Claudio Boczon e Monica Martins Nobrega no Museu Casa Alfredo Andersen

No Museu Casa Alfredo Andersen, instalação multimídia de Eliane Prolik com obras de Alfredo Andersen exibidas com trilha sonora de Steve Reich. Um deleite para olhos, ouvidos, reflexos e reflexões.

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Armas do Exército para o Comando Vermelho

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu dois suspeitos de negociar as metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, na Grande São Paulo, em 2023, com o Comando Vermelho (CV).

Apontados como receptadores das armas roubas, Jesser Marques Fidelix, o Jessé, e Márcio André Geber Boaventura Júnior foram presos por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em um condomínio de luxo na cidade de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo.

Uma denúncia anônima levou os agentes aos suspeitos.

“A partir de um vídeo que foi circulado na internet, nós começamos a investigar e conseguimos identificar, através das declarações de um colaborador, que Jessé e Márcio estariam negociando para empregar essas armas de fogo na guerra da Zona Oeste, entre o Comando Vermelho e a milícia, ali na região da Gardênia e Cidade de Deus”, disse o delegado Pedro Cassundé, da DRE, à TV Globo.

Busca e apreensão

Em complemento às prisões, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes cumprem nesta sexta-feira, 12, nove mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Os alvos, de acordo com o delegado, são “pessoas interpostas que gravitam em torno de Jessé e Márcio”.

Relembre o caso

O furto das 21 metralhadoras aconteceu em 7 de setembro de 2023, dia em que os militares participaram do desfile de comemoração pela Independência do Brasil.

O sumiço de 13 metralhadoras calibre .50 e de outras oito metralhadoras de calibre 7,62 foi notado no dia 10 de outubro. Esse é o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz.

Em fevereiro, a Justiça Militar tornou réus oito acusados de participar, direta ou indiretamente, do furto das metralhadoras do Exército.

Os cabos Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa responderão por peculato. Já o 1º tenente Cristiano Ferreira e o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, ex-comandante do Arsenal de Guerra, foram denunciados por peculato e inobservância de lei, regulamento ou instrução.

Os civis, que eram considerados foragidos e os nomes foram mantidos em sigilo, viraram réus por receptação.

Como foi o furto das metralhadoras?

O furto das metralhadoras aconteceu em 7 de setembro de 2023, dia em que os militares participaram do desfile de comemoração pela Independência do Brasil.

De acordo com o juiz Vitor de Luca, da Justiça Militar, os cabos Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa teriam “arrombado os cadeados e o lacre que guarneciam o local e desarmado o alarme que o protegia” por volta das 14h30.

“A seguir, o primeiro e o segundo denunciados (Vagner da Silva Tandu e Felipe Ferreira Barbosa) colocaram as armas anteriormente mencionadas (13 metralhadoras .50 M2 HB Browning, 8 metralhadoras 7,62 M971 MAG e 1 fuzil 7,62 M964) na caçamba da caminhonete, ocultando-as com a cobertura da parte traseira do veículo.”

Na decisão, o juiz afirmou que Vagner deixou o Arsenal de Guerra com as armas furtadas enquanto Felipe Barbosa ficou no quartel para inserir novos cadeados no paiol.

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Krenak vezes 305

O autor indígena fez um discurso memorável na sua cerimônia de posse na ABL

“Um povo sem cultura não tem o que dizer.” “Predar uns aos outros é uma vocação primitiva do [Homo] sapiens, de querer levar vantagem, ganhar tempo, ganhar alguma coisa.” “O sapiens predador não é um dinossauro. Ele é um sujeito simpático, gentil, que vai à praia, gosta de sorvete, de açaí com granola. Mas não pode disfarçar sua vocação predatória.”

“Mario de Andrade disse, ‘Eu sou 300’. É uma pretensão. Eu não sou mais que um, mas posso invocar os 305 povos indígenas que, nos últimos 30 anos, passaram a dizer: ‘Estou aqui. Sou guarani, sou xavante, sou kayapó, sou yanomami, sou terena’.” “A República tinha a ideia de que os indígenas iriam ‘evoluir para brasileiros’. Era como querer produzir coalhada em casa —põe os lactobacilos na tigela, joga leite, deixa dormir e aquilo vira coalhada. Ela achou que a gente ia virar coalhada.”

“Todo mundo que escreve livros incríveis escutou histórias de alguém que não escreveu livros. A literatura que produzimos nos últimos 3.000 anos deve ter pelo menos 10 mil anos em que ninguém escrevia, só contava histórias.” “Somos herdeiros de tempos imemoriais, de 6.000, 8.000 anos. É bom pensar no tempo dessa maneira, porque ficamos sem pressa, sem ansiedade. Evita que eu chegue aqui e diga, ‘Desculpem, estou tomando o tempo de vocês’. Seria incabível. É impossível tomar o tempo do outro.”

“A princesa Isabel aboliu a escravatura. Abolir a escravatura não é abolir a escravidão. Quem dera fosse.” “O Estado brasileiro está sendo demandado a pedir perdão por ter tentado matar o povo indígena. Mas pedir perdão depois significa muito pouco. O Estado pode matar e fazer guerra à hora que quiser. Não tem como pedir perdão.”

