Publicado em Cartum, Cartunista Solda, Cesar Marchesini | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Elas

Mélanie Laurent, atriz do filme Je Vais Bien, Ne T’en Fais Pas. Foto Le Press

Publicado em Cartunista Solda, Cinema, elas, fotografia, Todas elas | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

S.O.S. INACCROCHABLE – Lutar com palavras é a luta mais sã

É tempo de Paris, de novo. Por culpa do Woody Allen, Paris voltou a ser uma festa móvel. E chega em forma de filme aqui no Brasil e no resto do mundo. Por isso, nada melhor do que ressuscitar um termo que Miss Stein esfregou na cara do jovem Hemingway. Por uma feliz coincidência, acabei de reler O grande Gatzby, do Fitzgerald, e Paris é uma festa, do Hemingway. E folhei a Autobiografia de Alice B. Toklas — escrita por Gertrude Stein.

Como todos já sabem, Gertrude Stein era uma espécie de anfitriã para americanos desgarrados da pátria, à procura de fama e fortuna em Paris. Hemingway foi um deles. Recém-casado, ele frequentava a casa famosa da Rue de Fleures, 27 e ficava lá ouvindo a preleção de Miss Stein. Quando ia com a mulher, Hadley, Alice é que se encarregava da conversa cotidiana com ela. O papo intelectual era exclusivamente dos escritores com Miss Stein. Miss Stein e Alice moravam juntas.

Foi logo numa das primeiras conversas que Hemingway mostrou a ela um conto chamado em Michigan e levou a palavra inaccrochable como um direto no queixo. Atrás da palavra veio a definição — significa aquele quadro que o pintor faz e depois não tem coragem de pendurar na exposição. O conto Lá em Michigan é erótico e Hemingway nunca o enviou para publicação por conta do pito que levou. Curioso é que ele agora abre o livro de contos selecionados do autor, pelo menos na edição brasileira.

Miss Stein é famosa pela visão que tinha do poder da pintura. Ela comprava quadros de pintores novos e sua casa era uma exposição permanente e maravilhosa. Segundo Hemingway, “Miss Stein era uma pessoa corpulenta mas não alta, e pesadona como uma camponesa. Tinha belos olhos e um vigoroso rosto germano-judaico, que também poderia caracterizar alguém de Fruili, pois ela me lembrava uma camponesa do norte da Itália, com as roupas, a face móvel e os grossos e brilhantes cabelos de imigrante, que ela usava penteados para cima, no mesmo estilo que provavelmente adotara nos tempos de colégio. Falava sem parar e, a princípio, a respeito de pessoas e lugares”.

O conto Lá em Michigan, porque havia ficado de lado, foi um dos dois que não foi roubado junto com todos os originais escritos até aquela época. Hadley tinha colocado tudo numa maleta e ia levar pro Hemingway. Na Gare de Lyon passaram a mão na maleta. Como os originais nunca mais apareceram, o ladrão deve ter jogado tudo no Sena.

Miss Stein, na Autobiografia de Alice B. Toklas, dá uma pavoneada e diz que seu livro Making of americans foi o livro que realmente iniciou a literatura moderna. Não sei, não li. Tem tradução? Vou procurar. Não sei se Gertrude Stein ainda é lida. Hemingway sei que é. Ele influenciou toda uma geração no mundo. Realmente, Hemingway — assim como Guimarães Rosa e Jorge Luis Borges — é grudento. Seu estilo pega no leitor/escritor e não quer largar. Só que a imitação é difícil. Assim com um estilo Bukowski-bêbado-tô-nem-aí-e-sebento ainda reina nos textos dos mais conhecidos escritores brasileiros.

PS. Segundo Hemingway, Miss Stein não foi autora da célebre definição génération perdue. Ela foi dita por um dono de oficina mecânica diante do carro quebrado de Miss Stein. Ela apenas pegou o mote e chamou todos os jovens do pós-guerra de bêbados e desrespeitosos. Sob protestos do Hemingway. Mas pegou.

Rui Werneck de Capistrano é autor de Nem Bobo Nem Nada. Já leu?

Publicado em Cartunista Solda, rui werneck de capistrano, werneck | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , | 1 comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Vai lá!

