O novo Bandido

eufloripaFoto de Vinicius Alves

Entrevista ao repórter Cristiano Martinez, do Diário de Guarapuava

1.Vamos falar da nova edição de “Paulo Leminski: o bandido que sabia latim”, que será lançada em breve pela editora Nossa Cultura. O que esse livro tem de diferente da edição original? Serão incluídas novas fotos, texto atualizado, informações inéditas etc.? Quando será o lançamento? Conte um pouco do projeto.

TV – Sim, o livro ganha uma nova capa, algumas fotos inéditas e mantém outras consideradas importantes das edições anteriores. O texto foi atualizado e aparecem algumas informações inéditas, sem nenhuma deformação do texto inicial, que sempre me agradou (e pelo que eu posso ver, aos leitores também). A editora Nossa Cultura planeja lançar o livro junto com a biografia de Torquato Neto, também de minha autoria, no que gostamos de chamar informalmente de “micro antologia poética dos malditos” – maldito aqui tem conotação literária, romântica, e não bíblica. Lançamento previsto para meados deste ano.

2. Toninho, já se passaram mais de 10 anos do lançamento da biografia escrita por você sobre o Leminski. Como você avalia esse trabalho na sua carreira? Qual é a relação que você tem com esse livro, já que tem ali o “Toninho jornalista/escritor” e o “Toninho amigo do Leminski”.

TV – O convite veio de Alice Ruiz, mas, naquilo que parecia meu caminho natural depois do jornalismo, ou seja, escrever livros, a biografia de Paulo Leminski foi determinante. Tive a sorte de começar com o pé direito no mercado editorial, com um livro bem sucedido do ponto de vista da crítica e comercialmente, pois está saindo agora a 4ª. edição. Minha relação, portanto, é de carinho e cuidados com a obra. O Paulo Leminski merece. Depois escrevi mais cinco outras biografias, incluindo as do Torquato, da Santa Edwiges, do homem de cinema Severiano Ribeiro e do Solar da Fossa, além da biografia parlamentar de Darcy Ribeiro.

3. Seu livro teve três edições e alcançou grande repercussão, constituindo-se numa referência para quem quer conhecer um pouco da vida do Leminski. Quando você se propôs a tal empreitada, esperava tudo isso?

TV – Não esperava nada, apenas tentei dominar o trabalho, que desde o início me pareceu um desafio de responsabilidade, pois o Paulo estava predestinado a ser um dos grandes nomes da nossa cultura. Disso eu sabia. Portanto, tentei fazer algo que merecesse o prestigio dele como poeta e intelectual e a grandeza da nossa amizade.

4. No texto de apresentação da primeira edição, datado de abril de 2000, você termina dizendo que o objetivo do livro era o “retrato de um poeta brasileiro sem disfarces, o ex-estranho Paulo Leminski”. Optar por esse caminho de uma imagem desnudada de Leminski trouxe algum tipo de consequência? Em muitos momentos, seu livro é de uma sinceridade desconcertante (no sentido positivo). Enfim, foi difícil dar cabo dessa empreitada, já que você revelou muito da intimidade do biografado?

TV – A consequência da minha sinceridade, como diz você, foi o desenlace de algumas amizades, que se perderam nesse trajeto. O livro acabou provocando reações passionais. Afinal, nas duas grandes exposições que se fizeram sobre a vida e a obra do poeta, a Ocupação do Banco Itaú, em SP (2009), e a do MON, em Curitiba (2012), o meu livro ficou de fora, tratado como algo que não tem importância ou nunca existiu neste contexto. Claro, eu considero uma falha técnica das curadorias, pois o meu livro além de ser a única biografia dele – tem a aceitação dos leitores, que me solicitam frequentemente para palestras e oficinas sobre o assunto. E, não custa nada repetir, está seguindo para a 4ª. edição.

