, abrindo espaço também para Lúcio Cardoso, J. J. Veiga, Adonias Filho e Paulo Mendes Campos, para citar uns poucos.

Francis era tão chegado que lhe solicitaram o texto de apresentação para as orelhas do volume inaugural do Livro de cabeceira e não se fez de rogado: “Este livro é o do homem. Tem adultério, caçada na África, músicas, rosas, cachimbos e, naturalmente, muito sexo. Todos os colaboradores são personalidades que prescindem de biografia, pois certamente conhecidos, aprovados ou contestados pelos leitores da Civilização Brasileira. Mas têm em comum inteligência, sofisticação e talento, que é o que nos interessa e, acreditamos, interessará ao senhor”. A editora lançaria também uma publicação similar destinada às mulheres.

E sabem a quem Francis se referia? A ninguém menos que Carlos Heitor Cony, Glauber Rocha, Mário Silva Brito, Norman Mailer, Aldous Huxley, Franklin de Oliveira, Ingmar Bergman, Otto Maria Carpeaux e Gay Talese, autores dos ensaios, contos, novelas e aforismos selecionados para a primeira edição. A série, infelizmente teve vida curta, pois as posições políticas então defendidas por Ênio e a profusão de livros ditos de esquerda lançados pela casa, como as obras de Marx e Antonio Gramsci então abominadas pelos gorilas que empalmaram o golpe de dois anos antes, avolumaram as dificuldades econômicas com seguidas apreensões e proibição de livros.

Os desaforismos assim chamados pelo próprio autor, Mário Silva Brito, mais tarde reunidos em volume exclusivo da mesma editora, ilustrados por Jaguar para o Homem, propiciam momentos de finíssimo humor e muita reflexão. Alguns poucos exemplos: “Certos escritores deviam ser punidos por exercício ilegal da literatura”. Ou “é um tipo que cobiça, invariavelmente, a mulher mais próxima”. Ainda, “prefiro jurar por Deus a jurar por mim. Não invoco o meu honesto nome em vão”. E encerrando a seção: “Revelação de Mariana: comecei a dar porque precisava exibir umas calcinhas tão excitantes que comprei!”.

Prosseguindo a leitura ao léu, recolho uma amostra segura do que hoje seria considerado politicamente incorreto. Está no conto de Cony (Babilônia! Babilônia!), um diálogo entre amigos: “Nada disso. Essa questão de mulher magra foi uma impostura dos costureiros, dos modistas. São, em geral, pederastas. Odeiam a mulher. Querem os homens todos para eles e o melhor modo de eliminar a concorrência é obrigar a mulher a ficar ossuda, sem carnes. As idiotas vão atrás dessas idéias e fazem regime, ficam com as pernas que parecem palitos, uma tábua. Não é à toa que os pederastas terminam levando vantagens”. Pobre Cony! Hoje seria irremediavelmente processado…

Glauber Rocha, no ensaio sobre sexo no cinema, lido cinco décadas depois torna absolutamente premonitória a justíssima homenagem a Norma Benguel, falecida por esses dias. Depois de comentar o tema desde as divas de Hollywood, Jean Harlow, Bete Davis, Joan Crawford, Pola Negri e Greta Garbo, que mal mostravam os cotovelos, passando por Bardot, Loren, Mangano e Monica Vitti – que exibiram todo o resto –, Glauber chega “finalmente em nossa terra, pátria de Nelson Rodrigues, (na qual) o símbolo máximo do macho é Jece Valadão. E nossa boneca na praça é Norma Benguel, que já foi consagrada nua por Ruy Guerra em Os cafajestes e circulou na Itália em papeis relativos”.

O grande baiano escreveria, entretanto, que “o mito sexual cinematográfico da mulher brasileira será definitivamente fundado por Nelson Pereira dos Santos em seu último filme Como era gostoso o meu francês, cujo final é sensacional: a índia come o francês, mastigando sua carne e chupando seus ossos com uma pureza angelical”.

 O romancista Norman Mailer, na extensa entrevista originalmente publicada em Cartas abertas ao presidente, também lançado pela Civilização, entre muitas outras coisas, disse: “Lênin não era mau sujeito. Trotsky também não era. Não creio que Napoleão o fosse. Não creio que Alexandre, o Grande, tivesse sido. Os maus sujeitos tornam-se líderes em tempos ruins. Um homem como Danton começa como grande homem e deteriora. Castro talvez acabe mal, se bem que isso venha a ser uma tragédia. Ninguém vai dizer-me que ele, quando começou, não era um grande homem”.

Concluo com uns poucos trechos do texto de Gay Talese, um dos inventores do new journalism, que passava semanas inteiras acompanhando o entrevistado para então escrever a reportagem. Essa era sobre Frank Sinatra: “As duas louras, que pareciam ter uns trinta e tantos anos, eram requintadas e elegantes, seus corpos maduros suavemente moldados em vestidos escuros. Estavam sentadas, de pernas cruzadas, nos bancos altos do bar, ouvindo a música. Uma delas apanhou um cigarro e imediatamente Sinatra aproximou seu isqueiro de ouro e ela segurou-lhe a mão, olhou para seus dedos; eram nodosos e descarnados, as juntas protuberantes e tão endurecidas pelo artritismo que ele mal as podia dobrar”.

“Diziam os amigos de Sinatra que quando ele tem um romance com uma mulher, nunca sabe se ela o quer pelo que ele possa fazer por ela no momento – ou no futuro. Com Ava Gardner era diferente. Não podia fazer nada mais tarde por ela. Ava estava no apogeu. Se Sinatra aprendeu alguma coisa com a experiência, possivelmente deve ter aprendido que quando um homem altivo está por baixo, uma mulher não o pode ajudar. Especialmente se a mulher está no seu apogeu”. “Frank Sinatra parou o carro. A luz estava vermelha. Pedestres passaram rapidamente pela frente de seu para-brisa, mas como de costume, alguém não atravessou. Era uma moça de uns vinte anos. Ficou parada no meio-fio, de olhos pregados nele. Do canto do olho esquerdo, ele a podia ver e sabia, porque isso lhe acontece quase todos os dias, o que a moça estava pensando – parece com ele, mas será mesmo? No momento em que a luz ia passar a verde, Sinatra voltou-se para ela, olhou-a direto nos olhos, esperando pela reação que sabia que viria. Veio e ele sorriu. Ela sorriu, e ele se foi”.

 É por essas e outras que entendemos melhor o que sempre se imprimia na quarta capa de cada livro: “Mais um lançamento de categoria da Civilização Brasileira”. Poucos slogans sugeridos pelo marketing (que só se tornaria conhecido décadas mais tarde) foram tão fieis ao produto entregue aos leitores.

(Este artigo foi publicado neste blog em meados de novembro de 2013 e é dedicado a quem, como este escrevinhador, está saturado de ouvir falar em Dilma Rousseff, Michel Temer, Lula, Renan Calheiros, Eduardo Cunha e outros do mesmo teor de nulidade).

ivan schmidtBlog do Zé Beto

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Most Offensive, Banned and Rejected Ads

276-dois

UK. Banned as it can “frighten and distress children”.

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Domingo

encontros

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Flagrantes da vida real

retta-e-rogério

Luiz Carlos Rettamozo e Rogério Dias. Um por todos e todos por um. Foto de Maringas Maciel

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