Veja-se!

Fiona (Fiona Gordon) é uma bibliotecária canadense que recebe uma carta misteriosa de Martha (Emmanuelle Riva), uma tia distante. Na carta, ela pede que a sobrinha viaje imediatamente a Paris, para evitar que seja internada em um asilo. Sem ter a menor ideia do que está acontecendo e nem mesmo onde a sua tia se encontra, Fiona viaja até a cidade e começa a buscar sua parente distante.

Direção de Fiona Gordon e Dominique Abel. França, Bélgica (2017), 1h 23min. Comédia. Emmanuelle Riva,  atriz de filmes icônicos como Hiroshima Meu Amor, deixou uma última atuação para lembrar o público de sua energia.

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Paródia

© Pikkabbu

(para ser cantarolado com a melodia
do tango Garufa)

fué en La farmácia Minerva
no me atendieron
pedi um Sal de Andrews
o Sonrisal
tomé um Calciogenol
irradiado por la Rádio Belgrano
fenomenal
una Emulsión de Scoth
sin bacalao y un pastel de carne
nel Oriental
comi um cachorro-quiente
mas mucho quiente
pele toda mi boca
quede piantao
sinuca
por que me puso a jugar
piruca
pelado voy a quedar
de porradas
sé que me quieres cubrir
só porque la otra noche
yo me fué
(aladonde?)

en el Bar Rei do Siri
(tchan-tchan!)

Sérgio Mercer, Solda, Ernani Buchmann e Chico Branco

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O jogo de Renan

Ao conseguir 45 assinaturas (são necessárias 27) para a instalação da CPI da Braskem, o senador Renan Calheiros tem outros alvos em mente, além da óbvia petroquímica: a Petrobras e, especialmente, seu presidente, Jean Paul Prates.

A briga começa local. Renan está insatisfeito porque a Braskem fez um acordo com a prefeitura de Maceió para pagar indenizações, não com o governo do estado. O prefeito é aliado de Arthur Lira, seu inimigo figadal; já o governador é aliado de Renan.

Bastidor informou um mês atrás a “desfeita” que o presidente da Petrobras fez a Calheiros, que o convidara para falar sobre os danos causados pela Braskem em Maceió na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado.

Prates não foi. Disse que não poderia comparecer, mesmo estando em Brasília. Naquele dia, o presidente da Petrobras priorizou outras agendas, como dar entrevista à Globonews. Renan Calheiros não esqueceu. E, agora, Prates é um dos alvos da futura CPI.

A Petrobras é a segunda maior sócia da Braskem e tem cadeira e voto no seu conselho de administração. É por isso que o senador de Alagoas pretende ouvi-lo, para saber quais ações tomaram os representantes da petroleira no maior desastre ambiental e social ocorrido em Maceió e a responsável é a Braskem.

Cinco bairros em Maceió —Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol— sofreram coim afundamentos em decorrência da exploração do sal-gema. Os primeiros problemas foram identificados em 2018.

A mineração pela empresa criou crateras subterrâneas, que fizeram casas e prédios racharem. Aproximadamente 55 mil pessoas abandonarem suas residências e seus negócios e os bairros se transformaram cidades-fantasmas.

A disposição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em avançar com a CPI vai dizer o quanto a fritura de Prates por Calheiros é jogada com a articulação do governo no Senado.

Mesmo que o regimento diga que, ao alcançar o número de assinaturas a leitura no plenário e sua instalação são automáticos, caberá a Pacheco pautar. O leitor lembra que a CPI da Pandemia só saiu do papel porque o presidente do Senado foi obrigado pelo Supremo Tribunal Federal.

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Régua de proporção da Gravartex

Em mil novecentos e dercy gonçalves, no tempo do guaraná com rolha, todo mundo usava a régua de proporção da Gravartex. O trabalho era duro, mas bem mais divertido.


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Ninguém salva este país!

