Rosy Pinheiro Lima

Rosy Pinheiro Lima (1914-2002) – Nascida em Paris, iniciou seus estudos na Europa. Aos 19 anos formou-se advogada pela Faculdade de Direito do Paraná. Fundadora do Centro Feminino Paranaense de Cultura, foi deputada estadual constituinte em 1947. Poeta e jornalista, publicou A Vida de Júlia da Costa e o volume de poesia Poeira do Sol, ambos de 1953.

Dezenas de autores, todos já falecidos, não demonstraram interesse em participar da Academia Paranaense de Letras por diversos motivos: porque achavam que a entidade não os representava (por motivos estéticos, ideológicos ou por diferenças pessoais com acadêmicos), por proibição estatutária (caso da presença feminina), por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas. Sem esquecer que o limite de 40 membros sempre se mostrou um permanente limitador. Entre esses, selecionamos dezenas de nomes que fizeram parte da vida científica e cultural do Paraná, sem passar pela nossa instituição. Exceto Júlia Wanderley, autora de artigos e textos diversos, mas sem obra em volume, os demais tiveram livros publicados. Outros nomes podem ser sugeridos.

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O que é ‘dar certo’ no amor?

Mulheres querem mais respeito, reciprocidade e reconhecimento; homens querem mais carinho, cuidado e compreensão

Há mais de trinta anos, desde meu primeiro livro “A Outra: um Estudo Antropológico sobre a Identidade da Amante do Homem Casado”, de 1990, até “A Arte de Gozar: Amor, Sexo e Tesão na Maturidade”, de 2023, busco responder à mesma questão: o que é “dar certo” no amor?

Nas minhas pesquisas com 5.000 homens e mulheres, dos 18 aos 98 anos, as mulheres disseram que, para o amor “dar certo”, é preciso cultivar o respeito, a reciprocidade, o reconhecimento, a intimidade, a escuta, a conversa, a confiança, a fidelidade, o companheirismo, a admiração, a amizade, a atenção, o tesão, o romance, o beijo na boca e muito mais… A lista feminina é interminável. Já os homens foram mais econômicos: eles querem mais carinho, cuidado e compreensão.

Recentemente, uma jornalista me pediu um exemplo de casal que “deu certo” no amor. Imediatamente pensei em Lidiane e Tony Ramos.

Tive a alegria de participar de uma mesa do MaturiFest 2021 com Tony Ramos. Além de carismático, engraçado, carinhoso, atencioso, generoso, o que mais me encantou foi o amor e a admiração que ele demonstrou ter por Lidiane, com quem é casado desde 1969: 54 anos de um amor que “deu certo”.

Aos 75 anos, ele não economiza declarações de amor a Lidiane.

“Quando eu olhei aquela moça, eu falei: ‘vixe, Maria, que moça linda!’ Isso é paixão. Depois vem o amor, a vontade de estar junto, querer construir uma família. É respeito, é vontade, é carnal, é calor, é vontade de estar junto, de se enrolar, de botar a cabeça no colo”.

Qual é o segredo para o amor “dar certo”?

“Amor, muito amor. Muita transpiração, muita vontade de pegar na mão, muita vontade de estar junto. Olhar no fundo dos olhos daquela companheira dos momentos mais difíceis. Essa é a verdadeira razão de um casamento sem receita. Apenas deu certo, por amor, afeto e calor. Nada é maior do que eu chegar depois do trabalho e ela estar lá na sala, vendo alguma coisa na TV. Eu tomo banho, estico a cabeça naquele colo, recebo um beijo, e ali eu vejo definitivamente o grande amor da minha vida”.

Tony Ramos, além de ser um ator excepcional, é um homem apaixonado. E Lidiane é uma sortuda de ser amada do jeitinho que tantas mulheres gostariam de ser amadas.

“A parceira que eu tenho é tudo. Ela pegou o começo de toda a luta, sabe o que eu penso, como eu penso. A gente se entende só pelo olhar… Ela é o prumo, o Norte, sempre está ali, uma vida clara e transparente. É por isso que ela é definitivamente o grande amor da minha vida, uma companheira incrível”.

