Fakebook

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Piauí

Lela Carvalho, Kedma Alencar, Albert Piauí, Zélio, Fred Ozanan e Mino, em Teresina, Salão de Humor do Piauí, mil novecentos e bolinha. Foto de Soruda

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Interludes (3)

9-interludes-2

Therpsichore

I know your attributes, though I don´t sing
And none of your sisters would honor me for this
But you are the First and I shall prove you

When the newly born comes to the world
Tired of sleeping long time in the gloom
Before expelling his first life loud yell
Lifts the head, or spreads the arms, stretches the legs,
Trembles the belly and then shouts.

The singer before singing has to open the mouth!

High low left right up down
Short long fast slow front back
Above below on off over under
Head feet toe finger elbow knee

Will you bless me?

Sing to us Muse, and move our bodies like flying birds,
The thousand stories dance can tell by movement
Saying words never, always meaning health and life.

With the grace and precision of the hand of the poet
When despite its form, or strength or age,
Lit by inspiration, writes

Teach us how to keep alive in the shade
Without a word and with wings to perform
Make the body of the dancer a sword

And keep on singing so we never forget
That the body comes before the soul
All writings need a hand to trace
All prayers need knees to bend

One cannot totally rely in words of men or States or Gods
Remind us the multiple forms the body has to advance,
Remember us, specially, the multiple forms it has

 To Flee

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Pra ouvir

cliques-maringas-300pra-ouvir-maringasFoto de Newton Maringas Maciel

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Playboy – Anos 50

Margie Harrison. Foto sem crédito

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Dileto da Mulalha da China

photoOlando Pedloso, Bluno Polto e Malcelo Maltinez. Foto do chinês amigo. -22|agosto|2011

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Mais Gibicon

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Clique!

Raul de Souza. Foto de Lina Faria

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Rui Werneck de Capistrano

Nunca fui muito chegado em chapéus e bonés. Nasci numa época em que os homens quase nunca saíam de cabeça descoberta. É só ver as fotos de Curitiba na década de 40 do século passado. Logo, logo essa moda foi passando, bem como a de usar terno em pleno dia, em todas as ocasiões. Hoje só dá boné e jeans. Vida prática e pobre, porém, dá resultado. A literatura não escapou do chapéu nem do boné. O chapéu mais famoso é o da história infantil do Chapeuzinho Vermelho, sem dúvida. Só que o chapéu, na história, é o que menos importa. Temos a menina, a cesta de guloseimas e o lobo mau em primeiro lugar. Depois, o herói — o caçador que abre a barriga do lobo.

Da literatura propriamente dita, tirei três rápidas histórias. São as que me vieram à cabeça sem queimar muitos neurônios. Importante, acho eu, é sentir que a aparição do chapéu ou do boné define a condição do personagem. Não é apenas pra enfeitar. A primeira vem de Madame Bovary, de Gustave Flaubert:

“Mas, fosse porque não tivesse percebido a manobra ou porque não quisesse praticá-la, o novato mantinha seu boné sobre os joelhos quando acabávamos de rezar. Era uma dessas coisas heterogêneas, onde se encontram elementos de boina, do chapska, do chapéu redondo, do boné de caça e do de algodão, era uma dessas pobres coisas cuja muda feiura tem profundezas de expressão como o rosto de um imbecil. Ovóide e armada com barbatanas, começava por três abas circulares, em seguida se alternavam, separados por uma faixa vermelha, losangos de veludo e de pele de coelho. Logo depois vinha uma espécie de saco que terminava num polígono contornado, trabalhosamente costurado e de onde pendia na ponta de um cordão muito fino um bordado a fio de ouro. O boné era novo; a pala brilhava”.

Esse é um parágrafo da segunda página do mais famoso romance francês e já foi discutido por altas autoridades em literatura. Alguns intrépidos tentaram até desenhar um boné com essa descrição. Parece que não foram felizes. O boné é literário. Flaubert dizia que observava, observava e tornava a observar. Depois, torturava-se pra pôr em frases soantes, mesmo distorcendo a realidade. Diz-se que o romance inteiro versa sobre a estupidez humana. E a descrição do boné do Charles Bovary, quando ele entra na escola, mostra a condição de estúpido joão-ninguém do personagem.

