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Praia do Rosa

Foto de Roberto José da Silva

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Solda

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Leia-se!

Viva Cartum, de Fausto Bergocce. Editora Paradiso, 2007. Este livro foi produzido ao som do Concerto para Trompa e Orquestra em Ré Maior – de Haydn e do Concerto para Trompa e Orquestra, k-412, em Ré Maior e Concerto para Trompa e Orquestra K-417, em Mim Bemol Maior – ambos de Mozart. Quem procurar, acha. Solda

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Meu tipo inesquecível

Amy Winehouse, Adegão. Grosby Group

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Dibujo

Desenho de Cesar Marchesini

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Solda

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2012

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Solda

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30 – Vale a pena ler de novo

O diagnóstico era obscuro, o tratamento claro. Teria que descansar, sair do país de preferência, onde os telefones celulares não me alcançariam, os e-mails seriam esquecidos, os compromissos descartados. Ano passado fiz duas viagens longas para a Europa. Quase 4 meses viajando, é verdade, a trabalho. Abri o mapa. Minha ignorância me afasta de locais como a Austrália. Minha total inaptidão na relação com o mar (gosto muito de vê-lo) me afasta de outros destinos prováveis. É fato, meu pânico de avião não me levaria até Bora-Bora ou lugares isolados no meio do Pacífico como o Havaí. Um dos sintomas do stress é frio. Cortada a Russia, portanto, que não conheço e que desejo tanto conhecer. Lugar para curar stress não é a Persia, não é o Cáucaso, não é a África. Pensei na África mais um pouco. Um dia. Sobrevoar o Saara foi algo inesquecível, mas meu avião costuma sempre passar pelas piores turbulências na costa do Senegal.

É claro, além de Paris, sempre teremos o Japão, mas longe e com 12 horas de fuso-horário, o que me causaria um transtorno enorme. O Brasil é sempre uma grande idéia, não conheço todo nosso litoral, nem os Lençois, nem Bonito. Mas qualquer um poderia me alcançar, mesmo vestindo um snorkel, submerso no rio Sucuri. Um ex-amigo me sugeriu um cruzeiro pelo Alaska, Coréia (um momento perfeito) e China. Minha empolgação pelo Caribe me fez passar umas duas horas em Aruba e entrar no primeiro avião disponível de volta para casa. India não. Mongólia não. Turquia, ainda não me resolvi quanto ao genocídio Armênio, Grécia! É isso! Mas ando tão atrasado com meus estudos pré-Socráticos. Arrisco Platão, Aristóteles e até um período decadente, cínico, cético ou estóico, mas o que falar sobre os epicuristas. O que falar sobre o prazer da vida?

E aí decidiu? Ela perguntou. Limpei a garganta e disse: Detroit? Ela não acreditou por algum tempo. O que você quer fazer lá, ser assassinado? Bem, você mora em São Paulo. Mas é a minha casa, eu nasci no Rio, conheço meus perigos. Tem algumas cenas musicais fluentes ainda, é a cidade do MC5, do The Stooges, Jack White. Além, é claro, de conhecermos Hitsville U.S.A., o quartel de Berry Gordy e da Motown. Não aceitou. Disse, hoje é um museu pequeno e nada mais, com roupas penduradas e bonecos de cera. Mississipi. Ela desacreditou. Eu repeti. Descer o Mississipi. Olha, está tudo aqui, desenhado no mapa, saímos de Nova Iorque (nós não vamos para lá há 3 anos). Passamos por Nashville, dizem que a cidade está incrível, vários grandes discos estão sendo gravados lá, cruzamos Dockery Farms, o que é Dockery Farms?, ela pergunta, uma plantação de algodão no Delta do rio, onde aparentemente trabalharam Charley Patton, Son House e Howlin`Wolf. Ali perto fica o cruzamento da 61 com a 49, para onde, é claro, o que é claro?, Robert Johnson, ainda muito jovem, levou sua guitarra e entregou para um homem negro e alto, reconhecido como o Diabo, que tocou algumas canções para o garoto antes de devolver o instrumento. Robert Johnson vendeu sua alma para o Diabo aqui neste lugar, você está vendo?, com o alfinete vermelho. A próxima parada seria Memphis Tennessee, a segunda cidade mais violenta da América, isso considerando que você descartaria Detroit, a primeira, o que eu acho triste. Em Memphis conheceríamos o Sun Studio (olha, fiquei arrepiado) onde Elvis gravou seu primeiro compacto, para presentear sua mãe, lado A My Happiness, lado B That`s When Your Heartaches Begin. Tudo está lá como Sam Phillips deixou, o mesmo microfone usado para cantar o primeiro single de rock-and-roll, Jackie Brenston e os Delta Cats, Rocket 88, em 1951. Passaram por lá, eu mal posso esperar, Johnny Cash, Carl Perkins, Charlie Feathers. É claro que, se eu perdi Detroit e a Motown, o que eu acho lamentável, conhecerei a Stax de Jim Stewart e Estelle Axton.