5. Nesse tempo todo de publicação da primeira edição, mudou algo em relação ao trabalho de Leminski? Hoje a crítica olha com mais cuidado a poesia praticada por ele e, principalmente, o “Catatau”?

TV – Sim, o prestigio e o entendimento da obra de Paulo Leminski se solidificaram ao longo dos últimos anos. Enquanto escrevo, em meados de março, recebo a informação de que Toda Poesia, antologia recém-lançada, está liderando a lista dos mais vendidos no país. Faz sentido. Mas o Catatau ainda vai permanecer na lista dos mistérios por algum tempo.

6. A reunião de toda a produção poética do Leminski num único livro (“Toda Poesia”, pela Companhia das Letras) é apenas uma efeméride ou tem um peso maior (no sentido de provocar novas leituras de sua obra)?

TV – O lançamento de Toda Poesia é muito importante, desde que as obras do poeta estavam fragmentadas e há muitos anos longe das livrarias. Havia uma demanda muito grande entre seus admiradores. A crítica também queria ver a obra reunida. Agora, a lacuna foi preenchida.

7. Leminski é o grande poeta da contemporaneidade? Como você vê a influência dele nas gerações posteriores? A visão de mundo dele faz muita falta?

TV – A facilidade com que a poesia do Leminski chega até os jovens é impressionante. Houve uma época em que alguns concursos literários proibiam aos participantes apresentarem poemas com a dicção típica de sua poesia, pois eram muitos seus seguidores. Leminski era erudito e pop ao mesmo tempo, por isso fazia uma poesia jovem. Mas ele sempre foi um intelectual muito sério e aplicado. Estudou e leu muito e, portanto, merece agora o reconhecimento. |Publicada em 23/03/2013|

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Mural da História

28 de maio, 2010 – O Ex-tado do Paraná

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Clique!

Paulo Leminski Neto. Foto de Toninho Vaz

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Veja-se!

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Clique!

Herbert Viana, Lupaluna 2011. Foto de Lucilia Guimarães

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Piauí

Em Parnaíba, mostra “Miran – Um Rapaz de Fino Traço”. Imperdível!

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Mural da História

5 de março, 2011 – O Ex-tado do Paraná

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Exposição fotográfica apresenta versatilidade teatral de Fátima Ortiz

Mostra realizada por Edu Camargo faz parte da programação do Festival de Curitiba. Foto de Edu Camargo

Com mais de quatro décadas de carreira dedicadas ao teatro, Fátima Ortiz divide-se entre os trabalhos de atriz, diretora, escritora e arte-educadora. Diversos profissionais que hoje atuam na área artística já passaram ou trabalharam com Fátima. O trabalho da profissional pode ser conferido em textos e espetáculos infantis, notoriamente reconhecidos em quase todo o Brasil, assim como peças adultas e trabalhos socioculturais e de arte educação voltados para crianças e adolescentes de comunidades carentes.

Para registrar um pouco dessa versatilidade artística de Fátima Ortiz, o fotógrafo Edu Camargo, da UV Studio, apresenta a exposição “Mãos de Fátima”, que faz parte da programação do Festival de Curitiba 2013. Ela fica em cartaz de 29 de março a 07 de abril de 2013 no Memorial de Curitiba, com entrada franca. A abertura ocorre em 28 de março, às 19 horas.

“São 15 imagens da artista, onde fica aparente a essência expressiva de Fátima, trazendo na ponta dos dedos a magia do teatro”, explica Edu Camargo. Por meio de um ensaio que mescla imagens digitais e analógicas, o fotógrafo entra em contato com Fátima num diálogo improvisado entre a câmera e a atriz. Esta exposição de Edu Camargo inicia uma série de ensaios com retratos de personagens de Curitiba.

