Ensaio ontem, 17|6|2015

cartaz-catatau-50Foto de Gilson Camargo

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Tu e eu – Luis Fernando Verissimo

Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
– que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.

Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobo
eu sou mais albinônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.

Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.

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Beija, flor, beija

Foto de Roberto José da Silva

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Catatau – A justa Razão aqui delira

Estreia nesta quinta feira no Novelas Curitibanas, às 20h, sempre de quinta a domingo, de 18/06 a 19/07.

A montagem reúne fragmentos do Catatau e aborda diferentes aspectos desta obra polifônica de Paulo Leminski: a visita fictícia de Renatus Cartésius ao Brasil no século 17, metáfora para o desenvolvimento do conceito de brasilidade na Europa, que ganha vulto a partir da publicação da enciclopédia Brasiliae, do naturalista George Marcgraf (a maior mídia sobre o Brasil a circular no velho mundo antes mesmo da empreitada portuguesa realizada um século depois). O desenvolvimento científico e tecnológico do renascimento, passando pelos experimentos óticos e acústicos de Atanasius kircher, a calculadora de Pascal, até os atuais computadores. Leminski definia seu fluxo-poema como obra cibernética, antecipando as transformações linguísticas decorrentes da prótese computacional, da internet e da inteligência artificial. O romance foi escrito entre 1967 e 1975, auge da ditadura militar, e se coloca também como obra de resistência, reafirmando a liberdade da linguagem em períodos de repressão. O poeta se utiliza de códigos cifrados para se comunicar, sempre atento aos X9s e à censura espreitando suas páginas. Um aspecto do espetáculo que se tornou possível através da criptodramaturgia é o “Canone de Occam”. Texto que reúne as 61 ocorrências deste termo ao longo da obra e suas vizinhanças (150 letras para trás e para diante de cada “bip” desta mensagem código). Occam, além da figura histórica do monge-filósofo nominalista e autor de um tratado de lógica, é também para Leminski o monstro semiótico perturbador da linguagem, aquele que ao se mover faz as sílabas saltarem umas sobre as outras e as letras espirrarem para fora das frases como um abalo sísmico da linguagem.

No elenco Claudete Pereira Jorge, Chiris Gomes e Helena Portela. O espetáculo conta com Iluminação de Beto Bruel, Criptodramaturgia de Glerm Soares e direção de Octavio Camargo.

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Prisão do delator da “máfia do ISS” após receber R$ 70 mil

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Mural da História

19 de fevereiro, 2009 

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Todo dia é dia

Poema de Thiago E, driblador de gagueira

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Palíndromos do Fraga: delivery do dia

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Estreia amanhã

Ensaio do Catatau, ontem, no Teatro Novelas Curitibanas. Fotos de Gilson Camargo

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Todo dia é dia

Poema de Thiago E, driblador de gagueira

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Faça propaganda e não reclame

Publicado em quaxquáx | Deixar um comentário
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Mural da História

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Esconderijo

Foto de Roberto José da Silva

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O teto é o limite

Foto de Roberto José da Silva

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Ele

Publicado em biscoito fino, fraga, José Guaraci Fraga | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
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