Eu só encontrei “o grande amor da minha vida” aos 57 anos. Será que os outros amores que vivi não “deram certo” porque terminaram? Ou será que só estou vivendo um amor mais maduro e companheiro porque vivi amores que “deram certo” enquanto duraram?

Aos 21 anos, quando me casei, eu queria ser uma mulher independente, trabalhar, ganhar meu dinheiro. Dois anos depois, me separei. Meu primeiro marido queria ter filhos, eu nunca quis. Hoje, ele é um grande amigo e um vovô extremamente dedicado aos netos.

Na época, meu trabalho era o propósito mais importante da minha vida (continua sendo) e, foi assim que, no meio de uma reunião, conheci meu segundo marido. Dos 25 aos 27 anos vivi um amor lindo, mas muito imaturo: era insuportável uma vida com tantas disputas, competições e briguinhas bobas e infantis.

Aos 33, casei com um homem que bebia muito e fumava dois maços de cigarro por dia, com sérios problemas de saúde. Cuidei bastante dele, até o dia em que descobri que ele me traía. Ele mesmo me contou que sempre transou, inclusive durante o nosso casamento, com “garotas de programa, porque é muito mais leve e divertido”.

Tempos depois, tive um casamento “cada um na sua casa”, com muitas coisas boas, mas com uma enorme dificuldade de comunicação.

E, aos 57, sem qualquer expectativa, encontrei o “grande amor da minha vida”. Ainda com muitos medos, desconfianças e inseguranças, em função dos amores e desamores que vivemos antes, estamos tentando, todos os dias, que nosso amor “dê certo”. Dá trabalho!

Parafraseando Rubem Alves, penso que a pergunta mais importante para saber se meu casamento irá “dar certo” é: “Terei prazer de conversar e dar risadas com meu marido daqui a trinta anos?”. Eu acredito que sim e ele também. Querido Tony, será que nosso amor está “dando certo”?

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Mural da História – 1979

Revista Atenção – Grafipar|Gráfica e Editora

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Assim passam os dias

Os gambás se suicidam cheirando um lenço embebido em perfume francês falsificado ao perceberem que a impotência está a duas quadras de distância.

As samambaias do litoral são as únicas plantas que não sentem atração nenhuma por cadeiras coloniais, mas são capazes de amar intensamente qualquer frasco de água de colônia.

As focas, ao chegarem à praia, dão uma rápida reboladinha e se mandam para a Nigéria, que é o local mais indicado para elas, nesses momentos de intenso prazer.

As vacas argentinas, ao serem curradas pelos touros uruguaios, sentem na carne a opulência do macho, a não ser que ele esteja do outro lado da cerca.

Os contos eróticos noruegueses, depois das cinco da tarde, perdem completamente a noção do tempo.

Um jacaré, por mais experiente que seja, não sabe o que é um peitinho entumescido.

Os lagartos hipocondríacos não sabem distinguir um maço de salsão de um espanador.

O cão pequinês, ao sentar num rolo de arame farpado, torna-se irreverente e petulante e imediatamente começa a pronunciar palavras de baixo calão, esfregando a orelha num frenesi incontrolável.

Os pintores renascentistas, ao descobrirem os marsupiais, acabavam com a vida em rápidas pinceladas.

O óleo de fígado de bacalhau é o afrodisíaco mais usado pelos macacos da esquerda radical, na África.

As colheres, ao contrário do que se pensa, não têm uma vida sexual ativa. Quando muito, conseguem obter orgasmo apenas três vezes durante a vida, dois deles dentro de pratos de sopa requentada.

Os grilos machos, no verão, permanecem em silêncio e com a luzinha apagada a noite toda, com a finalidade de atrair a parceira que se encontra a milhares de km de distância e não sabe que o macho apagou a luz mas ainda não foi dormir.

