Mural da História – 2008

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Aborto em jogo

Debate violento e polarizado impede formação de consensos necessários para lidar com grave questão de saúde pública

A polêmica sobre o aborto remete ao postulado de Ludwig Wittgenstein segundo o qual todo problema filosófico é, antes de tudo, um problema de linguagem. A discussão é polarizada e violenta porque os interlocutores têm compreensões muito distintas sobre termos fundamentais ao debate.

Cada grupo utiliza as palavras como peças de tabuleiro em jogos de linguagem com regras específicas.

Favoráveis à criminalização da prática acusam dissidentes de apoiarem assassinatos; defensores da despenalização imputam ódio às mulheres aos seus opositores. No entanto, o cerne da cizânia está no significado da expressão “ser humano”.

Opositores ao aborto consideram que a junção do óvulo com o espermatozoide já constitui um indivíduo da espécie homo sapiens —ou ao menos um homem em potencial. A consequência lógica é tratar o procedimento como homicídio. Há um nobre imperativo ético, portanto, na defesa da criminalização.

Da mesma forma, não faz sentido dizer que apoiadores da descriminalização defendem assassinatos. Para nós, a junção de células reprodutivas ou um embrião não é um um ser humano, mas parte do corpo da mulher. A lei, de certo modo, também assim vê: a pena por aborto é consideravelmente menor do que a de homicídio e um feto sem vida não recebe certidão de óbito.

A ciência ainda não traçou exatamente a linha que separa o feto do ser humano, mas há evidências biológicas dessa cisão que podem ser usadas como critérios —como quando o embrião passa a responder a estímulos (final do primeiro trimestre de gestação), por exemplo.

Esse foi o utilizado pela ministra do STF Rosa Weber. Seu voto a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação reacendeu o debate polarizado e moralista que não chega a lugar algum. Acusações de assassinato e misoginia não geram convencimento. Enquanto não chegarmos a um consenso sobre o sentido das peças no tabuleiro, não conseguiremos jogar, e há vidas em jogo.

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Um documentário sobre a vida e carreira do cineasta Roman Polanski. Através de uma conversa entre Polanski e seu amigo, o produtor Andrew Braunsberg, o filme revela detalhes sobre a sua extensa filmografia e relata acontecimentos de sua vida, como o assassinato de sua esposa, Sharon Tate.

2011, Reino Unido, Alemanha. Direção de Laurent Bouzereau, 1h34m.

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Ja foi na Academia hoje?

O cartunista que vos digita, que ainda desenha com lápis com borracha.  © Vera Solda

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Aurora Szvesda. © Zishy

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Australiana 076. © IShotMySelf

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Fé: Condenados pelo 8/1 já esperam a chegada do Messias

Condenados a penas de até 17 anos, bolsonaristas não veem a hora de o Messias chegar. E não veem mesmo, porque ele vendeu o relógio.

Quando começou a correr a notícia de que Aécio tinha sido preso, houve pânico no Congresso. Porque, se até Aécio foi condenado, qualquer um poderia ser.

Ministros que votaram por penas menores argumentaram que os manifestantes estavam apenas promovendo um quebra-quebra. Coisa que o Centrão faz todo dia nas contas do governo.

Bolsonaro lamentou os atos de vandalismo, principalmente a quebra do relógio.

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Revista Ideias – 2014

Travessa dos Editores #Ideias

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Olhares

Senhora olha desdenhosamente para uma jovem de minissaia na Brasserie Lipp. Paris, 1969. © Henri Cartier-Bresson|Magnum

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Horoscópula

O signo mais pesado do Zodíaco. Libra é na verdade, um anão de circo. A Declaração dos Direitos dos Anões, publicada recentemente pela Organização Mundial dos Pintores de Rodapé, abriu um amplo horizonte para todas as pessoas baixas deste mundo.

