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Todo dia é dia
© Américo Vermelho
Publicado em todo dia é dia
Com a tag américo vermelho, o bandido que sabia latim, paulo leminski
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Cartunzinho de outro mundo
© Orlando Pedroso
O irritante guru do Méier
Dinheiro, diz lá a Enciclopédia Britânica, é aquilo que usamos para pagar coisas. Dinheiro, afirmo eu, é aquilo que o trabalhador ganha com o suor do seu rosto, que os estróinas esbanjam nas buates, que o herdeiro recebe como herança, que o economista trata como ciência, que a dona de casa teme que seu marido não vá ganhar o bastante para as despesas do mês.
Dinheiro é aquilo com que o Coronel atrai a mundana, é o que se imprime na casa da moeda, o que os banqueiros emprestam a juros e os usurários a juros ainda maiores, o que os falsários falsificam, o que não vale nada nas épocas de inflação, o que corrompe como subôrno e o que redime como filantropia. Dinheiro é o que as mulheres não sabem nem querem saber de onde vem, os maridos não sabem onde buscar, o rico não sabe quanto tem, o pobre jamais tem o suficiente e o comunista não tem o mínimo necessário. Dinheiro é o talento dos poderosos, o legado dos que partem para sempre, o prêmio da economia, o objetivo dos ladrões, o poder do capitalismo. Para os racionalistas é um preconceito como outro qualquer, para os inconformistas é um mal que deve ser estirpado da sociedade. É a dor do mendigo verdadeiro e o desespêro falso do mendigo falso que quer tomar uma sopa falsa, que sabemos vendida em garrafa.
O dinheiro é um mito de tal forma acreditado que se transformou numa super-realidade, uma senha para o respeito alheio, e se já foi boi na antiguidade hoje é tão limpo quanto fôr o cheque que você tem no bôlso. É viagem e tranqüilidade e que se não traz felicidade pelo menos paga tudo que esta gasta.
Publicado em O irritante guru do Méier
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Bom dia, do Plural Curitiba
Hoje, quinta, 21 de setembro. Dia do meu Coxa perder pro Vascão. Começa a temporada de despedida do coral Vozes de Angola. Diz o Simepar que vai fazer 31º neste nosso canto de mundo.
O tio do zap era juiz
Sabe aquele grupo de WhatsApp que tem alguém defendendo intervenção militar, golpe, terra plana? Às vezes você até pode dar um desconto se for uma pessoa que nunca teve chance de estudar, se for um pobre coitado, sei lá. Mas um juiz?
Pois numa matéria do Metrópoles que mostrou um grupo de golpistas graúdos (incluindo Luciano Hang), tinha um juiz aqui do Paraná. Marlos Melek, da Justiça do Trabalho, apareceu lá, todo serelepe, numa conversinha marota sobre o fim da democracia.
Nesta semana o CNJ anunciou o destino do bonitão: vai pegar uma geladeira, afastado das funções. Claro, continuará com seus polpudos vencimentos, porque nesse país ninguém mexe em dinheiro de juiz.
Leia mais aqui.
Quando um vinho fala, a cachaça abaixa a orelha
Dei um tapa num glossário com vocabulário do vinho. Interessante. De A a V tem palavras para definir gosto e tipo dos vinhos. Veja:
Aberto: de cor clara; acerbo: ácido, verde; adamado: vinho para mulher, suave e doce; amável: suave ou ligeiramente doce; apagado: de aroma inexpressivo; austero: adstringente; botritizado: vinho de sobremesa, doce e licoroso; carnoso: encorpado; complexo: de aromas múltiplos; curto: sabor inexpressivo, de retrogosto curto; denso: viscoso; delgado: pouco corpo; farto: muito doce e com baixa acidez; firme: jovem com estilo; foxado: odor e gosto de pelo de raposa; fortificado: com adição de aguardente vínica; franco: sem defeitos; generoso: forte e com alto teor alcoólico; gordo: suave e maduro; grosso: elevada acidez e muito extrato; herbáceo: com aroma de ervas; longo: de boa persistência; magro: aguado; mole: sem caráter; nervoso: acidez e adstringência altas, mas não excessivas; oleoso: viscoso; pequeno: secundário; sápico: acidez moderada; terroso: sabor de terra; verde: acidez acentuada, mas agradável e refrescante.