Espera aqui um pouquinho. O que é isso? Ela pergunta. Booker T & The MG`s. Eu poderia ter escolhido Pain In My Heart do Otis Redding, mas não sei porque essa me faz lembrar mais de lá. Descer até New Orleans, até o começo do século, a era do Dixieland, você sabe, depois, na década de 30, tudo isso espalhou para Nova Iorque e Chicago, a era do Swing, a do Bebop, mas lá no French Quarter poderemos sentir no ar as notas esquecidas de Basin Street Blues, Tiger Rag, When The Saints Go Marching In. O que é isso? Livery Stable Blues, o primeiro single de jazz. Ler Faulkner por lá deve ser uma experiência maravilhosa, não acha? Depois, poderíamos passar dias viajando de carro, a música popular Americana é a mais forte e a mais importante do século XX (concordo com Caetano), ouviríamos com o passar dos dias e das noites Skylark do Johnny Mercer (que nasceu naquela cidade que você quer conhecer, Savannah) passando por Santa Fe, ouvindo Change Partners a caminho de Las Vegas. O histórico Flamingo é uma boa escolha para 3 noites decadentes. Enfim, a California, Lacma, Rainbow Bar, Chateau Marmont, Sunset Boulevard, Hollywood Hills, Mulholland Drive, Death Valley, Mojave, Inland Empire, tudo ao som de Her Eyes Are A Blue A Million do Captain Beefheart, uma coisa meio Big Lebowski, e enfim San Francisco onde começaríamos nossa tour Kerouac, North Beach, Haight Ashbury. Ficaríamos em um lugar alto pra ver a cidade, Nob Hill ou Pacific Heights. A partir daí, faríamos a rota da primeira viagem de On The Road ao contrário, Salt Lake City Utah, Central City e Denver no Colorado, Cheyenne Wyoming, Stuart e Newton Iowa, e enfim, Chicago e Ozone Park em Nova Iorque. Se você se animar poderíamos passar por Detroit na volta. Você iria comigo?

Felipe Hirsch (O Globo)

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Eu poderia estar roubando… (Orlando Pedroso)

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Projeto de jornalismo será exibido nas paredes do MON

Padre Jorge Morkis|Wilson Rio Apa|Fotos de Alexandre Mazzo

A Série Entrevistas, publicada no segundo semestre deste ano, ganha novo suporte e leva o pensamento de paranaenses e os seus retratos para a Torre de Fotografia do Museu Oscar Niemeyer

A Série Entrevistas, projeto editorial desenvolvido no jornal Gazeta do Povo de julho a novembro de 2011, será exibida em novo suporte. A partir das 11 horas do próximo sábado, 17 de dezembro, fotos de 23 personalidades ligadas ao Paraná estarão expostas nos quatro pisos da Torre de Fotografia do Museu Oscar Niemeyer, acompanhadas de textos de José Carlos Fernandes, repórter e editorialista da Gazeta do Povo, que divide a curadoria da mostra com Alexandre Mazzo, editor de fotografia do veículo.