O segundo caso é o do chapéu em Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski. Nas páginas 13 e 14 da última e bela edição de clássicos da Abril, Raskólnikov, enquanto caminha pelas ruas pra ensaiar seu projeto, acontece isto:

“Contudo, deteve-se, de súbito, e levou, nervosamente, a mão ao chapéu quando um bêbado, que era transportado numa carroça vazia, não se sabe para onde nem para que, puxada por um cavalo de carga, apontou-o com o dedo, gritando-lhe com todos os pulmões: “Eh, você aí, chapeleiro alemão”. O chapéu estava, de fato, levantado, redondo, sovadíssimo; feito em retalhos, esburacado, cheio de manchas, sem aba e todo corcovado. Entretanto, não foi de vergonha, mas de um sentimento próximo do pavor de que se sentiu apoderado naquele instante.

“Eu sabia, resmungava em sua confusão – eu o adivinhava. Pior não podia ser. Uma coisa de nada, uma distração à toa pode estragar todo um projeto; não há dúvida, este chapéu chama a atenção… Faz-se notar, justamente, pelo ridículo… Preciso de um boné para assentar com meus trapos, não importa o que seja, um velho gorro, mas, nunca essa coisa horrorosa. Ninguém se cobre assim, identificam-me a uma versta de distância e jamais esquecerão disso. Sempre se volta a pensar, mais tarde, naquilo que nos chamou a atenção: eis uma pista… Pois então que se trate de passar o mais despercebido possível. Nadas, são esses nadas que interessam.”

O último caso vem do J. D. Salinger, no O apanhador no campo de centeio.  Na página 20 da oitava edição em português tem a descrição rápida do chapéu do Holden Caulfield. Esse chapéu vai acompanhá-lo todo o tempo em suas aventuras até que, lá no fim, Holden o dá de presente à sua irmã Phoebe: “Foi um bocado bom voltar para o quarto depois de sair da casa do velho Spencer, porque todo mundo estava no jogo e, para variar, o sistema de aquecimento estava funcionando em nosso quarto. Tirei o paletó, a gravata, desabotoei o colarinho e pus na cabeça um chapéu que tinha comprado em Nova York, de manhã. Era um desses chapéus de caça, vermelho, com a pala bem comprida. Eu o tinha visto na vitrina de uma loja de artigos esportivos quando saímos do metrô, logo depois que descobri que havia perdido a porcaria dos floretes e tudo. Só custou um dólar. Usava o chapéu com a pala virada para trás — de um jeito meio ridículo, mas era assim mesmo que eu gostava.”

Tiro meu chapéu pra esses chapeuzinhos literários.

Rui Werneck de Capistrano,
autor de Nem Bobo Nem Nada, primeiro romancélere brasileiro.

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Na moldura

Meu tipo inesquecível: Amy Winehouse, Adegão. Grosby Group

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No sul do Rio

cliques-do-zé-beto-300no-sul-do-RioFoto de Roberto José da Silva

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Todo dia é dia

morrer

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Rui Werneck de Capistrano

Suponhamos que você descubra que, quando ameaça chover, o papagaio-grego, indeciso, troca de roupa três vezes antes de sair de casa. Ou que o sapo-cururu é apenas um pleonasmo anfíbio anuro, pois em tupi-guarani cururu quer dizer sapo. Pronto, você já é um serendipitoso. O que é isso é outra história. Pra que serve, idem. Não adianta correr ao dicionário, pois você só vai se cansar à toa. Deixe pra correr na esteira da academia. Os fazedores de dicionário não são, eles mesmos, serendipitosos. Até o dicionário do Word do PC sublinha em vermelho. Porém, essa palavra está escrita no livro Fama e Anonimato, de Gay Talese. Um ‘verbete’, lá mesmo no livro, explica que serendipitoso é aquele que faz descobertas, por acaso, felizes ou úteis. No caso do papagaio-grego seria apenas feliz. No caso do sapo-cururu é útil. Um outro caso útil — posso citar de cadeira — seria a descoberta, durante a criação de um anúncio de produto, de alguma qualidade extra — não sugerida no briefing. Não confunda com insight — estalo criativo. É uma qualidade concreta que o produto tem e que ninguém se deu conta antes. E que, se anunciada, vai trazer mais retorno.