Peguei só alguns verbetes pra dar ideia do que se passa na produção e degustação dos vinhos. Por isso, os enólogos são tão cheios de palavreado, tão arrogantes. Se ‘acham’. Por isso, sempre fico absorto olhando aquelas gôndolas de supermercados cheias de garrafas de preços tão disparatados e de tão nobres procedências. Aqui em Curitiba tem um produtor que engarrafa 800 mil litros/ano. As uvas veem do Rio Grande do Sul (50%). É vinho pra consumo imediato, ‘de mesa’ tipo Santa Felicidade, Colombo. Vinho de festa com frango, polenta frita e risoto. Um litro custa uns sete reais. E nem adianta tentar colocar o glossário em cima dele. Ele faz a alegria do povão que acha tudo ‘duca’. E só.
PS. Pra diferir dos vinhos “de mesa” os outros deviam ter escrito na garrafa: “de pé”.
*Rui Werneck de Capistrano bebe cerveja
Publicado em rui werneck de capistrano
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Meus tipos favoritos
No meu tempo de jovem, havia uma revistinha chamada “Seleções do Reader’s Digest”, versão nacional da publicação norte-americana tida como a mais lida do mundo (acho que ainda existe, através de assinatura). Nela havia uma seção denominada “O Meu Tipo Favorito”, onde as pessoas traçavam o perfil de quem mais admiravam.
Se me coubesse participar daquelas páginas, confesso que teria dificuldade de eleger “o meu tipo favorito”. Não pela ausência de favorito, mas, ao contrário, pelo excesso.
Assim de pronto, posso indicar pelo menos três: Érico Veríssimo, Rubem Alves e Mauro Nóbrega Pereira.
Do primeiro, falei-lhes na coluna passada. Além de escritor, um dos maiores de todos os tempos, Érico era, como lhes disse no texto anterior, um humanista. Repito parte do escrito: o bom gaúcho de Cruz Alta, “jamais transformou seus romances em panfletos políticos, mas poucos intelectuais foram capazes, como ele, de se manifestar publicamente, com tanta firmeza e intransigência, contra os desmandos dos poderosos. A supressão das liberdades, a institucionalização da mentira e da violência política e a repressão aos dissidentes sempre lhe causaram repugnância. Aliás, em vida, confessava ter apenas um medo: o de perder a capacidade de indignação e cair na aceitação, que julgava perniciosa para a vida em sociedade.”
Toda a obra de Veríssimo é magnífica, mas sugiro ao leitor ler, se ainda não o fez, “O Tempo e o Vento”, claro, “Incidente em Antares” e a autobiografia “Solo de Clarineta”.
Rubem Alves, mineiro de Boa Esperança, foi educador, escritor, teólogo, filósofo, poeta e, sobretudo, encantador de pessoas. Primeiro, quis ser pianista, estudou música, mas desistiu quando se comparou com o conterrâneo Nelson Freire. Depois, pensou ser médico, por amor a Albert Schweitzer. Andou pelos caminhos dos deuses: estudou teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas, SP. Com mestrado no Union Theological Seminary, de Nova York, e doutorado em filosofia pelo Princeton Theological Seminary, tornou-se pastor protestante. Quando decepcionou-se com os ditames religiosos, decidiu ficar mais modesto e passou a andar na estrada dos heróis: militou na política, esteve na lista dos procurados pelo golpe militar de 1964 e foi professor livre-docente da Unicamp. Quando os seus “deuses e heróis morreram”, como pontuou, seguiu o caminho dos poetas, dos pensadores e das crianças: virou escritor e cronista. Mas foi, sobretudo, a vida toda, um menino e um avô que adorava brincar e compartilhar pensamentos: uma extraordinária figura humana, que amava a beleza, a natureza, as netas, os jardins e os pássaros, a sabedoria das crianças, o vento fresco da tarde, os ipês floridos, o outono, os animais, os campos e os cerrados, o mar e as montanhas, o orvalho sobre a teia de aranha e os pores-do-sol.
