A arte da poesia e do grafite transformando jovens cidadãos

Poesia no Muro – CIC

Poesia no Muro – Vila das Torres

A oficina de arte Poesia no Muro, um dos projetos que fazem parte do Circuito de Arte e Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba, encerra neste mês as suas atividades nas regionais do Portão, CIC e Matriz. A ação cultural, desenvolvida com adolescentes entre 11 e 14 anos, teve importantes resultados no campo da arte-educação, pois permitiu, pela arte do grafite e da poesia, estimular nas crianças um comportamento de respeito à cidade e seus moradores.

Foram três meses de atividades envolvendo crianças e jovens de escolas e programas sociais da Prefeitura. Inicialmente as turmas se reuniram sob a orientação da arte-educadora Juliana Luz para praticar exercícios de artes plásticas e literatura. As aulas de pintura e desenho se alternavam com as de leitura, sensibilização e produção de poesias. Como parte do processo de aprendizagem, os jovens assistiram a vídeos sobre grafite e visitaram a exposição “Luzescrita”, em cartaz no Paço da Liberdade Sesc Paraná, que apresenta poesias escritas com luz.

Numa segunda etapa, os adolescentes partiram para a grafitagem de muros em suas comunidades, colocando em prática as noções de pintura e poesia. O resultado são pelo menos 12 trabalhos (quatro muros pintados em cada regional). A solicitação e o convencimento para que os proprietários permitissem o uso do muro também fizeram parte do aprendizado.

“Nós colocamos todo o material necessário em um carrinho de mão e saímos juntos a procurar um muro para pintar. Percebi que dessa forma a atividade fica mais interessante, pois assim os jovens, que são moradores daquele lugar, assumem o seu papel de protagonistas na comunidade. Isso tem dado muito certo”, afirma Juliana.

Diferenciar a pichação da arte do grafite foi uma lição aprendida com facilidade. Douglas de Paula da Silva, de 14 anos, explica: “Pichação é vandalismo, é para quem quer marcar território, não leva a nada. O que nós fazemos tem uma mensagem positiva, que alegra a comunidade”, diz.

Douglas e outros quatro meninos do programa Formando Cidadão do Bairro Novo Mundo (João Pedro de Paula, de 15 anos, Fernando Rodrigues de Souza, de 14, Arilson Lopes de Souza e Denílson Alves Rodrigues, ambos de 13 anos), pintavam na última semana o muro do CRAS Aurora Formosa (Centro de Referência da Assistência Social). O tema escolhido para o grafite foi meio ambiente. A mensagem estava voltada à conscientização pela preservação da natureza.

“A cultura é uma área com a qual esses meninos têm muita empatia. Essa forma de expressão é apropriada para a faixa etária e, trabalhando com a arte, evitamos que eles se encaminhem para a pichação”, diz o coordenador do CRAS Aurora Formosa, Sidney Delboni de Moraes. Para Juliana Luz, o mais importante do trabalho foi fornecer aos jovens meios de se expressar. “Eles perceberam que podem expor o que pensam de uma forma positiva”, ressalta Juliana.

O projeto Poesia no Muro também está em fase de conclusão na Vila das Torres e na Vila Nossa Senhora da Luz (CIC). A partir de julho, o mesmo projeto será desenvolvido nas regionais de Santa Felicidade, Cajuru e Boa Vista. O projeto integra o Circuito de Arte e Cultura, que até novembro de 2012 prevê a realização de 108 oficinas artísticas em todas as regiões da cidade. Doze projetos foram selecionados por meio de edital do Fundo Municipal da Cultura para integrar o circuito, que consiste em mais uma iniciativa da Fundação Cultural para descentralizar as ações culturais.

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Solda

Do blog do Fábio Campana

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Vai lá!

I Shot Myself

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Faça propaganda e não reclame

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Playboy – Anos 60

Kim Farber. Foto sem crédito

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Hoje

Foto de Gilson Camargo

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Vanessa da Mata. Foto de Lucilia Guimarães

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Orlando Pedroso – Portfolio

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Rá!

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Solda

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Soy loco por Teresina!