Les Luthiers

Publicado em Cartunista Solda, humor, sites, vai lá! | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Tempo

Regina Bastos, aniversariante de hoje, em algum lugar do passado. Foto do acervo da família

Publicado em Cartunista Solda, tempo | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , | 1 comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Elas

Ariane Labed e Evangelia Randon, em Attenberg, de Athina Rachel Tsangari (Grécia, 2010). Foto LePress

Publicado em Cartunista Solda, elas, Todas elas | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Solda

Publicado em Cartunista Solda, Charge Solda | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Foto de Newton Maringas Maciel

Publicado em Camisetas do Maringas, Cartunista Solda, fotografia, maringas, Newton Maringas Maciel | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

4 de abril, 2011

Publicado em Cartunista Solda, Charge Antiga, Charge Solda, mural da história | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Grupo Delírio Cia de Teatro

Publicado em Cartunista Solda, Edson Bueno, teatro, vai lá! | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Foto de Tânia Meinerz

Publicado em Cartunista Solda, fraga, humor, Tânia Meinerz | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

As autoridades da Suécia estão inaugurando uma experiência de engenharia social (existe este termo?) para organizar certos setores de estudo, trabalho, etc. em função dos nossos diferentes ciclos de atividade biológica. Há pessoas que acordam a mil por hora, com a corda toda, e às 10 da noite já estão cabeceando de sono; e pessoas que se arrastam para fora da cama, de manhã, como trapos embrutecidos, mas vão ganhando forças ao longo do dia, e depois da meia-noite são capazes de qualquer façanha intelectual (sem falar nas outras). Por que isto? Dizem os cientistas (não só os suecos) que existem dois tipos de pessoas a que eles chamam “A” e “B”. A pessoa tipo “A” tem um ciclo biológico de 23 horas; a pessoa “B” tem um ciclo de 25 a 27 horas. São estas pessoas “B” que são mais produtivas no final do dia e acordam com sacrifício.

Erika Augustinsson é vice-presidente da B-Samfundet (“Sociedade B”), um movimento que pretende abrir espaços para que as pessoas com estas características (e que talvez sejam uma minoria) possam estudar e trabalhar em horários mais adaptados ao seu ciclo de atividade. Pessoas B (como é o meu caso, aliás) são frequentemente chamadas de preguiçosas porque têm dificuldade de acordar cedo para ir à aula ou ao trabalho. (Curiosamente, quando elas estão acordadas na madruga, com todas as turbinas mentais ligadas na potência máxima, ninguém vê, porque está todo mundo dormindo.)

Diz Erika: “Nosso objetivo é acabar com as rígidas disciplinas de horário da sociedade industrial, em que todos chegam ao mesmo tempo e saem na mesma hora”. A industrialização exige a uniformização, ou seja, todo mundo chegando e saindo ao mesmo tempo, todo mundo se comportando de maneira ordenada e previsível. Exceções não são bem vindas, porque para lidar com elas é preciso criar e manter diferentes cronogramas, e isso atrapalha a Produtividade (essa deusa grega invisível, que só se deixa perceber pelas benesses que distribui aos seus sacerdotes).

O esquema vai ser inaugurado com uma escola secundária de Gotemburgo, que a partir de setembro oferecerá turnos opcionais entre as 20 e as 8:00 horas. Eu sempre fui um aluno medíocre quando estudei de manhã, e minha melhor fase estudantil foi quando passei para o turno da noite. Ainda hoje, sair da cama é como escalar um penhasco, mas depois que anoitece a única coisa que peço é que não me atrapalhem, porque preciso recuperar o tempo perdido. Assim como muita gente já conseguiu trabalhar em casa (sem perder 3 ou 4 horas no trânsito), muita gente pode vir a conseguir essa coisa tão simples: ser aproveitado durante o seu melhor momento.

Bráulio Tavares

Publicado em Braulio Tavares, Cartunista Solda | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Arquivado! – Vale a pena ver de novo

Do jeito que veio:

O Conselho Superior do Ministério Público do PR homologou o arquivamento do procedimento que apurava a tal ridícula denúncia de racismo contra o Solda (Procedimento Preparatório 0046.11.001589-1) por conta daquela charge a respeito da visita do Presidente Obama. O extrato da decisão se encontra no site do MPPR (Conselho Superior, na opção Homologações de Arquivamento, Sessão do Conselho, em 18 de setembro, última terça-feira). O Conselheiro Procurador de Justiça Adolfo Vaz e os demais Conselheiros entenderam o que, antes, o Promotor de Justiça (hoje Procurador) Sylvio Kuhlmann já havia deliberado ao arquivar o procedimento: Solda exerceu o seu livre direito de expressão artística e intelectual, o que é assegurado pela Constituição. Venceram, enfim, o bom senso e os sentimentos de Direito e de Justiça. É uma pena que, pela polêmica (falsa e oportunista) o Solda tenha sido demitido e exposto como foi.

Do blog do Zé Beto

Publicado em Blog do Zé Beto, Cartunista Solda, roberto josé da silva | Com a tag , , , , , , , , , , , | 1 comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Cartum, Cartunista Solda, Curtam Cartum | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Solda vê TV

Década de 90, caneta de retroprojetor sobre papel A|3.
Bons tempos de hachuras!

Publicado em Cartunista Solda, solda vê tv | Com a tag , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter