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Gallus gallus domesticus
Publicado em Sem categoria
Com a tag millôr fernandes, O irritante guru do Meier
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Publicado em Sem categoria
Com a tag © Jan Saudek, fotografia, fotógrafo tcheco, pintura
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Mural da História – Vida
Pois foi ali que, fãs ardorosos de nosso ídolo e guru Bento Munhoz da Rocha Netto (1905-1973), movemos cerrada campanha contra o então imbatível candidato ao governo do Estado, Paulo Pimentel. Não sabíamos, aquele tempo, de sua invencibilidade, e nem de que fizera uma das mais extraordinárias revoluções na agricultura paranaense. Pupilos diletos de Bento, traí-lo, mesmo em nossa precoce ética de meninos, era impensável. E, para nossa frustração, Paulo Pimentel foi eleito ao Palácio Iguaçu. Com direito a desfile em carro aberto pela Rua XV, numa noite memorável de luzes e foguetórios. Tudo isso me vem à lembrança ao ler a biografia Paulo Pimentel – Momentos decisivos, do mestre Hugo Sant’Ana, recém-lançada pela Travessa dos Editores.
Misturo coisas, olho o passado feito uma vertigem e constato, não sem melancolia, que o “menino prodígio”, de ainda ontem, à roda da Boca Maldita, já é quase um vetusto sexagenário.Mudei de jornal, de política e mergulhei, sob as luzes de Jamil Snege e de Paulo Leminski, de cabeça, na literatura. Com 16, 17 anos, se tanto… E estupefacto testemunhamos que o jovem e brilhante governador, contra o qual havíamos nos batido, lançava, através da Fundepar, o mais importante concurso literário de que o Brasil tem notícia. O Concurso Nacional de Contos. A premiação? Aí uns 800 mil reais ao primeiro colocado.
Lembro que uma fábula. Meu saudoso amigo, Roberto Drummond, revelado ao Brasil, pelo célebre concurso, me confirmou, há alguns anos: com o dinheiro do prêmio acertara a vida – da compra de apartamento em bairro nobre a chácara nos arredores de Belo Horizonte.
Logo depois, desfeitas as ilusões adolescis, mergulhado na clandestinidade e na resistência à ditadura, notícias chegavam de longe: Pimentel travava nova luta, então contra o neyismo ditatorial. Um combate que alcançava unir até mesmo os funcionários da Rádio Iguaçu contra os generais no poder.Meu patrão, e patrono, há quase dez anos, neste canto domingueiro de jornal, me somo às homenagens ao Dr. Paulo registrando aqui que pertencer ao seu grupo (né mesmo, Vera?) é dessas honras que exaltam e consolam. Ainda que se Bento houvesse ganho o Iguaçu, eu bem que poderia ser hoje, quem sabe?, conselheiro aposentado do Tribunal de Contas. Com salário de príncipe e mansão em Mar del Plata…
17|8|2008 – O Estado do Paraná
A mensagem de Bolsonaro após Moraes homologar delação de Mauro Cid
Publicado em o antagonista
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Em fogo brando
Inicialmente, havia a possibilidade de o governo propor um texto alternativo ao que está pronto para ir à votação no plenário da Câmara e foi elaborado durante o governo Bolsonaro. Mas Haddad pressionou os colegas para que o governo só entre no debate depois que a reforma tributária for aprovada.
Como o Bastidor vem informando, a previsão é que o texto da reforma tributária volte à Câmara depois de passar pelo Senado, onde sofrerá modificações.
Desta forma, o governo tentará segurar o debate sobre a reforma administrativa até o próximo ano. A esperança é que a proximidade das eleições municipais diminua o ímpeto do Congresso em aprovar as mudanças em 2024.
Historicamente próximo dos sindicatos de servidores públicos, o governo Lula é contrário a uma reforma que certamente desagradaria o setor.
Publicado em O Bastidor
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Potoqueiro ambulante
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Traje casual
Publicado em Sem categoria
Com a tag ernani buchmann, O Baile do Ernani, se não for divertido não tem graça
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Lá…
Publicado em Charge Solda Mural
Com a tag Charge Solda, Charge Solda Mural, corrupçao, Lá...
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Éramos todos selvagens
Lembra como éramos? Viajávamos para a praia em sete pessoas num carro pequeno. No banco da frente, o pai sem cinto de segurança. Ao seu lado, a mãe segurando no colo o irmão mais novo que, por sua vez, segurava um cachorro. Obviamente, todos sem cinto.
Em trajetos mais curtos, quando éramos muitos, um ou outro embarcava no porta-malas. Ou na moto sem capacete. Ou de pé na carroceria da camionete, rolando soltos lá atrás feito melancias.
Os pequenos fumavam cigarros de chocolate. Os adultos, de nicotina. Em restaurantes, escritórios, aviões. Cheguei a pegar um elevador em que havia um cinzeiro. Fiquei sabendo de um ginecologista que não largava o cigarro nem para examinar as pacientes. As pernas abertas, ele apoiando o cigarrinho num canto, a baforada quase entrando na vagina.
Refrigerante era água. Como meu pai tinha um restaurante, já dávamos largada com Fanta sabor laranja no café da manhã. Quando minha mãe resolvia ser saudável, servia Tang. Não era só na minha casa: festa de criança sem Coca-Cola não era festa. Conheci uma família que comia diariamente macarrão instantâneo com molho de salsichas. Estão vivos, mas não sei se passam bem —por falta de informação, tempo ou dinheiro, ainda há muitas famílias fazendo esse lento harakiri.
Com o bucho cheio de sódio, pulávamos na piscina sem saber nadar e sem usar boias. Nos dependurávamos da janela do décimo andar sem rede de proteção. Se alguma coisa desse errado, os pais batiam. Cintada, chinelada, tamancada.
Na escola, o bullying, que nem esse nome tinha, era livre. Colegas e professores aderiam a apelidos como: Arroto de Crush, Tiziu, Baleia. Crianças desciam na boquinha da garrafa em rede nacional. Programas de tevê voltados para toda a família faziam troça com gay. Piadas de salão envolviam anões, negros, judeus e portugueses.
Leões e macacos davam duro no circo. Aplaudíamos elefantes cabisbaixos levantando a patinha. Jorrando água pela tromba. Garotos matavam passarinhos com estilingue. Amarravam latas nos rabos dos gatos. Multidões enchiam touradas e farras do boi. A rinha de galo era um sucesso. E quem achava crueldade, era viadinho.
Vivíamos em uma montanha-russa, circulando por parques de diversões que não passavam por fiscalização. Andávamos em barcos que não tinham coletes salva-vidas. Quase ninguém usava protetor solar. As mães roubavam a Coca-Cola dos filhos para passar no corpo: prometia o maior bronze. Os homens se recusavam a usar camisinha: é como chupar bala com papel.
Conheci mulheres que alisavam os cabelos com ferro de passar. Nenhuma delas dizia para a outra: seu cabelo é lindo do jeito que é. Chamavam pessoas orelhudas de Dumbo. Tive uma amiga que, para ir a uma festa, colou as orelhas com Super Bonder.
Muitos homens nasceram, viveram e morreram sem tirar um prato da mesa. Quase todo mundo dirigia bêbado. Depressão era frescura.
Sobrevivemos. E evoluímos, como evoluímos. Mas desconfio que, daqui a trinta anos, olharemos para trás e pensaremos como éramos selvagens em 2023.
Flagrantes da vida real
Publicado em Flagrantes da vida real
Com a tag antonio thadeu wojciechowski, ivan justen santana, maringas maciel, paço da liberdade
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