O cartunista Paulo Urso e Soruda, 28º Salão Internacional de Humor do Piauí. Foto de Vera Solda

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Fotos de Julio Covello

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Playboy – Anos 70

Jill Taylor. Foto sem crédito

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Silas chegando

Junho de 2011. Cheguei em casa, à noite, e tinha um cara em cima da mesinha do computador. Ei, o que tá fazendo aí? Ele, que tinha tirado a capa bege tipo detetive e estava todo vestido de bonitas cores, não me respondeu. Ficou ali, empoleirado igual o corvo — um corvo bem colorido, em todo caso — do Poe. Cheguei mais perto, afinal era meu quarto, e ele me disse: — Olha, cara, está tudo muito claro: só quero te ver bem longe de mim. Assim, secão! Saí de perto e tentei ser amistoso. Tudo bem? De onde veio? Posso ajudar? Ele se acomodou melhor e me lascou: — Fugi de casa, em BH, e minha mãe tá me procurando feito doida. Bem, e o que é que eu tenho com isso?  — É que me tornei estuprador! Me jogou na cara. Claro que me espantei. O número 190 bailou na minha cabeça. — Meu nome é Alberto Fonseca Júnior, mas pode me chamar de Silas. Por que eu chamaria, né? O cara chega, se empoleira na mesinha do meu computador, me olha de um jeito esquisito, diz que é estuprador — e tenho que achar tudo normal?! E chamar de Silas?!

Corta pra 1986. Foi um ano muito bom. Eu trabalhava na agência PMN com o Neri, o Celso e o Antonio. O Neri e eu, além de criar, produzir e gravar noventa comerciais por ano, tínhamos tempo pra fazer a tira do Bife Sujo & Cia., programar exposições e escrever contos. Sem esquecer das cervejas no bar Bife Sujo. O livro-talão de cheques fez sucesso com o desenho do Neri e os meus textos. Sucesso no Brasil. Choviam pedidos. Um deles veio de Belo Horizonte, de um tal de Sérgio Fantini. Começou aí a troca de tiros, digo, de cartas entre nós. Nós, o Neri e eu, separamos assim: as cartas de malucos ficavam com ele, as mais intelectuais, comigo. O Fantini estava na segunda categoria, embora não a última. Mandei o livro e depois nasceu uma amizade por carta. Os interesses literários nos aproximaram e apareceu um concurso de contos da Editora Brasiliense (extinta). Eu mandei dois, pois tinha duas categorias: contos jovens e jovens contos eróticos. Saiu o resultado e meus dois contos entraram. Olhei os outros ganhadores e reconheci logo o Antonio Barreto, o Véio Barreto, de Belo Horizonte. Depois, vim a conhecer outro monstro do texto lá de Minas — Caio Junqueira Maciel — que também foi ganhador. Em seguida, o Fantini mandou carta dizendo que tinha entrado com dois contos. Um em cada categoria. Ops! Cadê o nome dele? Ele havia feito uma jogada de mestre: mandou um conto erótico chamado Por que me tornei estuprador – com o pseudônimo Alberto Fonseca Júnior – e uma carta, assinada pela mãe do Alberto, dizendo que ele havia fugido de casa. Mas tinha deixado um envelope fechado destinado ao concurso. A mãe mandou o envelope e a carta achando que — se o conto fosse publicado — ajudaria a encontrar seu filho querido. O júri entendeu que a carta era um conto – e bom – e classificou pra publicação. A carta tem o título de Belo Horizonte, 21 de agosto de 1986. Logo vi que era a data do meu aniversário. Uma coincidência fantástica, né?

Agora, depois de 25 anos, o Fantini lança um livro comemorativo de eventos da vida dele, chamado simplesmente de Silas. Capa bonita, edição da Jovens Escribas bem cuidada, novela e contos ótimos. Aí, Silas virou pra mim e disse: — Hoje é um bom dia para recomeçar e dizer às pessoas como se sente.

Estranhei a candura da proposta, vinda de um estuprador, mas não disse nada. Apenas abri o livro e…

Rui Werneck de Capistrano é autor de Nem Bobo Nem Nada. Que você só vai ler de graça emprestando da Biblioteca Pública do Paraná.

Pedidos pelo e-mail sergio.fantini@gmail.com

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Vai lá!

TATO Criação Cênica

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