Assaí Campello, ex-diretor do Teatro 4 de Setembro, Teresina, Piauí. Foto de Vera Solda
Foto de Misquici Divez
Albert Piauhy, Salão Internacional de Humor do Piauí, Teresina, 2006. Foto de Vera Solda
Retícula sobre foto de Misquici Divez
Um magnata mexicano paga um milhão de dólares para quem matar Alfredo Garcia, o homem que engravidou sua filha. Investigadores vão atrás dele, mas quando se envolvem com o esperto Bennie (Warren Oates), a história toma um rumo inesperado.
Direção de Sam Peckinpah; roteiro de Frank Kowalski, Sam Peckinpah e Gordon T. Dawson. 112 minutos. Bring Me the Head of Algredo Garcia,1974). Com Warrer Oates, Isela veja, Robert Webber, Gig Young, Helmut Dantine e Ktis Kristofferson
Adélia Lopes e Soruda jogam conversa fora, na minha edícula gelada, em algum lugar do passado. Na pauta: os Rogérios Dias. Foto de Vera Solda
Luiz Antonio Ferreira, da luizarada de Curitiba e da banda Maxixe Machine. Foto de Newton Maringas Maciel
18 de Janeiro, 2009. O Ex-tado do Paraná
Urania
You are the First and shall also be the Last
This virtue none of your sisters can claim
You are Zeus´ only daughter
That is at the same time his mother
You encircle the thousand worlds
That equal Earth produce life
Yours is the size of the Universe
Yours the galaxies comprised
Oh Muse, inspire us more than all
And sing Peace to this world called Earth
For all the Nations will forget to war
And United conquer space only
When they Truly hear
Your Voice
Um dos maiores expoentes do cinema latino-americano, Pablo Trapero (“Do Outro lado da Lei” e “Família Rodante”) realiza em “Leonera” seu melhor trabalho. Dos créditos iniciais, embalados por uma divertida canção infantil, ao desfecho final, Trapero prende a atenção do espectador na saga de Julia (Martina Gusman, esposa do cineasta).
Julia é uma jovem da classe média argentina que acorda em seu apartamento rodeada pelos corpos ensangüentados de Ramiro e Nahuel. O primeiro sobrevive, mas o segundo não. Sem se lembrar precisamente do que aconteceu na noite anterior, ela é detida e processada judicialmente. Se não bastasse toda esta confusão, Julia se descobre grávida, sendo que o filho pode ser tanto de Ramiro quanto de Nahuel, apesar dela acreditar que é do último. Diante deste novo fato, Julia é encaminhada para uma unidade penitenciária onde estão mães e grávidas sentenciadas.
A partir daí acompanhamos a jornada de Julia em lidar com o cárcere e com a maternidade. De acordo com a legislação local, a mãe presa pode ficar com o filho até os quatro anos de idade, quando este é passado para um familiar ou aos cuidados do Estado.
Exibido na mostra competitiva do Festival de Cannes e na mostra Première Latina do Festival do Rio, “Leonera” é um filme sobre a descoberta da maternidade, mostrando como um filho indesejado pode ser tornar essencial para a vontade de uma mãe em continuar vivendo.
O longa se resume basicamente a um único nome: Martina Gusman. Em apenas seu segundo filme como atriz – o anterior foi “Nascidos e Criados”, também de Trapero –, Martina arrasa em “Leonera”. Os demais nomes do elenco também se destacam, mas em papéis diminuídos pela overdose de Martina. O brasileiro Rodrigo Santoro interpreta Ramiro e brilha em todos os (poucos) momento em que aparece no longa.
Produzido por Walter Salles (“Central do Brasil” e “Linha de Passe”), “Leonera” faz um tour pelo sistema carcerário argentino. Mas ao contrário dos brasileiros “Carandiru” e “O Prisioneiro da Grade de Ferro”, o filme não busca expor os maus tratos que ocorrem no presídio ou o abuso por parte de outras presidiárias. “Leonera” é apenas ambientado em uma instituição carcerária. Seu grande foco é como uma mãe pode ficar dependente de um filho que inicialmente rejeitou.
Lucas Salgado