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Hélio Leites
Entre as boas coisas de Curitiba, uma, em especial, é o escultor e performer Hélio Leites. Não contente em ser o fundador da Associação Internacional do Botão, papa da Igreja da Graça, esta mesma que, ao contrário da Desgraça, só faz rir, a presença indissociável de todo evento que se preze na cidade, de noite de autógrafos a sessão de mágica, “condecorando-nos” com pequenos “selos” botânicos criados especialmente para a ocasião. Hélio Leites vem provando, há algum tempo, que Curitiba, ao contrário das más-linguas, tem teatro, sim, e dos bons. O seu é um teatro originalíssimo, feito no meio da rua, para platéias que não excedam a meia dúzia de pessoas e tendo como palco os exíguos centímetros quadrados de uma caixa de fósforos. Isto mesmo, gentil leitor, é numa caixa de fósforos, transformada em palco, com micropersonagens móveis esculpidos a partir de palitos de sorvete, que dá a incalculável cena, a mesma que faz brotar, do riso e da curiosidade de espectadores enfeitiçados, a poesia mais imensa. E o que é melhor – espectador que deseje, leva o teatro para casa, com a caixinha em que se deu o espetáculo, mais os personagens e o cenário que a compuseram, vendidos a preço módico. O que era teatro, pura mágica, se converte numa peça de escultura. O resto e chapéu do palhaço inventor…
Tenho aqui no estúdio do Boa Vista algumas dessas caixas de fósforos que um dia foram teatro de rua, sobretudo aquela que, segundo o próprio Hélio, é uma das mais concorridas, o que muito me honra, pois criada a partir de um texto meu, do livro “Manual de Zoofilia”. Sou o minidramaturgo deste microespetáculo todo feito à mão…
Trans-miniatura de um envelope, a caixa reproduz, frente e verso, respectivamente o espaço do destinatário e do remetente; as bordas, listradas de verde-amarelo, têm como modelo o envelope padrão nacional dos Correios, e dentro dela, em seu palco armado, vige, mínimo, espetaculoso, quase sonoro, – em torno de dois minúsculos ovinhos esculpidos em grão de arroz e esmaltados de branco! – um casal de corruíras. É que, no poema, falo da primavera já antiga em que Deus mandou notícias cá para o tugúrio na forma de um ninho de corruíras dentro da caixa de correspondência que a família mantém fincada no portão.
Outras caixas de fósforos existem, do Santo Antônio fujão às que contam a saga da imigração japonesa: das mil-e-uma-vidas do bordel da Otília na cidade d’antanho à trêfega Polaquinha de Dalton Trevisan andando os ônibus expressos de Curitiba. Caixas para todos os gostos e feitios – caixas lúgubres com o melhor do teatro noir; caixas ouro-barro, vero fulgor; e uma caixa azul, mas tão azul, que é além que os olhos de Helena Kolody, e vos narra, com minúcia de vida mínima, uma fábula polaca como não há mais.
Esse Hélio Leites é um cara muito estranho, capaz de pegar na asa da borboleta sem lhe desmanchar o desenho, ainda que, dele, as suas mãos sejam grandes, quase ríspidas. Daqui imagino o indispensável pássaro que há de morar nelas para que pintem e pinguem, pontículo brilhante, o diminuto olho de uma personagem (ainda) sem rosto e que, de dentro da caixa, logo mais, no centro da cidade, pode que se mexa, e pisque para você, de surpresa, seu olhículo aceso. Há também mãos e unhas que sendo microscópicas parece nunca existirem.
E eu, Hélio Leites, que só queria te dar notícia pública de que, reinventando a primavera, de novo as corruíras – desta vez no beiral da porta do estúdio, se decidiram por nós, e já voejam e gorgeiam, tramam e dançam um quiçá ninho indecifrável. Que notícias agora no bico do passarinho mais pequeno?
Wilson Bueno. (Folha de Londrina/Folha do Paraná/3/10/1999)
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