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Tietando espero

Tô aqui me segurando para não comentar o episódio do atropelamento do ator Kaiky Brito, que está se tornando um folhetim da Globo, sempre com episódios novos – que não deixam o personagem bem na fotografia. Mas fico quieto, porque a vítima é sua mulher, a bela e dedicada jornalista curitibana, que sofre com a rejeição da família do ator. Pronto, falei, feito tiete das celebridades, médias e minúsculas.

Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário | Deixar um comentário
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PL gastou R$ 870 mil com salários de Bolsonaro, Michelle, Braga Netto e 11 assessores

Recursos públicos bancam as despesas. O PL gastou ao menos R$ 870 mil em seis meses com o pagamento de salários ao ex-presidente Jair Bolsonaro, à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ao ex-ministro Walter Braga Netto e a outras dez pessoas ligadas a eles. Reportagem do UOL levantou os dados em prestação de contas do partido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Estes gastos do PL são custeados pelo Fundo Partidário, por recursos públicos. Os salários variam entre R$ 7.800 e R$ 30,4 mil (a remuneração mais alta, de Bolsonaro e Michelle). O ex-presidente recebeu esses valores nos meses de maio e junho, e a esposa, entre março e junho. Até o momento, o PL não prestou contas sobre os valores pagos a eles no segundo semestre. Braga Netto, que foi vice na chapa de Bolsonaro, e cinco aliados do general receberam do PL um total de R$ 416 mil no primeiro semestre. Leia aqui.

Cidades catarinenses têm os imóveis mais caros. Os preços de venda dos imóveis residenciais no Brasil subiram 5,29% nos últimos 12 meses, sendo que os apartamentos de um quarto valorizaram mais. Os dados são do índice FipeZap, divulgado nesta terça (3). Entre 50 cidades brasileiras pesquisadas, Balneário Camboriú (SC) tem, em média, o metro quadrado mais caro: R$ 12.470.

No topo, entre as 10 cidades com os imóveis mais caros estão São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e o Distrito Federal. Comprar casa ou apartamento em Betim (MG) ou Pelotas (RS) pode custar menos da metade do que em Osasco (SP) ou Fortaleza (CE). Veja o ranking completo.

Apoiador da ditadura depõe sobre atos golpistas. A CPMI do 8 de Janeiro ouve nesta terça (3) o empresário ruralista Argino Bedin, o “pai da soja”, suspeito de financiar atos golpistas com caminhões enviados ao acampamento diante do QG do Exército em Brasília. Ele é obrigado a comparecer à sessão, mas pode ficar em silêncio diante dos parlamentares.

As contas bancárias de Argino Bedin foram bloqueadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Das 43 contas bloqueadas, 24 são de Sorriso (MT), cidade onde o ruralista mora.

Metrô e trens de SP fazem paralisação de 24 horas. Contra a privatização de serviços públicos, funcionários do metrô de São Paulo, da Companhia de Trens Metropolitanos e da Sabesp vão paralisar as atividades nesta terça (3). As linhas privatizadas e os ônibus municipais e intermunicipais funcionam normalmente.

O rodízio de veículos foi suspenso na cidade de São Paulo, e o governo estadual decretou ponto facultativo em todos os serviços. Veja o que vai parar.

Em oito meses, vagas de emprego superam 1,38 milhão. O mercado financeiro aguardava para agosto um saldo positivo de cerca de 173 mil vagas de emprego, mas os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) superaram as expectativas com 220.844 carteiras assinadas (saldo positivo que considera admissões e demissões).

Segundo o Ministério do Trabalho, de janeiro a agosto deste ano houve criação líquida de 1.388.062 vagas. Considerando oito meses, ou 240 dias, significa cerca de 5.800 novas vagas por dia no período. Entre as atividades econômicas, serviços e comércio lideraram a criação de empregos em agosto.

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Elas

Lindsay Lohan. © Glympse

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Mural da História – 2012

21 de setembro- Blog do Fabio Campana

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Sentado na cadeira

Petistas críticos de Flávio Dino (PSB) dizem que o ministro da Justiça e Segurança Pública já se sentou na cadeira do Supremo Tribunal Federal antes mesmo de ser indicado oficialmente por Lula.

