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Potoqueiro ambulante
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Traje casual
Publicado em Sem categoria
Com a tag ernani buchmann, O Baile do Ernani, se não for divertido não tem graça
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Lá…
Publicado em Charge Solda Mural
Com a tag Charge Solda, Charge Solda Mural, corrupçao, Lá...
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Éramos todos selvagens
Lembra como éramos? Viajávamos para a praia em sete pessoas num carro pequeno. No banco da frente, o pai sem cinto de segurança. Ao seu lado, a mãe segurando no colo o irmão mais novo que, por sua vez, segurava um cachorro. Obviamente, todos sem cinto.
Em trajetos mais curtos, quando éramos muitos, um ou outro embarcava no porta-malas. Ou na moto sem capacete. Ou de pé na carroceria da camionete, rolando soltos lá atrás feito melancias.
Os pequenos fumavam cigarros de chocolate. Os adultos, de nicotina. Em restaurantes, escritórios, aviões. Cheguei a pegar um elevador em que havia um cinzeiro. Fiquei sabendo de um ginecologista que não largava o cigarro nem para examinar as pacientes. As pernas abertas, ele apoiando o cigarrinho num canto, a baforada quase entrando na vagina.
Refrigerante era água. Como meu pai tinha um restaurante, já dávamos largada com Fanta sabor laranja no café da manhã. Quando minha mãe resolvia ser saudável, servia Tang. Não era só na minha casa: festa de criança sem Coca-Cola não era festa. Conheci uma família que comia diariamente macarrão instantâneo com molho de salsichas. Estão vivos, mas não sei se passam bem —por falta de informação, tempo ou dinheiro, ainda há muitas famílias fazendo esse lento harakiri.
Com o bucho cheio de sódio, pulávamos na piscina sem saber nadar e sem usar boias. Nos dependurávamos da janela do décimo andar sem rede de proteção. Se alguma coisa desse errado, os pais batiam. Cintada, chinelada, tamancada.
Na escola, o bullying, que nem esse nome tinha, era livre. Colegas e professores aderiam a apelidos como: Arroto de Crush, Tiziu, Baleia. Crianças desciam na boquinha da garrafa em rede nacional. Programas de tevê voltados para toda a família faziam troça com gay. Piadas de salão envolviam anões, negros, judeus e portugueses.
Leões e macacos davam duro no circo. Aplaudíamos elefantes cabisbaixos levantando a patinha. Jorrando água pela tromba. Garotos matavam passarinhos com estilingue. Amarravam latas nos rabos dos gatos. Multidões enchiam touradas e farras do boi. A rinha de galo era um sucesso. E quem achava crueldade, era viadinho.
Vivíamos em uma montanha-russa, circulando por parques de diversões que não passavam por fiscalização. Andávamos em barcos que não tinham coletes salva-vidas. Quase ninguém usava protetor solar. As mães roubavam a Coca-Cola dos filhos para passar no corpo: prometia o maior bronze. Os homens se recusavam a usar camisinha: é como chupar bala com papel.
Conheci mulheres que alisavam os cabelos com ferro de passar. Nenhuma delas dizia para a outra: seu cabelo é lindo do jeito que é. Chamavam pessoas orelhudas de Dumbo. Tive uma amiga que, para ir a uma festa, colou as orelhas com Super Bonder.
Muitos homens nasceram, viveram e morreram sem tirar um prato da mesa. Quase todo mundo dirigia bêbado. Depressão era frescura.
Sobrevivemos. E evoluímos, como evoluímos. Mas desconfio que, daqui a trinta anos, olharemos para trás e pensaremos como éramos selvagens em 2023.
Flagrantes da vida real
Publicado em Flagrantes da vida real
Com a tag antonio thadeu wojciechowski, ivan justen santana, maringas maciel, paço da liberdade
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Horoscópula
Todas as pessoas nascidas neste período são propensas à velhice com o passar dos anos, principalmente aquelas que comemoram aniversário todo ano, um após o outro. É de cansar qualquer um.
Nesta fase a posição do Sol é bastante propícia para o cultivo de piolho em cabeças de alfinetes, mas sem exageros. Quanto à caspa, não esquente a cabeça: Napoleão (aquele que andava com a mão direita sobre o seio) tinha caspa no sovaco e nunca reclamou. Evite negócios arriscados, andar no arame sem rede e sogra mal-humorada.
Desavenças domésticas, quer dizer, a mulher vai descobrir tudo e demitir a empregada, que por sinal já anda de caso com outro sujeito. Venda o carro e fuja do país o mais rápido possível. Consulte meu livro e confira: “Os últimos serão os primeiros a levar pancada”. Arrivederci.
Mural da História – 2009
Publicado em mural da história
Com a tag antonio thadeu wojciechowski, mural da história
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Publicado em Sem categoria
Com a tag fotografia, https://ishotmyself.com/public/main.php, tetas ao léu
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Índia na Lua e as razões de perdermos o bonde
Confesso que me impressiona o rastro de inquéritos e processos que Trump e Bolsonaro deixam na esteira de sua saída. Desvio de documentos secretos, joias, tentativa de fraudar eleições, hackers, misoginia, falsos atestados de vacina — acontece de tudo quando baixa a poeira, e se dá o balanço dos dois governos.
Confesso também que me sinto aprisionado a esse entulho processual. Gostaria de falar de outras coisas. Por isso simplificarei um pouco minha descrição do governo Bolsonaro. Possivelmente, ele caiu, como caem os aviões, por múltiplas causas. Mas, no meu entender, foi atropelado pela pandemia.
Bolsonaro se recusou a reconhecer o acontecimento mais importante do século. Apesar de ter contribuído para o alto índice de mortes, de certa forma, foi destruído pelo vírus. A pandemia teve peso importante na derrota eleitoral de Bolsonaro. E teve peso importante na sua desgraça pós-eleitoral. A falsificação de atestados de vacina levou seu ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, à prisão. Com ele, caíram os telefones celulares e alguns importantes segredos.
Não avançarei nessa novela. Supersimplifico para poder ir adiante, fazer novas perguntas, livrar-me um pouco da tirania dos fatos cotidianos. Uma pergunta meio ingênua que me faço há dias: por que a Índia, e não o Brasil, chegou à Lua? Há razões históricas interessantes. Suponho que conhecê-las talvez nos ajude.
Em quase todos os livros sobre a Índia, o papel estratégico de um estadista como Nehru vem à tona. No início da década de 1950, ele criou os sete primeiros institutos de tecnologia. A atmosfera econômica da Índia era fechada, e os técnicos mais competentes foram para o exterior. Com a abertura econômica da década de 1990, muitos voltaram, e, a partir daí, o país construiu um dos mais imponentes setores de tecnologia da informação (TI) do mundo.
Perdemos esse bonde. Os astros da TI na Índia contribuem não só com a conquista espacial a preços módicos (a viagem à Lua custou muito menos que outros países gastaram). Contribuíram também para a identidade única, um sistema digital que permitiu à Índia economizar milhões de dólares em sua política social. A ajuda a bilhões de indianos, por ineficácia do sistema analógico, representava uma incrível fonte de desperdício. Como aconteceu por aqui no período do auxílio emergencial.
Publicado em Fernando Gabeira - O Globo
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