Na inauguração da sua nova sede, no subsolo de um prédio numa localidade qualquer dos Países Baixos, a Organização ofereceu um banquete comemorativo, ao qual compareceram mais de cinco mil anões de todo o mundo. Na ocasião, um importante documento, que oferecia amplas possibilidades de integração do anão na sociedade, deixou de ser assinado porque o presidente dos Pintores de Rodapé teve um ligeiro atrito com Golias de Gath, que lhe desferiu pontapés no traseiro, proferindo palavras de baixo calão. O documento não pode ser assinado em virtude da briga e porque o Secretário não alcançou a caneta.

Prof. Thimpor, de mala e cuia.

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Nara|Caicó|1969 – Curitiba|2018

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A pressa argentina

O adiamento para o mês que vem do encontro dos negociadores do Mercosul e da União Europeia que ocorreria nesta quinta (21), ilustra o pessimismo de parte da diplomacia brasileira sobre o acordo. A Argentina, porém, impõe um sentimento de urgência às negociações.

Há o temor, diz uma fonte informada das conversas, de que se o candidato argentino da extrema-direita, Javier Milei, vencer as eleições, o governo argentino deve se tornar contrário a Brasil e a um acordo comercial em bloco.

Na próxima semana está prevista uma conferência virtual entre os negociadores de Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. O objetivo é acertar posições e detalhes para sentarem-se à mesa com os europeus em outubro.

Há a crença de que, apesar das críticas de Lula às exigências extras da União Europeia e da resposta negativa dada pelo Mercosul à “side-letter”, como é chamado o documento, o Brasil tentará convencer os demais países-membros a aceitar.

As exigências europeias são interpretadas como protecionismo puro e simples. Mas, ainda assim, seria vantajoso para os países sul-americanos, já que as exigências ambientais podem dar ao Brasil vantagens econômicas com a chamada economia verde.

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Reinação de Narizinho

Gleisi Hoffmann retorna do silêncio obsequioso criando polêmica: propõe a extinção da Justiça Eleitoral. O que acontece com a presidente do PT? Cospe no tribunal que garantiu a eleição de Lula, seu líder, patrono e santo da devoção? Não vamos especular, pois uma bravata dessas pode ter muitas causas, até o “desarranjo intestinal” que Jair Bolsonaro inventa a cada vez que entra na mira da Justiça. Mas o Insulto, que nasceu e cresceu sob Gleisi, alimentado pelas palavras da afilhada do Visconde de Sabugosa, saúda e vibra com a volta da deputada, porque ela é sempre garantia de palpitantes assuntos – de que estamos em falta.

 

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Alberto Centurião

Alberto Centurião – 1951 – De Iguatemi-MS, em Curitiba de 1966 a 74. Poeta e dramaturgo com dezenas de peças encenadas, entre elas: Acertar é Humano; O Caminho; Diálogos de Luz; Um Amor de Renúncia (adaptação). Em livro: Ombudsman; Brasil 500 Anos de Mau Atendimento; Call Center; O Advogado de Deus (Teatro/adaptação); A Casa Que Ninguém Queria; – Livrinho! (Poesia). Coautoria: TAO – O Livro (Com Lao Tse, Roberto Prado e Thadeu Wojciechowski). (boboletra.blogspot.com)

Dezenas de autores, todos já falecidos, não demonstraram interesse em participar da Academia Paranaense de Letras por diversos motivos: porque achavam que a entidade não os representava (por motivos estéticos, ideológicos ou por diferenças pessoais com acadêmicos), por proibição estatutária (caso da presença feminina), por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas. Sem esquecer que o limite de 40 membros sempre se mostrou um permanente limitador. Entre esses, selecionamos dezenas de nomes que fizeram parte da vida científica e cultural do Paraná, sem passar pela nossa instituição. Exceto Júlia Wanderley, autora de artigos e textos diversos, mas sem obra em volume, os demais tiveram livros publicados. Outros nomes podem ser sugeridos.

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