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Mural da História – 2011

Rogéria Holtz, Carlos Careqa e Spina, na Virada Cultural, Curitiba. © Lina Faria

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O filho é do pai

“O estilo, por sua vez, não é exterior ao homem, ele é o homem. Nas palavras desse autor, o estilo é o próprio homem. O estilo não pode, pois, nem arrebatar-se, nem transportar-se, nem alterar-se: se for elevado, nobre, sublime, o autor será igualmente admirado em todos os tempos” (excerto na Wikipedia do texto, claro, completo, no francês clássico do discurso de posse do conde de Buffon na Academia Francesa).

Representa uma violação cruel e dolorosa ver o texto republicado de forma e formas diferentes do original, em leiaute alheio que o retalha, grafado em partes que não traduzem seu conteúdo, nem lhe atribuem ênfase significativa. Aquilo não representa o estilo, o autor, homem que o identifica, com o DNA originário, que nele expõe, em forma e figura, sua visão de mundo, suas leituras e reflexões – seu estilo, em suma. Quem escreve e publica sob sua conta e risco contempla o texto com o amor, o desvelo e o carinho como ao filho que ressona no berço. Fantasiar filho alheio é deturpar o estilo, é matar o homem que legitima a criança. Antes rejeitar esse filho que vê-lo a fazer gracinhas para o pai espúrio. Uma traição à outrance, diria o velho Buffon.

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Onde venta, a gente inventa – Mural da História 2015

Roberto Prado, Íthalo Furtado e Fernanda Veiga, 30º Salão Internacional de Humor do Piauí, Parnaíba.  © Vera Solda

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Mãos ao alto!

O livro Sujeito Oculto, de Manoel Carlos Karam, publicado em 2004, ganha para seu aniversário de 20 anos uma reedição da Arte & Letra, com ilustração da capa de André Ducci, autor de O Fim do Mundo. O livro será publicado ainda no primeiro semestre de 2024.

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Playboy|1970

1972|Lenna Sjooblom. Playboy Centerfold

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Avisos não tão fúnebres

No fim, nem tudo é acidente vascular, assassinato, atropelamento. Nas metrópoles, atulhadas de involuntários para a ceifa compulsória, tudo pode acontecer – geralmente mal descrito. A convenção dos obituaristas é que perpetua o formalismo lapidar. Daí a monotonia dos derradeiros classificados, os necrológios. Não custa desdenhar da rotina.

Ontem, aos 78 anos, caiu definitivamente em si, de imensurável altura, o sr. Fulano de Tal. Para um filósofo que há tempos procurava vaga no Infinito, a UTI não passou de uma especulação etérea. Deixa órfãos do seu olhar absorvente centenas de livros e alguns manuscritos, que teimavam em ser inacabados por ele. Metafísico ao extremo, angustiava-se com a falta de cuidados do inexistente jardim na frente do seu edifício.

Fulano de Tal, 54 anos, agrônomo, conseguiu, afinal, concluir a doação integral do seu organismo para fins de adubo natural em diminuta gleba do Jardim da Paz. Amante da natureza, adversário do reflorestamento desenfreado, vai agora envolver-se com uma causa menor, para a qual está devidamente preparado: a expansão das raízes gramíneas ao seu redor.

Nesta sexta-feira, contrariando a sua constante inspiração, que alcançara 80 anos, o poeta Fulano de Tal parou de inspirar. De agora em diante, nem sonetos nem emendas, que mantinham dois jornalistas em exercícios de generosidade crítica. Como a temática obsessiva da sua poesia era a Eternidade, supõe-se a continuidade da sua produção, em outros níveis de apreciação.

Cerrou os cílios postiços para sempre o sr. Fulano de Tal, vulgo Beltrana de Tal, com supostos 39 anos. Figura de proa de carros alegóricos, destaque na luta pela igualdade de direitos, Fulano desfilou soberanamente pela vida, onde contagiava a todos por seu genuíno entusiasmo, e onde acabou contagiado pelo vírus mais anti-social que existe. Em sua homenagem, vários arco-íris se arquearão na paisagem.

Tão discreto quanto viveu, o sr. Fulano de Tal interrompeu por vontade própria o seu metabolismo basal na madrugada passada. Inerte de profissão e calmo de ideologia, apático social e um covarde familiar, fez do sono sua transição. Deixa 4 filhos que o abandonaram primeiro. Aos 68 anos, apascentava vários pares de pantufa na varanda. Sua maior paixão era folhear álbuns de recortes das áreas em branco de revistas. Enquanto permaneceu no IML à espera de liberação, seu corpo teve 29 momentos de rigor mortes. Foi sua última tarde trepidante.

Etc.

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Tempo, tempo, tempo…

Paulo José e Beto Bruel, ao violão, executando Abismo de Rosas, Precipício de Cravos ou algo parecido, em algum lugar do passado.

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Mural da História

Luiz Rettamozo e Paulo Leminski, Sir Laboratório, década de 1980. © Nélida Rettamozo, Gorda.

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Fraga

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Mural da História – 2006

Foz do Iguaçu – Humor at Falls – o cartunista que vos digita, Márcio, Lailson de Hollanda e Pryscila trocam figurinha no hotel. © Vera Solda

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Soy loco por Teresina!

Daniela Paula Cajubé.  © Antônio Lucas

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