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Fiat lex

Bolsonaristas foragidos pedem ajuda financeira a deputados “ingratos”. Ingênuos, acreditam que político mete a mão no próprio bolso para dar ‘algum’ ao povo (pelo que se diz é exato o contrário). Deviam pedir a Jair Bolsonaro, que só em PIX apurou muitas vezes o equivalente em valor ao das joias sauditas, e até agora não mostrou ter pago as multas judiciais para as quais pediu as oferendas a seu culto. Os golpistas podem ainda exigir do Centrão e satélites que aprovem a lei do auxílio-golpe. Não será a primeira vez que o contribuinte financia o crime legalizado. E do jeito que funciona a coalizão do governo federal, algum ministro apoia e Lula até sanciona a lei.

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Mural da História – 2010

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Pastiche

Cheiro de café acha sorvete de pistache a melhor coisa do mundo
Isso porque eu já tinha avisado antes sobre as distâncias que existem entre algumas coisas específicas e sorvete de pistache
Uma coisa específica por exemplo um poeta
por exemplo o mesmo que tenta advertir cheiro de café sobre as distâncias específicas entre sorvete de pistache e algumas coisas que existem

Avisei: uma coisa é sorvete de pistache (segundo cheiro de café, a melhor coisa do mundo)
outra coisa as distâncias
por exemplo, o que está escrito
por exemplo, cheiro de café
por exemplo, sorvete de pistache

Isso porque eu já tinha avisado antes.

Publicado em Assionara Souza -1969|2018 | Com a tag , , , | Deixar um comentário
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Quaxquáx!

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Fraga

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My Boy Lollipop foi escrita nos anos 1950 por Robert Spencer, Morris Levy e Johnny Roberts. Gravada originalmente pela cantora americana Barbie Gay, fez sucesso relativo em 1956, como rhythm & blues.  Em 1964, Chris Blackwell chamou Millie Small, uma jamaicana, e a música tornou-se o primeiro ska conhecido internacionalmente.

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Quando Bob Dylan virou samba

Éramos todos uns malucos, ainda que Sérgio Mercer fosse trabalhar muitas vezes de terno e gravata. Solda bebia e, fumando, já esperava. Trabalhávamos na P.A.Z., agência de publicidade na esquina de Mateus Leme com Davi Carneiro, duas quadras abaixo da Praça do Gaúcho. Por ali perambulávamos, gazeando serviço e preparando o organismo para o início dos trabalhos alcoólicos, ao fim das tardes. Pois foi em uma tarde daquelas que descobrimos o antigo Bar América, em frente ao cemitério, saindo de cena. Em seu lugar entrava o Bar Rei do Siri, dirigido por um catarina que imaginamos boa praça, até porque era na praça que tratava de estabelecer seu boteco.

O tal Catarina depois revelou-se um mala, de tal forma que seu nome já foi esquecido no sexagésimo terceiro escaninho dos fatos inúteis. Ficou a lembrança da sua frase preferida, “Deixa pro beque”. Quem melhor nos tratava era uma moça de bons propósitos, a Lurdes. Passamos a divulgar o Rei do Siri a bandeiras desbragadas – ou seriam as bandeiras despregadas e desbragados seríamos nós? O fato é que a cada dia a mesa comandada por Sérgio Mercer aumentava de tamanho.

Mercer, Solda e Chico Branco haviam composto uma paródia deliciosa de Garufa, o Siri Tango, que era o hit, o must da noite na impagável interpretação de Sérgio Mercer e seu bandoneón imaginário. Até que a coisa excedeu. Na mesma mesa, certa quarta-feira, estavam pasmem todos – além de nosotros anfitriões – Jaime Lerner, Dalton Trevisan, Paulo Leminski, Nireu Teixeira, Caio Soares, Miran, Tataio Bettega, Rogério Dias, Alice Ruiz, Dico e Raquel Kremer, Carlos Eduardo Zimmermann e duas figuras chegadas do Rio de Janeiro: o gaúcho José Monserrat Filho, jornalista e advogado, naquela época defendendo-se em uma agência de publicidade, e Pedro Galvão, paraense, diretor de criação da LM Propaganda. Ambos estavam em Curitiba para um evento de criação publicitária.