Gay Talese foi um dos pilares do New Journalism nos Estados Unidos. Vá ao Google e confirme. Aqui importa é saber que em tudo se pode achar mais novidades — úteis ou inúteis pra uso em ocasião propícia. Gay Talese é craque nisso. Ele descobriu que os moradores de N. York piscavam 28 vezes por minuto, que as pessoas que desciam por uma escada-rolante, mascando chicletes, paravam momentaneamente de mascar quando chegavam no último degrau, que nas três mil salas do Empire State Building, as faxineiras encontravam mais ou menos cinco mil dólares por ano. Ele recheava seus textos com essas descobertas e agradava sempre.

Gay Talese nasceu em 1932, escreveu centenas de reportagens e aprofundou alguns materiais em livros. Os mais conhecidos são A mulher do próximo e O reino e o poder. Além do Fama e anonimato, no qual estão reunidas suas primeiras reportagens e, serendipitosamente, ficamos sabendo que, lá por 1960, N. York tinha 780 mil nomes na lista telefônica — 3277 tinham sobrenome Smith — 2811, Brown — 2446, Williams — 2073, Cohen. Por dia, se consumia um milhão e setenta e quatro mil de litros de cerveja e 90 mil pessoas discavam WE 6-1212 pra saber que tempo ia fazer. É preciso ver que essas e outras não são apenas informações. Os achados abriam passagem pro assunto da reportagem, dando credibilidade ao jornal e mostrando que o autor ‘sujou os sapatos’ — foi à rua, camelou.

Ele fazia seu trabalho sem anotar nada — ou apenas eventualmente — e sem usar gravador nas entrevistas. Convivia com os entrevistados e com os personagens das reportagens. Hoje se faz entrevista por e-mail ou telefone!

Gay Talese estreou na Esquire em 1960 com uma reportagem sobre pessoas anônimas de N. York. Em 1961, produziu um livro ilustrado com os fatos estranhos e bizarros de suas descobertas. O livro se chamou A serendipiter’s journeyNew YorkNova York – a jornada de um serendipitoso. Fui ao dicionário inglês/português e — pasme! — não tem a palavra.

Bem legal em Fama e anonimato é a reportagem que Talese fez tentando entrevistar Frank Sinatra, em 1965. Sinatra estava resfriado e às voltas com uma acusação de ligação com a máfia. Sinatra resfriado era como uma Ferrari sem combustível — um cantor famoso sem voz. E a acusação…

Talese não conseguiu a entrevista, mesmo seguindo todas as pistas do braço direito do cantor. Aí, em vez de se acomodar, enquanto “The Voice” se recuperava, ele foi atrás de todas as pessoas que serviam o cantor de alguma forma — músicos, maquiadores, chefes de estúdio, etc. O resultado, mesmo sem a entrevista, foi a reportagem Frank Sinatra está resfriado — considerada a melhor dos setenta anos da revista. Ele fez até o making of da reportagem contando que gastou cinco mil dólares, da Esquire, em hospedagem, comida, bebidas e mimos durante a reportagem. Uma grana absurda pra época!

Então, fica aí serendipitoso, pra quem quiser usar. Ou não usar. Ou ousar, usar e abusar.

É autor de Nem Bobo Nem Nada, que você, se não tiver grana, pode emprestar da Biblioteca Pública do Paraná

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Salao Internacional de Humor do Piauí

Teresina, Salão Internacional de Humor do Piauí, 2003. Foto de Vera Solda

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Chaves

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