Dino já era tratado como favorito por petistas contrários à sua indicação, mas os últimos movimentos do ministro e do seu entorno só reforçaram que ao PT restará disputar a vaga na Justiça.

Um deles foi ainda durante a internação de Lula após cirurgia para tratar artrose, quando Dino deu entrevista em que garantiu não voltar à política se for indicado ao STF. Os petistas não gostaram e usaram a declaração para atacar o ministro a Lula.

O outro é a disputa que se acirrou no ministério entre os secretários Ricardo Cappelli e Augusto de Arruda Botelho, ambos filiados ao PSB.

 O primeiro é homem de confiança de Dino e o seu preferido para sucedê-lo no ministério. Como mostrou o Bastidor, Dino apontou a Lula que é favorável à nomeação do aliado e à manutenção do ministério como responsável pela Justiça e Segurança Pública.

Já Botelho, embora não seja a primeira opção, enfrenta no PT menos resistência do que Dino e Cappelli. O advogado, que defendeu a Odebrecht durante a operação Lava Jato, fez parte do grupo Prerrogativas, mas saiu após críticas a Dino.

Cappelli e Arruda adotaram táticas diferentes em busca da vaga. O aliado de Dino usa as redes sociais para tratar de Segurança Pública e conta com o apoio do ministro. Já o advogado age nos bastidores, tentando convencer petistas.

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Se hoje não devo nada a ninguém, é porque devo tudo à minha mãe

Quando não estava arrumando a casa, ela desrespeitava páginas com prosas e poesias, ocupando o papel com sua desordem

Sempre tirei onda pelo fato de ter chegado aonde cheguei sem ser filha de pessoas consideradas importantes. Estava mentindo para os outros, mas, em especial, para mim mesma.

Em especial quando o assunto é a minha mãe, uma dona de casa de origem muito humilde que dedicou a maior parte de sua vida à criação dos três filhos que gerou.

Cresci ouvindo ela dizer que eu deveria estudar e trabalhar muito para nunca depender de um marido no processo. E que, se um dia cozinhasse para um homem, uma espécie de maldição colaria meu umbigo no fogão para todo o sempre.

Anos depois, encontraria na máxima de Virginia Woolf uma tradução mais refinada do que minha mãe já dizia: “O primeiro dever de uma mulher escritora é matar o anjo do lar”.

Concentrei todos os meus esforços para me tornar uma mulher em nada parecida com minha mãe. Ela é uma cozinheira de mão cheia, e eu me recusava a aprender a cozinhar.

O resultado foi que me envolvia sistematicamente com homens que cozinhavam para mim, me achando a maior empoderada das empoderadas.

No entanto, quando o relacionamento chegava ao fim, junto com ele apodreciam os ingredientes na minha geladeira, e eu sempre acabava perdendo uns tantos quilos e ganhando uma aparência frágil. Ironicamente, minhas tentativas para não ser dependente de um homem me levavam a reproduzir o mesmo destino trágico.

Todo Natal, minha mãe ganhava uma agenda para organizar seus afazeres do lar. Naquelas folhas, libertava-se de sua rotina de mulher submissa.

Quando não estava arrumando a casa, desrespeitava cada página com prosas e poesias, ocupando cada centímetro do papel com a desordem de seus próprios pensamentos.

Nessas páginas, ela escrevia sobre naves espaciais pilotadas por anjos caídos, sapatos falantes, pássaros que chocavam pedras preciosas.

Mas eu não levava minha mãe muito a sério. Tentando não me tornar uma mulher como ela, ocupei todos os meus dias escrevendo e criando.

Hoje, se eu sinto orgulho da mulher em que me tornei, é justamente por causa dela. Alço voos mais altos porque um anjo caído pilota a nave. Sigo meu caminho porque herdei sapatos tagarelas. Brilho por causa de um pássaro que choca pedras preciosas.

Se hoje eu não devo nada a ninguém, é porque eu devo tudo à minha querida mãe.

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Amy Winehouse, Adegão. © Bryan Adams.

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Mural da História – 2020

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Portfólio

© Tiago Recchia & Solda

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O irritante guru do Méier

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