A exposição traz obras do artista que fazem parte do acervo do Museu da Imagem e do Som do Paraná.Foto de João Urban, 2003.
Abre hoje, quarta-feira, dia 19 de dezembro, às 19 horas, no Hall da Secretaria de Estado da Cultura, a exposição “Jesus Santoro – A Revelação de Um Mestre”. Organizada pelo Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS/PR) a mostra tem curadoria do fotógrafo João Urban.A entrada é gratuita.
A exposição é a primeira dedicada à arte quase desconhecida deste fotógrafo que influenciou grandes nomes da fotografia no Paraná, mas cujo trabalho foi pouco difundido em vida. Sua obra pertence atualmente ao acervo do MIS/PR, totalizando mais de 23 mil negativos fotográficos. Nesta exposição uma amostra significativa do apuro técnico e da sensibilidade artística do fotógrafo é apresentada ao público.
Jesus Santoro, falecido em 2003, era mineiro, passou por São Paulo e em meados de 1950 chegou ao Paraná. Autodidata, aprendeu a fotografar observando. O enquadramento preciso e a percepção da luz eram características inerentes ao artista, que também possuía inúmeras habilidades: projetava estandes para exposições, esculpia, modelava, desenhava e retocava fotografias. Gostava muito de cinema e fez a direção de fotografia do primeiro filme de Sylvio Back, “As Moradas” (1964). Em meados de 1970 deixou a sociedade da empresa Prisma Realizações, que comandou junto com Francisco Kava. Depois de ter vários restaurantes e um pequeno ateliê de artesanato, terminou sua vida ao pé da Serra do Mar, onde fazia suas peças, vendia milho cozido e recebia poucos e fiéis amigos. Morreu só, mas deixou um grande legado que nunca foi exposto enquanto o fotógrafo viveu.
Serviço: Jesus Santo – A Revelação de Um Mestre. Data: 19 de dezembro de 2012 a 15 de março de 2013. Local: Hall da Secretaria de Estado da Cultura. Rua Ébano Pereira, 340. 80410-903 Curitiba/PR. Horário de visitação: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.. Entrada gratuita
Dream: sonhar acordado com às mãos de Kin Ki-Duk. O cineasta sul-coreano KimKi-Duk é um dos artistas mais empolgantes dos últimos anos e tem tido felizmente algum destaque em Portugal, com a estreia comercial ou em festivais de algumas das suas obras-primas, nomeadamente “The Isle”, “Spring, Summer, Fall, Winter… and Spring”, “3-Iron” ou “Time”.
Realizador bastante prolífico apesar do cariz de autor, no bom sentido da palavra, que o seu cinema carrega, Kim Ki-Duk já está de regresso com um novo filme após o seu belo e curioso “Breath”, em competição para a Palma de Ouro em Cannes 2007 e premiado no último Fantasporto.
O seu novo filme intitula-se “Bi-mong”, ou “Dream” em título internacional, e conta a história de um homem que sonha de forma recorrente com um acidente de viação, até que chega o dia onde presencia de verdade um acidente de carro. Uma condutora, que se diz inocente, é presa pela polícia que a suspeita de ser responsável do acidente.
“Dream” é portanto mais uma promessa de um filme atípico sobre a estranha relação amorosa entre duas personagens complexas e introvertidas, onde se deverá misturar o onirismo social próprio ao universo do realizador com o retrato pictural da Coreia do Sul a lembrar quadros de mestres em movimento.
Já estamos impacientes de descobrir a nova obra do grande Kim Ki-Duk que está neste momento a finalizar a pós-produção para apresentação do filme no próximo Festival de San Sebastián .
Sempre fui contra colocar dedicatórias em livros. Acho que um livro perde um pedaço da asa quando se coloca uma dedicatória escrita à mão. Pode ser implicância minha — tudo bem. Tem escritor que adora manhã/tarde/noite de autógrafos. E tem gente que adora pedir autógrafo diretamente pro escritor. Talvez uma comprovação de que ele conhece o autor pessoalmente. Pode dar algum status, sei lá. Mas eu não gosto e pronto.
Cansei de ver livros nos sebos com amabilíssimas dedicatórias.
Aí, numa dessas minhas batidas na Biblioteca Pública, encontrei mais motivos pra não gostar de autógrafos. Eu procurava livros de um autor brasileiro chamado Olavo de Carvalho. Li um texto dele na internet e queria saber mais. Peguei as instruções de achar livros nos arquivos e fui às estantes. Achei o livro abaixo:
É um assunto que eu gosto. Essas mudanças no comportamento do ser humano desde o começo do século XX, por exemplo. A superpopulação, a globalização (argh!), a movimentação das massas pelo Planeta, as grandes dúvidas surgidas com os avanços da ciência, etc. Bem, achei o livro e, claro, abri. Tinha uma dedicatória:
Não é interessante? Depois fui ao Google e coloquei Olavo de Carvalho. Tem site e tudo dele. E tem, claro, os detratores. Olavo de Carvalho é polemista nato. Só que hoje em dia ninguém mais polemiza nada. Tudo é relativo. Dar de ombros e ficar indiferente ou, pior, mandar executar — por motoqueiro de cabeça feita, na calada da noite — o oponente.
Olavo de Carvalho cita o Wilson Martins nos dois volumes de O imbecil coletivo. Mas, acho que o citado não deve ter gostado muito do citador. Você doaria pra Biblioteca Pública um livro recebido — com forte abraço — do autor?
Aí, no livro do Olavo de Carvalho encontrei referências a René Guénon e Ortega y Gasset. Lá fui eu atrás de A rebelião das massas, do Gasset. E tá tudo lá.
Rui Werneck de Capistrano é rebelde sem massa – 24|12|2010
A premiada artista plástica e ceramista Lígia Borba promove um bazar com suas obras, de terça a quinta feira, dias 18, 19 e 20, a partir das 18 horas, na Aldeia do Beto (R. Professor Brandão, 678 – Alto as XV). Toda a renda arrecada com a venda das peças da escultora – produzidas nos últimos três anos – será destinada ao tratamento de saúde sua filha. As obras serão vendidas a preços acessíveis a partir de R$40.
A Aldeia do Beto recebe o evento em seu espaço multicultural que possui vários ambientes, entre jardins, varandas e salões. Tem como especialidade do cardápio a sua famosa batata suíça recheada, receita criada pelo proprietário Robert Amorim em 1984.
Serviço: Bazar Lígia Borba. Terça, quarta e quinta-feira, dias 18, 19 e 20, à partir das 18 horas. Aldeia do Beto – Gastronomia & Cultura (Rua Prof. Brandão, 678 – Alto da XV). Entrada franca.
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