O público que já leu as entrevistas, divulgadas nas edições de domingo, terá agora a oportunidade de revisitar o conteúdo nas paredes do museu, com fotos ampliadas. A museografia inclui iluminação e o efeito da arquitetura do prédio. O conteúdo jornalístico, portanto, ganha novo recorte. Quem ainda não conhece a proposta terá a oportunidade de se deparar com essa matéria de memória, legado para o futuro, no tempo presente.

As entrevistas foram realizadas no território de cada entrevistado, em geral, em suas casas. “Sempre com mais de um jornalista, de modo a aumentar a voltagem das perguntas. E explorando a intimidade, o ofício e a vida pública dos convidados. Nenhuma sessão demorou menos do que duas horas. Ao todo, 30 profissionais de imprensa participaram do projeto”, diz Fernandes.

Ao final de cada rodada de conversa, Alexandre Mazzo produziu um ensaio fotográfico – no gênero portrait – com cada um dos participantes. “Em todas as sessões, manteve um elemento comum: uma velha lona de caminhão, usada como fundo para neutralizar o ambiente, mas sem impedir que alguns elementos fossem sugeridos pelas beiras. De cadeiras amontoadas no prédio histórico da UFPR, no ensaio com Pedro Bodê, a uma cerejeira no quintal de Jamil Zugueib, nos fundos da Pedreira Paulo Leminski”, explica Fernandes.

Sublimação sucesso de público – O projeto jornalístico se tornou sucesso de crítica e público por jogar luzes e dar voz a personalidades que agiram, refletiram e fazem a diferença. Do intelectual libertário Wilson Rio Apa à médica militante da saúde pública Rita Esmanhoto. Da educadora e cientista social Zélia Passos ao empresário, homem público e amante dos livros Marcelo Almeida, entre tantos.

A diretora do Museu Oscar Niemeyer, Estela Sandrini, afirma que a trajetória dos entrevistados se soma à atuação dos jornalistas, incluindo texto e fotografia, e resulta nessa sublimação que é pensamento, ideia, palavra, imagem, história da inteligência. “O jornalismo e as artes visuais têm muitos pontos de contato. Ao elaborar uma reportagem, o jornalista se depara com espaço, movimento e tempo – elementos com os quais o artista trabalha. Agora, acontece esse encontro de um projeto jornalístico com uma instituição do mundo das visuais, o que vai oferecer ao público uma oportunidade única para a reflexão”, diz Estela.

Serviço: Série Entrevistas. Torre do Museu Oscar Niemeyer. Abertura da exposição: 17 de dezembro, às 11 horas. Mais informações (41) 3350-4400. Até 26 de fevereiro de 2012. Horário de funcionamento: 3.ª a domingo, das 10h às 18 horas.R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico. Ingressos: R$4 e R$2 (meia). No primeiro domingo de cada mês o ingresso é gratuito.

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O sonho acabou, mas ainda temos o Solda

“O sonho acabou. Mas ainda tem cuque”, Solda. Foto de Dico Kremer

Solda é humorista em tempo integral. Em qualquer hora, qualquer circunstância, ele está a olhar o mundo de maneira enviesada, diferente, que desmonta qualquer lógica inspirada no senso comum. Ele nos faz rir, e como, porque mostra, pelo aves¬so, o desconserto do mundo, o desatino dos homens, a loucura das nações e, principalmente, a ridicularia de políticos em sua bufonaria cotidiana.

Hoje Solda tem um site que bate recordes de visitação. Tornou-se uma referência do humor e da cultura neste país que muito precisa do humor crítico para desvelar constantemente suas mazelas. Em nossa cultura periférica e reflexa o humorista costuma ser tratado como intelectual menor, dedicado ao circunstancial e de maneira superficial. Pois, pois, é necessário rever esses conceitos correntes nesta área do planeta sempre que nos deparamos com a genialidade de humoristas como Millôr Fernandes, Jaguar e o nosso Solda.