Já Mauro Nóbrega Pereira, catarinense de São Francisco do Sul, filho de humildes pescadores, recebeu na infância a missão de se tornar o primeiro doutor da família. Não decepcionou. Depois de completar o ginásio em Mafra, SC, desembarcou em Curitiba para fazer o clássico e ingressar na universidade. Foi morar numa pensão, modesta como ele sempre foi e seria a vida toda. Mas tinha um sonho ambicioso: ser advogado. Pela Faculdade de Direito da UFPR. Realizou-o em 1955. E construiu uma carreira brilhante. Foi um profissional à moda antiga, daqueles que levavam a sério a profissão. Cada causa era estudada à exaustão. Só depois compunha, ele próprio, a petição e o arrazoado em uma velha máquina de escrever Olivetti Lettera, que o acompanharia até o fim. A diligente secretária Roseli transferia o texto para o computador. Aí, o dr. Mauro se dedicava ao exercício de corrigi-lo e aperfeiçoá-lo, até atingir a redação final que o satisfazia.
Mas Mauro Nóbrega Pereira não foi apenas um dedicado e competente advogado, que abominava qualquer tipo de chicana, exasperava-se com a morosidade e a incompetência do Judiciário e cultuava a ousadia dos decentes. Como ser humano, era igualmente admirável e uma referência para colegas, familiares e amigos. Nunca teve grandes ambições, mas foi uma pessoa de princípios bem definidos, incapaz de transigir um milímetro sequer em coisas fundamentais, como a honra e a dignidade. Vícios? Tinha bem poucos. Além do Paraná Clube (cultuado desde os tempos de Ferroviário), o cachimbo, um final de semana na pequena fazenda que mantinha nos arredores de São Bento do Sul (SC) e as pescarias com os amigos nos rios do Mato Grosso do Sul.
E então, prezado leitor, no quesito tipo favorito, estou ou não bem servido?
Publicado em Célio Heitor Guimarães
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Exclusivo: em carta, PP critica aborto, liberação de drogas e retrocessos do governo Lula
Em agenda central, sigla do ministro do Esporte, André Fufuca, faz acenos ao bolsonarismo e deixa clara a cisão entre a ala da Câmara e a ala do Senado. Em resposta ao ingresso de André Fufuca (PP-MA) e da ala ligada a Arthur Lira (PP-AL) no governo Lula, o PP aprovou uma “Agenda Central” com valores pétreos que deverão ser adotados por todos os parlamentares da sigla.
O documento, elaborado pela ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina e endossado pelo presidente do partido, Ciro Nogueira (foto), defende pautas conservadoras como a criminalização do aborto e a valorização da família como “pilar central na formação de indivíduos”. O partido também se posicionou contra a descriminalização das drogas – tema que é alvo de ação no STF – e contra retrocessos do governo Lula, como a possibilidade de reversão da reforma trabalhista pelo ministro do Trabalho, Luiz
O partido também se manifestou contrário à corrupção (embora tenha sido um dos principais alvos da operação Lava Jato), contra invasões de propriedades, a favor de “políticas fiscais equilibradas” e defendeu que empresas estatais sejam “regidas por mérito e competência, alinhadas à uma gestão transparente e voltada para resultados”.
Na prática, o documento aprovado pela executiva nacional, e obtido em primeira-mão por O Antagonista, deixa claro uma cisão entre o PP do Senado e o PP da Câmara. O primeiro, mais alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro; e o segundo, ligado ao governo Lula. Como mostramos na semana passada, Fufuca foi afastado do comando da executiva estadual do PP após ter sido nomeado.