Serviço: Exposição fotográfica: “Mãos de Fátima”. Fotógrafo: Edu Camargo. Produção: Laiz Zotovici. Maquiagem: Carmen Rodrigues. Realização: UV Studio. Local: Memorial de Curitiba – térreo. Endereço: Rua Claudino dos Santos, 79 – Centro Histórico – Curitiba-PR. Horário: das 9h às 21h. Abertura: 28 de março, às 19h. Período expositivo: 29 de março a 07 de abril de 2013. Entrada gratuita.

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Fernanda Montenegro beija atriz na boca em ato contra Feliciano no Rio

Beijo é um protesto contra a escolha de Marco Feliciano para a comissão de Direitor Humanos na Câmara dos Deputados. Foto: Cristina Granato/ divulgação

A atriz Fernanda Montenegro, de 83 anos, deu um beijo na boca da atriz Camila Amado, de 77, em protesto contra a permanência do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no comando da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, durante a 7ª edição do Prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio), na noite desta segunda-feira (25), no Meier, na Zona Norte do Rio.

O político responde no Supremo Tribunal Federal a um inquérito em que é acusado de homofobia. Apesar das manifestações contrárias à sua permanência no comando da comissão, Feliciano garante que não vai deixar o posto. Ele nega também ter dado declarações racistas e homofóbicas, pelas quais é muito criticado, mas assume, por exemplo, ser contra a união homessexual.

Premiação

O prêmio contemplou 13 categorias como melhor autor, iluminação, cenário, figurino, música, ator e atriz coadjuvante, diretor, produção, espetáculo, ator e atriz protagonista e uma categoria especial, que premia alguma realização ligada à atividade.

Como melhor diretor, ganhou Bruno Gomlevsky pela peça “Homem Travesseiro”, que também foi premiada na categoria de melhor espetáculo. O ator Gregório Duvivier foi considerado o melhor ator protagonista pela peça “Uma Noite na Lua” e a atriz Vanessa Gerbelli por sua atuação na obra “Quase Normal”.

Houve um empate na escolha de melhor produção, que foi dividida entre o “Desaparecimento do Elefante”, da Gávea Filmes, e “a Lenda”, produzida pelo Sarau Agência de Cultura Brasileira.

O Globo|G1

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Última semana para conferir “IDEA Brasil – o melhor do design brasileiro de 2012” no Museu Oscar Niemeyer

Esta é a última semana para conferir a exposição “IDEA Brasil – o melhor do design brasileiro de 2012”, que encerra neste domingo (31/03) no Museu Oscar Niemeyer (MON). Foto Divulgação

A mostra, promovida pelo Senai e Associação Objeto Brasil, reúne 150 trabalhos de design. Destes, 110 venceram o Prêmio IDEA em 2012 (13 projetos são paranaenses). As outras 40 obras da exposição são projetos paranaenses premiados desde a primeira edição, em 2008.

O público poderá conferir também outras exposições que estão cartaz no MON: “PR/BR”, “Múltiplo Leminski”, “Estruturas Brincantes” – intervenção do artista Geraldo Zamproni no espelho d’água, “Ione Saldanha: o tempo e a cor”, “Museu em Construção”, “Arte sobre papel”, “Acervo MON – Aquisições 2011/ 2012” e  “Cones”.

Nesta sexta-feira (29), o Museu Oscar Niemeyer (MON) não abrirá ao público devido ao feriado da Paixão de Cristo. A partir do dia 30, sábado, o museu retorna às atividades nos mesmos dias e horários: terça a domingo, das 10h às 18h.

Serviço: Exposição “IDEA Brasil – o melhor do design brasileiro de 2012”. Até 31 de março de 2013, domingo. Dia 29 de março, sexta-feira: fechado a partir do dia 30, sábado, programação normal: terça a domingo, das 10h às 18 horas. Venda de ingressos até as 17h30. Preços: R$6 (inteira) e R$3 (meia para professores e estudantes com identificação). Entrada gratuita: menores de 12 anos, maiores de 60 anos e grupos pré-agendados de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental.