Creio que foi Roland Barthes que escreveu que o que causa o riso é a repentina transformação de uma expectativa tensa em nada. Aquela incongruência subitamente introduzida na ordem habitual ou lógica dos fatos é a motivação do riso e do cômico. Solda é um mestre nesse ofício, que exige mais, muito mais, do que a simplória capacidade para a piada que alguns confundem indevidamente com humor.

A capacidade do Solda para se distanciar e enxergar de outro ponto de vista que nos leva ao estranhamento diante da obra dos homens. A essência do seu humor está no contraste entre o sentido e o desatino, no contraste das representações — surgidas dos deslocamentos de significados — e nos seus desdobramentos no desconcerto que leva à perplexidade.

Os humoristas do quilate do Solda, por olhar tudo com o senso crítico apurado, demonstram sua inadequação para estar no mundo. Um mundo que ainda produz misérias, guerras e poderosos que insistem em tornar a nossa vida mais difícil.

Solda viveu uma experiência radical durante quase uma década. Isolou-se do mundo, temeroso de suas armadilhas e receoso de repetir o final de amigos muito próximos que sucumbiram. Entre eles, o mais próximo foi o escritor Paulo Leminski, com quem Solda conviveu durante anos de bar e criatividade etílica.

Foi preciso que ele se internasse em uma clínica psiquiátrica antes de voltar a encarar o mundo com a coragem do humorista. Mesmo dentro do hospital, onde encontrou amigos artistas, Solda exercitou sua veia de  humor. É desta época uma de suas histórias impagáveis. Solda gostava de ficar nas grades do portão da clínica para falar com as pessoas que por ali andavam. A pergunta que fazia ao passante era surpreendente: “tem muito louco aí dentro?”

Primeiro o susto, depois o espasmo e a seguir o riso. Ora, pois, o que nos faz rir também nos provoca inquietações e nos convoca a sair da modorra, da mediania, da medíocre vida comum.

Solda é paulista de Itararé e, segundo ele, teria participado da batalha que não houve. Mas foi em Curitiba que despontou como um dos maiores craques do cartum brasileiro. A sua história inclui passagens pelos principais jornais do Paraná, colaborações em veículos como Pasquim e Bundas e prêmios em vários Salões pelo País.

Há um livro que faz jus ao seu talento. Intitulado simplesmente Solda (formato 25 x 25 cm, 144 páginas em papel de luxo, capa dura e sobrecapa), com prefácio de Jaguar, traz um resumo de sua carreira, com cartuns de várias épocas.

A “marca registrada” de Solda é o uso de letras e números nos desenhos. Ao mesmo tempo em que esse efeito compõe o quadro, torna-se parte integrante do trabalho gráfico. No livro há seis desenhos curiosos, que fogem um pouco a esse estilo, nos quais o cartunista mostra suas versões (bem distorcidas) de Mafalda, Alfred E. Neuman, Pato Donald, Snoopy, Capitão América e Superman.

Revista Ideias, número 110, Travessa dos Editores

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Marcos Prado

Amigos, para não esquecer: Marcos Prado de Oliveira (Curitiba, 15 de dezembro de 1961 – 31 de dezembro de 1996) foi um poeta, músico, ator, jornalista, agitador cultural brasileiro e faria 50 anos ontem. Personalidade extremamente vigorosa e carismática, que à sua volta agregou um time excepcional de criadores. Dono de uma extensa cultura artística em geral que com seus parceiros compartilhava, dedicava-se com paixão ao trabalho de recuperação da cultura popular brasileira, especialmente a música dos anos 30 e 40.

Desde 1978 divulgou sua poesia dentro dos mais variados formatos, unindo a força expressiva de sua dicção com música, artes plásticas, teatro, cinema e, especialmente, uma presença pessoal que fazia de suas aparições públicas verdadeiros happenings.

Em 1996 foi publicado na Coleção Catatau (co-edição da Fundação Cultural de Curitiba e Editora Iluminuras) O Livro de Poemas de Marcos Prado, uma reunião de material do Livro dos Contrários e de outros trabalhos do autor. Foto de Pablito Pereira

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