De graça, em Tijucas do Sul

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Foto de Roberto José da Silva

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Vai lá!

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Olhar Comum. Clica!

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O dia em que Marte invadiu Paranaguá

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Quase todo mundo conhece a façanha de Orson Welles, o homem que parou Nova York. Foi em 30 de outubro de 1938, quando o então desconhecido roteirista resolveu irradiar, pela Columbia Broadcasting System, a novela “A Guerra dos Mundos”, de H.G. Wells, em que um exército de marcianos invade a Terra. Welles levou-a ao ar, como se o fato estivesse acontecendo naquele momento. A Big Aple virou um caos. Mas o desatino do jovem Orson Welles transformou-o em celebridade, da noite para o dia. Ele, aliás, viria a se tornar um dos maiores gênios do cinema do século passado.

O que pouca gente sabe é que essa mesma aventura, com base na mesma obra de H. G. Wells, foi repetida aqui em Curitiba. E com absoluto sucesso. Isto é, com resultado que, se não foi idêntico ao de Nova York e não trouxe tanta fama ao seu produtor, também assustou muita gente.

O autor da proeza era um modesto bancário, então na faixa dos trinta anos, que depois do expediente comercial, dava vazão àquilo que realmente amava: escrever programas para o rádio. Seu nome: Romualdo Ousaluk. Foi produtor de inúmeras emissoras, entre as quais Guairacá, Santa Felicidade e Colombo, hoje todas desaparecidas. Mais tarde, chegou a ser o diretor artístico da TV Paranaense, hoje RPCTV, em sua fase pioneira. Mas, mesmo quando já se tornara popular, era muito mais conhecido de nome do que pessoalmente.

No rádio, Romualdo produziu inúmeros programas de grande audiência. E foi na antiga Rádio Colombo, então instalada no Edifício Pugsley, na esquina das ruas Marechal Deodoro e Monsenhor Celso, que Romualdo Ousaluk resolveu dar uma de Orson Welles. O rádio era o grande veículo de comunicação da época, e a Colombo liderava a audiência.

Corria o ano de 1959 (ou teria sido 1960? Não importa, foi por aí). Romualdo era o produtor (que, no rádio, significava escritor) de um programa semanal de ficção científica, que ia ao ar na noite de quinta-feira. Certo dia, inventou que um disco voador havia descido na cidade de Paranaguá. E, junto com Renato Mazânek, que dirigia o programa, armou todo o circo.

 Era mês de agosto. Fazia frio e os chamados discos voadores cruzavam os céus do mundo, pelas páginas dos jornais. Na Rádio Colombo, uma audição radioteatral estava prevista para as 21 horas. Mas já passava das 21 e a emissora continuava a irradiar um musical variado.

Por volta das 21h10, justo no momento em que Cauby Peixoto entoava Blue Gardenia, uma edição extraordinária do noticiário noturno irrompe nos ares:

“Conforme já informamos, um objeto desconhecido foi observado sobrevoando Paranaguá. Estamos em contato permanente com o nosso correspondente naquela cidade e aguardamos novas informações” – anuncia o locutor.

Alguns momentos depois, volta o noticiarista: “Confirmada a presença de estranhos objetos voadores nos céus de Paranaguá. Um dos tais objetos teria aterrissado nas proximidades. É grande a movimentação de curiosos. Viaturas policiais já foram acionadas e estão se dirigindo para o local. Mantenham-se em sintonia com esta emissora, que a qualquer instante voltaremos a informar”.

“Num esforço de reportagem”, a emissora desloca para Paranaguá um enviado especial. Na verdade, o “repórter” é o ator Moraes Fernandes, que “transmite” do estúdio. A transmissão é propositadamente precária, com a utilização de um receptor de rádio fora de sintonia e muita contrarregra e sonoplastia.

Repetem-se ali cenas de Nova York: gente assustada, confusão, gritos, sirenes, deslocamento de guarnições do Exército e dos Bombeiros, entrevistas com autoridades e até a descrição do desembarque de um dos exóticos tripulantes da nave desconhecida.

 Em Curitiba, ainda sem televisão, o alcance do rádio era enorme. O pânico foi instalado. Aqueles que não sintonizavam a Colombo, passaram a fazê-lo. A notícia espalhou-se pela cidade. Quem ligava para a ZYS-42, encontrava o telefone ocupado. É que o aparelho foi deixado fora do gancho.

Não houve, felizmente, nenhum suicídio, mas soube-se, depois, que muita gente viajou, em desespero, para Paranaguá. De “carro de aluguel” – como se chamavam então os táxis. Pelo menos de uma pessoa tem-se nome e endereço. Era o proprietário de uma tradicional camisaria curitibana, cujo filho encontrava-se, aquela noite, na cidade do litoral paranaense.

Outras pessoas resolveram acionar a polícia. Esta despachou uma patrulha à emissora. Lá, os patrulheiros foram informados de que se tratava apenas de um programa de ficção, e convidados a assistir ao desfecho. Os policiais, então, permaneceram aguardando no corredor que levava aos estúdios e sala de operações e cujas paredes eram formadas de grandes vidros duplos.

Uma das características de Ousaluk era incluir mensagens jocosas no final dos textos. Naquele dia, anotou ao pé do “script”: “Prefixo final e vai todo mundo preso”. O sonoplasta leu o recado e, ao levantar os olhos, deu de cara com a polícia… Assustado, cortou o som do microfone do locutor, que anunciaria o término de mais um programa da série “O Mundo de Amanhã”.

 Ou seja: a emissora saiu, abruptamente, do ar. E o pânico dos ouvintes aumentou. O “repórter” que transmitia “diretamente de Paranaguá”, fora, certamente, atingido por alguma descarga letal, disparada pelos ETs.

Não foi fácil convencer o público de que todos estavam bem, que nada de anormal ocorrera naquela noite, que Paranaguá continuava tranquila e pacata como sempre fora e que tudo, na verdade, não passara de uma engenhosa dramatização radiofônica, nascida do talento de um produtor chamado Romualdo Ousaluk. Desnecessário acrescentar que o fiel discípulo de Orson Welles passou os dias seguintes muito mais retraído do que de costume…

Célio Heitor Guimarães

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Última semana!

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Quaxquáx!

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Especial para o meu amigo Solda. Cley Scholz

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Olhar

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Foto de Ricardo Silva

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Matema

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numa nuvem meço
me
tropeço

me vem começo

 

Glerm Soares

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Glermtatal

glerm-12---DSC_9532Glerm Soares, responsável pela criptodramaturgia de Catatau, em cujo livro trabalha há 10 anos com Octavio Camargo. Foto de Gilson Camargo

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Vai lá!

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Playboy – Anos 60

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1963|Sandra Settani. Playboy Centerfold

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Mural da História

dezembros-2-junho-de-2011

2 de junho de 2011. Blog do Zé Beto

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Leia-se!

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Capa do cartunista que vos digita, sobre foto de Ivan Cardoso.

Torquato Neto foi um dos principais personagens da revolução que mudou os rumos da cultura brasileira, os anos 60, junto com Glauber Rocha, Caetano Veloso, José Celso Martinez Corrêa, Gilberto Gil, Rogério Duarte e outros da mesma estirpe.  Torquato foi também um herói romântico típico, fadado a morrer ainda jovem como James Dean, Jimi Hendrix, Janis Joplin ou Jim Morrison. Era um poeta sensível e inconformado, um polemista inteligente e corajoso e uma das figuras mais carismáticas da sua geração. Do signo de Escorpião, havia algo de noturno, complexo, aparentemente insondável em sua personalidade.

Com acuidade e perspicácia, Toninho Vaz sondou essa personalidade fascinante no contexto histórico e cultural em que ela se desenvolveu. Seu livro nos oferece não só um retrato de corpo inteiro desse excepcional artista quando jovem, mas também uma visão justa do espírito libertário que animou toda a sua geração. A experiência de Torquato é típica, exemplar e, portanto, esclarecedora. Em consequência, esta é uma obra fundamental para o estudo dessa geração de artistas brasileiros, na segunda metade do século 20. A biografia vem se juntar a Os últimos dias de paupéria, do próprio Torquato, Verdade Tropical, de Caetano, e Tropicaos, de Rogério Duarte como um dos documentos essenciais para a compreensão do que aconteceu com a geração em transe na sua juventude.

Luiz Carlos Maciel

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Caindo fora de si mesma

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Foto de Misquici

Nelson Rodrigues falava da solidão a que algumas pessoas se viam condenadas e as comparava a “um Robinson Crusoé sem radinho de pilha”. Mas Robinson tinha Sexta-Feira, o nativo que ele descobriu na ilha. Se Nelson vivesse hoje, talvez encontrasse melhor parâmetro para a solidão na antissaga da presidente Dilma.

Por todos os lados que se olhe, Dilma está ficando sozinha. Foi maciçamente abandonada pelo Congresso, o que inclui muitos deputados e senadores de seu partido, o PT. Na hora de votar a favor das medidas que a interessam, eles vão ao café, trancam-se nos gabinetes ou “esquecem-se” de apertar o botão. Os outros partidos da “base aliada”, então, já lhe deram as costas há muito tempo, e sem precisar devolver os ministérios e benesses com que Dilma comprou seu apoio.

Em compensação, vários ministros do partido de Dilma estão só esperando o momento para cair fora –para que ficar num prédio em chamas e ainda ser desfeiteado pela síndica? Dilma foi abandonada também pelos movimentos dos sem-teto, sem-terra e sem-ética, que não aceitam a sua tentativa de ajustar as finanças que ela própria e seus economistas bagunçaram com seu custoso populismo.

O eleitorado, este se despede dela em batalhões. Reduzida a 9% de aprovação popular em seis meses de mandato, teme-se que, em breve, os que restarem a seu favor caibam numa Kombi. Exatamente por isso, já se ensaia o abandono maior: o de Lula, para quem a renúncia de Dilma e a volta do PT à oposição seriam a sua –dele– única chance em 2018.

Outro dia, na Rússia, Dilma disse em entrevista: “Dilma Rousseff vai acabar esta legislatura”. Ao referir-se a si mesma na terceira pessoa, é como se também começasse a descolar-se da mulher que, para sua surpresa, não era bem aquela que suas campanhas eleitorais inventaram.

Ruy Castro – Folha de São Paulo

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O irmão do Maracanã

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Nelson Rodrigues

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Ela e eu

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O roteiro desta tira é do Solda, veterano cartunista que está completando mais um ano de vida nesta data. O Solda é um guru. Sempre tem uma dica certeira e divertida para os mais variados assuntos. Exemplo disso foi a origem desta tirinha* que foi criada porque andei chorando pitangas e abóboras no ombro do mestre. Para fugir dos assuntos intempestivos, comentei que achava que estava ingerindo bebida alcoólica sobejamente** (o Ministério da Saúde Mental adverte: não façam isso em casa). E ele sai com essa: “Não adianta tentar afogar a mágoa, Pry. A maldita sabe nadar… Você, não.”. Precisa dizer mais? Só perguntei quanto era a consulta. “Custa sua vida”, ele responde. Vida longa ao sábio cartunista! 22|agosto|2008| Aqui!

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