Não lembro como aquilo terminou. Sei que, dia seguinte, a cabeça repuxando para a Namíbia, garganta seca, estômago revirado, tivemos que encarar a hora do almoço para terminar uma campanha que tínhamos deixado para a última hora. Foi quando alguém lembrou que um dos presentes parecia não ter gostado da noitada. Havia até mesmo reclamado que não gostava de tango, preferia Bob Dylan. Ora, Bob Dylan em mesa de buteco? Pois é, assim saiu o Samba do Bob Dylan, cuja letra passo aos leitores:

Encontrei o Bob Dylan
No Bar Rei do Siri
Comendo uma casquinha
Tomando Bacardi
Cheguei e perguntei
Alô, my boy, você aqui?
Yes, me respondeu
“Gente boa”, estou aí.
Pegou sua guitarra
E pôs-se a cantar
Like a Rolling Stone
Pirelli e Firestone
If Not For You
Florianópolis, Camboriú
Gente boa eu vou chegar
Farewell, deixa pro beque
Amanhã I shall come back
No dia seguinte
O Bob apareceu
Com seu amigo Dico,
O Leminski e um judeu
Disse “Lurdes, venha cá”
Doze brahmas vou tomar
E a conta da patota
Você dá pro Monserrat
Raquel muito agitada
Previa confusão
Rogério deu no Dante
Tremendo bofetão
Bateu a dona justa
E levou Pedro Galvão
Que gritava Bob Dylan
Veja só que situação (breque) Eu cheguei de avião
E vou voltar de camburão.

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Vale a pena ver de novo

No extremo leste da Ucrânia, próximo à fronteira com a Rússia, encontra-se a bacia hidrográfica de Donbass. O lugar ganhou os holofotes internacionais devido à guerra entre correntes pró-Ucrânia e pró anexação russa, além de motivar os projetos da Nova Rússia, uma confederação independente que englobaria este território ucraniano de maioria étnica e linguística russa. Para retratar um cenário sociopolítico tão delicado, o cineasta russo-ucraniano Sergei Loznitsa optou por um formato inesperado: a comédia do absurdo, em esquetes.

Ao longo de duas horas, uma dúzia de cenas apresentam personagens, cenários e conteúdos diferentes. Mesmo assim, as histórias sobre a região se conectam pelo tom absurdo, que frequentemente irrompe na violência extrema, incluindo cenas desconcertantes de tortura em plano-sequência. A cada momento-choque, outros de comicidade física temperam o molho indigesto.

O filme propõe um humor do desconforto, um curto-circuito entre leveza e peso, inconsequência e seriedade. Após a grosseira cena do casamento popular, torna-se ainda mais incômodo assistir a um ucraniano amarrado num poste e agredido por dezenas de pessoas, ou todos os personagens de uma esquete serem explodidos por uma mina terrestre.

*Donbass é um filme dramático co-produzido internacionalmente em 2018, dirigido por Sergei Loznitsa. Foi selecionado como filme de abertura de Un Certain Regard do Festival de Cannes 2018. Em Cannes, Loznitsa ganhou o prêmio Un Certain Regard de Melhor Diretor, bem como a Pirâmide de Prata no 40º Festival Internacional de Cinema do Cairo. Foi selecionado para o Melhor Filme Estrangeiro na 91ª Premiação do Oscar, mas não foi indicado. Foi filmado em Kryvy Rih, a 300 km a oeste de Donetsk. No 49º Festival Internacional de Cinema da Índia, recebeu o prêmio de Melhor FilmeGolden Peacock Award.

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Dignidade já!

Os ministros do STF nomeados por Bolsonaro retorcem-se para absolver os golpistas do 8 de janeiro. A situação fica evidente no confronto com as motivações e as penas aplicadas pelos outros ministros. Ainda que ser minoritário é da essência dos colegiados, há momentos em que falta aos dissidentes a dignidade de se declarar suspeitos.

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