Trip Girl

trip-girlNatalia Scabora|Trip Girl. © Alex Korolkovas

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Lady Godiva

© National News Pictures

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Sinceridade

© Mino

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Assim era, se me parece

O Brasil caminha vigorosamente em direção ao passado. (Millôr Fernandes)

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O nascer de um coração peludo

Este singelo escritor, rude cidadão sobre o qual pairam acusações de possuir coração peludo, em vista da pouca importância que dedica aos ritos da sociedade, já esteve envolvido cem por cento nos preparativos para comparecer a um – pasme, leitor – baile de debutantes.

Deu-se que naquele ano minha prima Sônia iria debutar no Clube Joinville, com o que me convidou para ser seu padrinho. A tarefa iria demandar diversos encargos, das quais a menor seria cumprir a viagem desde Curitiba. Haveria ensaio, por exemplo.

O primeiro passo foi decidir sobre o smoking, o traje protocolar exigido para a ocasião. A solução caseira seria transformar um smoking sem uso do meu pai em algo que caísse bem no corpo do filho, 20 quilos mais magro.

O velho levou-me ao seu alfaiate de confiança, na Alfaiataria Terron & Schinzel. Terron era mestre em reformar smokings, garantiu. Passaram-se uns dias, fui fazer a prova do traje. Marcada a entrega, levei a roupa para casa, todo pimpão. Ao experimentá-la, notei que o alfaiate era mágico.

Para diminuir a circunferência das pernas da calça, Terron tratou de retirar boa parte do pano. Como as calças de smoking não tinham bolsos traseiros, foi aquele pedaço que ele cortou e emendou com a parte da frente. A estratégia deu certo, a calça caiu como uma luva. Com o detalhe de que os bolsos laterais foram parar no lugar dos inexistentes bolsos de trás. Não haveria nenhum inconveniente, se eu não tentasse enfiar as mãos nos bolsos. Caso tentasse, como tentei muitas vezes, ficaria com o corpo em uma posição estranha, como se fosse um barrigudo orgulhoso da adiposidade excessiva, com o tronco quase a 90 graus das pernas.

Comprei uma camisa de gala para ser engomada. A gravata borboleta tinha uma bossa que me pareceu um luxo: as sobras do laço formavam duas tiras que desciam uns cinco centímetros sobre o peito. Senti-me chiquíssimo, considerando que os bolsos da calça estavam invisíveis.

Clube lotado, as meninas fizeram sua entrada triunfal, dançaram a primeira valsa com os pais, depois os padrinhos fizeram seu papel. Tenho orgulho em dizer que não tropecei, não pisei no pé de ninguém, não saí do script. Entreguei a moça para seu namorado, Gerson Rodrigues Alves (com quem casou e continua a perseverar), e tratei de encantar uma amiga da minha prima, a quem eu dedicava verdadeira paixão.

Voltei otimista para Curitiba, minhas chances eram boas. A ilusão durou umas duas semanas, até o telefone tocar lá em casa. Era ela. Entre risos e bobagens, me surpreendeu:

– Preciso arrumar um namorado.

Seu interlocutor, tímido e desajeitado, ficou quieto. Se dissesse “sou eu”, ela poderia retrucar: “Gosto de você como amigo”.

Melhor não passar vergonha, engolir a paixão e tocar a vida, sem perder tempo com essas nuances do amor. Na certa haveria outro baile em que eu pudesse desfilar minha falta de charme, enfiando a mão nos bolsos traseiros do smoking e sair assoviando ‘Flying to The Moon’ todo torto, como se nada tivesse acontecido.

Sempre tive certeza de que não deveria me intrometer em assuntos tão complexos quanto bailes de debutantes. Talvez já pressentisse que temas assim iriam provocar a tal espessa pelugem que dizem envolver meu combalido coração.

Publicado no HOJEPR

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Mural da História – 2016

Ricardo Barros, Ministro da Saúde de Temer. República dos Bananas

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© Pablito Pereira

se o corpo abandonar minha alma
não tenha de mim uma ideia falsa
não chore, mantenha a calma
estou morto por minha causa
cuidado: assim como sua mala
o meu caixão não terá alça

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© Mark Del Mar

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Autorretrato

Albert Piauhy e seu papagaio de cartunista no ombro. 

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Carta a Krenak: tua imortalidade faz parte da construção da democracia

Querido Krenak,

A notícia de tua eleição para a Academia Brasileira de Letras me encheu de “infinita esperança”, como diria Martin Luther King. A esperança de que possamos entrar definitivamente numa etapa da nossa sociedade onde todos possam fazer parte de forma plena. Nunca mais um Brasil sem indígenas, sem negros, sem mulheres e sem sua diversidade que é nossa maior força.

Tua escolha não é apenas uma reparação histórica. É a esperança de que o futuro seja reinventado, desta vez com a capacidade de permitir que todos possam transformar seus sonhos mais íntimos em realidade. E não apenas em esperança.

Ao ser escolhido para a Academia, não é você quem ganha a imortalidade. Isso você já havia obtido ao espalhar tua visão de mundo e tua sabedoria. São eles, Krenak, que ganham legitimidade, ao finalmente aceitar o pensamento indígena como parte de um Brasil plural.

Te escrevo apenas para te felicitar e dizer que a decisão faz parte da construção da democracia. Não aquela do Três Poderes, ainda que também seja fundamental. Falo aqui da “Democracia do Conhecimento”, um conceito que vai muito além da democracia liberal ou da democracia eleitoral.

O reconhecimento, como diz a definição do termo, da existência de múltiplas epistemologias e formas de conhecimento, sem hierarquias. Uma democracia que permite que o conhecimento seja criado e representado de múltiplas formas, seja pela arte, ciência ou meditação.

O conhecimento como uma “ferramenta poderosa para agir no sentido de aprofundar a democracia e lutar por um mundo mais justo e saudável”.

Essa luta por um mundo mais justo e saudável foi o que você escreveu na introdução de meu último livro, ao lado de Juliana Monteiro, “Ao Brasil com amor”. Ali, você fala sobre o “corpo território” e as “cosmologias que totalizam uma visão sistêmica de vida com seres humanos e não humanos”.

Querido, Platão nos explica como a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz. Mas você já reparou como a escuridão não suporta a mais mínima brecha de luz?

Obrigado por ser essa fresta. Saudações democráticas,

Jamil Chade

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Que país foi este?

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Faça propaganda e não reclame

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A fome de Davi Alcolumbre

O senador Davi Alcolumbre procurou Jair Bolsonaro para pedir apoio à sua campanha para a presidência do Senado e lidera um movimento para incomodar o Supremo Tribunal Federal por vários motivos – um deles é, claro, cargos. Alcolumbre mandou avisar ao presidente Lula que quer especificamente a vice-presidência de Governo da Caixa Econômica Federal e a vice-presidência de Ativos, do Banco do Brasil.

O governo havia percebido o movimento do senador no final de setembro, como informou o BastidorEle demonstrou mal-humor durante viagem a Nova York, na comitiva de Lula à ONU, e se recusou a dar um prazo para a análise da reforma tributária na CCJ.

Também andou reclamando que não teria pressa para aprovar o futuro procurador-geral da República, quando indicado, nem para os tribunais superiores já indicados por Lula. Logo a articulação do governo entendeu que ele queria ser agradado.

O agrado, para o senador, tem nome de cargo e endereço.

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