“A verdadeira democracia e pluralidade se refletem no respeito à diversidade e na valorização de cada vida. Defender a liberdade religiosa é não só uma expressão da essência democrática, mas também um reconhecimento da riqueza cultural e espiritual de nosso povo”, diz um trecho do documento.
“A valorização da vida desde sua concepção até a terceira idade emerge como um pilar fundamental para moldar uma sociedade mais cuidadosa e respeitosa. Enfatizamos que todas as vidas possuem valor inestimável, e este princípio abrange desde os não nascidos até mulheres grávidas, famílias e idosos”, destaca a carta.
E sobre a economia, o PP defende basicamente o seguinte:
“A estabilidade macroeconômica, atingida através de políticas fiscais equilibradas, é essencial para um crescimento sustentável, redução da inflação e geração de empregos. Uma gestão fiscal prudente, que enfatiza o uso adequado de recursos e o gerenciamento da dívida, aumenta o poder aquisitivo das famílias e impulsiona a economia.”
Publicado em o antagonista
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Em 1970 e poucos, o Solda era humorista, cartunista premiado, ex-integrante de um grupo de teatro liderado por Manoel Carlos Karam, recém-recuperado de um acidente de moto e novo diretor de arte da PAZ Criação e Comunicação, agência que disputava com a Múltipla Propaganda e Pesquisa o título de “mais criativa do Paraná”.
Na época, eu trabalhava como redator na PAZ, duplava com o Miran e com o Zeno, e o Solda, com o Fernando Nogueira. O Leminski e o Rettamozo faziam a outra dupla da casa. Por muito tempo, pensei que Solda fosse o pseudônimo adotado por aquele cara barbudo, cabeludo, meio parecido com o Che Guevara, que, além de ter um traço cheio de personalidade e um incontrolável talento para cantar paródias hilariantes, também sacava títulos imbatíveis. Engano meu, Solda era mesmo o sobrenome desse artista que, ao ouvir Lennon dizer “O sonho acabou”, imediatamente anunciou: “Mas ainda tem cuque”. O verdadeiro pseudônimo do Solda foi criado, sem querer, pela fotógrafa Nélida, a Gorda, então mulher do Retta e também gaúcha. Insistindo para que o Solda batalhasse mais para ser nacionalmente reconhecido como cartunista, Nélida falava: “Solda, tu tens que te impor, tens que te impor!”
Assim nasceu o Professor Thimpor, personagem, alterego e, para muitos, o genuíno Luiz Antônio Solda. Solda, Leminski, Retta, Rogério Dias, César Bond e eu formamos a base do time de criação da Múltipla, com mesa cativa de sinuca no bar da esquina, desde os últimos anos da década de 70 até meados dos anos 80. Se algum dia você ouvir falar que o Solda bebia muito, não acredite. Lá pela terceira cerveja, ele dormia onde quer que estivesse. Às vezes, mais do que inconveniente, isso podia ser perigoso. Certa vez, em uma churrascaria, ele dormiu dentro do próprio prato, de onde eu o resgatei antes que se afogasse na farofa.
Em outra ocasião, não percebi que ele estava dormindo e embarquei de carona no carro dele à saída de uma festa na casa do Osni Bermudes. Nós dois acordamos no Pronto Socorro. Em 1986, antes de fundir-se à Opus, a Múltipla tinha uma só dupla: eu e Solda. Depois, trabalhei com o Solda – e também com o Leminski, o Bond, o Buffo, o Henrique, o Ricardo – na Exclam. Mais tarde, com o Solda e com o Leminski na Casulo. Um dia, cada um foi para um lado.
O Solda teve um negócio chamado “síndrome do pânico” e trancou-se em casa. Ainda assim, nesse tempo, assinamos, juntos, a página de jornal “Balas Perdidas” no Estado do Paraná. Outro dia, liguei a TV e o Solda estava lá, ótimo, dando entrevista, contando história e dizendo que não tinha mais medo de nada, nem de viajar de avião. E olha que eu não tinha bebido nada.
Flagrantes da vida real
Rogério Dias, correndo o risco. © Maringas Maciel