Dias e horários especiais. Mais MON. Toda primeira quinta-feira do mês: das 10h às 20h. Entre 18h e 20h a entrada é gratuita. Domingo Social. Todo primeiro domingo do mês com entrada gratuita, das 10h às 18h.. Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico. Mais informações: (41) 3350- 4400

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Fraga

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O Pasquim – 40 anos

Desenho de Millôr Fernandes

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Millôr: Nosso maior filósofo

Millôr foi a mais fulgurante inteligência do Brasil, o nosso maior humorista, o nosso maior frasista, o nosso Bernard Shaw, o nosso La Rochefoucauld, o nosso Groucho Marx, o nosso Saul Steinberg. Com pelo menos uma vantagem sobre os citados: Shaw, La Rochefoucauld e Groucho não sabiam desenhar, e Steinberg não era de escrever. Além de escrever, Millôr era um esplêndido artista plástico. Gênio de muitas faces e nomes (Vão Gôgo, Volksmillor, Milton à Milanesa), foi um dos maiores pensadores do país e seu mais divertido filósofo.

De uma criatividade assombrosa, volta e meia deparamos com uma novidade — expressões, brincadeiras, definições, sacadas jornalísticas — inventada por ele alguns ou muitos anos atrás. Dominava o vernáculo à perfeição, buscando, obstinadamente, a suposta imperfeição da língua falada, coloquial. Por ser a concisão o timing do humor escrito, jamais gastou 11 palavras onde cabiam dez — e às vezes conseguia o mesmo efeito com nove. Vez por outra, porém, desobedecia esse preceito e desembestava, sem jamais ficar enxundioso. Cometia em sua prosa toda sorte de firulas e audácias, e até o estilo anfigúrico de Guimarães Rosa parodiou numa memorável versão (ou riversão) da história do Chapeuzinho Vermelho.

Sergio Augusto é jornalista

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Millôr: Palavras, palavras

Já contei o coup de théâtre do Millôr numa Jornada Literária de Passo Fundo, quando ele leu um discurso em defesa da democracia e dos direitos humanos que empolgou a plateia. No fim, o Millôr esperou que os aplausos (de pé) terminassem para revelar que tinha acabado de ler o discurso de posse na Presidência da República do general Garrastazu Médici, que inaugurava o período mais repressivo e violento da ditadura militar.

O episódio exemplifica vários aspectos do gênio do Millôr. Em primeiro lugar, ele demonstrou na prática a disposição da plateia – qualquer plateia – a se deixar entusiasmar por palavras que não são mais que palavras, quando não são mentirosas. Em segundo lugar, ele desnudou a hipocrisia, beirando o cinismo, não só dos generais do regime como de muitos dos seus apologistas de fatiota, que nunca admitiram estar fazendo outra coisa senão defendendo a democracia. Millôr provou o perigo e a inconfiabilidade da retórica em qualquer situação e fez a plateia, ludibriada pelo seu próprio truque retórico, reconhecer-se ludibriada por todos os discursos altissonantes que deformam a realidade e disfarçam suas verdadeiras intenções.

Não é preciso dizer que a plateia o perdoou e o aplaudiu outra vez. De pé.

 Luis Fernando Verissimo é escritor

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O irritante guru do Méier

Millôr Fernandes – Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1924 – 27 de março de 2012. 

A ponte entre o Méier e a Vila Alpina foi construída em letras e desenhos impressos. Houve um longo abraço de décadas depois de escancarada a porteira do gueto da ignorância. Ele continuou à frente e eu fui para trás em busca do Vão Gogo. O autodidata mais lúcido deste país sempre a surpreender pela capacidade de criar e, principalmente, se indignar com a incapacidade do ser humano. Digno até a última hora. Trabalhador braçal cuja obra é uma catedral onde devemos rezar sempre e beber os ensinamentos de um verdadeiro gênio brasileiro que nos fez rir e chorar.  Como agora. Obrigado, Millôr. Zé Beto

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